Jovem Tom Riddle escrita por Milahr


Capítulo 44
Após Hogwarts




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Lorena não suspeitou de nada ao ver o comportamento de Biancah mudar, mas ela precisava descobrir mais sobre sua própria origem, então esperou que a aula de transfiguração acabasse e deixou-se ficar junto a Dumbledore para poder questioná-lo.

— Professor, preciso falar com o senhor. O senhor tem um minuto? – ela perguntou meio hesitante porque apesar de tudo gostava do professor.

— Claro, senhorita, apesar de já saber do que se trata. Seus pais me enviaram uma carta. – ele disse piscando um olho e se sentando na beirada da mesa enquanto Lorena o olhava apreensiva.

— Por que professor? Por que não quis ficar comigo e por que nunca me contou a verdade? O senhor não sabe como eu me sinto traida... e eu gostava tanto do senhor... – ela começou tentando manter o tom de voz calmo conforme Tom a instruíra.

— Eram tempos difíceis. Temi pela sua segurança se a criasse. Grindewald tentou exterminar o que me restava de família e uma recém nascida seria bem vulnerável. – ele tentou explicar com uma tristeza no olhar.

— Grindewald já foi derrotado...

— Ainda sim é arriscado. Como descobriu? – ele perguntou porque não conseguia invadir a mente dela.

— Não importa. O que importa é que eu preciso saber sobre a minha mãe! Quem era ela? – ela perguntou.

— Irmã de Grindelwald. Isso tornava as coisas piores. Grindewald a matou depois que soube do nosso envolvimento, por assim dizer. – Dumbledore prosseguiu.

— Entendo, mas dói saber que não confiou em mim. Nem o senhor e nem os meus pais. Tom é o único que não mente pra mim. Tenho sorte de tê-lo comigo. – ela disse tentando conter as lágrimas. Tom disse para ela nãoao chorar.

— Quanto ao senhor Riddle, tem certeza de que será feliz com ele? – Dumbledore perguntou preocupado

— A mais absoluta. Eu o amo mais do que tudo e farei uma família verdadeira com ele já que a minha é uma mentira. Não sei se vou perdoá-lo um dia professor. Com licença. – ela completou se retirando apesar dos protestos de Dumbledore pra que ela ficasse.

Após sair da sala, ela foi correndo até Tom para contar sobre a conversa e foi difícil esconder a satisfação dele ao saber que além de filha de Dumbledore, ela tinha o sangue de Grindelwald nas veias.

O resto do ano letivo foi tranquilo em Hogwarts, e o resultado dos NIEM's não poderiam ter sido melhores para Tom, já que ele conseguira ótimo em todos enquanto Lorena conseguiu 5 ótimos dos 8 que prestou.

A Formatura foi bastante nostálgica para os que se despediram do Castelo. O Professor Slughorn não parava de pedir fotos com os seus alunos favoritos, mas quando toda a cerimônia acabou, Tom se lembrou de cumprir uma promessa.

— Vem comigo! – ele sussurrou no ouvido de Lorena, interrompendo uma conversa que ela estava tendo com as amigas.

Ela deu a mão pra ele e juntos foram em direção a um banheiro feminino. Lorena achou aquele fato muito estranho, e então perguntou.

— Tom, esse é o banheiro das meninas! Nunca mais vim aqui desde que... – ela não conseguiu terminar a frase, mas queria dizer que não fora lá desde a morte de Murta.

— Tenho uma promessa a cumprir! – ele disse soltando a mão de Lorena e indo até uma escultura do banheiro.

Ela o ouviu sibilar alguma coisa em língua ofídia. Ela arregalou os olhos quando viu a coisa se levantar revelando um túnel. Tom Riddle estava levando-a para a Câmara Secreta.

— Eu queria lhe mostrar o basilisco, mas acho que seria arriscado, porque basta uma olhada nos olhos dele para que você morra. Com a Murta foi assim – ele disse com a maior tranquilidade que a voz dele podia aparentar.

— Mas é muito legal aqui em baixo, quer dizer, é tudo bem calmo, sereno... – ela falou ainda trêmula enquanto segurava a mão de Tom.

— Eu gostava de vir aqui quando precisava pensar. – ele respondeu.

— Mas, nunca teve medo desse basilisco chegar do nada?

— Não, porque ele só vem quando é chamado. Além do mais, ele obedece à mim quando falo em língua ofidia. É mais obediente que um cachorro. – ele respondeu tranquilamente e Lorena apenas assentiu.

Ela não quis ficar lá por muito mais tempo, então minutos depois, eles voltaram para a superfície. Hogwarts havia acabado e a vida começaria de verdade. Ela estava feliz, má também tinha medo de como Tom agiria agora que não tinha mais regras a seguir.

(...)

O tempo parecia voar depois que Tom terminou a escola. Já fazia quatro meses desde que ele alugara um quarto no caldeirão furado e começara a trabalhar na Borgin & Burkes, apesar dos protestos da grande e esmagadora maioria dos professores. Ela havia começado como balconista, mas em duas semanas ele já fora promovido.

Agora a função dele era a de vistar bruxos e a convencê-los a vender os seus tesouros para a loja, o que ele fazia com sucesso, fosse pela sua aparência ou pelo poder de persuasão que ele possuía.

Lorena havia começado a sua pós em poções. O ritmo dos estudos era puxado, mas ela buscava dividir o seu tempo entre os estudos, Tom e os preparativos do casamento que seria dali a dois meses. Tom se recusou a ver qualquer coisa sobre o casamento, alegando estar cansado demais pelo trabalho. Lorena sabia que era mentira, mas ela não queria obrigá-lo a nada.

Tom saía de mais um dia de trabalho quando deu de cara com Lorena o esperando-a na porta da Borgin & Burkes. Ele não sorriu porque não gostava que ela fosse praqueles lados sozinha, mas a beijou assim que ela envolveu o pescoço dele em um abraço.

— Acabei de comprar meu vestido de noiva! – ela disse enquanto afastava uma mecha do cabelo dele do rosto. Após Hogwarts, Tom decidiu deixar o cabelo crescer, o que lhe caiu muito bem - minha mãe o levou pra casa, e eu vim te ver.

— Podia ter me esperado no Caldeirão Furado! Sabe que eu não gosto quando vem aqui. Não é lugar pra você! – ele disse frio, embora estivesse feliz por ela estar ali.

— Você podia demorar a chegar... por isso achei melhor emboscá-lo aqui. Está com fome? – ela perguntou segurando a mão dele para saírem de lá

— Eu estava pensando mesmo em parar em algum lugar antes de ir pro Caldeirão Furado. Não gosto do que servem lá. Acho que eu nunca pensei que sentiria falta de comida de Hogwarts. – ele disse com o cenho franzido

— Quando formos casados, vou fazer o seu prato favorito todos os dias pra você! – ela disse enquanto entravam em uma lanchonete bem frequentada no Beco Diagonal

— Quando nos casarmos, teremos um elfo doméstico. – ele respondeu seco enquanto sinalizava para algum garçom – sr. Burkes me deu um aumento. Ganho três vezes mais do que quando eu comecei. Acho que ele tem medo de eu querer um emprego melhor quando me casar com você.

— Isso é maravilhoso, meu amor. À propósito, amanhã começaremos a distribuir os convites. Se tiver mais alguém que queira convidar me diga para eu escrever ainda hoje. Aliás, já viu a sua roupa? Eu até escolheria com você, mas dizem que dá azar. Minha mãe disse que se você quiser, ela vai com você. – ela respondeu ainda animada

— Por mim, não convidaria ninguém. Iríamos só nós dois e o cerimonialista. Quanto à minha roupa, o professor Slughorn disse que vai me presentear com ela. Então não preciso me preocupar. Já viu onde vamos morar? – ele tornou a perguntar

— Eu queria ver isso com você...

— Sabe que não tenho tempo. Qualquer lugar é um bom lugar... quando se tem você. – ele suavizou o tom de voz propositalmente para evitar mais uma discussão desnecessária que terminava com ela dizendo que ele tinha que ser mais participativo e que ela não se casaria sozinha.


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