Jovem Tom Riddle escrita por Milahr


Capítulo 45
A felicidade que durou pouco


Notas iniciais do capítulo

Demorei muuuuuito para postar, mas é que eu perdi os capítulos e acabei desanimando de escrever...
Mas aí animei de novo kkkkk, e aqui estou de volta.

Provavelmente eu não conseguirei mais fazer capítulos diários, pelo menos enquanto eu não tiver um surto criativo, mas eu já tenho ideias para que eu não demore a postar.

Desculpem o transtorno e agora vamos aos capítulos.



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Com a rápida passagem de tempo, o dia do casamento de Tom e Lorena não demorou a chegar. Ele não estava nervoso nervoso, só queria que tudo acabasse o mais rápido possível porque não tinha paciência pra ficar horas em uma festa, e ele sabia que Lorena não gostaria se ele saísse mais cedo, e afinal, o que custava dar um pouco de felicidade a sua futura esposa?

A cerimônia estava marcada para as 19:00. Seria num local alugado e escolhido por Tom. Às 18:00, Tom se remexia nervoso entre os convidados porque não gostava de ficar esperando, de não ter o controle dá situação. O professor Slughorn tentava acalmá-lo junto a Avery e Kim, mas era em vão.

Para o desgosto de Tom, Dumbledore também estava no local, mas para a felicidade de Tom, o professor preferiu não chegar perto dele.

— Calma, Tom, daqui a pouco ela estará aqui, meu jovem. – dizia o professor Slughorn divertido quando Tom olhou no relógio pela milésima vez

— Eu sei, ela não seria louca de me deixar aqui, mas não vejo a hora disso tudo acabar e eu me casar logo! – ele respondeu impaciente.

— Ele está preocupado é com as núpcias! – disse Kim rindo fazendo Tom e Avery revirarem os olhos, e o professor Slughorn gargalhar com vontade.

Às 19:00, Tom já se posicionara em seu lugar. Passaram-se 10, 15, 20 minutos e nada de sua noiva aparecer. Ele chegou a considerar mesmo ser abandonado em sua cerimônia de casamento, mas quando deu 19:30 em ponto, ele ouviu uma agitação que só podia significar que ela havia chegado.

Tom respirou fundo e tentou manter a calma, mas toda a irritação sumiu quando ele a viu. Ela estava linda com um vestido branco com uma cauda longa. Seu pai guiava-a até ele, e ele a olhava paralisado.

Queria ir até lá, tomá-la nos braços e beijá-la, mas ele sabia que precisava se controlar. Teria tempo para todas as essas coisas e tudo o mais que ele queria fazer com ela mais tarde. À medida que ela se aproximava dele em passos lentos, ele via o sorriso dela aumentar e ele pôde jurar que nunca a vira mais linda. 

A cerimônia foi rápida, mas assim que foi anunciado que estavam casados, ele não se segurou mais e a beijou tão intensamente, inclinando o corpo dela levemente pra trás que ela teve que se agarrar ao pescoço dele para que não caísse enquanto todos riam da cena.

— Agora podemos pular para a parte que eu te pego no colo e te levo pra cama? – ele perguntou, levando um tapa dela em seguida o que o fez rir

— Fala isso baixo! – ela respondeu também risonha – Venha! Temos que cumprimentar os convidados!

Para Tom, essa foi a parte mais chata da festa, tirando o fato de poder contemplar o semblante de tristeza no rosto de Dumbledore quando ele e Lorena foram cumprimentá-lo.

— Felicidades, meus jovens. - dizia o antigo professor. 

— Certamente seremos felizes... - respondeu Tom com ironia, enquanto Lorena dava um abraço no professor. Ela era boazinha demais e parecia já tê-lo perdoado. Tom detestava isso.

Após as formalidades, Tom afastou-se de Lorena e foi se reunir com os amigos que ergueram as taças enquanto diziam em uníssono “ao lorde das trevas”, despertando curiosidade e estranheza nos que estavam prespresentes.

— Já temos autorização para chamá-la de milady, milord? – perguntou Kim, fazendo os demais sorrirem.

— Se ela assim desejar... – Ele respondeu tomando uma taça para si para começar a beber.

Quanto mais a noite avançava, mais bêbado Tom ficava. Lorena não gostou de ver Tom se embebedar, mas não queria se indispor com ele no dia do casamento deles, então ela preferiu se manter longe, ficando sentada com as antigas colegas de escola.

— Não devia deixar o seu marido beber desse jeito! Aposto que se tivesse se casado com Malfoy, ele estaria posando para fotos junto a você e sendo o príncipe encantado que toda mulher sonha! – criticou Juliene que nunca mais conseguiu ter nem um pouco de simpatia por Tom.

Malfoy havia sido convidado e praticamente obrigado a assistir a cerimônia. Tom queria causar está tortura porque descobriu através da legilimência  que o loiro ainda nutria sentimentos por sua esposa.

— A festa também é dele, então ele tem o direito de se divertir como desejar... – Lorena respondeu para encurtar assunto.

Ela não gostava que falassem mal de Tom, por mais que ela concordasse com as críticas.

— Bom, você que sabe, quando vão estrear a pista de dança? As pessoas já estão olhando ansiosas pra lá... – disse Juliene para justificar sua vontade de dançar

— Tens razão. Acho que vou lá buscá-lo agora. – disse Lorena se levantando para ir até Tom

— Se ele não se aguentar em pé, dance com Malfoy! – provocou Juliene e Lorena a ignorou

Após a intimação da agora esposa, Tom foi praticamente arrastado para a pista de dança porque ele queria ficar sentado e bebendo à noite inteira. Para a surpresa de Lorena, apesar de bêbado, o marido conseguia dançar bem, e após a primeira dança como marido e mulher, todos se animaram, indo dançar também.

Tom não soube dizer até que horas a festa se estendeu, mas dada às 2:00 da manhã, ele saiu acompanhado de Lorena para a primeira noite deles como casal que seria na própria casa deles. Lorena escolheu uma casinha pequena perto da praia para morar com Tom, o que pareceu ser uma escolha perfeita pra ele. Após alguns feitiços de proteção antitrouxa, a casa parecia perfeita.

No início, Lorena não queria se relacionar com Tom pelo fato de ele estar completamente bêbado, mas acabou cedendo a ele quando sentiu o roçars dos lábios dele  pescoço dela.

Tanto Tom quanto Lorena ganharam uma semana de férias no trabalho e nos estudos para terem uma mini lua de mel que eles preferiam aproveitar em casa mesmo. Eles nunca se sentiram tão felizes por terem um ao outro o tempo todo sem se preocupar com o risco de alguém chegar fazendo com que eles tenham que se separar.

Aos poucos, eles foram descobrindo que a vida de casados era maravilhosa. Passavam o dia todo ocupados com o trabalho e os estudos, mas as noites eram inteiramente deles.

Sem que eles percebessem, contabilizaram 2 anos de casados. Quase nunca brigavam e tinham uma vida normal como qualquer casal apaixonado, mas Lorena sentia que aquilo não duraria para sempre e que uma hora Tom se cansaria e sairia em busca de poder. Infelizmente, pra ela, esse dia chegou mais cedo do que ela esperava.

Ela estava sentada no sofá quando Tom chegou do trabalho dizendo que precisavam conversar:

— Lorena, eu pedi demissão da Borgin & Burkes. – ele contou sendo direto enquanto se sentava ao lado dela no sofá

— Mas por que? Pensei que gostava do trabalho lá... sr. Burkes me disse, uma vez, que morreria se um dia te perdesse. Tudo bem que eles te fazem trabalhar demais lá, mas isso é... Inesperado.

— Eu gosto do trabalho lá, mas não planejei passar a minha vida inteira naquele lugar. Eu só ficaria o tempo necessário para conseguir algumas coisas que eu já consegui há tempos. Na verdade, eu estava adiando a partida. – ele respondeu olhando-a fixamente

— Partida? Nós vamos embora? – ela perguntou

— Nós não, eu vou partir. Você fica. Preciso iniciar a minha busca por poder. Fiz muitos contatos na loja. Agora já sei qual caminho traçar. Tenho que me aperfeiçoar nas artes das trevas. – ele disse

— Mas Tom, somos casados! Eu não quero e não posso ficar sem você! Eu pensei que você já tinha desistido dessa loucura de artes das trevas. – ela respondeu com os olhos já marejados – e por quanto tempo vai ficar fora? Você está terminando o nosso casamento?

— Eu nunca desistiria da minha maior ambição e você deveria saber bem disso. – ele disse frio – Preciso partir imediatamente porque eu já estava começando a gostar de levar essa vida pacata, e quanto mais tempo eu ficar, mais difícil ficará de eu partir depois. Eu não sei por quanto tempo ficarei fora, mas posso demorar a voltar e por isso tenho que ter a certeza de que ficará bem. – ele respondeu segurando o braço esquerdo dela – você será a primeira a receber a marca negra. Através dela eu saberei se você está bem, e caso esteja em perigo, basta pressionar a varinha sobre ela que eu virei ajudá-la

— Eu não quero ter aquela coisa horrorosa em mim! – ela respondeu indignada puxando o braço de volta

— Mas é necessário. Por favor, é por mim. Deixe-me marcá-la. – ele pediu voltando a tocar o braço dela que dessa vez não recuou. Podia passar o tempo que passasse, mas ela nunca conseguiria dizer não pra ele – vai arder um pouco, mas vai passar logo. Posso marcá-la?

— Pode. – ela disse ainda chorosa

Com a mesma delicadeza que ele segurava o braço dela, ele deixou-o esticado e tocou a ponta da varinha no braço dela enquanto murmurrava um encantamento baixinho. Ela teve a sensação de ter o seu braço queimado vivo, mas antes que ela pudesse gritar a dor parou, fazendo-a olhar para o braço que ao invés de queimado, continha uma tatuagem de um cobra saindo da boca de um crânio. Era a marca negra que Tom havia lhe mostrado anos atrás na escola.

— Essa marca vai me manter informado sobre as suas emoções, sem dizer que sempre poderá me chamar por ela caso esteja em perigo. Você vai precisar se proteger mais daqui pra frente. Sugiro que se mude para a casa de um amigo. Kim disse que pode ficar na casa dela até que eu retorne. – ele disse enquanto ficava de pé – vou partir agora.

— Não, por favor, Tom! Fica só mais essa noite! Deixe-me despedir de você já que vamos demorar a nos ver novamente. Só mais essa noite e depois prometo que o deixarei partir. –ela pediu quase suplicante e ele estudou-a por alguns instantes

— Está bem, só mais essa noite. Partirei amanhã ao amanhecer. – ele disse vencido

— Obrigada, meu amor, agora só me abraça! Quero aproveitar cada segundo perto de você. – ela disse e ele sorriu voltando a se sentar ao lado dela

Ficaram abraçados por muito tempo até que ela adormeceu nos braços dele. Então, ele se levantou com cuidado, pegando-a no colo com delicadeza e a levando para a cama, para que passassem a última noite juntos.

Apesar de todo o cuidado que ele teve para que ela não acordasse, ele viu os olhos dela se abrirem no instante em que o corpo dela tocou o colchão da cama. Sem dizer nada, ela puxou-o pra si, fazendo com que ele caísse por cima dela é o beijou com desejo. Se aquela seria a última noite deles, ela faria valer à pena.

Ela nunca esteve tão entregue a ele quanto naquela noite, mas a manhã chegou, e na primeira hora do dia, Tom já estava de pé pronto para partir.

— Meu amor, eu pensei no que você disse sobre eu me mudar para a casa de um amigo, e eu quero dizer que não farei isso. Sei me cuidar. Tive um bom professor na escola. – ela disse se referindo a ele.

— Como queira. Mas, cuide-se. Quero vê-la bem quando eu retornar. – ele respondeu antes de tocar os lábios dela com delicadeza num beijo calmo e terno.

— Eu vou te esperar pra sempre, não importa quanto tempo demore! Ainda quero ter os nossos filhos pra deixar a nossa família completa. – ela retrucou antes de abraçá-lo forte.

— Certamente. Agora, preciso ir. – ele disse se soltando do abraço. – Cuide-se bem.

Foi a última palavra que ela escutou o marido dizer antes da separação porque ele desaparatou assim que terminou a frase. No mesmo momento, ela se sentiu arrasada e foi impossível conter as lágrimas. Ela chorou muito durante todo restante do dia porque além de vê-lo se afastar, ela sabia que as coisas nunca mais seriam as mesmas quando ele voltasse e era isso que ela temia.


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