Intrusos em Hogwarts escrita por Ella Poetry
Notas iniciais do capítulo
Eu sei, eu sei. Eu prometi que não ia demorar mais e mesmo assim demorei uma eternidade pra postar! Eu sinto muito! Minhas aulas voltaram com tudo e trabalhos e estudar e dever de casa e provas... Mas aqui estou eu com o prometido capitulo de vocês! A tão esperada Hogwarts e a tão esperada revelação.
A construção era enorme. Edmundo lembrou que da primeira vez que viu o castelo de gelo de Jadis, o achou enorme. Lucia se lembrou de quando chegou à casa do tio, comparada a sua casa, aquele lugar era enorme. Susana se lembrou do grande rio congelado que tiveram que atravessar e de pensar que ele era enorme e que não conseguiriam. Pedro lembrou-se da guerra, quando bombas enormes caiam sobre a casa. Mas naquele momento, olhando aquele lago, com aquele magnifico castelo se erguendo em cima, eles entenderam o que “enorme” significa.
Gina cutucou Hermione e a ministra sorriu vendo as crianças boquiabertas. Mas logo tiveram que trazê-las para a realidade.
—Crianças, por aqui! – Gina chamou indo em direção à carruagem onde Rony e Harry esperavam
—Que tipo de animais eles são? – Lúcia perguntou curiosa
—Meu irmão e meu marido – Gina respondeu brincando e Hermione caiu na risada junto à ruiva
—Um pouco de respeito seria bom! – Rony disse emburrado
—Perdoe-me, mas acho que ela se referia aos... Cavalos? – Susana interviu, ficando na dúvida na hora de nomear aqueles animais.
—Estão falando dos testrálios? – Harry perguntou olhando as meninas
—Os seres que puxam as carruagens! – Edmundo disse chegando perto de um deles
Os quatro trocaram olhares e um clima triste se espalhou.
—Ah crianças, o que já passaram nessa vida? – Hermione perguntou com um tom triste. Afinal, só viam os testrálios aqueles que já viram a morte. Mas foi uma pergunta retórica, não tinham tempo.
Então se dividiram, rapazes e moças, em duas carruagens e foram em direção à escola. O caminho foi percorrido em silencio, em ambas as carruagens. Os irmãos Pevensie observavam a paisagem encantados com a beleza daquele lugar conforme ele se aproximava.
*-*
Por mais incrível que a fachada do castelo fosse, não se comparava com ele por dentro. Tudo naquele lugar era estranhamente familiar e ao mesmo tempo uma surpresa. Eles esperaram que todos os alunos entrassem no salão e fossem para suas mesas e então foram até o baixinho e familiar professor Flitwick que dava uma ultima olhada em seu pergaminho.
—Professor Flitwick, com licença! Precisamos da sua ajuda! – Harry disse sorrindo para o antigo professor
—Potter! – o professor sorri e então vê os outros três - Os Potter, um Weasley e a Ministra em Hogwarts ao mesmo tempo? Qual a calamidade?
—Também é um prazer revê-lo, professor! – Hermione disse sorrindo para ele e ele alivia os ombros
—Então, digam-me! O que houve? – Flitwick pergunta e então vê os quatro jovens mais atrás. Ambos calados – Alunos em roupas de trouxa? Isso é inaceitável! Informem seus nomes para que sejam devidamente puni...
Pedro estava pronto para comprar a briga, mas então Hermione ergueu a mão e calou os dois homens.
—Professor, receio que seja mais complicado que isso. Porém precisamos falar com a professora McGonagall! – Hermione diz com um tom sério
—Ela já está à mesa. Terão que conversar após o banquete. Irei providenciar cadeiras para vocês. – Flitwick diz e aponta as crianças com a cabeça – Todos vocês!
—Obrigada professor! – É Gina quem diz, e o professor sorri, se afastando do grupo e chamando Filch.
—Eu sou o único que acha estranho o Filch ainda estar aqui? Esse cara deve ser mais velho que o próprio Dumbledore! – Rony diz para os amigos que caem na risada
—Provavelmente ele já limpava o castelo quando Dumbledore estudou aqui! – Harry completa arrancando mais risadas
—Isso tudo está muito engraçado, mas e nós? Como nós ficamos? – Susana pergunta chamando a atenção dos quatro
—Eu sinto muito por toda essa espera! Queremos resposta tanto quanto vocês, mas terão de esperar mais um pouco! – Hermione diz com calma
—É tudo que temos feito até agora! – Edmundo diz com soberba
Seria um jantar longo.
*-*
Não havia um aluno naquele salão que não falava sobre aquilo. Era assustadoramente incrível. Todos já ouviram a história do “Grande trio de ouro” e de como salvaram o mundo bruxo. E agora ali estavam eles, os três, e ainda por cima a antiga artilheira de Quadribol no Harpias de Holyhead! Mas acima dessa, a pergunta que rondava o salão era “Quem são aqueles quatro vestidos de trouxas?”
Os quatro se olhavam assustados. Já haviam entendido que aquilo era uma escola de... Oh céus, bruxaria! O grande salão era iluminado por milhares de velas que flutuavam no ar sobre quatro mesas compridas, onde os que pareciam ser estudantes estavam sentados, aparentemente divididos por cores e as mesas estavam postas com pratos e taças douradas.
Mas ainda não conseguiam se acostumar. Os olhares daquelas centenas de alunos não ajudavam. Então decidiram ficarem calados e esperar aquilo acabar.
Então, o tal professor Flitwick entra com mais alunos e eles param em frente a um banco de três pernas, onde há um chapéu de bruxo marrom escuro. Aparentemente comum, porem quando o salão todo se cala, um rasgo surge perto à base, como uma boca, e ele começa a falar:
—Antigamente quando eu era novo
E Hogwarts apenas alvorecia
Os criadores de nossa nobre escola
Pensavam que jamais iriam se separar:
Unidos por um objetivo comum,
Acalentavam o mesmo desejo,
Ter a melhor escola de magia do mundo
E transmitir seus conhecimentos
"Juntos construiremos e ensinaremos!"
Decidiram os quatro bons amigos
Jamais sonhando que chegasse um dia
Em que poderiam se separar,
Pois onde se encontrariam amigos iguais
A Salazar Slytherin e Godric Gryffindor?
A não ser em outro par semelhante
Como Helga Hufflepuff e Rowena Ravenclaw
Então como pôde malograr a ideia
E toda essa amizade fraquejar?
Ora estive presente e posso narrar
Uma história triste e deplorável
Disse Slytherin: "Ensinaremos só
Os da mais pura ancestralidade.”.
Disse Ravenclaw: "Ensinaremos os
De negável inteligência”.
Disse Gryffindor: "Ensinaremos os
De nomes ilustres por grandes feitos”.
Disse Hufflepuff: "Ensinaremos todos,
E os tratarei com igualdade"
Diferenças que pouco pesaram
Quando no início vieram à luz,
Pois cada fundador ergueu para si
Uma casa em que pudesse admitir
Apenas os que quisessem, por isso.
Slytherin aceitou apenas os bruxos
De puro-sangue e grande astúcia,
Que a ele pudessem a vir igualar,
E somente os de mente mais aguda
Tornaram-se alunos de Ravenclaw,
Enquanto os mais corajosos e ousados
Foram para o destemido Gryffindor.
A boa Hufflepuff recebeu os restantes
E lhes ensinou tudo que conhecia.
Assim casas e idealizadores
Mantiveram a amizade firme e fiel.
Hogwarts trabalhou em paz e harmonia
Durante vários anos felizes.
E agora o Chapéu Seletor aqui está
E todos vocês sabem por quê:
Eu divido vocês entre as casas
Pois esta é minha razão de ser
Mas este ano farei mais que escolher
Ouçam atentamente a minha canção:
Pois nossa Hogwarts corre perigo
Que vêm inimigos externos, mortais.
E precisamos unir em seu seio
Ou ruiremos de dentro para fora
Avisei a todos, preveni a todos...
Daremos agora início à seleção.*
Assim que o chapéu acabou de falar, o salão todo aplaudiu, mais por obrigação do que entusiasmo. O fim do discurso do chapéu assustou um pouco a todos, não havia perigos em Hogwarts desde que Você-sabe-quem havia sido derrotado. Harry, Rony e Hermione trocaram olhares assustados e até mesmo a professora McGonagall se ajeitou na cadeira e assentiu para que o professor Flitwick continuasse. Ele ajeitou o terno e começou a chamar os nomes.
_Adam Wright! – o professor chama e um garoto tímido sai do meio da multidão e anda até o banquinho.
O professor coloca o chapéu na sua cabeça e demora uns trinta segundos para anunciar:
—SONSERINA! – a voz do chapéu soa alta e ecoa por todo o salão, assim como os aplausos e vivas da mesa onde todos traziam verde nas vestes.
*-*
Após todos os alunos serem devidamente selecionados, o professor se prepara para guardar o chapéu, quando ele fala.
—Após todos esses anos, nunca pensei que os veria novamente!
Todos os cochichos do salão sessam e os olhares curiosos se voltam para o chapéu. O professor Flitwick fica sem reação. O chapéu nunca falava com ninguém após a separação das casas. Ele olha para a diretora e ela se levanta.
—Poderia esclarecer melhor sobre o que está falando? – Minerva pergunta olhando o chapéu
—Aos nossos fundadores, é óbvio! – o chapéu diz como se não fosse nada – Quem diria que mais de mil anos depois eles voltariam a nossa escola!
E os cochichos voltaram ao salão. Como assim os fundadores estavam aqui? Quem eram? E como?
—Deve haver algum engano. Como bem sabe, os fundadores morreram já faz muito tempo! – a professora McGonagall continua
—É claro que sim! Mas é uma honra estar aqui logo quando eles decidiram voltar! – o chapéu diz e, se ele fosse uma pessoa, estaria sorrindo.
—Se está tão certo disso, porque não nos diz onde estão nossos caríssimos fundadores? – a diretora pede começando a ficar apreensiva
—Como pode me perguntar isso, se é em sua mesa que estão sentados? – o chapéu diz e todos os olhares se voltam para os garotos na ponta da mesa – Perdoe-me pela audácia, diretora, mas deveriam ter providenciado um lugar mais digno aos nossos celebres convidados do que a ponta da mesa.
Minerva gira a cabeça encarando as quatro crianças Pevensie. Lucia não entende porque estão todos olhando para si e seus irmãos, mas Pedro e Susana se olham. Se entenderam bem, estão achando que eles são os fundadores de alguma coisa.
—Todos fiquem em seus lugares. O banquete começará. Tudo não passou de uma brincadeira do nosso querido chapéu seletor. Por favor, divirtam-se e que comece o banquete! – Minerva diz tentando manter a calma e faz um movimento com a varinha.
O chapéu seletor some e as mesas são preenchidas com todos os tipos de comida: rosbife, galinha assada, costeletas de porco e de carneiro, pudim de carne, ervilhas, cenouras, molho e muito mais. As atenções voltam à mesa e as pessoas começam a conversar entre si enquanto comem.
Minerva se levanta discretamente e sai da mesa. Harry logo entende o recado e chama Rony, Hermione e Gina. Hermione chama os quatro e em silencio eles se levantam da mesa. O professor Flitwick e o Professor Longbottom os seguem, eles entram em uma sala que há logo atrás da mesa principal e fecham a porta.
—Eu avisei! Eu disse que havia algo com eles! – Harry diz e Gina aperta sua mão para que ele se cale
Minerva se aproxima das crianças. Lado a lado. Não eram nada parecidos com as pinturas dos fundadores, porém o Chapéu Seletor não diria aquilo se não fosse verdade.
—Crianças, vocês tem alguma noção do que está acontecendo? – Minerva pergunta olhando para os quatro
—Sinceramente, estou cada vez mais confuso. E acho que posso falar pelos meus irmãos. Alguém está disposto a nos dizer o que está acontecendo? – Pedro diz na frente dos irmãos
—Se o que o Chapéu Seletor estiver certo... – Minerva hesita e então respira fundo, erguendo a cabeça – Vocês são os fundadores do nosso colégio!
* Canção do Chapéu Seletor 5º Ano
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Como sempre, quero agradecer a todos que comentaram o capitulo anterior Nat Rodrigues, Clenery Aigremont, Blue Black, Lua Reyna, Cillessen Valdez, Mymi, Matthew98Parker, Gabiih e Key Potterhead!!!
Vocês são uns lindos!!!
Como sempre, comentários sempre bem vindos, lidos e respondidos com carinho!
Até o próximo ♥