Capítulo 7

Ainda deitada em minha cama deixei meus pensamentos voarem...

Será que eu conseguiria fazer Edward pagar por tudo que me fez passar? Será que seria capaz de me... me vingar? Eu, Isabella Swan, era capaz disso?

Isso seria completamente fora de ética, porém não era isso que me preocupava... Era só que... Eu o amava. Eu o amo. Nós conseguimos fazer as pessoas que amamos sofrerem?

As fazerem sofrer propositalmente? Eu seria capaz disso? Eu levaria isso à diante? Ou pararia no meio do caminho? Perguntas rondavam minha mente e eu não tinha minhas respostas. O que fazer meu Deus?

Balancei a cabeça tentando clarear minha mente, mas foi totalmente inútil. Sentei-me em minha cama e resolvi ligar para Alice. Eu devia desculpas pelo comportamento anterior... nunca devia tê-la tratado mal por culpa dele.

Levantei melancolicamente de minha cama e peguei minha frasqueira para ir ao banheiro. Meu estado era deplorável e se não tomasse um banho quente rápido era capaz de pegar uma séria pneumonia ou algo do tipo.

Fui ao banheiro de cima, mas estava ocupado. Bati na porta e não houve resposta. Bati mais ruidosamente até que Emmett ouviu. O chuveiro estava ligado e o barulho era evidente.

– “O que é?” – perguntou, mal humorado.

– “Eu quero tomar banho!” – gritei, tentando manter a calma.

– “Será que a senhorita não percebeu que eu estou no chuveiro?” - falou sarcasticamente. É, pelo visto hoje de manhã, aquela farsa de irmãos fora tudo encenação dele. Isso não devia me surpreender.

Resolvi evitar mais uma briga e segui novamente pelo meu quarto. Olhei a janela e a chuva batia ruidosamente contra o vidro. Ao fundo podíamos ver o sol poente. Me bestifiquei com essa visão. Era a coisa mais linda que eu já vira.

Da minha janela se via o horizonte, quando não chovia, e o fim da estrada. Foi por isso que reconheci aquele carro. Um volvo prata vinha em direção a minha casa a mais de cem por hora. Arfei e comecei a me mover rapidamente para meu quarto.

Ele não viera me ver não é? Não, ele não se atreveria...

Bufei. Tratando-se de Edward Cullen absolutamente tudo era possível. Ouvi uma porta bater e corri o mais rápido possível para o banheiro. Cheguei lá rapidamente tranquei a porta no trinco e caí sentada. Segurei minha cabeça entre as mãos e refleti.

Eu não podia continuar nessa situação! Fugir dele era completamente inadmissível!  Despi-me rapidamente e entrei o mais rápido possível na água quente do chuveiro. Leves tremores irradiaram por meu corpo, porém depois de um tempo acostumei-me com a água quente e comecei a relaxar.

Fechei os olhos e comecei e lavar meu cabelo sem pressa ou rapidez. Queria por tudo esquecer que ele estava na minha casa, provavelmente com meu irmão e que faria de tudo para me provocar.

Eu teria de ser forte. Teria que resistir. Edward Cullen era o tipo mais safado de menino que há. É daqueles que quando põe algo na cabeça nada tira. Sabia que se não cedesse por agora, ele ficaria obstinado a me levar pra cama ou qualquer que fosse sua intenção, porém não iria cair.

Sabia que resistir só iria o estimular, porém eu ia. Eu conseguiria. Fechei a torneira e procurei minha toalha. Não achei. Santo Deus!

Na pressa de sair do quarto acabei deixado minha toalha, minhas roupas e minha fraqueira em cima da minha cama. Não, não, NÃO!

Por que esse tipo de coisa só acontece comigo? E por que isso tem que acontecer logo quando ele está aqui!

Saí do box pingando, abri uma fresta da porta e gritei por Emmett. Meus pais trabalhavam o dia todo, só chegavam à noite e conseqüentemente eu ficava todas as tardes sozinhas já que meu querido irmão ficava o dia inteiro ou treinando ou na casa da namorada

– “Emmett!” - gritei de novo.

– “O quê?” - berrou de seu quarto.

– “Pega minha toalha, por favor!” - meio que implorei.

– “Ah, nem vem Bella! Tô no telefone.”

– “Emmett, eu estou morrendo de frio!” – supliquei. Nada.

Cretino! Ia me deixar morrer congelada no banheiro só pra falar com a namorada! Lágrimas e puro ódio brotaram de meus olhos.

O pior é que pelada eu não podia passar. Se nem com a presença de Emmett em casa, trancado em seu quarto eu passava nua pelos corredores imagine com Edward aqui. Fechei a porta de novo e tentei arrumar um jeito de sair daquele bendito banheiro.

Eu até pegaria minha roupa suja só para ir até o quarto, porém ela houvera se misturado com o uniforme suado e sujo de Emmett do treino e eu não tinha nenhum interesse de vesti-las de novo depois disso.

Duas batidas na porta me fizeram pular. Levantei-me desajeitadamente, porém não abri.

– “Quem é?” – perguntei

– “Sou eu, Bella.” - falou uma voz terrivelmente familiar. NÃO, por favor, não! Que não seja ele a pegar minhas coisas.

– “O-o quê você q-quer?”

 - “Onde estão suas roupas?” - perguntou sem mais delongas. Empalideci. Minhas roupas estavam em meu quarto e em meu quarto estava minha vida. Se Edward entrasse em meu quarto poderia achar meu diário e Edward definitivamente não entraria lá.

– “No meu quarto.”

– “Vou pegá-las.”

– “NÃO!” - berrei de dentro do banheiro. – “Você não pode entrar lá!”.

– “E por que não?” – perguntou, seu tom malicioso.

– “Por que...” - falei tentando pensar rápido. “Porque vai ser invasão de privacidade!”

– “Invasão de privacidade maior será você passar nua diante de meus olhos” - falou sem constrangimento. Corei até a raiz dos cabelos.

– “Edward por favor, faça o favor de ir ao quarto do Emmett para eu poder passar.” - pedi.

– “Não mesmo. Vou ficar aqui no corredor esperando você dar o ar de sua graça.” - falou rindo. Deus, que garoto irritante! Ele realmente achava que eu iria passar nua? Comecei a tremer de frio e vi que não tinha outra opção.

– “Minha toalha está em cima da cama.” - falei derrotada.

Ouvi seus passos se distanciando e ele abrindo a porta de meu quarto. Que ele não ache meu diário, que ele não ache meu diário! Implorei mentalmente. 

Minutos depois ele bateu na porta novamente. Levantei-me do chão e abri uma fresta quase imperceptível. Estendi a mão deixando meu corpo todo atrás da porta. Ele me passou a toalha sem nada dizer e se foi. Ouvi seus passos se distanciando e sumindo com o barulho de uma porta.

Sequei-me mais do que rápido e fui em direção ao meu quarto. Fechei a porta ruidosamente vesti-me. Deitei em minha cama novamente e sem querer um sorriso se formou em meus lábios

Não sabia exatamente o porquê só sabia que ele se devia ao fato de Edward Cullen está na minha casa.

[Edward]

Entreguei-lhe a toalha e me distanciei esperando ela ouvir meus passos. Escondi-me ao final do corredor na quina da parede. Coloquei apenas minha cabeça de fora e a observei sair do banheiro. Bella colocou a cabeça pra fora e olhou de um lado para o outro. Saiu fechando a porta atrás de si e andando com passos rápidos a seu quarto.

Meu olhar se prendeu a aquele corpo esbelto e fluido que apesar da toalha era bem perceptível. Minha boca foi ao chão e voltou.

Bella tinha curvas acentuadas que antes eram escondidas por roupas largas e folgadas. Seu corpo era perfeitamente maravilhoso. As curvas bem acentuadas, as pernas extraordinariamente brancas e perfeitas. O bumbum era empinado e os seios fartos.

O desejo queimou alto dentro de mim e eu novamente tive vontade de tomá-la. Ela tinha quer ser minha. Eu necessitava ter aquele corpo de encontro ao meu. Precisava me sentir dentro dela, precisava ouvi-la sussurrando meu nome, vê-la enlouquecida por minhas carícias e vê-la queimando de desejo por mim.

Já não era mais desejo. Era necessidade. Isabella Swan estava mexendo comigo sem ao menos fazer esforço pra isso. Seu corpo antes escondido agora era mostrado de forma enlouquecedora. Eu tinha que tê-la pra mim. Ao menos uma vez. Ao menos uma vez prová-la, senti-la, tocá-la.

Meu corpo rapidamente se contraiu com isso. Estranhei-me. Percebi que não queria tê-la apenas uma vez. Queria tê-la por várias e várias vezes. Queria que ela fosse minha e somente minha. Eu definitivamente não poderia prender-me a uma mulher só. Não podia simplesmente deixar de ter todas para ter uma.

Mas então porque que depois de nosso beijo naquela festa eu nunca mais tirei-a da cabeça? Por que depois o sexo com Tanya me parecia sem graça e fútil? Por que eu já não me atraia mais pela garota mais gostosa daquele colégio? Por que agora eu só tinha olhos pra ela?

Por que agora só reparava no seu jeito de andar e na sua forma sutil de mexer os cabelos? Por que só ela me vazia sentir através de um simples beijo um fogo incontrolável e ardente?

Imaginei-me na cama com Isabella Swan. Seria uma experiência inimaginável. Se ela através de beijos me faz sentir todo desejo possível imagine só no sexo.

 Ela abriu a porta de seu quarto e entrou. Daria tempo dela se vestir e faria o que meu corpo mandasse. Caminhei em direção a seu quarto e não bati a porta. Abri a porta com tudo e a encontrei de frente a janela.

Bella virou-se e se sobressaltou a me ver.

– “Mas o que...” - não deixei-a terminar. Atravessei seu quarto como um vulto e a tomei em meus braços.

Beijei seus lábios já tão familiares pra mim e senti aquele desejo ardente de novo. Mas o que está acontecendo?!

Só de sentir seus lábios nos meus senti um calor, um desejo incontrolável dentro de mim. Eu precisava senti-la. Agora.

Ela no início ficou assustada. Sem saber o que fazer. Tentei invadir sua boca, porém ela estava estática. Aos poucos Bella começou a se dar conta da situação. Suas mãos foram de encontro a meu peito e ela começou a me estapear. Segurei seus pulsos e soltei sua cintura.

– “Me solta!”

– “Não resista, Bella...” - falei aproximando nossos corpos e rostos. Ele fitou meus olhos e entre abriu a boca. Aquela visão só me fez salivar pelo contato de novo com sua boca carnuda na minha de novo.

Colei novamente nossos lábios, porém ela resistia. Balançava a cabeça tentando desviar o rosto. Segurei sua nuca e sussurrei-lhe no ouvido desgrudando nossos lábios.

– “Eu sei que você quer Bella. Deixe nossos corpos conduzirem a situação...” – falei, lambendo seu lóbulo. Senti-a estremecer e sorri com isso. – “Não resista... se entregue a mim.” - murmurei juntando nossos quadris.

Ela puxou meus cabelos para trás fazendo com que eu olhasse em seus olhos. Eles eram ferozes. Era m cheios de luxúria. Nunca a imaginei vê-la assim. A visão agradava mais do que deveria. Bella puxou meu rosto com ferocidade e colou nossos lábios iniciando um beijo urgente e caloroso. Nossas línguas se fundiam e brigavam uma luta sem vencedores.

Corri minha mão por seu corpo e parei em sua bunda. Eu precisava fazer uma coisa que já estava me matando. Apertei suas nádegas com forças e ela gemeu de dor em meus lábios.

– “Desculpa...” - pedi quase inaudível. Passei a seu pescoço. Comecei a sentir seu perfume e ele era extremamente viciante e gostoso. Como ela. Comecei a chupá-la e a mordê-la sem nenhum pudor. Precisava de Isabella Swan, AGORA.

Bella subiu em minha cintura e laçou minha cintura. Olhou em meus olhos com fúria e beijou-me com ferocidade. Deitei-nos na cama, rápido. O choque com a cama fez nossos corpos se conectarem ainda mais.

Ela estava ficando sem ar e eu sem fôlego. Ela estava me tirando do sério. Desci minhas mãos por seu corpo e massageei os seios por cima da blusa. Bella gemeu baixinho em meus lábios e eu sorri vitorioso.

– “EDWARD!” - alguém gritou. Paralisamos. Emmett. – “Porra Edward, está na hora!” – gritou novamente. Bella arfou debaixo de mim e começou a se desesperar.

– “Calma.” - pedi. Ela me olhou descrente e em pânico. Sai de cima dela e me dirigi até a porta. Ela continuava deitada com a mão no coração. Aproximei-me dela novamente e fiquei ao pé da cama. 

Joguei-lhe algo que precisaríamos mais tarde.

– “Guarde isso, Isabella. Será útil mais tarde.” - falei piscando um dos olhos.

Ela pegou o pequeno pacotinho e arfou. Olhou-me de olhos arregalados e eu não pude deixar de rir. Sai do quarto com um sorriso no rosto e apesar da interrupção estava feliz por ter tido aquele momento com Bella Swan.

Ela se entregara momentânea mente pra mim. Eu ouvira seus gemidos, eu senti seu corpo contra meu, eu massageei-lhe os seus e senti seu bumbum em minhas mãos. Isso era mais do que eu esperava. Se tratando de Bella, da boa moça, eu nunca esperava certo tipo de contato.

Desci as escadas e encontrei Emmett impaciente a minha espera.

– “Porra, Edward! A gente tá atrasado.” disse impaciente.

– “Foi mal, Emmett.” - falei não conseguindo não esconder o sorriso.

– “Está rindo de que?” - perguntou desconfiado.

– “Da sua cara de babaca!” – murmurei, desviando de assunto.

– “RÁ, RÁ! Tão engraçadinho.” - falou sarcástico. – “Agora vamos logo, anda.”

– “Espera, deixa-me só fazer uma coisinha. Me espera no carro, ok?”

Ele assentiu e eu fui a mesinha de recados. Escrevi um rápido bilhete pra ela e deixei debaixo de sua porta. Ela encontraria mais tarde, eu tinha certeza. Sorri com isso e fui pra garagem. Emmett podia ser meu amigo, mas era um chato quanto ao horário.

[Bella]

Eu não acreditava. Eu fui fraca de novo!

Submeti-me as suas carícias de novo e me deixei levar por seus lábios, por seu corpo... Vi-o saindo por minha porta com seu sorriso torto matador e me jogando algo. Peguei puramente por reflexo e arfei quando constatei o que era. Era uma... camisinha?

Edward falou mais alguma coisa, porém eu não ouvi. Estava em estado de choque. Como ele...?

Raiva. Foi isso que senti. Ele tinha certeza que me levaria pra cama! Era isso que ele teria feito se Emmett não tivesse interrompido! Ele me levaria pra cama, me usaria e depois me jogaria fora como fez com todas as outras.

Era isso que essa camisinha representava não era? Que teria uma próxima vez. Bom, ele achava que teria, porém eu tinha certeza que não. Controlaria-me ao máximo e não deixaria meu coração me enganar.

Não podia cair aos encantos de Edward Cullen. Não podia deixar-me coração em pedaços depois que ele me deixasse.

Joguei aquela camisinha no chão com toda minha força e esmurrei a parede. Senti meu osso estalar. Só faltava ter quebrado! A dor foi delirante, e me nauseou. Era tudo o que eu precisava!

Algo se moveu debaixo de minha janela e segurando minha mão quebrada fui até lá. Abaixei-me e peguei um pequeno papel. O abri e a caligrafia elegante me intimidou. O que ele queria agora?

Isabella,

Saiba que nosso pequeno momento de prazer irá se repetir. Você ainda não viu nada do que eu sou capaz e não irá se arrepender nem um pouco de se entregar a mim. Guarde meu presente com carinho pois precisaremos dele em um futuro bem próximo. Não tenha medo, você sabe que quer e que vai gostar.Até mais, tenho certeza que nos encontraremos nesse mesmo local novamente.

Eu prometo.

E. 

– “MERDA!” - gritei exasperada. Ele achava que podia fazer o que bem entendesse comigo? Que eu iria realmente ir pra cama com ele?

Edward Cullen estava muito enganado. Isso não iria se repetir. Não mesmo.

E pode apostar que, da próxima vez, eu vou deixá-lo louco. Louco por mim, louco por mais. Porém ele não vai ter. Vai provar de seu próprio remédio e ver se ter o coração partido é tão fácil como ele acha que é. Liguei para Alice minutos depois pedindo para vir me ajudar com a mão e a me levar ao hospital. Ela veio mais do que depressa. Entrou em casa feito um furacão.

Joguei o bilhete e a camisinha de qualquer jeito em minha gaveta prometendo a mim mesmo que me desfaze ria disso depois. Não iria ficar com nenhuma recordação desse momento mágico, porém trágico.

Chegamos ao hospital e eu fui logo tratado por quem? Carlisle Cullen.

O destino poderia ser mais irônico?