Meteoro escrita por Dama dos Mundos


Capítulo 10
Ascensão. [Final]




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Com vinte anos, minha situação estava no mínimo problemática.

É claro que eu me livrara da bruxa – ou melhor, acreditava tê-lo feito – mas não conseguira deixar para trás minha reputação. E, venhamos e convenhamos, eu tinha uma baita má reputação para me livrar. Não consegui recomeçar do zero, ainda havia uma recompensa gorda sobre minha não tão adorável cabeça e o Sonhar inteiro me conhecia. A maior parte me queria morta, outra desejava tirar proveito das minhas habilidades e o um por cento restante tinha algum apresso sem sentido por mim.

 

Salazar está atualmente me cutucando e dizendo que ele não fazia parte de nenhum desses grupos. Sua indiferença com relação a minha pessoa custou-lhe um olho roxo. Não sigam o exemplo dele, caros leitores, saibam esperar sua vez para contar sobre suas desgraças, sim?

 

Pois é… eu não havia conseguido retornar ao ponto em que havia parado, a essa altura seria impossível tornar-me uma campeã do rei. Eu não estava nem um pouco disposta em ir até ele e implorar por uma segunda chance, de maneira que tive voltar ao que eu sabia fazer de melhor: Matar.

Foi assim que, de assassina particular, passei a caçadora de recompensas.

Por um ano inteiro eu vivi com cautela, apenas aceitando os trabalhos que julgava justos, de pessoas cujas quais não me trairiam (ou por não terem meios, ou por me acharem mais lucrativa matando para eles do que como uma cabeça numa bandeja).

Ainda que pareça não haver muita diferença da minha situação anterior, esta existia. De uma forma bem marcante, afinal eu escolhia quem queria matar – limitando-me aos grandes porcos da sociedade, criaturas que mereciam um destino ainda pior que a morte – e recebia para isso. Podia viver onde quisesse, comer o que desse na telha e ter muitas e muitas garrafas de Acidic à disposição. Depois de muito tempo eu consegui tratar com outras pessoas, sem que o receio de ter que futuramente matá-las me atingi-se. Ainda assim, levariam mais alguns anos – cinco, para ser mais específica – até que eu pudesse sentir-me próxima a alguém novamente.

 

Não, eu não vou dizer o porquê. Vocês são pessoas inteligentes, sabem muito bem a razão. E já chega disso de ficar me lamuriando, essa fase já passou.

 

Os negócios estavam indo muito bem, até que Hannyere se desintegrou… literalmente falando. Quando isso aconteceu, todo o Sonhar – e quando digo todo, eu me refiro a, realmente, todo ele – entrou em um processo de luto pela princesa. Nem mesmo as aberrações do Reino dos Pesadelos saíam para caçar. O Mundo dos Sonhos entrou em um estado de estagnação que duraria até Aster chegar de além das Terras de Ninguém, trazendo consigo a solução para o problema. Isso levaria uns dois meses para ocorrer, ou seja… dois meses sem matar ninguém. Eu estava muito ferrada.

Antes que fiquem se questionando se eu era indiferente a morte da princesinha, deixem-me falar a meu favor que sim, lamentei. Aquela era uma situação infeliz. Ela era muito nova e tudo o mais, e só de pensar nas coisas que ela deixara de viver por conta da sua doença e da morte prematura me dava um nó no estômago.

Mas eu já havia acumulado sofrimento o bastante para uma vida inteira. Quando o luto se estendeu demais, tive que arranjar uma forma de tentar sobreviver. Seria muito idiota se, depois de ter saído viva de tantas arapucas e situações arriscadas, eu morresse de inanição porque todos se recusavam a fazer contratos, para honrar a morte da princesa.

Imaginem só qual foi a solução que arranjei?

É… quem não tem flechas, atira pedras. Quem não tem cão, caça com gato… e quem não pode trabalhar, rouba.

 

Não é bem uma razão para se ter orgulho, mas nós chegamos aos extremos quando precisamos nos manter vivos. E eu descobri que era uma boa ladra, afinal aprendera como ser sutil e passar despercebida. Sabia me esquivar de tudo que poderia por suas mãos em mim, desde que tornara-me o brinquedinho da bruxa. E tenho de admitir que havia um certo prazer mórbido em furtar daquelas pessoas que tinham demais, mas continuavam ficando loucos se davam falta de apenas uma moeda.

Minha carreira temporária de ladina me manteve viva naqueles dois meses, os roubos sempre davam bons resultados. Eu já começara a questionar-me se não deveria torná-la permanente, isso me impediria de sujar as mãos. Mas, verdade seja dita, eu era incapaz de desassociar-me do calor das batalhas, daquela adrenalina que percorria minhas veias como a bebida mais forte do mundo. Eu podia não gostar de matar, porém adorava uma boa briga. E essa adoração teria selado meu destino eternamente como a maior assassina do Sonhar, não fosse Aster trazer Hannyere de volta e eu ter cometido um erro terrível um dia depois, antes mesmo da boa notícia se espalhar.

 

É… eu tive a brilhante ideia de roubar o Palácio Real.

Não me perguntem o que eu tinha na cabeça. Para ser sincera, não tinha certeza se estava raciocinando muito bem quando tomei tal decisão. O grande problema em ter muito tempo livre e estar de mal humor é que não há nada que te impeça de agir, antes de pensar sobre aquela ideia idiota que acabou de passar por sua mente.

Afinal, por que não?

O rei me mantivera naqueles calabouços por meses (ele tinha razão em fazer isso), sentenciara minha morte por meio de decapitação (tinha todo o direito de fazê-lo, também) e aquela desgraça de luto poderia ter me matado (não que aquilo fosse culpa dele, mas enfim…).

 

Viram como meu cérebro raciocina direito quando não estou com raiva? Salazar não… ele acabou de me deixar de mal humor e agora não está vendo coisa alguma, diria que seus dois olhos estão inchados o bastante para que continue assim até o fim do dia.

 

Portando minha mentalidade criminosa, eu coloquei meu plano em prática. Fiz uma breve pesquisa, consegui uma planta do lugar (também roubada, é lógico) e o invadi, seguindo em direção a sala do tesouro.

Antes mesmo que eu conseguisse atingir meu objetivo, me vi em uma armadilha, cercada pelos soldados do rei. Eu poderia jurar que algum dos meus “aliados” tinha dado com a língua nos dentes, principalmente aquele que me cedeu a informação de onde achar o mapa. Praguejei todos os xingamentos que conhecia, puxando meu florete e entrando em uma posição defensiva. Eu deveria ter previsto aquilo, mas estava tudo bem… eu não tinha nada a perder além da minha vida, e poderia garantir que aqueles caras pagariam muito caro pela minha pele.

Como já dito, a esse ponto, eu já era como hoje. Ou seja, lidar com aquela horda seria brincadeira de criança. O real problema seria escapar inteira daquele lugar fechado, considerando que deveriam haver muito mais cavaleiros espalhados pelo castelo. E muitos daqueles que participavam da Guarda Real eram realmente fortes.

Enquanto pensava numa maneira de burlar toda a perseguição que viria assim que massacrasse aqueles que me rondavam, os homens começaram a se mexer com certa hesitação. Ouvi trocas de sussurros entre um e outro, assim como com outra pessoa que parecia vir de trás deles. Deveria ser um comandante de tropas ou algum outo nobre.

Quão surpresa fiquei quando os homens deram passagem para um homem de semblante nobre, envelhecido pela tristeza nos últimos dois meses, cujos cabelos eram grisalhos sob uma coroa de ouro.

Ah… aquilo não ia prestar.

 

O rei – pois era o próprio, afinal desgraça pouca é bobagem – me encarou com uma expressão enfadada que me deu vontade de pular em cima dele. E eu teria feito mesmo isso, se não tivesse percebido a vantagem que eu ganhara naquele momento. Se eu fosse rápida, poderia esquivar-me dos golpes até chegar no homem, tomá-lo como refém e sair do Palácio sem ser incomodada.

Belo plano, ignorando o fato de que aqueles soldados continuavam atentos, preparados para uma emergência, do tipo eu tentar raptar o monarca. Era possível notar suas expressões concentradas e as mãos segurando com firmeza a empunhadura das espadas.

— Cabelos curtos e negros, um rancoroso olho verde e cicatrizes em cada parte do corpo. O último lugar em que esperava encontrá-la, Vega, era aqui.

— Sua hospitalidade ficou marcada em minha mente, é claro que eu voltaria um dia desses. — eu respondi num tom ácido, trocando o meu peso para o pé que estava mais a frente.

— E eu posso saber a que veio?

— Queria pegar algumas coisas, apenas isso. — movimentei meu florete, sua lâmina apontada diretamente para o rei. — Mas já que está por aqui, estou considerando a ideia de fazê-lo sangrar.

— Você aterroriza meu povo com seus assassinatos desmedidos. Você assassina meu melhor cavaleiro, tirando a proteção da minha filha. Então foge da pena de morte e tem a ousadia de voltar para me roubar. — ele enumerou lentamente. Meu único olho analisou tudo que havia ao meu redor. Homens querendo atacar-me. Me concentrei novamente, sem abaixar minha arma. — Não sei se isso é coragem, arrogância ou burrice.

— Deixe-me passar.

— Não vou fazê-lo. Sua estadia aqui será necessária.

— Deixe-me passar ou vou acabar de uma vez com a linhagem real, a começar por você. Sua filha não pertence mais a esse mundo, não pode se dar ao luxo de…

— Hannyere vive.

Quase ri com aquela resposta. O velho devia estar louco.

— Diga isso para todo o reino lá fora, eles devem estar lutuosos sem motivo.

— Nada que acontece nesse mundo é sem motivo. — okay, aquele reizinho estava começando a me tirar do sério outra vez, e isso não era nada bom, principalmente para ele. No entanto, eu percebi o gesto que fez, apontando para trás de si. Acompanhei-o com meu olho bom, deparando-me com uma figura familiar parada no arco que marcava a entrada para a sala adjacente. Um encapuzado com vestes de mago ou algo similar passava um braço pelos seus ombros, mas era impossível que minha atenção não se focasse nela.

Hannyere estava viva. Intacta. Até mesmo sua aparência sugeria saúde, embora ela tremeluzisse de vez em quando, mostrando uma segunda pele totalmente deformada. Eu já tinha visto coisas muito bizarras no Mundo dos Sonhos mas aquela, sem dúvida, era a maior de todas. Nem mesmo os nossos supostos necromantes conseguiam trazer os mortos de volta a vida. Zombies já nasciam com aquele jeito meio capenga, as partes do corpo descolando hora ou outra, o apetite por carne e cérebro de outras criaturas viventes nublando suas mentes lentas.

— Para que ela se mantenha viva… — o monarca prosseguiu, enquanto trocava olhares com o desconhecido de capuz, que um dia eu descobriria ser Aster. Apenas seus olhos brilhavam sob a sombra da cobertura. —… Eu criarei um Torneio. Um Torneio anual onde os maiores lutadores do Sonhar se encontrarão. Para isso, preciso de campeões dignos. Preciso dos melhores entre os melhores.

Ele voltou seus olhos para mim. Inconscientemente desci a ponta do florete, mantendo-a voltada para o chão. Os guerreiros pareciam ecoar minha descrença, porque um murmurinho começou a subir ao nosso redor. O rei fez um sinal, levantando a mão direita e mantendo-a um pouco no ar, antes de abaixá-la. Isso foi o bastante para calar toda a falação. Encarando meu único olho, ele finalizou.

— Participe dos jogos que virão por mim e sua recompensa será retirada. Seus crimes serão relevados. Você ascenderá novamente, desta vez com toda a glória que puder carregar. Ajude-me a manter minha filha viva e a assassina Vega morrerá para sempre. Aceite a proposta e mude sua vida, ou recuse-a e seja caçada até o fim de seus dias.

Admito que foi tentador ir contra o Monarca do Sonhar naquele instante. A vontade chegou e foi embora com muita facilidade, porém. Não era aquilo que eu queria, desde que era uma criança? Não foi por isso que pedi a Bree, num desejo tão antigo que havia praticamente me esquecido dele?

Será mesmo que eu salvaria aquela menina lá traz, se aceitasse?

A resposta era não. E, se vocês chegaram até aqui, sabem bem que no fim de tudo Hannyere voltaria a inexistência, para nunca mais levantar-se novamente.

Mas naquela época, ninguém sabia o que Aster tramava. E eu me vi aceitando a oferta sem nem mesmo piscar, comprometendo-me com aquele rei e sua filha. Sim, eu fui a primeira Campeã a ser convocada a arena do Torneio. E devo assumir que o momento em que desci sobre um joelho e levei minha mão direita ao peito, jurando lealdade aquele velho, tornou-se a escolha mais certa que fiz em toda a minha vida.

 

Assim, integrei-me ao Torneio do Sonhar. Eu passaria os próximos cinco anos lutando com garras e dentes pela vitória, jamais vacilando, causando uma trilha de destruição toda vez que o os jogos recomeçavam. O rei alegara que era necessário evitar perdas, e eu acatei tranquilamente aquele pedido. Já haviam mortes suficientes pingando na minha conta para me preocupar com mais algumas. É claro que eu não estava isenta de obliterar um adversário que queria fazer o mesmo comigo, principalmente quando este me irritava. Era uma sorte que a maior parte dos monstros pertencentes ao Reino dos Pesadelos se regeneravam num piscar de olhos…

Eu reencontrei Allistar, depois de muitos anos sem vê-lo, e conheci Salazar, o Mestre das Cartas, ou o mago covarde que atualmente viaja comigo. Okay, eu admito, ele não é tão covarde assim. De vez em quando esse idiota consegue agir heroicamente. Só de vez em quando…

As pessoas começaram a chamar-me de Estrela Cadente da Arena, não sei dizer se por conta de minha aparência ou de meu passado como assassina. A questão é que o título pegou, e comecei a me satisfazer quando ouvia-o ser clamado de boca em boca, como um hino.

E então, veio Louise. A segunda pessoa que fui incapaz de matar.

A criança dos cabelos de ouro e prata chegou cinco anos após a morte de Hannyere e colocou a minha vida de cabeça para baixo em questão de dias. Mas é claro que já sabem disso. Vocês viram em primeira mão cada parte da jornada.

 

A luta final que nunca teve um vencedor.

O rapto da princesa deformada.

A passagem pela árvore de Bree.

O incidente com os Deuses Gêmeos do tempo.

A viagem com a Barqueira.

A queda de Aster.

 

Atualmente, Louise retornou para seu mundo, Hannyere está mais uma vez morta e Allistar partiu para outra exploração. Uni-me a Salazar e deixamos as terras que conhecemos tão bem para trás, seguindo por um caminho que não sabemos onde vai dar, movidos por nada além da sorte e do acaso. Mas devo afirmar que essa sensação de liberdade é meu mais novo vício.

Admito que sentirei falta de algumas coisas. Principalmente do Acidic… caramba, não sei se vou encontrar bebida mais forte e bizarra que nem essa por ai.

O Sonhar é um mundo maravilhoso. Um lugar de desejos e de coisas que não fazem sentido, de Pesadelos e de Imaginação sem limites. Não posso dizer que não é um bom mundo, ou que seja tedioso… Só não é mais ideal para mim.

É por isso que sigo minha jornada sem precisar olhar para trás. E, aqueles que não devem ser esquecidos, carrego comigo: naquele mesmo quartinho escondido na minha mente, para o qual recentemente mandei pessoas e lembranças boas. Espero que isso baste para tornar mais coloridas aquelas que já estavam guardadas lá dentro.

E, quem sabe um dia, quando essa sede por desbravar lugares novos se acabar, eu possa retornar para casa. Talvez eu caminhe pelas ruas que mapeei quando mais nova, visite os lugares que dividi com Kandrak, ou aquela taverna em que conheci Elirya. Quem sabe eu vasculhe os restos da vila onde morei ou passe pelo rio dourado com suas ilhas flutuantes, procure pelas pinturas de um certo artista. Ou, ainda, volte ao castelo para ver o que mudou. Atravesse o território dos Deuses do Tempo apenas para irritá-los. Colha uma maçã ao lado de Bree… ouse entrar mais uma vez no transporte da Barqueira.

Pois é, tenho que concordar com Salazar, esse último tópico com toda certeza não vai acontecer…

 

Por hora, no entanto, eu me despeço de vocês.

Em troca da atenção que me deram, compartilharei as lições que aprendi da maneira mais dura, passando por obstáculos demais para sequer contar: Até mesmo estrelas cadentes podem brilhar novamente.

E, por último, mas não menos importante:

Nunca faça amizade com uma velhinha que mora sozinha na floresta.

 

 

Fim…

Por enquanto.


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Notas finais do capítulo

Yo, amores da minha vida!
Sei que tem gente querendo me comer viva com aquele final lá em cima, eu disse que faltavam dois capítulos para terminar da última vez, e estava falando sério! No entanto, a história de Vega tem seu fim, de fato, aqui. O último capítulo não será um Epílogo, mas sim um bônus, já que a narrativa vai mudar. Morram de curiosidade para saber sobre o que será, haha! Tenho quase certeza que vão gostar. :3
Eu vou deixar os agradecimentos, o choro e meu próprio piti por terminar mais uma história do Projeto Contos de Além Mundo para as notas finais do Bônus. Este vai demorar um pouquinho ainda para sair, porque pretendo lançar junto com ele o link do especial de Salazar (que atualmente ainda não tem um nome).
Enquanto o capítulo final da fic não chega, vamos debater um pouquinho: Eu sei que o capítulo anterior foi mais marcante que o final, de certa forma. Mas tenham em mente que Meteoro é uma Pré-História. Ela está aqui para narrar os acontecimentos que levaram Vega a Arena do Sonhar, e espero que tenha cumprido com esse objetivo. Mas podem ter pessoas entre vocês que não vão gostar e esperavam um pouco mais… bom, não dá para agradar a todos.

Agora, vamos a algumas curiosidades:

A primeira: eu pensei originalmente em fazer do Kandrak e da Vega um casal nos últimos capítulos da fic, onde ela está mais adulta. Mas eu mudei de ideia no meio do caminho. Todas as histórias do projeto até agora focaram em algo importante: amizade. E eu quero manter esse foco, porque é algo bonito de se mostrar. Acho que o amor “romântico” é muito superestimado hoje em dia. Isso não quer dizer que eu não escreva outras histórias cheias de casais ou que eu mesma não shippe Kanga (ou Vedrak, tanto faz), nem que vocês não devam shippar também… cada um tem sua opinião. Q

A segunda: um dia eu estava postando em um desses fóruns de interpretação com um amigo meu (Curiosamente, usando tanto o Salazar quanto a Vega como personagens secundários), que não leu nenhuma das fics em que esses dois aparecem. E, reparando no relacionamento caótico que ambos tem, ele me fez uma pergunta muito interessante: Salazar e Vega são um casal?
Eu fiquei encarando a janelinha do chat com cara de paisagem durante alguns minutos. A melhor resposta que cheguei foi “não faço ideia do que farei com esses dois”. E é verdade.
“Mas Ame-chan, tu é louca, mulher? São seus personagens e tu não sabe?”
Pois bem… não sei mesmo. É claro que para alguns de vocês que só leram Meteoro, não há como ter uma noção de como é o relacionamento entre esses dois. E para aqueles que leram Louise no Mundo dos Sonhos, a dúvida fica mais aparente ainda. Isso porque eles estão viajando juntos, quando poderiam cada um seguir para um lado diferente. Posso alegar que é por conveniência, que ambos são amigos (o que não deixa de ser verdade, por mais que não pareça) ou que de fato, em algum momento, ficarão juntos.
Como eu não pretendo escrever sobre as viagens desses dois futuramente (não como foco principal, pelo menos), é realmente algo que ficou em aberto.

Terceiro: O nome de Kandrak é derivado do "Coração de Kandrakar", da história Witch. O metamorfo foi criado em um dia apenas, enquanto eu pensava no que poderia adicionar a história de Vega para que ficasse um pouco mais interessante e não tivesse apenas... morte. Ele não possuí uma aparência fixa, como já foi dito, embora eu considere principal a forma em que se torna apenas sombras, tanto por ser assim que o imaginei primeiramente, tanto por ser o mais próximo de sua personalidade.


Por enquanto é isso, pessoal... Respirem fundo, cruzem os dedos e aguardem um pouco que logo o último capítulo chegará até vocês.
Obrigado a todos que me acompanharam até aqui, vocês são maravilhosos. ♥
Kisses, kisses e até a próxima. :3



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