A guardiã do gelo escrita por Kashinabi Chan


Capítulo 53
É a última vez, mãe?


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey Batatinhas Ambulantes o/

Sabem de quem é o aniversário hoje? Isso mesmo: da fiiiiiiic u.u então PARABÉNS PARA A GUARDIÃ DO GELO UHUUUL u.u

Nem sei o que dizer depois de 1 ano postando essa fic, sério e.e conversei com tantas pessoas, vi tantos comentários, recomendações... E em meio a isso tudo, só tenho mais e mais motivos para agradecer a todos vocês que acompanham a fic e sempre tentam me motivar de alguma forma a continuar u.u

Eu gostaria de citar alguns nomes, mas se fizer isso, estarei sendo completamente injusta pois eu sei que cada um tentou contribuir de algum jeito pra fic, por isso eu só quero que saibam que cada um de vocês mora no meu coração e fazem parte da grande família que surgiu por trás da fic A Guardiã do Gelo ♥

Não sei quanto tempo vai durar essa fanfic, mas independente disso, espero levar vocês para os meus próximos projetos e com sorte, pro resto da minha vida porque todos pra mim são especiais e quem dera eu saber o nome de todos de cor e.e de qualquer forma, obrigada por todos que fizeram parte dessa história *3*

E que venha mais uma linha para nós a escrevermos u.u

Os vencedores do concurso estão bem aqui:

https://www.facebook.com/KashinabiFarron/posts/2104688759744113

No capítulo de hoje - a "morte" de Quione T-T ~nossa, notícia triste no dia do aniversário da fic ;-;

Tenham uma boa leitura o/



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Não sei por quanto tempo fiquei apagada, só sei que ouvi alguém me chamar e essa voz foi se tornando nítida, juntamente com a minha consciência. Isso ia me dando a certeza de que não havia morrido ao menos.

— Vamos ter que tirar ela daí — levou um tempinho até eu reconhecer a voz de Utae.

— A consciência dela tá voltando. Era pra termos feito isso antes — reconheci a voz de Malek.

— É só a gente puxar ela rápido — sugeriu Utae.

Até que por fim, uma dor horrível tomou conta do meu corpo enquanto eu era tirada de alguma coisa pontiaguda, deixando três focos de dor que me obrigavam a recobrar a consciência mais rápido do que eu gostaria. A primeira coisa que saiu da minha boca foi um gemido.

— Calma Kary — meu coração se aliviou ao ouvir a voz de Imma. Uma mão tocou meus cabelos e começou a acaricia-los. Eu já sabia que era o próprio Imma.

— Utae, consegue carrega-la? — questionou Malek.

Não demorou muito até alguém estar me pegando meu colo, agravando os pontos de dor que partiam do meu lado esquerdo inteiro. Quando Utae começou a correr, a dor ficou muito pior  — tanto que uma lágrima escorreu por minha bochecha.

— Estamos quase chegando, Kary — disse Utae bem baixinho.

Eu gostaria muito de saber para onde estavam me levando, ou sequer o que diabos estava acontecendo. Então eu ouvi o barulho alto de algo se estilhaçando.

— Mais rápido! — ordenou Malek.

Os passos aumentaram, obrigando mais lágrimas a caírem.

A dor começou a ser tão insuportável que eu quase implorava a mim mesma para que voltasse a perder a consciência.

— Pronto, pronto. Aqui parece seguro — murmurou Utae, logo me colocando deitada no chão de neve.

— O quê...? — minha voz saiu rouca.

— Você conseguiu mais uma vez, heroína — ouvi Nerea dizer. — Quione salvou a gente.

Fui abrindo mais os meus olhos para ver se todos estavam bem e descobri que todos possuíam algum corte em alguma parte do corpo. O que mais me preocupou foi um na testa de Nerea que ainda sangrava.

— Não olha assim pra mim. Você tá pior — disse ela ao notar meu olhar.

— Malek, você tá com a gaze? — questionou Utae ao se ajoelhar do meu lado.

Malek lhe entregou a gaze e enfim Utae começou a amarrá-la em todos os pontos de dor espalhados pelo meu corpo. O que mais doía era o do braço esquerdo.

— Ela pediu pra que fugíssemos — começou a explicar Utae, tirando o cabelo grudado ao meu rosto por algo... Acho que era sangue.

— Minha mãe tá cuidando dos outros sozinha? — cada palavra causou dor. Devo ter sofrido um corte na boca porque sangue começou a fazer cócegas na minha língua.

Quando ameacei me levantar, foi Malek quem me barrou.

— Nem pense nisso. — Ele estava incrivelmente sério. — Vamos ficar aqui algumas horas, depois partiremos. Se ela nos protegeu é porque acredita que vamos conseguir. Não quer desperdiçar uma chance dessas, quer?

Me obriguei a ficar calada, afinal, ele tinha razão.

Logo passei a notar como eles estavam. Nerea alguns arranhões e o corte na testa que me incomodava só de olhar. Imma um corte feio perto do pescoço e outro pior no braço esquerdo. Malek tinha um rasgo na roupa do peito — aquilo deve ter sangrado também. Por fim Utae ostentava um sangramento no toco que começara a me preocupar — a gaze não estava contendo o sangue.

— Vou ficar bem — ele disse também ao notar o olhar.

— Acham mesmo que vamos conseguir? — questionei e tive que respirar fundo para conseguir concluir meu pensamento: — Quase morremos e nem chegamos perto das pedras ainda.

— Essa não é a Kary que eu conheço — disse Imma num meio-sorriso.

— Descansa um pouco, Kary — falou Nerea. — Você precisa.

Os outros parecem concordar com a cabeça, embora parte de mim tivesse me sentido inútil apesar de tudo. Quero dizer, não queria ter deixado minha mãe assumir o risco de tudo.

— Eu vou dormir, mas... o que aconteceu depois do feitiço? — Prometi a mim mesma que essa seria a última pergunta antes de me permitir descansar.

— Pelo que eu entendi ela entrou pela brecha que você abriu — quem me respondeu foi Utae.

Uma brecha? Quase tive a energia toda sugada para liberar apenas uma brecha?, pelo menos eu tinha que agradecer por ao menos ter conseguido alguma coisa.

— A partir daí ela nos defendeu até quebrar o feitiço da barreira de gelo — Utae concluiu a explicação. — Agora descansa.

— O que vocês acham que aconteceu com ela? — acabei questionando impulsivamente.

— Kary você prometeu que ia dormir — disse Malek.

— Mas eu preciso saber...

— Vai dormir.

Acabei fazendo uma careta. Não gostava de ser obrigada a fazer alguma coisa.

Fechei os olhos bastante a contragosto, esperando que o tempo passasse rápido. Se não podia ter notícia de Quione, pelo menos iria cumprir a missão que ela deixou em minhas mãos.

Mal percebi quando o sono atingiu meu corpo cansado.

Novamente eu estava naquela incubadora de vidro e me senti incomodada por voltar lá. Porém, não havia ninguém ali, apenas eu, sentada com as pernas cruzadas em meio a neve.

— Não desperdice essa oportunidade, Karysha — facilmente reconheci a voz de Quione.

Olhei para os lados, em busca do seu rosto pálido e seus olhos gélidos. Nada encontrei senão a própria solidão.

— Não tenho energia para me materializar, perdão.

Acabei ficando temerosa. Talvez ela tenha se arriscado até demais por minha causa...

— Por que você arriscou tudo? — foi a primeira coisa que consegui dizer.

— Porque eu acredito em você. Todos os deuses têm seu filho favorito e você é a minha.

Dei um meio-sorriso. Apesar de tudo o que acontecera, ela ainda sentia orgulho de mim.

— Você sabe o que aconteceu com Tanay depois que eu parti? Sinto falta dele.

— Só tenha em mente que ele está bem.

Respirei fundo. Ao menos não tinha que me preocupar tanto assim.

— Obrigada... por me salvar. — Aos poucos fui começando a ficar emocionada.

— Uma coração de gelo não chora, Karysha— o bom é que nem repreensão havia na sua voz.

Me obriguei a engolir o choro por ela.

 

— Vou ganhar esse jogo por você, prometo.

— Essa promessa você já me fez... filha. E eu não esqueci, só peço para que você não se esqueça.

— Não vou esquecer e vou cumprir.

— Acredito em você. Sempre acreditei.

Não demorou muito até o sono finalmente findar, como se a deusa simplesmente tivesse estalado os dedos para que eu acordasse. Se ela tinha me levado até a incubadora e nem tinha energia o suficiente para se materializar... A luta contra seus próprios irmãos deve ter sido feia.

Meus olhos foram se abrindo devagar, até aos poucos irem se acostumando com a luz. Então acabei percebendo que estava sendo carregada, dessa vez com os pulsos sendo segurados por essa pessoa que me carregava. O cheiro marítimo entregou Imma antes sequer que ele virasse o rosto.

Enlacei minhas pernas na sua cintura para facilitar pra ele.

— Olha só quem acabou de acordar — disse o mesmo. — Falando nisso, você evoluiu de nível sabia?

Virei o rosto para cima, tendo a confirmação de que agora era uma nível 3.

— Só que saiu uma luz dourada de você, como se tivesse sido abençoada — continuou Imma.

— Acho que eu fui mesmo. Quione conversou comigo.

— Ela sobreviveu?

— Não... sei — digo timidamente, esperando que o fato dela não conseguir se materializar estar ligado a ela estar muito fraca e não a sua "morte". — Tem quanto tempo que você tá me carregando? — decidi mudar de assunto.

— Hmmm, acho que umas duas horas. Talvez três. Por quê?

— Meus deuses, Imma... — Balancei a cabeça, tirando minhas pernas da sua cintura. — Pode me colocar no chão, eu to bem agora.

— O quê? Utae vai me matar se eu fizer isso. Você foi a mais ferida do grupo.

Soltei um suspiro. Não adiantaria discutir.

— Vocês são muito paranoicos.

— E você é muito teimosa.

— Touché.

Imma pareceu rir diante da minha resposta.

— De noite eu te solto, está bem? — propôs.

— Vai demorar muito — choraminguei.

— Não vai. O sol já tá se pondo.

Ele tinha razão.

— Tá bom, mas saiba que esse seu cheiro de peixe enjoa.

— Respeita minhas raízes. O dia que você cheirar a xixi na neve, pode ter certeza que eu vou fazer essa observação delicada — ele acabou soando um pouco irônico.

— Também te amo. — Deposito um beijo na sua bochecha.

— Eu sei disso. O que seria da sua vida se não fosse eu?

Soltei uma risadinha, sentindo um alívio no peito.

Alívio por ter tido mais uma chance de continuar, dada pela minha própria mãe.


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Notas finais do capítulo

Esses momentos de calmaria são ótimos né? Só aproveitem eles u.u e ah, se ainda quiser desejar "parabéns" pra fic, ainda dá tempo! Use os comentários e abuse da sua criatividade u.u afinal, estamos todos em clima de festa u.u

No próximo capítulo - Um cavalo falante kkkk e.e

Até o próximo capítulo o/



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