Daydreaming escrita por Hayley_Ackles


Capítulo 10
The truth.


Notas iniciais do capítulo

Oláaa minhas queridas leitoras! Espero que gostem do cápitulo! Nos vemos lá em baixo



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Conseguimos sair da sala em que havíamos ido parar ''caindo'' direto no corredor pelo qual já tínhamos passado.

- Ok, tá legal, ninguém se separe do grupo. - Ordenei.

Descemos dois lances de escadas indo até a sala onde tudo começou.

- Ahhhhhhhhhhhh! - Um grito vindo do andar de cima ecoou pela casa deixando os ''civis'' ainda mais assustados.

Passou dois segundos e mais um grito ecoou.

Dean, mais que de pressa começou a subir as escadas.

- Eu vou com você. - Disse.

- Não. Sam vai comigo. Você fica aqui tomando conta deles. - Apontou rapidamente para os turistas.

- Por quê? Você acha que não sou uma caçadora tão boa quanto vocês Winchesters? - Questionei sussurrando a ultima parte.

- Não, Joe deve ter a treinado muito bem, mas é que... Que não sabemos o que tem lá em cima.

- Então vamos descobrir. - Tomei sua frente subindo as escadas já com arma em punho.

Subimos as escadas, eu na frente do Winchester, então parei e lhe dei passagem. Sabia que ele ficaria meio que 'desesperado' se eu tomasse uma providência - qualquer que seja - sem sua consulta. Não sei por quê. Dean, além de ser o mais velho, também sempre foi o mais mandão. Eu sei por que ele já demonstrou isso pra mim, há muito tempo atrás, quando ainda éramos pequenos e ele e Sam moraram Joe e eu por um mês. Depois dessa vez, só agora fui encontrá-los novamente.

Às vezes fico pensando em como seria se Sam, Dean e eu nunca houvéssemos nos afastado. Acho que teria sido bom. Apesar de que mesmo com o passar do tempo muita coisa não mudou; Dean continua 'impulsivo', safado e espaçoso, e Sam continua, como Dean, praticamente do mesmo jeito: Carismático, atencioso e educado.

--

Olhei para o corredor do 2° andar e vi, além de Travis estático de medo, um espirito, que o fez ficar tremendo de medo em um canto. Travis poderia ter saído de lá faz tempo, porque o espirito estava de costas pra ele. Mas o estranho é que o espirito estava ajoelhado e de mãos juntas como se rezasse, ou implorasse algo.

Percebendo nossa presença Travis deu uma breve olhada para nós antes de voltar a encarar o fantasma com seus olhos arregalados.

Dean, que também estava com arma em mãos, apontou para o espirito.

- Não. Espere. - Baixei suas mãos. - Acho que o espirito não quer o machucar. Pois se quisesse já teria o feito. E outra, parece que ele não nos vê. - Fiz uma pequena pausa. - Acho que ele é um eco da morte.

Dean me olhou de canto de olho, e deu uma leve respirada como quem diz: "Ok, lá vem a sabe tudo!".

O fantasma era um homem, de porte médio, aparentava ter seus quarenta e três anos. As mangas da camisa que ele vestia estavam dobradas, mostrando os cortes que haviam em seus braços. Os cortes iam desde a altura do cotovelo até os pulsos. Ele tremia, agora de pé, com o a cabeça meio para trás (como se alguém estivesse dando uma chave de braço nele), como se estivesse sendo eletrocutado. De repente um corte começou a surgir em seu pescoço, então sangue começou a sair do corte, e também de sua boca, enquanto ainda se debatia. O sangue que saia de sua boca escorria por seu queixo, juntava-se com o que saia de seu pescoço e continuava escorrendo, sujando sua camisa azul encardida. Sua cabeça pendeu para frente, como se seu pescoço já não a sustentasse mais, e então um tiro em seu tórax foi dado fazendo-o cair morto, e desaparecer.

Olhei para Dean, e não havia sido ele o autor do disparo.

Acho que ele ficou tão surpreso quanto eu.

Ele olhou para os lados procurando pelo espirito que acabou de morrer. Isso é um tanto quanto irônico... E estranho.

Enquanto Dean checava novamente o local, eu tentava fazer Travis sair do estado de choque.

- Vamos Travis. Está tudo bem. Agora vamos descer, e ficar com o pessoal. - Disse passando a mão em sua cabeça.

Ele me encarou, ainda assustado e assentiu balançando a cabeça.

- Afinal, por que você se separou do grupo? - Perguntei em um tom reprovador. - Eu disse para ninguém se separar dele!

- Eu... Eu precisava fazer xixi, e... E achei que não precisava avisar. - Respondeu ainda assustado.

- Travis, vou ser sincera com você, e sei que você já sabe o que eu vou falar, mas, essa casa está cheia de coisas sobrenaturais, então pelo amor de Deus, não se separe mais do grupo, a não ser que você queira que aconteça com você o mesmo que aconteceu com aquele rapaz gordinho. Isso não é brincadeira, você pode acabar sendo morto. Dessa vez você deu sorte de que era apenas um eco-da-morte bobo.

Terminei de falar e olhei pra ele, que olhou pra mim de volta, e engoliu em seco.

Chegamos ao andar em que o grupo estava aguardando junto de Sam.

O amigo de Travis logo veio a seu encontro perguntando se ele estava bem e o que tinha acontecido.

Não liguei e o deixei contar a seu amigo. Eles deveriam saber com o que estavam lidando.

Fui em direção de Sam e ele logo me perguntou de Dean.

- Ele está checando aquele andar mais uma vez. Você sabe, só pra garantir.

- Então o que era?

- Um eco-da-morte. Travis deu sorte. Ele estava... Você sabe, em uma espécie de "transe". - Gesticulei aspas com as mãos.

- Bem - Sam olhou longe pensativo. -, se ele era um eco da morte, o corpo dele tem que estar aqui em algum lugar.

- É verdade Sammy, bem lembrado! Você sempre foi o mais esperto.

- É Sam.

- Ah, desculpa, esqueci que só o Dean pode te chamar assim.

Sam sorriu amigavelmente.

- Tudo bem, você pode me chamar assim também.

- Não tem problema, mesmo? - Retribui o sorriso, meio sem graça.

- Não. - Sorriu de novo. E mais uma vez retribui.

- Pronto, agora só temos achar o ossos, salga-los e queima-los. - Dean disse nos dando um leve susto, fazendo uma pausa. - Interrompi alguma coisa?

- Ah, Não. Vamos ao trabalho. - Falei.

- Joan, desta vez eu vou com o Dean. Você fica aqui tomando conta deles. Tudo bem? - Sam falou.

- Tudo.

Eles se viraram e se distanciaram, mas mesmo assim pude ouvir Dean perguntando a Sam: ''Por que ela sempre faz o que você manda, e quando eu a mando fazer alguma coisa ela não faz?''

Ri com o comentário.

Será que Dean sentia alguma coisa por mim, mas não queria demonstrar?... Nãaaao... Isso é só mais uma coisa da minha cabeça.

--

Já estava ficando preocupada com os rapazes. Tá bom que a casa é grande, mas já tinha passado uma hora desde que eles saíram.

Eu tenho que procurar eles. Mas eu não posso sair daqui. Whatever!

- Ok pessoal! - Falei chamando a atenção dos turistas que já estavam sentados no chão largados. - Eu queria saber...

- Aí moça, eu tô com fome! - Um rapaz comentou, mas ignorei. Eu também estava com fome, mas não podia ligar para isso agora.

- Então - Continuei. -, eu queria saber, quem aqui sabe atirar? - Fitei o rosto de cada um esperando pela resposta.

Hesitando um menino, o que parecia ser o mais novo dali, levantou a mão.

- Amigo, quantos anos você tem? - Perguntei.

- Ca-Catorze. - Respondeu sem me olhar diretamente.

Tão novo assim e já sabe atirar? Aí tem coisa.

- Quem te ensinou a atirar?

- Meu pai.

- Ok. Agora venha aqui e me mostre o que sabe. - Entreguei minha arma desengatilhada.

Ele pegou a arma da minha mão e com destreza a engatilhou e preparou-se como se fosse atirar.

- Ótimo! Seu pai lhe ensinou bem! - Sorri. E como resposta ele sorriu junto a mim. - Agora escute, atire em qualquer coisa que passar por aquela porta. Independente de quem, ou o que seja. É claro, ao menos que seja Sam, Dean, e eu. - Ri. É claro que o menino sabia que não era pra atirar na gente. O menino, e as outras pessoas pareceram não achar graça. Então voltei a ficar séria. - Ok?

- Ok. - Fez sinal positivo com a cabeça.

--

Sai os deixando sozinhos. Agora estava em outra sala. A sala de jantar. Nela havia uma enorme mesa de madeira com pratos, talheres, candelabros, e velas, colocados como se alguém muito importante fosse dar um enorme banquete ali. Peguei um candelabro assoprei as velas apagando-as, e as tirei dele. Acho que isso é ferro.

Agora pelo menos eu tinha uma coisa pra me defender dos espíritos.

Andei até chegar a um corredor com uma porta em seu final.

Cautelosamente caminhei em sua direção. Quanto mais chegava perto dela, mais escuro ia ficando. Droga. Desse jeito eu vou acabar perdida, e no escuro. Bom, vim até aqui, não vou voltar agora.

Levei a mão em direção à maçaneta, e antes, sequer de relar nela, a porta se abriu fazendo-me puxar a mão, violentamente, de susto. Crap!

"Eu sou uma caçadora, não posso ter medo. Eu sou uma caçadora, não posso ter medo." Repetia isso em minha mente como um mantra.

Com o pé, empurrei levemente a porta, fazendo-a se abrir. Atrás dela havia uma escada que descia levando para o porão. Eu acho.

- Sam? Dean? - Gritei e pude ouvir o eco. Esperei um minuto pela resposta e nada. Tá bom, eu vou descer. Aqui vou eu ao "resgate". Respirei fundo, soltei o ar lentamente, e então desci as escadas com cuidado.

Lá embaixo era escuro, úmido e frio. As paredes eram em algumas partes verdes de mofo. Uma pequena janela deixava um pouco de luz entrar e me possibilitava de enxergar isso.

Naquela sala horrível nada mais havia, a não ser por uma porta que estava fechada.

Antes de abri-la, mais uma vez, respirei fundo. Então girei a maçaneta e empurrei a porta, mas nada aconteceu. Ela estava trancada.

Ok, se a porta está trancada quer dizer que eles não vieram por aqui. Por que se não Dean já havia a arrombado. Se eu me lembro bem, ele adora fazer isso. Com a porta do meu quarto que eu diga.

Olhei para a porta mais uma vez, checando suas beiras, por intuição. Quando olhei para beirada inferior pude ver dedos passando por debaixo dela.

- Ai meu Deus. - Murmurei baixo, espantada. - Dean?

- Joan? - Perguntou com dificuldade.

- Calma, eu vou tirar vocês daí! Saia de trás da porta!

Com muita força dei uma pésada na porta fazendo-a ir ao chão.

Sam e Dean estavam feridos, caídos no chão. Há uns sessenta centímetros de Sam estavam uma garrafinha com sal, outra com gasolina e um isqueiro. Ele tentava, mas não conseguia alcança-los.

- Rápido Joan, atrás daquele armário. - Dean disse como se não conseguisse respirar direito.

Peguei, rapidamente, as garrafinhas e o isqueiro e comecei a empurrar o armário de ferro, que não era nada leve. Não sei de onde tirei forças pra empurrar aquilo. Acho que era por isso que ele nunca havia saído de lá.

Consegui mover o armário de lugar, então ele revelou uma porta que acho que ninguém sabia que existia.

Acendi o isqueiro para poder ver o que tinha dentro daquela outra sala, e tive uma grande surpresa. Havia ali mais ou menos, entorno de dezessete esqueletos e um corpo em decomposição, o qual usava um uniforme igual o dos monitores daqui.

Mas o que mais me chamou atenção foi que estava sentado em uma cadeira, como se antes de morrer estivesse assistindo aos outros corpos.

- É isso! Só pode ser! Sarah foi quem matou essas pessoas. Por isso que eles a seguiam! Com medo ela construiu essa casa, mas chegou uma hora que ela não conseguia mais escapar deles. Não foi isso sua vadia? ... Como desculpa, pra tentar tampar a verdade, você dizia que os espíritos a perseguiam porque foram mortos por uma winchester. Mas você sabe que isso nunca foi verdade. Vou começar queimando você, maníaca do parque.

Joguei sal, e gasolina em tudo, fazendo uma trilha até a porta. Abaixei-me para colocar o fogo nessa trilha, mas algo me golpeou fazendo-me cair e deixar o isqueiro cair, indo parar longe dele.

Olhei para onde havia vindo o golpe e vi lá Sarah parada feito uma estátua com os olhos vidrados em mim e uma careta demoníaca em seu rosto.

- Hey, bitch! - Dean chamou a atenção dela, facilitando pra mim.

Rapidamente, antes que ela me imobilizasse como fez com os Winchesters, corri até o isqueiro, o acendi e joguei em direção a trilha de gasolina.

Como em um passe de mágica todos os corpos pegaram fogo, e Sarah explodiu, virando cinzas.

- Faz melhor, cadela! - Ri com a mão no tórax. Acho que o que ela me deu um chute nas costelas. Acabei de sair do hospital, não quero voltar pra lá.

--

#Já fora da mansão Winchester#

- Tá aqui. Kit de primeiros socorros. Ainda bem que eu sempre ando com um desses no carro. - Simpático, o moço sorriu.

- Obrigada, anh... Qual é o seu nome mesmo? - Perguntei.

- Steven.

- Obrigada, Steven.

- Não, eu que agradeço. Vocês salvaram minha vida hoje, e a da minha esposa também. Eu é que agradeço.

- Nós só estávamos fazendo o nosso trabalho. - Sorri para Steven, mais uma vez ele agradeceu, e foi embora.

Abri a bolsinha de primeiros socorros e peguei um algodão, molhei com soro e passei no corte que Dean havia no rosto. Era um pouco profundo, e tinha mais ou menos uns dez centímetros. Graças a Deus Sam estava bem, e já estava dentro do carro, se não eu ia ter que cuidar dos dois. Sei que eles sabem se cuidar sozinhos. Passaram um bom tempo fazendo isso, mas agora que estou com eles, me sinto responsável por cuidar deles, assim como acho que eles se sentem responsáveis por cuidar de mim. Sempre fomos como uma grande família, um cuidando do outro.

- Ei, Joan, posso falar com você um segundo? - Perguntou alguém atrás de mim puxando meu braço levemente.

Olhei para ver quem era e vi Travis, agora fora do estado de choque.

- Ahn... Claro. - Sorri levemente.

Nos afastamos um pouco de Dean para conversar.

- Então... Como você sabia que aquele fantasma era do bem? Quer dizer, isso parece doideira, não existe essa coisa de fantasmas, não é? - Ele me olhou como se esperasse uma afirmação minha de que aquilo realmente não existia.

- Bem, na verdade existem mais coisas, e eu caço elas.

- O que? - Ele pareceu se engasgar com a informação. - Você tá brincando, né?

- Ahn... Não.

- Você é louca! - Ele me deu as costas e foi embora.

Voltei a limpar o ferimento de Dean.

- Sabe, eu acabei de salvar a vida do cara, e ele vem me dizer que eu sou louca? Se eu fosse louca eu tinha dado ele de comida pra aquela cadela da Sarah. Ele queria que eu dissesse pra ele a mentira, de que fantasmas, espíritos, demônios, vampiros... - Bufei.

- Sabe, às vezes é bom mentir para as pessoas. Pelo bem delas mesmas. - Dean também me deu as costas, e entrou no carro.

O que eu fiz pra ser tão odiada assim pelo Dean? Eu só trava pensando alto perto dele. Ele não precisava ser estupido comigo.

Entrei no carro meio que magoada, mas dessa vez não fiquei de cara feia.

--- (Continua...) ---



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Notas finais do capítulo

Olá, de novo, rs. Sei que demorei, mas vcs sabem, final de ano é aquela correria, festas, viagens... Espero que tenham gostado, e não se esqueçam dos reviews, por favor.Ah, e Feliz Natal e Ano Novo atrasado pra vocês!! Desejo a vcs tudo de bom, e que comecemos 2011 com o pé direito! Beijos :*



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