Achei a Dory escrita por Free Butterfly 250


Capítulo 12
Opostos


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura meus amores..!



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— No início é assim, disposto a suportar tudo por ela, até que não vão mais suportar as suas diferenças significativas, você vai sofrer e fazer ela sofrer. Não vale a pena tentar, já que é óbvio que as chances de funcionar são mínimas, e você ainda vai perder a amizade dela, vão destruir tudo! É melhor cada um seguir o seu caminho, do que viver uma eterna briga, e quando isso acontecer, não terá amor, não terá respeito, não terá paixão. Não seja egoísta, não pense somente em você, isso não será bom para Dory, ela leva a amizade muito a sério. E sabe, não será bom nem mesmo para você, desista é o melhor a se fazer, não vejo outra saída, pra que sofrimento? Segue a sua vida... Hank, se realmente a ama, deve poupar ela desse sofrimento, e a deixar livre. (Diz Marlim seriamente)

Hank ouviu aquilo se lembrando dos motivos de ter lutado contra esse sentimento até então, tinham a personalidade oposta um do outro, e ainda, Marlim lhe dera novos motivos, quais tinham sentido, eram bons argumentos. Talvez fosse insensatez dá parte de Hank, Marlim devia estar certo, mas como esquecer tudo? Hank não poderia se imaginar sem Dory ao seu lado, sem aquela alegria que o completava, queria ela com ele mesmo que não fosse sentimental, ele aceitava ser um amigo, contanto que ela estivesse com ele.
Hank já não estava mais tão confiante, seu olhar mostrava sua insegurança, não encarava mais os olhos de Marlim, olhava para o chão, como se estivesse se rendendo. Marlim observando isso, foi oportunista e continuou:

— Esta é a vida dela, você não pode mudar-lá, não importa o quanto irritante futuramente ela seja, sempre serão o oposto um do outro... A vida não é um quebra cabeça, a maior causa de divórcios é a incompatibilidade. Ela logo vai voltar a ser uma peixinha, imagina os filhos de vocês dois, seriam estranhos..! (Diz Marlim)

Ele havia conseguido entrar na mente confusa e vulnerável do sectopode, Hank respirou fundo, se arrependia amargamente de ter revelado seus sentimentos a Marlim, tão abertamente, "O que deu em mim?" Ele se perguntava:

— É... Acho que tem razão!Em meu jogo estão claras as regras, nunca se apaixonar, é o único objetivo que me restou. (Diz Hank, ainda sem conseguir encarar novamente Marlim)

— E se si apaixonar, não se render a isso. (Complementou Marlim)

— É... Isso é realmente uma perda de tempo, tenho coisa melhor para fazer do que destruir minha amizade com a Dory, somos de mundos diferentes... É tão evidente! Não sei como me enganei assim, isso definitivamente, não faz meu estilo. (Diz Hank, incrédulo consigo mesmo)

— Que bom que eu trouxe você de volta para a razão! Evitou um desastre... (Ele tentava disfarçar a alegria de ter conseguido o que queria) agora, deixe claro à ela, que não quer nada, além de uma amizade saudável. (Diz Marlim, tentando soar triste)

— Beleza... Acho que dessa vez, não tem outro jeito! (Diz Hank, já se conformando)

— Definitivamente, não. Eu não direi nada, essa conversa morre aqui. Agora vem, vamos com os outros, agora que a festa acabou, finalmente vamos dormir e amanhã cedo, vamos partir nessa busca. (Diz Marlim, já se virando na direção dos outros)

— Bora. (Diz Hank, friamente)

Gill havia decidido que ele e os outros peixes do aquário, qual sigam sua liderança, iriam juntamente com eles nesta busca, para os ajudar e os guiar.
Naquela noite, Hank novamente evitou Dory em todos os sentidos, não olhava para ela, não chegava perto dela, dava um jeito de sempre manter uma distância considerável desta, o único lugar que ele não podia a evitar, por mais que tentasse, era em sua mente.
Certas coisas ficavam fixas na mente de Dory, como uma única certeza, uma única lembrança, uma única coisa que pensava, por ser a única coisa que se lembrava. Como o endereço de Sidney, e o nome do instituto onde nasceu, isso ocorria geralmente, após os Flashbacks, algumas memórias se tornavam inesquecíveis. E agora, era a lembrança dos momentos dela e do Hank, porém, por algum motivo maior, ela só não se recordava de Aysha. Dory fazia questão de ficar sempre pensando nesses momentos, para não os esquecer, e era prazeroso lembrar, se pegava sorrindo, e suspirando.

Logo a noite chegou ao fim, e a luz do sol brilhou forte, penetrando nas águas, a iluminando.
A grande parte dos peixes já haviam voltado para suas casas, alguns acabavam de partir. Os três tubarões, tio Raia e as crianças, voltaram para suas casas. O restante do grupo insistiu em ajudar, como se consideravam uma grande família, realmente se preocupavam uns com os outros.
Já estavam a nadar, por algum tempo:

— Vem cá, essa parada de nadar em direção a uma pedra! É para sempre é? (Pergunta Hank)

— Não, terão outras coisas para nós guiarmos. (Responde Gill)

— Tipo? (Hank pergunta novamente, desconfiado como sempre)

— Na direção da rocha, temos que encontrar algumas coisas, quais são desnecessárias de serem relatadas... O importante é encontrarmos conchas... (Diz Gill até ser interrompido)

— Eu sou boa nisso! (Diz Dory, mesmo afastada dos dois, ouvia e logo entrou na conversa)

— Conchas? O oceano inteiro tá abarrotado de conchas! (Diz Hank desconfiado)

— Não me deixaram terminar, não é difícil de achar, temos que seguir as conchas vermelhas, até um local onde o chão seja coberto por conchas, vamos na direção leste, e quando elas sumirem significa que estamos perto, muito perto. (Diz Gill, em um tom misterioso)

— Eu gosto de conchas! (Diz Dory, agora de perto, os assustando)

— Saquei! (Diz Hank, enquanto se afastava de Dory)

— Gill, em quanto tempo vamos chegar? (Pergunta Marlim, um tanto aflito)

— Se tivermos sorte, dentro de poucos dias. (Responde Gill, tranquilamente)

— Dias? Não posso arriscar tanto tempo. (Diz Marlim, se afligindo ainda mais)

— Lamento Marlim, mas se quiser encontrar outside, vai precisar me ouvir, e acreditar em mim. (Diz Gill)

Marlim suspira cansado, cede acenando com a cabeça. Ele estava preocupado, talvez Dory decidisse ficar naquela forma, por causa de Hank, e se ele a perdesse, iria perder a mãe que Nemo tanto queria, o tempo parecia estar contra ele, por sorte, ao convencer Hank, Marlim ganhou tempo, só precisava dar um jeito de fazer Dory e ele se apaixonarem, estava decidido, mesmo a decisão de seu envolvimento com Dory não depender de sentimentos.
No caminho conversavam coisas aleatórias, para passar o tempo, Dory, com a ajuda dos amigos, contou sobre sua aventura para encontrar seus pais. Hank não dizia nada além do necessário, respondia objetivamente e friamente as perguntas de Dory, referente a aventura contada pela mesma. Hank estava perdido nos seus pensamentos, não prestava a atenção em nada...

Narração/pensamento HANK

Estava finalmente, acreditando novamente no amor, eu doei meus corações a ela para sempre... Cheguei a pensar "dessa vez é diferente." Só que não! Por que me deixei acreditar que milagres podiam acontecer? Agora eu tenho que fingir que não estou nem aí... Todo mundo podia ver que eu confundi os meus sentimentos com a realidade, cara, eu poderia jurar que aquela canção foi composta pelos meus corações... Não consigo acreditar! Como pude ser tão cego? Os sonhos são feitos para quando se está dormindo. Agora, esta na hora de acabar com esse conto de fadas, talvez fosse melhor eu ir embora, sim! Ir embora, não sei se conseguiria esconder o que sinto por muito tempo, mas se eu for embora será mais fácil, não terei que disfarçar, porque não aguentaria por muito tempo. Isso, ir embora... Mas como fugir? Se eu ficar... Não! Vamos Hank, apenas vá embora e não olhe pra trás. Por que se o coração dela quebrar, vai doer muito em mim... Eu sei que sou forte, mas eu não aguento isso. Antes que seja tarde demais, eu preciso ir... Apenas ir embora! Mesmo sabendo, que eu nunca vou sobreviver ao que vai vir, sem ela. Eu sei que não é culpa de ninguém, simplesmente estamos destinados ao fracasso, somos o oposto... Não será dessa vez que eu irei me render! Eu tenho que deixar ela ir, para não a magoar mais. Preciso proteger ainda mais meus corações, e minha alma, levantar defesas para nunca mais me apaixonar... Não de novo! Mas acho que isso não será o problema... Apenas vou ir embora quando essa confusão acabar, todos os meus corações vão se partir, vai doer muito, eu não sei se vou sobreviver a isso, mas por ela, para o bem dela... É o melhor a se fazer, mesmo que seja o mais difícil e doloroso, preciso fazer isso.

Narração/pensamento HANK OF

Já nadavam durante cinco horas sem parar:

— Gill, podemos parar um pouco para descansar? Eu tô é morto! (Diz Nemo)

— É Gill, melhor descansarmos um pouquinho, e comermos algo, e depois continuar. O Nemo é apenas uma criança, precisa dessas paradinhas... Dez à quinze minutos, estará bom. (Diz Marlim)

— Tudo bem, vamos parar por vinte minutos. (Diz Gill)

Hank se afastou, como de costume, Dory o viu e decidiu ir até ele, mesmo clima não sendo convidativo. Ela não entendia o porquê disso, por que ele estava a evitando? Não sabia se havia feito algo errado e agora havia esquecido, mas sentia que havia algo errado com ele. Suas memórias entre eles ainda estavam em sua mente, era a única lembrança que tinha, todas haviam sumido, mas essas prevaleceram, ela achava fantástico poder se lembrar disso. O que ela sentia por ele era forte e intenso, era verdadeiro, disso Dory tinha certeza. Agora, ela precisava saber o que realmente estava acontecendo com Hank.


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Notas finais do capítulo

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Diga o que achou do capitulo, dá história, quais são as expectativas, o que precisa melhorar... Enfim, COMENTE!



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