Daydreaming escrita por Hayley_Ackles


Capítulo 9
Think to escape


Notas iniciais do capítulo

Desculpem mesmo pela demora!



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Uma hora e meia se passaram desde o primeiro ataque. Bom, digo primeiro ataque porque sei que os outros virão mais cedo, ou mais tarde.

Tentamos fugir pela tubulação de onde o espírito havia saído, mas era muito pequena e não cabia ninguém lá dentro.

Eu e os Winchesters podíamos ver o terror na face de cada pessoa que estava presente naquela sala.

Havia uma moça, a mesma que havia sido atacada, que chorava muito, desesperada. Isso só dificultava as coisas... Só piorava a situação.

Ninguém sabia o que fazer, estávamos todos em pânico. Bom, pra falar a verdade eu não estava tão assustada assim, mas sim preocupada, pois já vi coisas muito piores do que uma mulher sendo atacada por um espírito. E também não estava tão preocupada como de costume, quando geralmente eu ficava com o coração na boca de desespero tentando achar uma saída, pois sabia que eu ia encontrar uma maneira de sairmos de lá. Algo me afirmava isso, algo como um sexto sentido que nunca notara antes, somente agora, neste exato momento.

Todos nós nos entreolhávamos aflitos às vezes, mantendo um intervalo pequeno quando ficávamos matutando sozinhos.

Chega.

Dei-me por derrotada me encostando-me na parede e escorregando lentamente até cair sentada no chão.

Pelo visto, o jeito mesmo é esperar que alguma coisa aconteça, ou alguém apareça para nos tirar daqui, ou somente mesmo um milagre.

“Deus, por favor, nos ajude.” Pedi mentalmente, com fé, olhando para o teto.

Então o milagre aconteceu. Achei uma coisa que ninguém tinha visto ainda:

Uma porta que dava para o forro. Ela era quase imperceptível. Somente bons observadores a perceberiam.

- Ei, me ajudem aqui! - Disse me levantando fazendo todos olharem pra mim.

Caminhei até em baixo da portinha sentido alguém em meu encalço.

- Ok, agora me ajude a subir. - Ordenei sem nem mesmo saber quem me seguia.

Virei rapidamente para ficar de frente com a pessoa, só que sem querer acabei trombando com ela. Fiquei muito sem graça, ainda mais por essa pessoa ser Dean Winchester.

Aquele momento foi muito intenso, e estranho.

Ficamos ali colados nos encarando olho no olho, calados, diante de todas aquelas pessoas por alguns segundos.

- Rum-Rum... - Alguém limpou a garganta fazendo-me despertar do transe.

- Ah, Ahn, Vai logo Dean, me levanta! - Dei um leve soco no braço dele.

Dean fez um apoio com as mãos para me levantar.

Rapidamente consegui abrir a porta, e entrar no sótão. Mesmo estando de dia estava escuro demais lá dento.

- Ei, alguém uma lanterna ou um isqueiro?

Dean tirou do bolso e me entregou um isqueiro.

Apoiada nos joelhos acendi o isqueiro e pude ver, não claramente, o sótão.

- Nossa, como está sujo aqui em cima. - Comentei comigo mesma em voz alta.

Havia ratos, muitos insetos, e muito mais pó e teias de aranha. Mas era o único lugar que dava para sair daquela sala horrível.

- Esperem ai, eu vou dar uma checada mais pra lá e já volto. - Avisei.

- Não, eu vou. - Dean se dispôs.

- Não! Eu vou. E além do mais, eu já estou aqui em cima.

- Mas eu subo rapidinho! Sammy, me ajuda aqui. - Sam como sempre, desde quando os conheço, ajudando o irmão mesmo não concordando com suas atitudes, foi até ele que o aguardava já preparado.

- Dean, pare, ok? Eu sou como você, e sei me cuidar. Eu só vou até ali! - Quando disse que era igual a ele quis dizer: “também sou uma caçadora”.

- Ok.

-AHA! Venci ele. Sorri para eles, e então, me virei para engatinhar até a porta - se é que havia uma - dá sala ao lado.

Apesar de ter muito pó, e eu ser alérgica a ele, fui tateando até encontrar uma pequena fenda, a qual poderia ser da porta que procurava.

Não demorei muito, e finalmente achei o que procurava.

Justo hoje eu me esqueci de pegar minha faca em baixo do travesseiro. Também, com essa confusão toda minha cabeça entrou em conflito.

Enfiei minhas unhas na fenda tentando com elas puxar a tampa, mas não conseguia, minhas unhas escorregavam. Tentei varias vezes, e sempre acontecia a mesma coisa.

Cansada, parei um pouco para respirar e tentar aliviar a tensão e o estresse, pois já estava ficando nervosa por não conseguir abrir aquela maldita passagem.

O fogo da minha vela falhou um pouco, e então senti como se tivesse algo atrás de mim.

Fechei meus olhos por dois segundos e então os abri e virei-me rapidamente dando um soco em o que quer que fosse.

- Ai! Porque você fez isso? - Reconheci a voz do Dean Sou-Machão-E-Teimoso Winchester.

- Mas que merd... O que você está fazendo aqui? Você me assustou!

- É eu percebi! - Pude ver a silhueta de seu rosto. Ele estava com a mão no olho, então conclui que havia lhe dado um soco no olho. Coitado, ele não merecia... Bom, não pelo menos agora. - Você estava demorando então eu vim ver se você estava bem, precisava de ajuda...

- Ah... E me desculpa, eu pensei que fosse...

- É eu sei.

- Desculpa. - Sorri sem graça. - Escuta, você tem uma faça, ou algo que eu possa forçar isso aqui? - Mostrei a pequena fenda a ele.

- Toma. - Tirou de seu bolso da jaqueta um canivete e me entregou.

- Obrigada!

Aleluia! Consegui abrir a porta.

- Pronto. Agora vamos lá ajudar o Sam com as pessoas.

Ajudamos as pessoas a subirem. Foi tudo bem rápido e fácil, a não ser por um gordinho que pesava uns 100 quilos. Ele não conseguia engatinhar pelo sótão direito então ficou sendo o ultimo da fila para conseguirmos ir mais rápido para outra sala.

Como eu era a primeira da fila, pulei para dentro da sala sem hesitar pensando que logo ia ser seguida pela outra menina que estava atrás de mim, mas fui pega de surpresa por um grito de homem, um grito de pura agonia.

Tentei subir de novo, mas eu não conseguia. Alguém teria que me erguer, como o Winchester fez.

Olhei ao redor e achei uma mesa que serviria perfeitamente.

Arrastei o móvel para debaixo do buraco e então subi nele.

Fiquei na ponta dos pés para poder ver o que estava acontecendo.

Estava aflita, pois os gritos não cessavam.

Ainda iluminando com o isqueiro, forçando a vista, pude ver que todos estavam de costas para onde eu estava.

A mulher que antes me seguia estava paralisada. A única coisa que conseguiu fazer foi virar para mim de olhos arregalados.

- Vamos! - Puxei-a pelo braço, e então ela pareceu “sair” do estado de choque, vindo para a sala junto de mim.

- Vamos pessoal, vamos! - Chamei o restante das pessoas.

Meio desnorteadas e mais assustadas elas vieram o mais rápido que conseguiram, por conta do choque.

Todos estavam de olhos arregalados e aparências péssimas.

Hm... Isso porque eles não vêem isso todos os dias com eu. Pensou se vissem? Já teriam infartado.

O que leva as pessoas a irem a lugares que dizem ser realmente assombrados e não quererem ver coisas assustadoras?

Como diz o ditado: “ Quem procura acha.”.

Assim que todas as pessoas saíram do forro eu as avisei para não saírem dali independente do que acontecesse, e fui ao encontro dos Winchesters que sumiram junto do cara gordo.

Voltei à portinha do forro da sala onde estávamos, o quarto azul, e olhei lá para dentro.

O que vi não foi uma das cenas mais chocantes que já vi, mas foi feia.

Vi as paredes manchadas de sangue, e o chão estava no mesmo estado. Parecia que alguém tinha sido explodido lá dentro.

Os meninos estavam de costas para mim. Mesmo assim pude ver que tinham armas em suas mãos.

Sei que o que aconteceu ali não foi bom... Além disso, o gordinho não estava ali.

Mesmo sem conhecer o gordinho eu me senti triste pela morte dele.

Meus olhos se encheram de água, e a vontade de chorar era muita, mas tinha que me mostrar forte como uma pedra e ajudar a tirar aquelas pessoas dali.

Fechei os olhos por um segundo, me concentrei e voltei para sala onde as pessoas já estavam seguras.

Não queria que os garotos soubessem que havia deixados os visitantes sozinhos.

Terminei de descer e me encostei-me à mesa, a qual havia usado, e fechei os olhos, soltando o ar lentamente.

- O que aconteceu? - Uma moça morena perguntou.

- Ahn... - Nesse exato momento Dean e Sam chegaram.

Dean estava com o rosto do lado esquerdo meio sujo de sangue respingado, e Sam estava com a manga direita da camisa meio suja como o rosto de Dean.

- Algum de vocês era amigo do rapaz fofo? - Dean perguntou parecendo-me um pouco derrotado, mal, por não ter conseguido salvar a vida do “rapaz fofo”.

Duas pessoas levantaram a mão. A moça morena que havia acabado de me fazer uma pergunta, e um cara magro de óculos.

- Sinto muito, mas eu... Nós... Não conseguimos... - Dean suspirou, e mordeu levemente o lábio superior baixando, também levemente, os olhos chateado consigo mesmo e com o acontecido.

Os olhos da moça encheram-se de lagrimas rapidamente.

Ela olhou para trás, para seu amigo, e ele foi ao seu encontro, e lhe deu um abraço confortante.

---(Continua...) ---


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Notas finais do capítulo

Oii, sei que demorei de mais dessa vez, mas tenho um motivo. Eu fiquei muito tempo sem computador, então não pude postar. Mas consegui passar tudo o que havia escrito no meu caderno de anotações para o pc e agora estou postando aqui. Ah, e também eu tive provas, então... vocês sabem...Mil bjos!



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