Castelobruxo escrita por Vilela


Capítulo 8
Capítulo sete - Culices Excidite




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            Março chegara sem avisar e com ele uma semana inteira de chuvas. Alex sempre soubera que em Castelobruxo a lama era uma constante, mas as aulas de magizoologia se tornaram um suplício. Era comum ver os alunos de todas as idades parados em uma das portas limpando as botas antes de entrarem no castelo, usando as varinhas ou arrastando a sola em uma das pedras do pátio. E mesmo quando não estava chovendo, no interior da floresta estava sempre molhado. As gotas pingavam das árvores nos veracostas lá em baixo, enquanto Leonino dava aula sobre as mais inofensivas das criaturas. Mas o que mais incomodava durante as chuvas eram os raios.

            Castelobruxo tinha a incrível capacidade de absorver a maioria deles, o que era terrível por causa do barulho. Em um dia extremamente quente dentro da aula de transfigurações, Alex quase deu um pulo da cadeira ao ouvir o trovão e em seguida a forma como as paredes do castelo tremeram e estrondaram, ribombando na sala e assustando a todos. Isso se repetiu por várias vezes naquele dia, e toda vez parecia ser a primeira.

            — Cara, se eu ouvir mais um barulho desse eu juro que... — Alex foi interrompido por mais um estrondo.

            Ali onde estavam no refeitório era o pior lugar para ouvir os raios que atingiam o castelo, pois o vidro das paredes tremia tanto que parecia que se estilhaçariam. Além disso, Castelobruxo reservava peculiaridades novas a serem descobertas todo dia. Como o fato do lixo que jogado para fora das janelas, reais ou enfeitiçadas, aparecer instantaneamente debaixo das cobertas da cama de quem o jogou. Nicolás constatou isso ao acordar cheio de papel de chiclete grudado no corpo numa manhã, o que o fez repensar seus atos.

            A chegada do novo mês também trouxe uma notícia que a muito agradou a Alex: o comércio entre os estudantes estava finalmente acontecendo. Tradicionalmente, os alunos sempre tinham algo para vender ou trocar durante o período de aulas, e fazia-se até riqueza dessa forma. Porém, desde que Raira Feitosa assumira a diretoria, eles não sabiam como ela se portaria diante disso. Foi por isso que os maiores vendedores entre os alunos se reuniram e decidiram que deixariam de vender durante o primeiro mês, apenas para terem certeza de que ela não seria um empecilho. Alex só precisava agora achar quem vendesse pó de flu, o que era um dos itens mais raros ali.

            — Eu conheço um cara que comprava de outro cara — disse Amadeus, sentado em uma das cadeiras confortáveis no dormitório. — Mas o segundo cara se formou no ano passado.

            — Como vou conseguir achar isso então? — Alex estava quase desistindo. Andou sondando os alunos mais velhos, principalmente os pajuantes, que tinham mais acesso a itens mágicos daquela espécie. Depois de três dias perguntando, ele decidiu que não daria certo dessa forma. Ninguém parecia confiar nele o bastante para dizer qualquer coisa muito importante.

            — Eu posso olhar isso para você — ofereceu Amadeus. Mateus, que estava tentando fazer uma das listas do professor Mervir, levantou os olhos do trabalho. Com certeza aquilo soara suspeito. — Com uma condição, é claro.

            — Qual?

            — Já ouviu falar de um calendário Maia? — Ele se desencostou da cadeira. — Preciso fazer um de duas engrenagens, com todos os ciclos e considerando pelo menos cinco luas de saturno. Se você fizer para mim, e se ficar bom o bastante, eu consigo pó de flu o suficiente para você conseguir conversar com alguém em qualquer lugar do mundo.

            — Fechado.

            — Espera, Alex — Mateus interveio. — Você não conhece nada dos maias, muito menos sobre os calendários deles. Você vai fazer o trabalho dele de forma ruim, ele vai usar de qualquer forma e não vai te pagar o combinado.

            Amadeus riu alto. — Isso vai depender da nota que eu conseguir com seu esforço. Não vou mentir, talvez eu conheça outro alguém que venda pó de flu. Você tem até quinta-feira que vem.

            — Eu não tenho outra chance — disse Alex, quando ele e Mateus já estavam no seu andar do dormitório. — Não posso ficar usando suas roupas para sempre.

            — Seja como for, você vai ter muito trabalho.

            E Alex de fato tivera. Passou os horários livres das aulas de feitiços na biblioteca. Ele gostava bastante dos locais subterrâneos do castelo, por isso andou por corredores quase completamente escuros lá em baixo, apenas a luz do seu anel te guiando. A entrada da biblioteca fazia uma curva ao redor de uma estátua pálida e triste. Ela era maior do que parecia possível, com todos os tipos de livros e estantes altas. O melhor dela sem dúvidas era o fato de ser equipada com feitiços de localização que facilitavam muito sua vida. Bastava falar o assunto da sua pesquisa, uma palavra ou uma frase completa, e os livros vinham voando da escuridão até a sua mesa. Ler era a parte mais difícil.

            Mas isso não durou por muito tempo, pois finalmente na semana seguinte as aulas de feitiços começaram. Os alunos do primeiro ano foram avisados no café da manhã de que a professora de feitiços retornara ao castelo e que a primeira aula aconteceria naquele dia mesmo. Muitos deles não estavam nem arrumados, achando que seria mais um horário vago, e correram de volta para os dormitórios.

            — Não! — disse Alex.  — Eu pretendia terminar o calendário hoje...

            A biblioteca fechava à noite e para entrar ele precisaria de um agendamento prévio e uma comprovação de pesquisa. Contudo, na verdade, Alex sentiu-se mais nervoso por saber que enfim ia ter de usar a varinha.

            — Espera, você nunca a usou? — Mateus perguntou no dia que ficou sabendo que Alex não tinha feito nem um teste com a varinha herdada do avô. — Inacreditável...

            Agora estavam indo para uma sala do segundo andar, onde a professora mais rígida que eles conheceram estava a sua espera. Margarida era um nome doce, mas a professora não tinha nada de amigável. Ela era idosa, não tinha pescoço aparente, e usava óculos enormes. Seu cabelo estava perfeitamente preso e usava vestes roxas. Crispou os lábios no primeiro instante em que viu os alunos todos reunidos. Eles esperaram que ela desse pelo menos uma explicação, os boatos eram inúmeros sobre a sua ausência naquelas primeiras semanas. Entretanto, o que ela disse foi:

            — Culices excidite.

            Eles permaneceram em silêncio.

            — Alguém sabe qual feitiço acabei de recitar? — Mais silêncio. — Foi o que eu imaginei. Culices excidite, ou mata-mosquito, é o feitiço de maior utilidade que alguém pode ensinar a vocês nesse castelo.

            Ela tirou sua varinha da manga longa das vestes e apontou para o teto: — Culices excidite!

            De vários pontos do teto choveram pequenas faíscas amarelas. Uma delas caiu na mesa de Alex e Mateus. Eles puderam ver de perto a morte de um pernilongo, que se desfez em cinzas logo após bater no tampo.

            — Alguém pode pelo menos me dizer o porquê desse feitiço ser útil para suas vidas acadêmicas?

            — Porque a Amazônia é cheia de mosquitos — respondeu um garoto. — E outros insetos voadores.

            — Exatamente. O mata-mosquito mata todo o tipo de inseto que voa, mas vocês só têm permissão para usá-lo nos que incomodam. Varinhas na mão, hora de praticar.

            Professora Margarida foi até a lousa e escreveu o feitiço, depois abriu uma caixinha de papelão que estava na sua mesa. De lá saíram voando pelo menos uma centena de mosquitos e pernilongos. Os alunos se levantaram das cadeiras e passaram a praticar o feitiço que acabaram de aprender. Alex tirou a varinha do bolso e se sentiu um idiota segurando-a desajeitadamente. Viu a nuvem de mosquitos voando baixo e inúmeras faíscas caindo aqui e ali. Um pernilongo azarento pousou bem na sua mesa, em cima do seu caderno. Apontou a varinha para ele e disse:

            — Culices excidite — sua mão ficou quente, uma sensação estranha percorreu pelo seu braço e o mosquito se evaporou na sua frente após uma faísca brilhante. Alex sorriu contente e continuou exterminando os insetos junto com os colegas.

            Cinco minutos mais tarde e praticamente todos os pernilongos tinham morrido. Mateus estava se gabando de ter conseguido com um feitiço apenas aniquilar três mosquitos, enquanto que Nicolás não vira graça nenhuma naquela aula. Alex, por outro lado, nunca se divertira tanto. Agora tinha certeza de que era capaz de fazer feitiços com uma varinha da mesma forma que fazia com seu anel, ou até mesmo melhor. A parte chata veio a seguir. Ao invés de aprenderem mais feitiços, eles passaram a ler o capítulo introdutório do livro didático.

            A aula passou mais depressa do que eles puderam perceber. Margarida se despediu deles passando o primeiro dever que eles deveriam fazer durante os próximos meses. Pelo o que parecia, Castelobruxo era infestado de ninhos invisíveis de vespas róseas, insetos do tamanho de gatos que se tornavam extremamente agressivos durante a primavera.

            — Seu dever é usar o mata-mosquito na maioria deles até setembro — disse Margarida.

            Eles saíram da sala direto para a estufa número um, onde continuavam a aprender a colocar talas em galhos quebrados de plantas carnívoras. Nicolás e Mateus fizeram um trabalho tão malfeito nas plantas deles que a professora chegou a pensar que eles tivessem piorado o estado médico das pobres plantas. Após herbologia simples, Alex desistiu do almoço para se concentrar no trabalho de Amadeus. Entrou na biblioteca, que estava vazia àquela hora, e estendeu a grande cartolina na mesa, onde estivera nos últimos dias desenhando círculos e símbolos.

            Olhou para a representação das fases do satélite Pã, nada satisfeito. Aprendeu muito com suas pesquisas para poder fazer aquele calendário, que fazia previsões para os próximos mil anos. Não tinha muito conhecimento de astronomia, mas o pouco que aprendera o fez supor que existia um padrão: havia uma relação de quinze anos lunares de desastres para cada ano de calmaria. A partir daí foi fácil prever muitos dos acontecimentos que os satélites de Saturno representavam. Quando ficava pessimista demais, ele dava um jeito de acrescentar um símbolo maia para uma boa colheita.

            Quando terminou, Alex enrolou a cartolina e saiu da biblioteca às pressas. O refeitório já estava quase vazio quando comeu rapidamente antes de sair correndo para a aula de tradições mágicas. Logo após ele voltou para o dormitório de Veracosta à procura de Amadeus. Foi encontrá-lo sentado em sua cama, lendo uma revista em quadrinhos. Quando viu que Alex tinha entrado no quarto, levantou-se.

            — Já está pronto? — perguntou.

            Alex passou para ele a cartolina. Amadeus desenrolou-a e observou atentamente o calendário. Passou os dedos pelos círculos e leu os símbolos que ele conhecia, propositalmente deixando de fora aqueles que não sabia o significado.  

            — Muito bom — Amadeus disse por fim. — Muito bom. Eu não teria feito um trabalho tão... completo.

            — Espero que você tire uma boa nota — Alex fora sincero.

            Amadeus apenas sorriu. Foi até a gaveta do criado mudo ao lado da sua cama e a abriu. Tirou de lá de dentro um pacotinho de chá, ainda com o cordão pendurado, e atirou-o na direção de Alex, que o agarrou a tempo. O garoto olhou para o sachê, intrigado.

            — Pó de flu.

            — Mas você disse que ia depender da nota!

            — Eu disse. Mas não tenho dúvidas de que vou tirar uma nota razoável com seu calendário. Só não espalhe por aí que sou eu quem tem o pó esse ano.

            Alex agradeceu e saiu imediatamente do quarto de Amadeus. Subiu as escadas e foi se trancar no seu próprio. Fechou até mesmo a cortina da janela enfeitiça, apesar de ter certeza de que ninguém o veria ali. Abriu o Livro de Magias e Encantamentos para Iniciantes que tinha pegado na biblioteca, e abriu no capítulo de utilidades. Achou o verbete que precisava. Fez um montinho de folhas de papel rabiscadas e amassadas no chão do quarto, afastando a bagunça dos dois amigos; apontou o dedo e percebeu seu anel brilhar quando se deu conta: devia usar a varinha. Com ela já em punho, apontou-a para os papeis no chão e disse: Piralocus.

            Os papéis se incendiaram como se estivessem embebidos em álcool. A chama começou azul e baixa, mas então se tornou laranja e amarela normal e subiu como uma língua de fogo até a metade do quarto. Era maior do que ele imaginara que fosse, e esperava que tivesse feito o feitiço certo para que ela não incendiasse o quarto inteiro. Rasgou o sachê de chá e pegou uma pitadinha do pó de flu. Nunca usara essa magia antes, só esperava que não desse algo de muito errado. Jogou o pó no fogo.

            — Rua Américo Dionísio, 320, Belo Horizonte — disse.

            O pó queimou verde nas chamas, mas não demorou muito. Nada aconteceu, no entanto, Alex permanecendo onde estava. Pegou mais uma pitada do pó, mas assim que estava prestes a jogá-la no fogo percebeu um rosto emergindo das chamas. Primeiro irreconhecível, ele queimou até se transformar nas exatas feições de sua mãe Heloísa.

            — Alex?! — ela quase gritou.

            — Fala baixo! — ele pediu. — Oi mãe.

            — O que está acontecendo? Está tudo bem? Como está a vida? Eu estou com tanta saudade... Isso é coisa da escola? Se seu pai chegar aqui e pegar você...

            — Escuta, mãe, nós não temos muito tempo. Eu preciso que você me faça um favor.

            — Me diga, querido.

            Ele foi até sua mochila na cama e tirou de lá de dentro o pedaço de papel que ele vinha escrevendo todas as coisas que estava sentindo falta. Dobrou-o com cuidado, salpicou pó de flu nele e jogou no fogo.

            — Ah! — fez a mãe. — Quase caiu na panela com macarrão!

            Alex estivera certo. Sabia que a mãe estaria cozinhando o jantar àquela hora, ou tentando.

            — Isso é uma lista das coisas que eu estou precisando: uniforme, livros etc. — ele disse. — Por favor, se você puder me mandar essas coisas vai ajudar muito na minha vida aqui.

            — Ah, claro, claro. Mas espere, por que esperou tanto para pedir? E por que sua cabeça está saindo das chamas do fogão? Eu achei que Castelobruxo fosse completamente incomunicável...

            — Longa história. — Alguém bateu na porta, o que fez Alex dar um salto. — Mãe, eu preciso ir. Quando estiver com tudo pronto, use pó de flu e envie para o último andar do dormitório masculino de Veracosta. Tchau, mãe, e obrigado!

            Outra batida na porta. Antes que ela pudesse responder, Alex apagou a fogueira dizendo “Piraminadus”. Os papeis estavam intactos no chão quando as chamas desapareceram. Escondeu o pacotinho embaixo do travesseiro e abriu a porta, encontrando Tuany parada na soleira.

            — Com quem você estava falando? — ela perguntou, olhando para dentro do quarto.

            — Ninguém — ele apressou-se a responder.

            — Mateus pediu para te chamar. Achamos um ninho de vespas!

            Desceram as escadas apressados até um dos inúmeros jardins internos do castelo, um pequeno gramado com imensas árvores frutíferas crescendo ao redor de uma fonte seca de pedra. Vários dos alunos do primeiro ano estavam ali, correndo, gritando e rindo. Tuany apontou para onde um aluno tinha descoberto o ninho invisível das vespas róseas: uma macieira. Alguém tivera a ideia de cutuca-lo, e agora vespas gigantes voavam em todas as direções, fugindo das varinhas apontadas e dos feitiços lançados.

            De uma cor rosa brilhante com listras pretas no abdômen, as vespas eram insetos asquerosos e perigosos. Porém, naquela época do ano elas estavam tontas demais para oferecer qualquer ameaça. Alex foi encontrar Mateus e Nicolás embaixo da árvore, os dois lançando feitiços a esmo. Sofia também estava lá, de varinha na mão, mas apenas observando.

            — Eu já matei uma! — gritou Mateus.

            Alex não sentiu vontade nenhuma de entrar na caça. Estava ainda pensado no que tinha acabado de fazer e se isso podia causar sua expulsão, caso fosse descoberto. Aproximou-se de Sofia, sentindo seu rosto ficar quente quase de imediato.

            — Já matou quantos? — perguntou para a peruana.

            — Yo? Nenhum — ela estava com o cabelo preso na nuca, mas a franja estava solta na frente do rosto. Era mais bonita àquela luz pobre do jardim do que quando estavam na sala de aula.

            — Quer tentar? — Alex pegou a mão dela e a puxou para o banco atrás dos dois. Uma vespa rósea estava pousada no encosto, uma das asas estava quebrada e ela não parecia ser capaz de fazer muito. O garoto deu um passo para trás, incentivando-a.

            Sofia apontou a varinha. O feitiço bateu em cheio nas costas do inseto, mas não foram faíscas amarelas que viram. No lugar, a asa dela tornou-se mais longa e o inseto voltou a voar, produzindo um barulho ensurdecedor que eles até então não sabiam que era possível. Se fosse só isso, Alex não teria se sentido culpado de forma alguma; foi o que aconteceu em seguida que surpreendeu a todos: a vespa mergulhou no ar numa investida rápida, ferroando Sofia no pescoço. Largou o ferrão do tamanho do tamanho de um canudo de bebida e então caiu no chão, morta.

            Alex não pensou duas vezes. Pegou Sofia pela mão novamente e correu com ela para fora do jardim. Subiu a primeira escada que levava a um salão e de lá entrou no corredor largo que levava direto para a ala hospitalar de Castelobruxo. Nunca estivera ali, mas sabia onde ficava desde o incidente da garota que se jogara da escadaria. Bateu na porta dupla do fim do corredor e esperou que alguém abrisse.

            — Alex, no precisa muito — disse Sofia. — Eu estou me sentindo bem...

            Não era isso que o garoto via. O pescoço dela inchara tanto que o ferrão fora completamente engolido, e ela parecia prestes a desmaiar a qualquer momento. Enfermeira Rosita e sua ajudante Emanuela abriram a porta juntas. Apesar da preocupação de Alex, de fato uma ferroada de uma vespa rósea era completamente comum. Elas tinham o remédio certo para passar no inchaço e evitar que ele se transformasse numa couraça dura como pele de dragão. Todo o tratamento não demorou mais do que dois minutos, e então Sofia e Alex saíram da enfermaria.

            — Gracias — Sofia disse, segurando uma gaze no lugar onde o ferrão acabara de ser removido. — Eu não sou boa com feitiços. Minha família não costuma usar una varinha.

            — Nem a minha — respondeu Alex. — Vocês fazem mais poções, não é?

            — Sí. Usamos poções até para abrir portas. Y a sua?

            — Anéis. — Ele levantou a mão direita e mostrou para a garota o único anel. — Eu também achei que não ia ser capaz de fazer feitiços desse jeito, mas descobri que é mais fácil do que eu imaginava.

            — Como?

            Ele se imaginou ensinando Sofia o pouco que sabia sobre magia com varinhas mágicas. Seria uma ótima desculpa para passar mais tempo com a pajuante. Foi quando teve a melhor ideia da sua vida.

            — Tive uma ideia. Por que não fazemos uma troca?

            Sofia o olhou com interesse.

            — Eu te ensino tudo o que sei sobre feitiços convencionais. E em troca você me ensina herbologia.

            — Herbologia?

            — Sim. Topa?

            Ela pensou por um momento. Alex deu um sorriso. Não sabia o porquê, mas sentia-se contente de uma forma egoísta.

            — Topo.


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