A guardiã do gelo escrita por Kashinabi Chan


Capítulo 17
Nos encontramos novamente, Xander


Notas iniciais do capítulo

Hey Batatinhas Ambulantes o/

Hoje eu trago uma aventura e tanto pra vocês e.e' ~e vocês conhecerão um dos meus personagens favoritos: Rian *3*

Aliás, eu to indo viajar agora, então eu vou avisar as garotas do PP assim que voltar e responderei os comentários do Nyah amanhã, também quando voltar, ok? ^^

No capítulo de hoje - O reaparecimento de Xander e um novo personagem (meu outro amorzinho *3*).

Tenham uma boa leitura o/



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Depois daquele beijo épico, sim, eu e Kameel meio que começamos a namorar e pela primeira vez em anos, eu me permiti me apaixonar por alguém — até porque, vamos combinar, Kameel é um doce comigo. Eu estava começando a gostar dele mais do que um amigo e... Ah, era bom ter um tratamento especial.

Nesse tempinho, eu meio que fui aprendendo a beijar e céus, como essa coisa é boa.

Quando abri os olhos naquele dia, eu continuava da mesma maneira que havia dormido: abraçada com Kameel — bem isso vinha virando mania tem um tempo. Bocejei e foi só eu me mexer um pouco que ele também acordou.

— Parece que acordamos meio atrasados hoje — comentei, me livrando de seus braços, ainda meio sonolenta.

Ele pareceu rir e eu me levantei. Logo ele fez o mesmo, passando os braços por minha cintura, me abraçando por trás.

— Temos mesmo que sair do quarto? — questionou ele num sussurro ao meu ouvido que fez um arrepio percorrer minha espinha.

— Hã... acho que sim — respondi meio entorpecida.

— Eles nunca precisam da gente.

Eu sabia o que ele queria e acabei cedendo, inclinando a cabeça pro lado pra dar espaço pra ele poder beijar meu pescoço.

— Utae pode brigar com a gente se souber que não estamos dormindo e sim fazendo hora aqui embaixo — argumentei.

— Deixa ele saber então.

Mal tive tempo de contra-argumentar porque foi aí que ele começou a beijar meu pescoço, fazendo meus joelhos bambearem. Eu ainda estava meio receosa em pensar que era um garoto da minha sala que estava fazendo aquilo comigo. Que possivelmente pudesse ser o Henrique... Não. Que seja qualquer garoto da minha sala, menos o Henrique, me vi pensando enquanto seus lábios deslizavam por toda pele exposta do meu pescoço.

Odiava quando meu coração começava a acelerar com todos aqueles beijos. Tinha a sensação de que ele sempre podia escutar toda vez que isso acontecia.

Então alguém bateu na porta e eu senti o calor — pela primeira vez aconchegante — sumir do contato com a minha pele.

— Eu sei que vocês estão acordados — disse Utae do outro lado da porta. — Só espero que não estejam fazendo nada impróprio. Posso entrar?

— Pode — digo e no segundo seguinte ele já está entrando.

Percebo que seus olhos batem nas mãos de Kameel na minha cintura e ele arqueia uma sobrancelha.

De uns dias pra cá, meu relacionamento com Utae também mudou. Ele meio que levou a sério aquela história de “irmão mais velho” e, sério, eu to adorando toda essa atenção e ciúmes de irmão que ele sente.

— Não estava acontecendo nada de mais — digo antes que ele nos repreendesse e coloco minhas mãos sobre as de Kameel na minha cintura.

— Espero mesmo — disse, sério. — Estamos indo caçar agora e eu queria que a Kary fosse. Bem, se você quiser ir também, Kameel... Posso deixar o Malek aqui na cabana.

— Eu fico aqui, não tem problema.

Virei de lado até ficarmos frente a frente.

— Não vai mesmo, amor? — Eu ainda estava tentando me acostumar com aquela última palavra.

— Deixe Malek ir, eu não ligo. — Ele sorriu e me deu um selinho. — Nos vemos daqui a pouco.

— Nos vemos daqui a pouco — concluí com um pequeno sorriso bobo.

Então ele solta minha cintura e eu saio do quarto juntamente com Utae.

— As coisas parecem estar indo muito bem entre vocês, hein?

Acabei rindo do seu tom enciumado.

— Você é um chato — digo, dando um leve empurrãozinho no seu ombro.

Logo estamos na cabana em si, onde Imma e Malek nos esperavam.

— Cadê? — disse Malek. — O Senhor Sedução não vai acompanhar a namoradinha?

— Cala a boca, Malek. — Revirei os olhos.

Utae ficou à nossa frente e um por um saímos da cabana, em direção ao manto de neve. Haviam me dado uma arma naquela semana: uma adaga. Tá, não era a melhor arma de todas, mas era a única que eu tinha pra me defender no momento e eu agradecia por ter alguma coisa pra poder me defender.

— Olha, Kary, eu queria fazer um papel de amigo agora com você — começou Imma quando acabamos por ficar mais atrás e Malek e Utae passaram a andar mais na frente.

Arqueei uma sobrancelha numa pergunta silenciosa.

— Sobre seu namoro e tal.

— Ah, não me diga que você vai dar uma de irmão mais velho como Utae...

— É o seu primeiro namoro, não é? — ele me interrompeu.

Afirmei com a cabeça.

— Pois bem, só queria dizer pra você pedir pra ele usar a... proteção adequada quando os dois *********.

Graças aos deuses que o jogo também tem censura para uma besteira dessas, pensei, soltando um rápido suspiro.

— Imma, dá pra se acalmar? Eu não vou... fazer esse tipo de coisa com o Kameel.

— Ainda — ressaltou, me dando um sorriso malicioso de presente.

Mordi o lábio, sentindo as bochechas corarem levemente.

— Então quer dizer que na vida real você já...?

Imma soltou uma risada.

— Oras e por que não iria? Eu sou bem desejado na vida real.

— Humildade cairia bem, sabia?

Nós dois rimos.

— Mas é sério. Não pretendo ir tão longe assim com ele.

— Pretende pegar ele na vida real também?

— Quê? — aquela pergunta me surpreendeu. — Não!

— Tá bom, deixa que eu te pego, gatinha.

— Como é? — Eu rio. — Ah, vai por mim, você não iria querer me pegar na vida real.

— Por quê? Você é daquelas garotas difíceis de se pegar? Beleza, eu dou um jeitinho. Não há nada que o Imma Gostosão não possa conseguir.

— Conta outra... — digo, achando graça do que ele dissera.

— Eu to falando sério!

— SHHHHHHH! — disse Utae, fazendo um sinal para que nos calássemos e parássemos de andar.

Havia uma presa vindo. Saquei minha adaga e Imma tirou o tridente das costas. Utae desembainhou a espada e Malek tirou a glaive também das costas. Então eu ouvi mais do que um animal. Um grito humano. Era um garoto que gritava — um grito de guerra. Segundos depois ouvi som de metal contra metal e eu sabia que estava ocorrendo uma batalha.

Não hesitei em ir atrás do som, sem esperar que Utae desse esse comando. Tudo o que ouvi quando corria foi Imma me chamando o mais baixo possível, mas não dei ouvidos.

Foi aí que eu me abaixei numa moita e observei a luta que se desenrolava à minha frente. Um garoto de cabelos castanhos até o ombro e outro magrelo de cabelos negros que se parecia muito com... Oh, céus, era o Xander!

O garoto de cabelos castanhos estava completamente suado e parecia muito cansado, enquanto Xander estava bastante tranquilo, com um sorriso convencido no rosto e com o colar Elemental! Então quer dizer que esse idiota roubou mesmo o colar que deveria pertencer ao meu namorado..., pensei em desgosto. Eu ainda vou me vingar disso por ele.

— Você não tem mais chance, Rian. Acabou pra você — dizia Xander. — Isso é pra você aprender a nunca mais me trair. — O sorriso convencido não deixava seu rosto. — Tudo isso por causa do colar Elemental... A inveja do meu poder o consome?

O tal Rian respirava ofegante, descansando sua espada no chão de neve. Então ele ergueu a mesma e atacou mais uma vez, soltando outro grito de guerra. As espadas que ambos seguravam se chocaram e uma música de metal contra metal começou a ser cantada para toda floresta.

— Não é inveja, Xander — disse Rian entredentes. — É sabedoria. Esse colar não merece ficar na posse de gente impulsiva e imprudente como você.

— Diz isso porque é filinho de Atena? Grandes coisas — Xander soltou uma risada sem humor.

— A sabedoria é o princípio de todas as coisas. Sem sabedoria não existiria o mundo.

As espadas então se afastaram e voltaram a se beijar. Ambos tinham ódio marcado na expressão enquanto as espadas iam e vinham, se chocando de uma maneira impressionante. Então eu senti a magia no ar e sabia que dela não viria boa coisa.

Quando Rian se afastou para recuperar o fôlego, o colar de Xander brilhou nos quatro elementos e ele bateu a mão no chão. Dali começou a sair uma chama negra esquisita que de imediato despertou em mim um mal-estar. Nisso começou a surgir uma fenda no chão e ela aumentou muito rápido — tanto que quase caí dentro dela sem querer quando ela chegou perto dos meus pés.

— Encare seu destino com os mortos, Rian. — Dessa vez havia um sorriso estranho e sombrio nos lábios de Xander.

Com a adaga em mãos, eu sabia que estava fazendo a maior besteira da minha vida, mas saí detrás da moita e ataquei Xander com tudo — pelo menos tentei fazer isso. Ele pareceu surpreso com a minha aparição do nada, só que isso não o impediu de se defender. Sua espada de um metal negro quase partiu minha adaga de ferro ao meio.

— Kary, que prazer revê-la — disse Xander assim que dei alguns passos pra trás com uma adaga quase que inútil por ter perdido boa parte dela só com o impacto que sofreu com sua espada.

— Seu mentiroso e ladrão! — exclamei com raiva. — Merece morrer!

— E ficar mais morto do que sou agora? Acho meio impossível — havia um tom irônico na sua voz.

Joguei minha adaga no chão, sabendo que seria inútil usá-la agora. Então o tridente de Imma passou zunindo por nós, até atingir o chão bem perto de Xander.

— Pensei que nunca mais nos encontraríamos, traidor — disse Utae, sério, com sua espada gigantesca em mãos (ela sim sobreviveria ao impacto, ao contrário da minha pobre adaga).

Xander pareceu hesitar — até porque não parecia que aquela luta com Rian tivesse começado agora. A fenda gigante que ele abrira no chão possivelmente deve ter puxado bastante da sua energia.

— Não vou perder meu tempo lutando com todos vocês. Eu ganharia fácil mesmo — disse num tom convencido antes de fazer um gesto com a mão e se juntar às sombras ao nosso redor, desaparecendo por fim.

Olhei pro garoto suado que acabara largando sua espada e estava abaixado no chão de neve, perto da fenda sinistra que Xander havia aberto para sabe-se lá o quê.

— O que foi que você fez? — perguntei, me aproximando dele com cautela e ficando de joelhos à sua frente.

Antes que o garoto pudesse me responder, algo estranho aconteceu: uma força me puxou para o abismo, me envolvendo em seus braços negros.

— Se não posso levá-lo, então você vem comigo — era a voz de Xander sussurrando ao meu ouvido.

Soltei um grito e Rian agarrou meu braço, me impedindo de cair de imediato. Os outros três garotos também correram até nós pra ajudar, só que o puxão que Xander deu em seguida foi tão forte que arrancou eu e Rian da terra aconchegante de neve.

E nos fez cair naquele abismo sem fim.


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Notas finais do capítulo

Curiosos pra saber o que tem dentro do abismo? e.e Aceito teorias u.u ~aposto que vão dizer que é o Tártaro u-u

No próximo capítulo - A irmã de Xander.

Até o próximo capítulo o/



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