Parada Inespearda escrita por juremmão


Capítulo 3
Um dias a menos


Notas iniciais do capítulo

Hey, olha qm esta de volta! Sim, decidi aparecer. Primeiramente quero agradecer de coração Luz, que esta me ajudando a revisar os capitulos sem ela isso estava cheio de erros de gramatica. Muito obrigada Luz, mesmo. Quero pedir desculpas a quem acompanha a fanfic pelo atraso, me deu um bloqueio e isso é horrivel, eu queria escrever, mas não saia um nada. Esse fim semana passei ele todo na frente do not escrevendo esse cap, e pra deixar vcs feliz, Luz esta me ajudando com o proximo e ja temos um parte dele. Sem mais, espero que vcs gostem, fiz de coração, bjjs no coração e boa leitura.



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Mais um dia amanhecia na cidade de Storybrook, pessoas iam e vinham com a mesma calmaria de sempre. Regina não havia dormido nada na noite passada por causa da cama improvisada, não era nem um pouco confortável o projeto de cama que lhe arrumaram – pequena, dura e que passara a noite rangendo. A morena agora caminhava pelas ruas, era tudo tão calmo, até o sol parecia menos quente naquela pequena cidade. Ficara sabendo pelo policial Hopper que seu carro estaria em uma oficina no centro da cidade e foi andando ate lá. Dava passos largos para a oficina no fim da rua, a mesma tinha um letreiro vermelho que dizia “Oficina dos Nolans”. Avistou uma pessoa com a cabeça enfiada no interior do capô de uma camionete em frente à oficina.

— Com licença, eu queria saber do meu... – parou de falar assim que a tal pessoa levantou a cabeça, não acreditava no que seus olhos viam.

Emma estava com sua camionete na oficina ajeitando algo no motor da mesma, assim que ouviu a voz rouca da outra levantou a cabeça com um sorriso de canto, querendo ou não estava gostando de irritar a morena apenas com sua presença.

— Emma Swan – falou com desdenho.

— Qual o problema? Nunca viu uma mulher trabalhar com mecânica ou esta preocupada porque terá de ser educada comigo pra ter o carro de volta? – falou andando pondo nos ombros uma flanela que usava para limpar as mãos.

Emma estava trajando uma calça jeans apertada de lavagem escura, uma regata branca que deixava as alças do sutiã preto que usava por baixo da mesma à mostra, em conjunto uma bota de cano alto marrom nos pés, sua jaqueta estava jogada de qualquer jeito em cima de alguns bujões de gasolina que haviam por ali, seus cabelos estavam presos num rabo de cavalo e alguns fios teimavam em se soltar de vez em quando. Regina tentou a todo custo manter seus olhos fora da loira e dos braços definidos da mesma. A morena revira os olhos para o que a loira falou e fica de costas como quem estivesse preste a desistir de ter o carro e ir embora, mas a palavra “carro” ecoou pela mente da morena e logo quis afastar todas as desavenças que teve ate agora com a loira.

— Dá pra gente começar do zero? – ela estava disposta a ter o carro e uma richa com a loira não iria tirar isso dela.

— Tudo bem, você primeiro – concorda Emma jogando a flanela laranja que tinha nas mãos em um lugar qualquer dentro da oficina e fechando o capô da camionete.

— Olha... Desculpa por não ter sido tão legal com você, desculpa por ter te chamado de caipira e desculpa também por... Por... Vamos economizar tempo e ficar só no desculpa – sugeriu dando um sorriso falso no final.

Emma que havia pegado sua jaqueta e já havia vestido ouvia a tudo calada com um sorriso de canto, enrolava a manga da jaqueta ate o antebraço olhava a morena enquanto fazia isso, Regina a olhava com uma sobrancelha erguida esperando a resposta da outra.

— Obrigada Dinner – agradece ao dono da oficina e vai para a porta do motorista de sua camionete – Ei doutora, aceito suas desculpas - diz a loira.

Regina a olha dentro do veiculo sem acreditar que tinha feito algo que normalmente não faria, ou seja, desculpar-se, ainda mais com uma mal educada já que não estava acostumada a faze-lo nem quando estava errada, mas ali Emma havia feito ela pedir desculpas. A loira sai com sua camionete como se nada tivesse acontecido e Regina fica olhando o veículo sumir quando ao dobra a rua, encara o nada enquanto sua mente dava voltas e mais voltas. Nunca havia saído de sua zona de conforto daquele jeito, mas aquela loira abusada tinha lhe arrancado dela sem muito esforço. É tirada do transe por um limpar de garganta do homem alto ao seu lado.

— Ela consegue me irritar tanto – falava entre dentes.

— Quem? Emma? Ela é uma boa pessoa – elogia a loira que acabara de sair – Espere para conhecê-la, ela é encantadora.

— Meu carro? – Regina pergunta dando um suspiro sôfrego – Eu só quero ver meu carro – pede.

— Ele é lindo – fala o homem ao seu lado – Pode ate leva-lo.

— É serio?!

— Lógico – caminha para o lado esquerdo da oficina onde um portão de metal estava abaixado e ele logo trata de puxa-lo pra cima, o carro estava lá dentro – Tá com a papelada dizendo que terminou o serviço comunitário?

— Não.

— Então não pode.

Regina faz careta e olha o seu carro ali, vai ate ele e deita sobre capô como se o abraçasse, não entendia o que tinha feito na vida passada ou nessa para ter que receber esse castigo.  Nunca tinha feito serviço comunitário e estava se perguntando como iria fazer aquilo enquanto caminhava ate o consultório  de David.

— Oi, tem alguém ai? – pergunta batendo na porta.

— Pode entrar – David responde de dentro.

— Vim pagar minha divida com a sociedade – fala entrando.

— Como foi a primeira noite na cadeia? – pergunta sem levantar o olhar do livro que tinha nas mãos.

— Ah, foi a melhor cadeia da minha vida – fala com deboche – E metade da cidade falou comigo no caminho até aqui.

— O que dizem as pessoas as outras em Boston? – quis saber.

— Não dizem nada... Só se precisar – diz enquanto se senta numa poltrona que tinha ali – O mais estranho é que todos me chamaram de doutora – fala pensativa – Pensei que só chamassem você.

— Cidade pequena as noticia correm – e então levanta o olhar para ela.

— Não vejo seu diploma de médico – olha em volta.

— Por que acha que eu tenho um?

— Olha, mentir não parece parte da sua vida, alias que horas é minha primeira consulta?

— Assim que chegar lá – tira os óculos que tinha sobre o nariz.

— Vou atender a domicilio? – perguntou surpresa.

—  Irá aonde eu preciso que você vá, é um juramento hipocrático.

— Não, não é – discorda.

— Mas deveria ser, sua maleta esta bem ali – aponta para a mesa ao lado dela com uma maleta preta em cima – A primeira paciente é Granny, mil setecentos e vinte cinco o número da casa, rua Pyper.

Respirando fundo Regina levanta-se como uma boa postura, mantendo toda o resto de paciência que ainda existia dentro dela, mas uma vez não acreditara no que aquele velho estava lhe dizendo. Além de fazer serviço comunitário teria que atender a domicilio.

— E eu vou como? – pergunta já saindo.

— Seu transporte está estacionado na entrada, ao lado da cerca.

De todos os transportes possíveis do mundo Regina não imaginaria que o seu seria uma bicicleta, sim uma bicicleta cor de rosa ainda por cima, assim que chegou fora do consultório e viu aquela monstruosidade encostada na cerca amaldiçoou até a quinta geração daquele velho.  Nunca se imaginou fazendo serviço voluntario e ainda atender à domicilio em uma bicicleta, ela tinha vontade de rir, pois se sua amiga Rose soubesse onde estava e fazendo o que, com certeza a morena iria ser motivo de zombaria o resto de sua vida e sua reputação no hospital onde trabalhava cairia para zero.

Com muita dificuldade conseguiu domar a bicicleta, não se lembrava qual tinha sido a ultima vez que tinha andado em cima daquela coisa e se algum dia tinha realmente andado. Com muitos praguejares e palavras desconexas chegou ao seu primeiro destino, a casa de Granny. Uma velhinha muito simpática por sinal, à atendeu e em vinte minutos estava indo para seu segundo paciente.

Já havia passado algumas horas e já tinha atendido uma quantidade significante só para aquele dia, estava indo para a sua ultima paciente, não encontrava o endereço que estava no papel em sua mão e não havia nenhuma casa ali por perto para se informar. Estava praticamente andando em círculos em cima daquela bicicleta, já estava desistindo quando uma caminhonete azul encosta ao lado dela na estrada, dentro do veiculo estava Emma.

— Olha vocês não acham úteis as placas por aqui? Eu ‘tô perdida, eu fiquei rodando por horas – Regina vai logo falando, e a loira petulante apenas olha pra ela com aquele sorriso de canto. Regina estava aprendendo a odiar aquilo.

— Diga a palavra mágica – a morena a olha incrédula, suspirando alto.

— ‘Pra cadeia, por favor – fala com desdém.

Emma coloca o “transporte” de Regina na capota de sua caminhonete e então seguem rumo o centro da cidade, havia se instalado um silencio ali naquele ambiente, Emma concentrada na estrada e Regina olhando pela janela. Vez ou outra Emma tirava sua atenção da estrada a sua frente e olhava de relance para a morena ao seu lado, e Regina por sua vez tentava ignorar os olhares que a loira estava dando para ela.

— Como você me encontrou? – resolve quebrar aquele silencio constrangedor.

— O doutor ficou com dó de você, eu disse que não precisava ficar, como estão indo as coisas? – quis saber.

— A cidade deve estar lucrando muito com meu trabalho.

— Como assim?

— Na cidade grande eu ganharia dois mil e quinhentos por visita.

— Isso é muito, então se fossem pagas seriam boas consultas?

— Olha só meu ultimo paciente tinha pulgas – Emma riu com aquilo.

— Não gosta de cachorros?

— Nem um pouquinho, nem de cachorro, nem de gatos e nem de peixinhos dourados – ficou pensativa de repente – Uma paciente me pediu ‘pra eu orar por ela...

— E?

— Não acha isso estranho? – ficou olhando para a loira esperando uma resposta – Eu sou medica, curo pessoas.

— Sempre achei que quando um paciente ora por cura, Deus ouve.

— Só que às vezes o processo Dele recebe um auxilio de antibióticos.

— Bom, talvez eu seja uma moça caipira, mas pelo que entendo não há contradição entre os dois.

Regina fica olhando pra ela, era a primeira vez em que as duas tinham uma conversa civilizada, não queria ser amiga daquela loira só não queria que houvesse desavenças entre ambas, olhando assim, Emma não era feia, pelo contrario era muito bonita, os homens e mulheres daquela cidade com certeza eram encantados pelos olhos verdes daquela mulher que agora reversava seu olhar entre ela e a estrada.

— Algum problema doutora? – Emma pegou ela olhando-a..

— Não, nenhum – falou rápido demais, pensou Emma.

— Não precisa ficar nervosa doutora Mills – falou dando aquele sorriso de canto.

— Você é muito petulante sabia?! – disse nervosa.

— Sou é? – quis tirar pouco da morena.

— Você sabia que a Terra é redonda? – perguntou com sarcasmos.

— Sabia sim – respondeu e voltou a prestar atenção na estrada.

Passaram por um campo todo verde, grama cortada. No centro do mesmo havia uma cruz e isso chamou a atenção de Regina.

— O que é aquilo? – perguntou fazendo Emma olhar para o que ela se referia.

— Eu sei que veio de Boston, mas não diga que não sabe o que é uma cruz.

— Eu sei o que é uma cruz, mas o que ela faz lá?

— Fazem as pessoas pensarem um pouco eu acho, passou por ela quando entrou na cidade.

— E vou passar de novo quando der o fora – aquilo foi como um soco no estomago de Emma, olhou de relance para a morena, mas nada falou.

Enfim, chegaram na cadeia onde a morena iria passar sua segunda noite, Regina saiu da caminhonete seguida por  Emma que foi logo atrás pegando a bicicleta da mesma na capota de sua caminhonete. Estava gostando da companhia de Regina, ela não era a pessoa mais agradável que já conheceu, mas estava gostando de ficar ao lado da morena, algo nela lhe chamou a atenção, talvez fosse o olhar profundo que a outra tinha quando olhava para ela, como estava fazendo agora enquanto Emma ajeitava sua bicicleta encostada na escada que dava acesso à porta de entrada da delegacia.

— Algum problema doutora? – ajeitou sua postura ficando bem próxima de Regina.

 A loira flagrado pela segunda vez a olhando “droga” Regina praguejou mentalmente.

— Não, nenhum – ficaram ali se encarando, com certeza tinha algo no olhar que Regina dava para a loira – Você é sempre tão petulante com a pessoas? – quis saber.

— Você já me perguntou isso e não, só com as que me chamam atenção – falou se aproximando.

Olhos verdes e castanhos se encarando, uma bolha de tensão pairou entre elas, não sabiam o que estava acontecendo, na verdade sabiam sim, só não tinham coragem de admitir. Regina arfou, olhou todo o rosto de Emma como se estivesse procurando algum defeito, falhou inutilmente, parecia o rosto de um anjo esculpido pelos deuses. A loira sabia o que Regina estava fazendo e tentou se aproximar deixando ser levada pelo olhar profundo da morena, como num estalo dedos Regina se afastou de Emma como se a mesma estivesse com uma doença contagiosa, as duas ainda ficaram se olhando, mas agora em uma distancia agradável.

— Boa noite senhorita Swan, obrigada pela carona – disse subindo as escadas, ganhando mais distancia.

— Boa noite doutora Mills – disse ainda parada no mesmo lugar, até que Regina fechou a porta e foi como se o barulho da mesma a tivesse lhe tirado de um transe, resolveu ir pra casa.

Regina logo que fechou a porta da delegacia encostou-se na mesma, não estava acreditando no que acabara de acontecer, ouviu Emma se afastando e só conseguia imaginar no que iria acontecer se não tivesse se afastado, nunca foi mulher de se levar pelo momento, mas ali com Emma parecia ser certo, sentiu vontade de beija-la? Sentiu, e foi estranho.

Olhou ao redor e viu uma cesta em cima da mesa com um bilhete em cima “Espero que o seu primeiro dia de trabalho tenha sido agradável, vejo você amanhã. Até mais. – David”. Havia varias coisas ali dentro, mas não estava com apetite então foi para pequeno banheiro que tinha ali no cômodo, nunca iria entender como deixavam uma prisioneira sozinha dentro da prisão e ainda mais com as chaves podendo fugir a qualquer momento, mas ela não fugiria, tinha o carro, o seu precioso carro que na verdade não era seu e sim de Robin o seu noivo. Repassou tudo que estava vivendo naquele lugar e estava se perguntando se estava mesmo fazendo a coisa certa, se estava fazendo isso pelo carro ou se estava fazendo aquilo por ela mesma, porque a qualquer momento ela poderia sair daquela cidade e voltar para Boston e deixar o carro de Robin naquela cidade, sabe lá Deus o que a estava prendendo ali naquela cidade do Maine, não queria pensar nisso, então a única coisa que pensou quando se deitou naquela cama improvisada foi: “um dia a menos”.


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Notas finais do capítulo

Sei que o capitulo não ficou lá essas coisas, mas no proximo prometo recompensar. Espero que tenham gostado, qualquer coisa me encontrem no twitter @yesswen. Ate o proximo, beijos.



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