Por Toda Minha Vida escrita por kryyys


Capítulo 6
Capítulo 6 - Idiota.




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Capítulo 6


A porta foi aberta e vi Edward me olhando furiosamente. Minha vontade era de chutar seu rosto e quebrar seu perfeito nariz anguloso por tudo o que ele tinha feito, mas, a única coisa que consegui fazer, foi ficar parada, tremendo.

– Entra no carro. – disse-me autoritário. A raiva fez minha cabeça rodar. E ele ainda queria mandar em mim? Encarei-o debochadamente, e voltei a andar, apesar de meu corpo implorar para eu entrar no carro. A porta bateu, e eu sabia que ele estava atrás de mim. Apertei meus braços a minha volta, aumentando o ritmo dos meus passos.


Considerei que estava a uma boa distância do carro, quando, ele apareceu em minha frente, com uma expressão furiosa, e rapidamente me tomou nos braços nus e quentes, apesar do vento, e arrastou-me para frente.




Meu corpo teve espasmos onde ele me tocava, e eu me irritei mais. Minha vontade era de agarrar seu corpo terrivelmente tentador e quente, mas, fiz o contrário. Tentei impedi-lo, debatendo-me contra ele. Edward parou repentinamente e um rosnou subiu por seu peito. Suas mãos foram para meu quadril, e, levantando meu corpo com uma facilidade tremenda, me colocou em seu ombro e voltou a andar.




Protestei gritando e estapeando suas costas, inutilmente. Em questão de segundos ele chegou ao carro, e me enfiou lá dentro. Observei-o todo molhado enquanto ele se debruçava sobre mim para colocar o cinto. Meu corpo clamou pelo dele, e eu travei minhas mãos no peito, tentando inutilmente me controlar e me aquecer.


Edward bateu a porta ao meu lado e em menos de um segundo estava entrando sentando no banco do motorista. Ele girou a chave na embreagem e ligou o aquecedor. Agradeci-o por isso. Seus punhos fechados bateram violentamente contra o volante. Encolhi-me, fitando seu rosto irado.



– O que você pensa que está fazendo? – ele perguntou, sua voz tomada por raiva. – Está tentando se matar? – gritou voltando seus olhos verdes, agora quase negros, para mim.




Eu estava incrivelmente assustada. Encolhei-me no banco, com os olhos arregalados. Eu nunca o vi desse jeito. Nunca mesmo. Ele estava me dando medo.



Edward quebrou o nosso contato visual. Eu não conseguia formar uma frase concreta, nem ao menos, tirar meus olhos dele. Vi suas mãos se estreitarem no volante, conseqüentemente os músculos de seu braço ficaram evidentes na sua camisa preta encharcada, e eu os admirei.


Ruborizei ao notar a proximidade de nossos corpos. Eu podia sentir uma tensão no ar, e sentia também a corrente elétrica que ficava entre nós. Ele me olhou, eu desviei o olhar, constrangida. Percebi que um barulho irradiava no silencia do carro. Tardiamente percebi que se tratava de meus dentes batendo.


Travei meu maxilar tentando parar, meu rosto estava quente.



– Você está encharcada! Por Deus, Bella... Pode pegar uma pneumonia!



– Vo-você não e-está diferent-te. – gaguejei um pouco, por meus dentes baterem fracos agora.


Ele ficou um instante em silêncio, aumentando a temperatura do aquecedor.


– Acho melhor você tirar a roupa. – murmurou, formando um vinco com a testa.



Meu queixo caiu imediatamente. Era óbvio que ele não se importava! Que só queria se aproveitar de mim. Enrijeci no banco, não tremendo mais. E, numa atitude impensada, soquei seu braço com toda minha força.



Ele voltou-se assustado para mim.



– O que foi?



– Seu... seu idiota, asqueroso, nojento! – gritei.


– O que eu fiz agora, meu Deus? – perguntou, frustrado. Virei meu corpo em direção da porta, com a intenção de abri-la, mas ele a travou. Voltei meu rosto para ele.

– Vai querer me estuprar agora, é? – perguntei indignada, tentando controlar as lágrimas traiçoeiras que teimavam em cair. De repente, choquei-me com essa possibilidade. Como eu pude achar que ele se preocupava comigo? Estapeei-o enquanto ele tentava segurar minhas mãos.

– Pare com isso! – pediu, agarrando minhas mãos e puxando-me perigosamente perto dele, de modo com que minhas mãos ficassem espalmadas em seu peitoral rígido, colado na camiseta encharcada. Tentei ignorar a revoada de borboletas no meu estômago e o fato de meu rosto enrubescer.

E toda a raiva que eu sentia, evaporou-se. A nossa proximidade fez meu coração acelerar consideravelmente. Odiei-me por isso. Eu simplesmente não poderia mudar por fora e por dentro? Encarei seus lábios entreabertos, de um modo que deveria ser considerado pecado, e desejei tê-los colados nos meus. Inconscientemente, passei a língua, umedecendo meus lábios.


Ele sorriu maroto, e isso me enervou ainda mais. Alice tinha razão. Edward só queria ir para cama comigo. Puxei minhas mãos de volta para mim, e bati em seu rosto. Voltei a minha posição inicial, travando as mãos no peito e as gotas que chocavam-se contra a janela.



Um peso foi adicionado em meu colo, baixei meu rosto e vi o casaco que ele tinha colocado lá.



– Vista isso, vai ajudar.



– Não quero, obrigada. – recusei veemente. Eu não aceitaria nada dele. Ouvi seu suspiro irritado.


– Eu estou tentando te ajudar...

– Então por que não abre a porta e nunca mais aparece na minha frente? – perguntei deixando todo o meu rancor sair por minha voz e o atingir. Sua respiração falhou. Era óbvio que ele não esperava essa reação. Ele não estava acostumado a isso. Sorri internamente, presunçosa.

Edward ligou o carro e foi para algum lugar. Eu queria questioná-lo, perguntar aonde ele iria, mas não faria isso.


– Ér... – ele murmurou, provavelmente querendo quebrar o silêncio entre nós. – Me desculpe. – virei-me para olhá-lo, assustada.



– O que você...?


– Eu pedi desculpas. – abri a boca para falar, mas não saiu nada. – Eu não tenho me comportado... bem com você. Eu, geralmente, não sou assim. – disse-me um pouco frustrado, assim como sua expressão. Perguntei-me o porquê disso. – Me desculpe por hoje na escola, e por Tanya também.

Continuei encarando-o perplexa. Eu mal podia acreditar que estava dividindo um carro com Edward. Agora, eu já me perguntava se isso era um sonho. Disfarçadamente, belisquei minha perna e... doeu. Nadamudou. Edward continuava me olhando, esperando por uma resposta.


Dei ombros, incapacitada de falar. Tentei reconhecer a rua onde ele andava, mas ficou difícil por conta da chuva.



– Estou te levando para sua casa. – murmurou, parecendo ler meus pensamentos. Não respondi.



Passamos o resto dos poucos minutos em silêncio. Meu coração continuava em um ritmo acelerado no peito, e meu rosto estava corado. Eu sabia que não deveria, mas estava feliz, apesar dele não parar de me encarar e soltar sorrisinhos estúpidos para tudo que eu fazia.



Aquilo estava começando a me irritar. E muito.



– É tão bom assim ficar me olhando?



– Ela está irritada... que meigo. – ele disse divertido.


– Você é sempre tão idiota?

– Só quando estou perto de garotas bonitas... – rolei meus olhos, tentando não olhar para seu sorriso torto e... sexy que fez meu coração se acelerar irritantemente.

O carro parou, um fato que eu agradeci. Olhei para o casaco em meu colo, e depositei-o no banco de trás.


– Obrigada. – murmurei baixinho.



– Não há de que...



[Edward]





Ao olhar para ela, eu comecei a me sentir quase agoniado pelo pensamento de dizer um adeus temporário. Parecia imprudente deixá-la fora da minha vista, onde qualquer coisa podia acontecer com ela. Mas seriam piores as coisas que poderiam acontecer com ela ao meu lado. Bella, em si, era completamente tentadora para mim. Doce, frágil... deliciosamente irresistível aos meus olhos.

Minha vontade de tomá-la nos braços, e possuí-la aqui mesmo aumentou. Travei minha respiração, seu cheiro maravilhoso não ajudava.


– Você está bem? – ela perguntou.



– Estando ao seu lado, não há como ficar mal...


Engraçadinho. - ela disse sem humor e sem me olhar, jogando os cabelos de forma sexy para trás. Senti um arrepio leve na nuca. A porta foi aberta.

– Não vai me convidar para entrar? – perguntei. Ela sorriu desconcertada e saiu do carro.

Não... – dei um sorriso torto. Finalmente, uma garota que valia a pena.


[Bella]




Entrei em casa histérica controlando-me para não sair pulando como uma adolescente idiota que deu o primeiro beijo. Corri para meu quarto e me atirei na cama, abafando um grito de felicidade com o travesseiro.




Passei um tempo indeterminado lá, repassando o ultimo acontecimento inúmeras vezes em minha cabeça. Lembrar de como seu olhar me faz querer sorrir ou como seu sorriso faz meus olhos brilharem é errado, mas era bom.



Lembrar de suas mãos tocando em mim, puxando-me contra toda extensão de ser corpo, de seus lábios macios e gélidos chocando-se contra os meus realizavam crescentes arrepios em minha nuca e promovem um túmulo de borboletas em meu estômago. Eu sabia que era errado, porém.



Edward Cullen não se apaixona. Ele não seria capaz de gostar de alguém. E eu não era umazinha qualquer que ele usa e descarta. Pois, quem fará isso com ele, vai ser eu.



Tardiamente percebi que sorria com o rumo de meus pensamentos. Eu o faria pagar por tudo o que me fez passar, mesmo que sem saber. E ele cairia direitinho, ou eu não me chamo Isabella Swan.






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Notas finais do capítulo

Antes de mais nada queria esclarecer que esse capítulo foi feito pela Bia, porém quem está postando hoje sou eu, Kryss.

A Bia não está muito feliz com o nyah, mas isso se vem a outros motivos. Ela está triste como muitas sabem, por conta do Voltando a Viver, mas não influenciará aqui. - eu acho.
De qualquer forma, é ela que nos dará a resposta, não eu.

Continuaremos postando até os capítulos prontos, e vamos ver o que acontece mas não se preocupem a fic não irá ser abandonada.

Postei pois estávamos já a muito sem post e vocês não merecem passar por esse sofrimento todo né? rsrs.

Espero que gostem pois foi a diva quem fez - Biia - então está demais, como tudo o que ela escreve.
Beijos amores,
Kryss.


ps.: Acho qe já está na hra de algumas recomendações... O que acham ? *--*