Presa no Tempo escrita por Menina Improvável


Capítulo 6
Capitulo 6: Estou paralisado na realidade.


Notas iniciais do capítulo

"Nossa! Você demorou um ano pra continuar a fanfic!!!!!!!" SIM! MAS VOLTEI! E VOLTEI COM ESTILO.
#MeninaImprovável

"Deixe de agir como se vida fosse uma repetição. Viva este dia como se fosse o último. O passado terminou e se foi. O futuro não está garantido."
~ Wayne Dyer



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~ 19:23, Terça-feira, Junho, ano: 2140.

 

Depois do longo dia de trabalho e de muitos devaneios aqui e ali, voltei para casa. Quando abri a porta Minx estava em cima da mesa sentado na revista que ele havia derrubado hoje de manhã.

— Posso saber o que você está fazendo ai? - disse parando na frente do gato que miou para mim. - Anda desce! Não é lugar pra gatinhos ai!

Ele desceu mais rápido do que imaginava. Peguei a revista sobre invenções antigas.

— Outra hora vejo isso Minx, não estou com paciência para invenções agora... Já tive Flash Backs de mais por um dia.

 

**

 

Depois de um banho quente enrolei a toalha em meu corpo e fui pro meu quarto. Olhei para minha cômoda e vi um pequeno porta retrato com uma foto 3x4 do meu pai e outro da minha mãe.

— Ah pai... - senti as lágrimas chegarem aos meus olhos. - Que saudade, saudade da minha mamãe também.

Pelo menos nunca vou esquecer do rosto dos meus pais, quando toquei a foto do meu pai meu ombro começou a arder como se estivesse pegando fogo.

— Caralho o que é isso!

Puis a mão e ela parou de arder.

— Caramba mano eu virei o Harry Potter? Voldemort ta perto? O perigo se aproxima? - fiz essa piadinha e dei risada.

 

**

 

~ 8:43, quarta-feira, Junho, ano: 2140.

 

— Ai ai... Não dormi bem. Obrigada meu despertador vivo. - acariciei o gato que ronronava deitado em cima de mim. - Cortinas.

As mesmas se abriram, o café tomou conta do ambiente porém logo o cheiro bom se dissipou e foi tomado por um cheiro de queimado forte.

— Ué. O que houve?

Cheguei na cozinha e a minha cafeteira estava soltando fumaça.

— AH! ÓTIMO! Era só o que me faltava! Meu combustível diário já era.

Peguei minha torrada e puis a cafeteira em uma sacola para trocar.

— Tchau Minx! Sem bagunça! - ouvi um miado vindo do meu quarto.

 

**

 

— Como assim você não pode trocar? - falei para o senhor dono da loja.

— Já passou o prazo de troca senhorita. - a voz dele era de um senhor de idade, tinha cabelos brancos, algumas rugas no rosto aparentava ter uns 60 anos.

— Mas senhor eu comprei aqui... Não teria um desconto na compra de outra pelo menos?

— Se eu achar outra te dou um desconto! Já volto. - ele virou e saiu passando por uma porta automática no fundo da loja.

Do outro lado da loja um robô cinza e vermelho encarregado pela limpeza me encarava, virei para o outro lado rompendo nossa troca de olhares "apaixonados". No outro lado tinha uma pequena cafeteria, uma senhora de cabelos brancos, provavelmente esposa do dono, tomava conta do balcão enquanto um outro robô dessa vez cinza e azul levava café para os clientes sentados nas mesinhas.

Quando voltei meu olhar para o robô vermelho ele não estava mais lá e senti uma mão fria tocar meu ombro esquerdo e tomei um susto, era ele, o robô, ele estava bem atrás de mim! Como não ouvi ele chegando? Me virei para ele e ele encarou meus olhos castanhos com seus olhos vermelhos e brilhantes. Foi chegando mais perto e eu afastando a cada aproximação dele.

— O que é? Ta com defeito? - disse com um certo medo.

— Não. - ele falou com uma voz metálica.

— O que é?

— Energia. - ele respondeu parando de se aproximar.

— ...?

— Energia, energia, energia. - ele pois sua mão prateada em meu ombro e seus olhos ficaram mais brilhantes.

Não tinha como não ter um certo medo, mesmo sabendo que ele não iria fazer nada pois sua programação o proíbe de ferir um ser humano, ele era um tanto quanto ameaçador. Seu rosto era oval com grandes olhos vermelhos, porém bondosos. Seu corpo era prateado com detalhes em vermelhos, não tinha pernas, ele se movia com uma roda minuscula, como naquele filme Passageiros e seus braços eram prateados com detalhes vermelhos no pulso.

— C1! - disse o velhinho em um tom alto. - Pare de assustar nossa cliente! Tenha respeito.

— Desculpe. - ele virou para o chefe dele. - Energia. Perigo. - ele disse voltando para mim.

— Não entendo... - respondi para ele e ele foi embora com seus olhos mais apagados.

— Desculpe meu robô, ele estava com defeito na voz a um tempo atrás e não tive muito tempo de concerta-lo direito.

— Tudo bem! Achou a cafeteira? - dei um sorriso.

— Sim.

 

**

 

Depois de combinarmos o preço, peguei a cafeteira. Quando a porta se abriu olhei para trás e o robô vermelho continuava me olhando, senti um arrepio na minha espinha. Voltei meu olhar pra frente e o outro, o azul que estava servindo as mesas, estava na minha frente me encarando com seus olhos azuis.

— Cuidado por ai. - ela me disse com voz metálica meio feminina e logo saiu da frente da porta.

— Ótimo, o arrepio na espinha voltou. - sai e a porta se fechou atrás de mim - ... Cuidado? Por que cuidado?

 

**

 

— Atrasada de novo como sempre! - disse Suzana se aproximando de mim.

— Desculpa, não vai se repetir.

— Claro que vai se repete todos os dias! Melhor você começar a chegar no horário senhorita Renon ou eu mesma terei que tomar medidas.

"O que deu nela?", pensei.

— Não se preocupe com ela, ela deve estar estressada com o serviço. - disse o Rafa passando a mão em meus cabelos.

— Uma mulher como ela não fica estressada com esse trabalho fácil que ela tem. - ri.

— Ela com certeza deve estar paquerando o chefe e não está conseguindo nada.

— Olha disso eu não duvido! Você deveria paquera-la talvez consiga uma promoção no nosso setor! - disse rindo e ele riu comigo.

— Eu não quero me sufocar! - ele disse e eu cai na gargalhada.

Suzana era uma mulher digamos... Chamativa. Por sua beleza? Não. Mas sim por seus silicones. Sim, ela tinha posto silicone e seus seios e eles quase saltavam pra fora de sua blusa decotada. Os botões pediam piedade, eu chegava a sentir dó deles. Mantia seus cabelos castanhos presos em um coque perfeito, não soltava um fio, por isso no dia que eu fui ver o chefe achei estranho ela estar saindo com os cabelos bagunçados pois não deixava um fio fora do lugar.

 

**

 

~ 12:34, Quarta-feira

 

— O QUE? - ele gritou.

— Fala baixo Rafael! - falei pedindo desculpas para as pessoas a nossa volta no restaurante.

— Desculpe. Você foi ameaçada por um robô eu não consegui conter minha surpresa.

— Eu não fui ameaçada, ele só falou para mim tomar cuidado. - disse colocando uma garfada generosa de arroz na boca.

Rafael foi colocar comida na boca mas logo abaixou o garfo, ele pois sua mão sobre a minha.

— Eu jurei te proteger desde jovem, Helena. - ele disse meu nome em um tom sério e protetor. - E é isso que vou fazer. SEMPRE!

Eu parei por um instante lembrando de quando éramos mais jovens, lá pelos nossos 16 e 17 anos.

 

~ Flash Back ~

Quando acordei estava no meio da rua entre um monte de destroços da Máquina do Tempo, mas ela não estava lá e todos a minha volta me observavam sem me propor uma mínima ajuda. Eu levantei do chão, desesperada. Não sabia onde estava, ou pior, em que ano estava.

— Com licença... Poderia me ajudar? – toquei no ombro de uma senhora que me olhou de cima abaixo e se afastou me ignorando.

Olhei em volta era tudo tão diferente tão... Futurístico. Os robôs, as lojas, até as pessoas. Fiquei paralisada naquela realidade.

— SOCORRO!!

Grite. Mesmo com toda essa beleza futurística meus olhos se encheram de lagrimas e eu desabei no chão, fraca. Uma forte onda de dor me invadiu, passei a mão e senti meu sangue escorrendo pelas minhas costas e cintura e um corte de uns 10 a 15 centímetros aberto pegando desde o meu ombro até o meio de minha escápula.

— Alguém me ajuda por favor! ALGUÉM ME AJUDA! - eu gritava no meio da rua e todos passaram reto me achando maluca - Por favor, alguém... - eu gemia de dor com minha mão sob o ferimento e o sangue escorrendo pelos pequenos espaços que minha mão deixava, as lágrimas também escorriam pelo meu rosto.

Ainda no chão, minha visão foi escurecendo quando vi um garoto correndo em minha direção.

— Mãe me ajuda aqui!!

A voz já era distante, não conseguia mais ver quem era. Senti meu corpo levantar do chão. Desmaiei de dor logo em seguida.

~ Fim do Flash Back ~

 

Olhei para ele e dei o sorriso mais bonito que pude dar. Se não fosse ele, eu poderia estar morta.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! :D
#MeninaImprovável



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