A garota na armadilha! escrita por Sua mãe


Capítulo 3
Capítulo 3 - Queijo Coalho Grelhado


Notas iniciais do capítulo

Então é nataaaaal.......
FELIZ NATAL SUAS LINDAS E MARAVILHOSAS PESSOAS QUE ACOMPANHAM MINHA FANFIC APESAR DE EXISTIR COISA MELHOR PRA FAZER!!!
Primeiro um pedido rápido de desculpas: Sim, eu sei que demorei pra postar, MÃS eu tenho uma boa desculpa: como eu não nasci de família rica, tenho que trabalhar. E, como eu trabalho em hotel, o final de ano é um IN-FER-NO! Então já adianto que o capítulo tá meio confuso porque foi escrito aos picadinhos... MAS EU DOU MINHA PALAVRA QUE O PRÓXIMO ESTARÁ MARAVILHINDO!



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—Vai sair hoje de novo? — Papai perguntou, sem tirar os olhos do jornal. Eu procurava minhas chaves na gaveta da bagunça. Quando eu ia aprender a guardar tudo no lugar certo?

—Aham.

—É a terceira vez essa semana. Não está ficando cansada no dia seguinte? — Será que eu tinha deixado no meu quarto?

—Não, estou bem. — Ah, claro! O potinho da cozinha! Certeza que estava lá!

—Você ainda se lembra da primeira regra, certo? Ei, está me escutando? — Ahá! Como eu imaginava! Agarrei as chaves e saí correndo porta afora.

—Aham, aham, não volto tarde! — Gritei, enquanto entrava no carro. Era o meu terceiro encontro com o Casey e ele AINDA não tinha tomado uma atitude. Éramos apenas… casuais. Casualmente indo a cafés, casualmente conversando na faculdade, casualmente flertando e eu casualmente passando a noite acordada pensando nele.

Ou ele estava sendo casualmente tímido ou casualmente rindo da minha cara.

Quando estacionei no Tea Garden (a cafeteria fofa da cidade), podia ver Casey através das vidraças. Meu peito apertou. Entrei rapidamente.

—Tá uma gata, gata. — Ele saudou enquanto eu me sentava (modéstia a parte, eu estava mesmo. Vestido azul envelope com estampa paisley e botas marrons de cano alto. Tudo no brechó, mas ele não precisava saber disso).

Claro que ele sorria.

—Você tem dito isso nos últimos três dias, Casey. — E, por falar nisso, que tal parar de falar e fazer?

—Bem, gata, isso é um fato. Já escolheu?

—Aham. Chá de camomila com mel e favas de baunilha e… uma fatia de red velvet. E você? — Casey não respondeu de imediato, só me encarou.

E me encarou.

E me encarou mais um pouco.

—Nós… nós estamos brincando do jogo do sério?  — Eu disse, finalmente. Casey ficou vermelho, mas deu um grande sorriso. O sorriso das covinhas.

—Desculpa. Juna, eu sei que a gente só saiu quatro vezes e só… han… ficou uma, mas eu gosto mesmo de você, sabia? Eu pensei que tivesse sido algo de momento, mas é um momento que não passa. E eu… não quero que ele passe.  Gosto mesmo de você, Juna Lovelace. — O momento era perfeito. As luzes suaves da cafeteria tornavam tudo aquilo mais bonito e o sorriso dele era tão quente… então porque eu estava com um pé atrás?

—Casey… Eu não tenho palavras pra expressar o quão lisonjeada eu me sinto, mas… tem certeza? Nós nem nos conhecemos tão bem! — O sorriso dele foi morrendo aos poucos, e eu me senti horrível.

—Você está… absolutamente certa, Juna. Mas se é esse o problema, então, vamos ser abertos um com o outro. Me pergunte qualquer coisa e eu responderei o mais honestamente possível. E você faz o mesmo, certo?

—Muito justo. Eu começo então…. Qual o seu sobrenome? — Ele força um sorriso.

—Wickham.

—Wickham tipo em “Orgulho e preconceito”? — Levanto uma sobrancelha. O que eu queria dizer era “tipo aquele canalha de orgulho e preconceito?”, mas não me atrevo.

—Sim, espertinha. Minha vez, tá bom? Por que você está tão hesitante? — Ele me encara e um arrepio sobe pelas minhas costas. De repente, me lembro de estar no colo dele, me movendo desesperadamente. Fico vermelha.

—Porque… Eu nunca namorei. Nunca estive com alguém que ocupasse minha mente dia e noite, que fizesse eu sonhar acordada, alguém que faça meu coração pular uma batida, sempre que sorri para mim… e eu percebi que você pode ser esse cara, meu cara. Eu gosto demais de você, Casey Wickham. Mas não quero machucar a gente. — Minha última linha sai num sussurro. Ele está me encarando, e eu sinto como se estivesse vendo muito mais do que eu disse.

Sinto como se ele soubesse que eu não fui totalmente sincera.

—Pode me fazer outra pergunta, Juna. — Ele diz, gentilmente. Estou encarando a mesa fixamente. Não quero olhar para ele quando eu fizer a pergunta.

—Porque eu? Olha, honestamente, você não é um cara horroroso, é bacana... O que você vê em mim? — Ele deu um suspiro bem longo, abriu a boca e...

—Desculpe interromper, mas posso tirar o pedido de vocês? — … E a garçonete loira, com uns peitões gigantes me interrompeu.

—Tudo bem… um americano curto e um chá de camomila com mel e favas de baunilha. E duas fatias de red velvet.  — Ele deu uma piscadela e a garçonete saiu. Ah, ela tem peitões, grande coisa, pelo menos eu tenho… hã… eu… tenho um bom coração? Um coração acessível?

—Ok, voltando a minha pergunta, antes que a garçonete volte e pule em cima de você…

—Acho difícil ela pular, os seios são pesados demais. No máximo, ela vai se atirar. — Fiquei sem palavras. Seria muita frescura dizer que eu senti lágrimas umedecendo meus olhos?

Dois segundos depois ele começou a gargalhar.

—Você é tão bonitinha! Como eu não vou gostar de você? Mas, respondendo a sua pergunta, Juna, eu gosto de você porque… eu sinto que nós somos iguais. Eu vejo você em mim.

—Isso significa que eu pareço um homem ou que temos afinidade? — Provoquei.

Ele ergueu uma sobrancelha.

—De acordo com as evidências coletadas até agora, você, Juna Lovelace, não se parece com um homem. Embora eu não vá reclamar de uma investigação mais… aprofundada. — Ele disse, solene. Enrubesci, enquanto a loira peituda voltou para nos sevir. Comemos o bolo, falando sobre coisas mais leves (como por exemplo o fato de a massa estar seca. Que absurdo!).

Quando a garçonete retirou os pratos e nós pagamos (nada de correr sem pagar dessa vez), Casey sugeriu uma caminhada e eu aceitei. Caminhamos em silêncio, curtindo a brisa da noite. Eu senti os pelos dos meus braços se arrepiarem, mas me mantive em silêncio.

—Não sabia que você era tão orgulhosa. — Ele disse, de repente.

—Eu? — Estranhei.

—Porque não admite que está com frio, pra eu poder te abraçar, ou te dar minha jaqueta, ou qualquer outra coisa digna de um cavalheiro? — Paramos em uma esquina. Ele não olhava diretamente pra mim, mas sorria, divertido. Suspirei, virando me para ele, que fez o mesmo.

—Estou congelando, Casey Wickham. Por favor, pode me esquentar? — Pedi, fazendo o bico mais ridículo que conseguia. Sem dizer nada, ele me envolveu em seus braços e eu afundei o rosto em seu peito. Eu conseguia sentir o calor mesmo atráves das roupas… Me lembrei de como era bom o cheiro dele, algo entre Old Spice e alecrim. O tipo de cheiro que faz você querer se aninhar com a pessoa e não soltar nunca.

Talvez o nosso começo não tenha sido o mais romântico e tradicional, talvez fosse precipitado demais.

Talvez.

Ergui o rosto, para encontrar um olhar quente e carinhoso me encarando. Sem dizer nada, ele colou os lábios nos meus, sem fazer pressão. Passei os braços por detrás do seu pescoço e, delicadamente abri minha boca. As mãos de Casey apertaram a minha cintura, enquanto ele me puxava para mais perto. Eu senti tanto a falta daquilo! Como eu tinha sobrevivido, tão perto dele e tão longe dessa coisa maravilhosa?

Após alguns segundos, nos separamos, para minha tristeza. Ele me encarava e eu devolvia o olhar.

—Então… acho que agora nós estamos juntos. — Declarei, um pouco envergonhada.

—Acho que sim. Digo, não é como se eu tivesse algo melhor pra fazer… — Diante dessa provocação tão absurda, não tive escolha a não ser beija-lo. E depois lhe dar um tapa bem no meio da fuça, pra ensinar respeito.

—… Do what I dare, oh, oh, oh I wanna be free, yeah, to feel the way I feel… — Cantarolei, fechando a porta de casa suavemente. Mas, talvez, meu cuidado tenha sido um pouco exagerado, porque meu pai estava na poltrona, me esperando.

E fazendo a cara que ele fazia pra espantar criancinhas do nosso quintal.

Oh-oh.

—Se divertiu? — Ele pergunta.

—Hã… sim, sim. Tomei um chá muito bom… — Digo, olhando para os meus pés. Sinto papai assentir.

—Bom, bom. Você vai trazer ele aqui, alguma hora?

—Pai!!! — Eu praticamente berro, erguendo o olhar. Mas papai continua me encarando, firme e forte. Como é que ele sabe?

—Juna, minha filha, está tarde e eu preciso dormir. Mas, tenha isso em mente: tudo o que fazemos na vida, tem consequência. Você pode achar que sair toda a noite ou namorar logo no primeiro semestre não fará diferença, mas você vai sentir mais pra frente. Caspice? — Papai diz, se levantando. E com um bocejo, ele vai para o quarto.

E, bem, vermelha e arrasada é pouco para resumir como eu me sinto. Quero (muito) ficar brava, mas dezessete anos de convivência me ensinaram que, ás vezes, o melhor contra ataque  é não fazer nada. E “esquecer” de fazer o café da manhã dele. Finalmente, tiro minhas botas e subo para o quarto. Senti o celular vibrar a noite toda, Taylor deve estar arrancando os cabelos de curiosidade!

Me jogo na cama, de vestido e tudo e me preparo para uma longa (e detalhada) sessão de mensagens com Tay, e sou bombardeada com uma cascata:

“OMG, ele feiz alguma koisa hj?”

“Rolou Bjo?????? Rolou… vc sabe? kkkkkkkkk”

“Para d enrolar e respond… to intediada!”

OK, é bom vc estar encaxando o lego p/ demorar tanto p/ responder!”

Pensando bem, se vc estiver fzendo lesko-lesko pode responder depois…. MAS COM DTALHES, PFVR!”

 

Suspirei, rindo. Claro que ela sempre ia se focar nisso… mas ao mesmo tempo, me preocupava um pouco. Comecei a responder imediatamente:

“Primeiro: n tem dicionário aí em NY? Segundo, rolou bjo sim… ele me pediu pra ser a garota dele, lol! Aliás, vc n tem mais o que fazer além de cuidar d minha vida?”

Sorri, enquanto enviava a mensagem. Sim, havia algo me incomodando naquele pedido repentino, mas talvez eu devesse deixar a paranoia de lado e abraçar a felicidade.

Resolvi ignorar os sinais de alerta e me jogar de cabeça.

 


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Notas finais do capítulo

Então, suas pessoas maravilhosas... Sabia que cada vez que você esquece de comentar a fanfic um tiozão faz a piada do pavê ou pacume?
REFLITÃO
(Falando nisso, n sei se vcs perceberam, mas eu respondo os comentários no dia que eu posto capítulo novo?... ou seja, eu não sou uma esnobe-que-não-responde, só gosto de matar dois coelhos com uma caixa d'água só, como diria meu avô)



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