The Elffs - A Batalha de Mordor escrita por Blue


Capítulo 5
Capítulo IV - As Montanhas Sombrias


Notas iniciais do capítulo

Aiya! Mai omentaina!
Sim estou começando a estudar élfico, mas precisamente o Quenya.

Aqui tem romance... SIIIM!
Fiquem felizes, acho que vão gostar, pelo menos eu gostei do cap. quando terminarem de ler é melhor me agradecerem muito, porque eu quase não ponho algumas coisas mas resolvi colocar.

POR FAVOR SE TIVER ALGUEM LENDO ISSO COMENTE!

Tenn enomentielva



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/716362/chapter/5

Pov's Helena

— Legolas, porque você fica estranho toda vez que o seu pai te trata como filho? - Perguntei delicadamente, pois sabia que era um assunto muito delicado para ele.

Legolas me fitou com seus olhos azuis, deu um suspiro e respondeu:

— É porque ele não me trata como filho a muito tempo, sou mais um servo para ele, não gosto quando ele, uma vez na vida tenta bancar o bomzinho e falar comigo como falava antes, porque isso nunca vai mudar, não tem como voltar atrás, o destino assim quis e assim será.

— Puxa... isso deve ser horrível. - disse meio triste por ele — Mas porque você não o deixa tentar, nas raras vezes que tenta?

— Porque nada será como antes... meu irmão mais velho morreu na Batalha dos Cinco exércitos, a muito tempo, antes de eu nascer, minha mãe... - ele engoliu o choro e continuou — Minha mãe morreu no período de paz, um dia eu estava com meu pai nos jardins do castelo que é perto da floresta, eu era bem pequeno, ele me dizia o nome e a origem de várias plantas, de todas as que nós tínhamos no jardim e foi ai que ouvimos um grito vindo da floresta, nós corremos o mais rápido possível até lá e quando chegamos orcs estavam fugindo, papai só conseguiu matar dois e eu com meu arco matei um, os outros fugiram então quando ele saíram nós vimos o que eles fizeram, pois minha mãe estava ali, caída no chão, morta. - Nessa parte ele não aguentou e derramou uma lágrima, uma lágrima prateada, quase tão bela como o dono dela, cheguei perto dele e passei o dedo na sua bochecha, secando a sua lágrima.

— Tudo bem, eu sei como é difícil - disse o consolando, afinal meu pai também estava morto. Ele me olhou e sorriu, nos abraçamos e depois ele olhou para mim e continuou a falar:

— Depois daquele dia meu pai nunca mais foi o mesmo, já não me ensinava nada, então ele pagou um professor particular, e ele me ensinou a ler e escrever em élfico, ele me ensinou sobre a natureza e a história dos elfos e das grandes guerras e meu pai se distanciava cada dia mais de mim, eu pensei que as coisas não podiam ficar piores quando ficou. 50 anos depois e eu não havia trocado uma palavra sequer com meu pai, apenas, de vez em quando, alguns acenos com a cabeça como se perguntasse se eu estava bem e sempre balançava a cabeça afirmativamente, eu já era um elfo adolescente e estava ficando muito inteligente e habilidoso com o arco, ai tudo foi por água abaixo, meu irmão do meio, Hérion voltou, e ele havia voltado com ouro e estava dando para o meu pai, além disso pediu desculpas e pediu para ser novamente seu filho, depois de alguns dias de conversa, vi o dia mais triste da minha vida, eu que estava me preparando para ser rei e estava indo tão bem nos estudos e treinamentos fui deixado de lado, Thranduil aceitou Hérion como filho e herdeiro de Mirkwood, agora eu não era nada, somente o príncipe para os poucos que se lembravam de mim. Hérion era uma pessoa horrivél, era metido, ganancioso e esnobe, lembro-me do dia que me disse: "Estava sonhando em ser rei pirralho? Você acordou." Era uma triste verdade e eu tinha que admitir isso, nunca seria rei, e meu pai nem me tratava como filho, foi como se estivesse esquecido de mim, ele só falou comigo para dizer que eu não teria mais professor pois os elfos estudavam até aquela idade e como eu não ia ser rei não precisava estudar ou treinar, ele também me proibiu de treinar com o arco e flecha o que foi horrível, mas eu treinei escondido, senão não seria o que sou hoje e era isso que ele queria, porque era melhor que o meu irmão, e ninguém pode ser melhor do que o rei ou o herdeiro do rei. Assim vivi durante anos, indo algumas vezes até Valfenda onde era bem recebido, só ia lá, quer dizer, eu fugia para lá, quando estava irritado com meu pai ou meu irmão, minha mãe... - ele engoliu seco — Minha mãe era adorável e me amava muito, acho que foi a única pessoa que me amou. Ela não gostava do gênio de Hérion e sempre reclamava com ele, o amando mesmo assim, agora sempre achei que ela me amava mais, pois ela nunca me reclamará, uma vez perguntei o porque ela me disse - ele deixou cair uma lágrima que logo foi secada por ele próprio — Ela me disse: "Meu filho você é perfeito, tão parecido com o seu irmão Adam, você me da orgulho, queria muito que você e Adam tivessem se conhecido" - ele sorriu e eu também, adorando a parte feliz da história - Ai eu entendi, Adam, meu irmão mais velho, era como eu, então acho que ele deveria ser uma boa pessoa, queria muito tê-lo conhecido, lembro-me de uma vez que disse a minha mãe que queria que ele ainda estivesse aqui, me lembro do que ela disse: "Eu também queria Legolas, mas ele não morreu em vão, nos ajudou muito, em parte foi por isso que conseguimos sair da batalha dos cinco exércitos, ele sempre forá muito corajoso e leal, era muito bom, sofri a morte dele, mas o que me consolou foi que com ela salvou muita gente." isso era uma das poucas coisas que ela, ou alguém já disse sobre a batalha dos cinco exércitos, na qual todos tem pavor de falar, foi uma batalha terrível, milhares de mortos de ambos os lados. Enfim... a pouco meu irmão voltou a viajar, e prometeu trazer mais ouro quando voltasse, quando ele viajou parece que meu pai se lembrou que eu existo e não sou só a praga que gasta o seu ouro, ele ficou tentando falar comigo, como um filho, não quis saber ou ouvir, sabia que ele não me amava e não queria conversa fiada, quando meu irmão voltasse ele nem lembraria de mim. Particularmente, torço para que ele nunca volte, fique lá, ou morra, não suporto meu irmão e prefiro que os nossos caminhos não se cruzem mais.

— Puxa Legolas, é uma pena, seu pai nunca vai saber da pessoa incrível e maravilhosa que você é. - disse e ele abriu um sorriso com os olhos brilhando como uma criança. — Concordo com a sua mãe, você é perfeito.

— Acha mesmo? - ele perguntou e eu assenti, nos aproximamos devagar ( a este ponto eu já estava sentada na pedra com ele) senti as nossas respirações aceleradas se juntarem, nossos lábios estavam quase se tocando, e por um momento eu sonhei com aquilo, que gosto teria seus lábios, como seria beijar um homem? Afinal nunca havia beijado ninguém. Vi seus olhos azuis bem próximos dos meus verdes, logo ele fechou os olhos e eu fiz o mesmo. Desejei os seus lábios nos meus, mas não os tive pois uma voz nos interrompeu, fazendo somente nossos lábios roçarem suavemente e nos separamos assustados e decepcionados.

— O turno de vocês acabou - disse ele e eu amaldiçoei Gandalf por ser tão intrometido. Sai de lá corada, entrei na minha tenda e vi que Éowyn não estava, pensando que ela estava com Faramir não me preocupei, sentei no colchonete e inevitavelmente passei dois dedos nos lábios, e imaginei beija-lo. Puxa eu estava quase o beijando... deitei a cabeça na minha mochila e adormeci pensando no gosto de seus lábios, no sabor dos seu beijo.

Acordei com Aragorn me sacudindo, ele olhou para o lado e viu o lugar onde deveria estar Éowyn, vazio.

— Você viu Éowyn? - ele perguntou.

— Não, quando acabei o meu turno ela não estava mais aqui. - Respondi.

— E você viu Faramir? - Perguntou Aragorn.

— Não. - Respondi.

— Como isso é possível? Quem estava vigiando com você? - Perguntou Aragorn se dirigindo a mim.

— Legolas - Respondi corando.

— Hm, ele vai ter que me explicar porque dois humanos passaram sem que dois olhos élficos os vissem. - Disse Aragorn seco.

— Desculpe, nos distraímos um pouco. - Respondi envergonhada.

— Distraíram-se? Helena, enquanto estava fazendo sei lá-o-que todos nós estávamos correndo perigo, e se alguém nos atacasse, só saberiam depois que alguém gritasse, depois que alguém já tivesse morto. Por isso não queria garotas vigiando. Você acha que eu fiquei de bate-papo com o Sam durante o meu turno? Não, morrendo de sono eu fiquei de olhos bem abertos, e se vocês fizessem o mesmo teriam visto os dois desaparecerem. E se Faramir e Éowyn foram sequestrados por Eomir ou estão mortos agora? Em? A culpa é toda sua! - Aragorn gritou visivelmente alterado. Ele saiu da minha barraca e eu fui atrás. Sabia que ele estava correto mas não precisava ficar tão irritado assim.

— Calma Aragorn, vamos procura-los, quem sabe procuravam alguma coisa ou só queriam ficar sozinhos.

— Ótimo então você está me dizendo que eles foram ficar sozinhos numa floresta perigosa e longe do acampamento? Ha ha. Se eles não estiverem mortos agora. Será muita sorte sua. - gritou ele e todos olharam para nós e Legolas veio para cá irritado.

— Ei, ei porque está brigando com ela? - gritou Legolas no mesmo tom de Aragorn.

— Você! - ele apontou o dedo na cara do elfo. — Deveria estar vigiando e não agarrando ela! Se olhassem bem saberiam onde Éowyn e Faramir foram, ou onde foram levados.

— Não vimos ninguém.

— Claro que não, estavam "ocupados"! E agora, me diz! Usa a sua visão raio lazer e me diz aonde estão! Se já não estão mortos!

— Não. Zombe. DE MIM. - gritou Legolas colocando o dedo na cara do guardião.

— EEEI! - berrei me colocando entre os dois — PAREM AGORA! - Eles não estavam querendo parar então bati no braço dos dois que gritaram de dor ( eu sei dar tapa, e dói)

— Não veem! E se isso for armação de Eomir? Elrond nos avisou que seriamos testados, não podem se descontrolar assim, são amigos e realmente peço desculpas Aragorn, por mim e por Legolas, não vigiamos com atenção, isso não vai se repetir, agora devemos ir procura-los antes de qualquer coisa e parar já de acusar um aos outros. - Disse um pouco orgulhosa até pela bronca que eu tinha dado afinal eu estava certa.

Os dois baixaram a cabeça concordando com minhas palavras, Gandalf apareceu trazendo Faramir e Éowyn e todos gritaram de alegria os abraçando e ao mesmo tempo dando uma bronca neles por serem irresponsáveis, e é claro todos queriam saber o que aconteceu.

— Certo, me deixem falar! - gritou Faramir e todos pararam de falar ao mesmo tempo. — Umas três da tarde fui até a tenda de Éowyn e a acordei, sabe eu queria conversar com ela, mas acabamos caminhando e indo para floresta, ao longe vi Legolas com Helena, não pensei que fosse o turno deles, pareciam que estavam... conversando. Caminhamos pela floresta adentro até achar um laguinho, lá era bonito e tinha água doce, bebemos um pouco e vi que ali tinha vários tipos de ervas e algumas plantas até raras, Éowyn começou a colhe-las para comer e também para curar quem se ferir, voltamos para cá e ela pós as ervas e plantas na mochila, depois voltamos lá e ficamos... "conversando" - disse ele mas todo mundo entendeu o "conversar" deles — Depois de umas duas horas resolvemos voltar e aqui estamos, vejo que estavam procurando por nós...

— Sim, estávamos. - disse Gandalf, foi uma sorte não terem sido pegos, essas regiões não são confíaveis, quanto ao lago acho que devemos passar lá para encher as garrafas que estavam vazias, pode demorar para acharmos água outra vez, água boa. Agora vamos comer, depois desmontamos as tendas, vamos lá no lago e seguimos viagem.

— Mas Gandalf, onde estão os cavalos? - perguntou Peter.

— Estão pastando, Scaudafax está cuidando deles, quando eu chamar eles viram, não estão muito longe daqui, não se preocupe.

Logo eu e Gimli servimos os outros, eu comi o rum, estava bom, depois bebi água e tomei um gole de murvor, por fim fui pegar um pedaço de lembas, meus dedos encontraram os de Legolas que estava em frente a mim e também pegava um pedaço, sorri e ele sorriu de volta, depois eu peguei o pedaço de lembas e comi, me sentindo mais forte por causa das lembas e do murvor. Os homens desmontaram as tendas, colocamos tudo nas mochilas, Gandalf chamamos os cavalos, prendemos as bagagens neles e logo voltamos a cavalgar, dessa vez eu guiei Relâmpago (que ficou muito mais feliz com isso).

Cavalgamos até o lago indicado por Faramir, lá bebemos água e lavamos o rosto, as mãos e os pés, enchemos as garrafas e colhemos algumas ervas e plantas, depois voltamos para nossa trilha que ia em direção as montanhas, Gandalf com Scaudafax estavam nos guiando mas Relâmpago estava em seus calcanhares e os outros cavalos um pouco mais para trás, sendo assim Gandalf por vezes chamava-os e dizia para se apressarem, assim seguiu três dias de cavalgada intensa, trocamos o turno de fim da tarde e noite pela manhã e tarde, só parávamos para almoçar e para acampar a noite, antes de dormir e depois de dormir comíamos algo e descansávamos.

No inicio do terceiro dia (as seis da manhã) nós acordamos, havíamos acampado no pé da nossa trilha que subiu as montanhas sombrias. Eu acordei com Éowyn vindo pegar comida na minha mochila que servia como travesseiro.

— Er... desculpe acorda-la é que vamos preparar um ensopado e precisamos das comidas da sua mochila, se quiser pode dormir mais um pouco - disse ela gentilmente.

— Tudo bem, já acordei não vou voltar a dormir. - disse e levantei, sai da tenda com a minha mochila, Aragorn, Gandalf e Faramir faziam a fogueira e Sam e Gimli preparavam o caldeirão, que estava cheio de água, logo foi posto sobre a fogueira e a água ficou esquentando, Faramir e Gimli foram buscar mais madeira na floresta (Eles encontraram uma árvore morta) e estavam cortando, Aragorn ajudou Sam a cortar a carne a tempera-la e tals, foi a carne que Gimli trouxe. Éowyn colocava algumas ervas colhidas no caldeirão e mexia de vez em quando, Gimli voltou e Faramir continuou alimentando a fogueira mas cuidando para que não fizesse muita fumaça, Gimli preparou e cortou as batatas e alguns vegetais trazidos. Logo Aragorn e Sam colocaram a carne e a partir dai Sam cuidou do caldeirão, enquanto alguns dormiam e outros conversavam esperando o ensopado ficar pronto, enquanto isso foi servida cerveja e frutas secas, Legolas saiu da sua barraca (era estranho que ele estivesse dormindo com tanto barulho e alvoroço que fizeram para preparar a comida, estava quase pronta, os homens já estavam exagerando na cerveja quando Gandalf recolheu e disse que estavam em missão e não em festa, mas antes deram uma caneca a Legolas, que aceitou.

— O que estão preparando? - ele perguntou a Aragorn.

— Um ensopado, tem carne. - disse ele já sabendo do gosto do amigo, que odeia carne como todos os elfos.

— Hm, e o que os outros vão comer? - ele perguntou se referindo aos elfos que vieram. — Eles disseram que vão provar o ensopado.

— Serio? Você sabe que eu não gosto, o que vou comer? - Respondeu Legolas.

— Pergunta para Helena, ela não se pronunciou quanto ao ensopado. - disse Aragorn num riso interno, como se “o que eu vou comer” e o meu nome juntos fosse engraçado. Ele murmurou algo e veio em minha direção.

— Oi... hm, vai comer o ensopado? - perguntou ele.

— Não gosto de carne... - respondi.

— Hm, vai comer o que?

— Acho que lembas e frutas secas...

— Tem um pouco para mim? Não gosto de carne também.

— Claro. - respondi sorrindo.

Enquanto os outros pegavam uma tigela de ensopado e bebiam o caldo com alegria e eu Legolas comíamos um pouco de lembas e frutas secas e tomamos murvur, depois disso observamos os outros ao que pareciam estar se deliciando com o ensopado quentinho, mas eu realmente não gosto de carne, e parecia que Legolas também não. Mas o engraçado e que Peter e Haldir adoraram o ensopado, não se importaram se havia carne, isso era raro, elfos não matam animais para comer, mas eles gostaram da carne. Meu irmão é idiota - pensei comigo mesma.

Depois do desjejum montamos nos cavalos (dessa vez Legolas guiou Relâmpago) após desmontarmos tudo e começamos a subir a trilha da montanha com os cavalos em fila indiana, na frente Gandalf com Gimli, atrás Faramir com Éowyn, depois eu e Legolas, Haldir e Sam, Aragorn e Frodo e por último Peter e as bagagens. Cavalgamos até a meia noite com cuidado, só paramos para comer o almoço. Um pouco depois da meia noite acampamos num terreno maior, mas ainda no inicio da montanha. Foram mais dois dias de viagem descansando pouco e começando a racionar comida, comendo somente o suficiente para nos mantermos em pé, o que gerava reclamações, principalmente do anão e de Sam. No inicio da noite começou uma chuva torrencial que nos alagou por completo, verificamos as mochilas, para evitar molhar o que tinha dentro, mas nós e os cavalos ficamos encharcados, roupas e cabelos molhados, e grudentos, todos ansiavam por um lugar quente e seco onde pudéssemos comer um modesto desjejum e dormir sossegados. Mas os olhos dos outros embaçavam, até Gandalf tinha dificuldade em ver a trilha e observar se havia uma caverna por perto, que estivesse (de preferencia) vazia. Então Aragorn e os elfos (contando comigo e Legolas) estávamos na frente tentando ver algo que os olhos humanos embaçados não conseguissem ver, mais realmente a chuva era forte e fazíamos um esforço para não molhar os olhos, assim viam melhor, por fim Legolas enxergou uma caverna um pouco mais longe daqui, e esperávamos que estivesse vazia, ele dizia que parecia ser pequena, então teria menos chances de ser habitada por uma criatura horrenda.

Fizemos um esforço e conseguimos chegar até lá, Gandalf, Aragorn, Haldir, Peter e Legolas foram, todos armados verificar o local, de fora não se via ninguém, eles entraram e logo voltaram.

— Não tem ninguém - disse Aragorn, e é pequena, mas acho que dá para fazermos uma fogueira, se conseguirmos e os cavalos ficarem lá no fundo.

Dito isto todos entraram, aliviados por um local que a chuva não os atingisse, ensopados, famintos por cavalgarmos o dia todo e tremendo de frio, esse era o nosso estado. Faramir, Haldir e Aragorn conseguiram com uma ajudinha de Gandalf fazer uma fogueira e a manter acesa, a caverna era pequena e aparentemente confortável, montamos os colchonetes em volta da fogueira e as mochilas de cada um estavam ali, mas afastamos os colchonetes para sentarmos no chão frio e nos secarmos pelo menos um pouco, Faramir tirou a camisa para secar o corpo e logo todos os homens o imitaram, deixando as camisas também próximas ao fogo para secarem, mas eu e Éowyn não podíamos fazer o mesmo então nos contentamos em tirar a capa molhada e com o fogo quente perto de nós, por quase uma hora ficamos “secando” e nos esquentando até paramos de tremer de frio, mas os homens logo voltaram a vestir as suas camisas por conta do frio, apesar de não estar totalmente secas, infelizmente para mim e Éowyn que apreciávamos a vista, sim em especial adorei a vista do peitoral de Legolas. Logo Sam se pronunciou reclamando que estava faminto e eu e Gimli cuidamos de alimentar o povo, servi um fino (infelizmente era BEEM fino) pedaço de bolo a cada um, ao dar o de Legolas por um segundo nossos dedos se tocaram e senti uma onda de calor percorrer meu corpo e por um segundo não senti frio, mas o segundo se passou, nossos dedos não voltaram a se tocar e eu voltei a sentir um frio terrível. Gimli serviu uma caneca de cerveja par alegra-los mais isso não ajudou muito, apesar de estarmos todos felizes por causa do fogo em si, eu e Éowyn bebemos água o que não foi tão bom, mas não podíamos tomar um gole de murvur pós este já estava ficando raro. Depois de um tempo, quando as roupas não mais pingavam pegamos as toalhas (sim, levamos toalhas) e secamos nosso cabelo e corpo (parcialmente), não usamos antes porque senão as toalhas iam ficar encharcadas e poderíamos precisar delas logo. Todos se prepararam para dormir, deitando nos colchonetes, pondo as cabeças nas mochilas e se enrolando nas cobertas secas e quentinhas ao redor do fogo, e por a caverna ser pequena e lá fora continuar frio e chovendo o ar quente da fogueira ficou na caverna, o que deu uma sensação melhor, mais uma corrente de ar frio ainda entrava na caverna, o que nos fazia tremer, digo que nunca passei tanto frio na minha vida.

Via os outros a minha volta enrolados nas cobertas, por vezes tremendo de frio, Faramir e Éwoyn juntaram seus colchões e abertamente se abraçaram por debaixo das cobertas que os cobriam, deviam estar mais quentes, Aragorn estava com a cabeça voltada para o teto da caverna, de olhos abertos, mas a sua mente com certeza vagava em algo que tem haver com Arwen com certeza, Frodo, Sam e Gimli dormiam, Peter e Haldir estavam montando a guarda, os dois encostados na parede fria da caverna e com armas na mão, lutando para ficarem acordados, enrolados com o cobertor tremendo da ponta dos pés até as sua orelhas pontudas. Legolas fitava a entrada da caverna, com os olhos fixos em algo e não se movia, eu me chacoalhava de um lado pro outro do colchonete, querendo muito que Legolas estivesse ao meu lado para ficarmos que nem Faramir e Éowyn, abraçados no frio congelante, agora o fogo estava quase se apagando, e todos estavam morrendo de frio.

Consegui dormir um pouco, mas acordei com chiados distantes, podia ouvi-los com dificuldade por causa da chuva e dos trovões (que haviam começado) mas ouvi falando:

— Então capitão, sabe quem está ali?

— Tem humanos com certeza, o resto não consigo identificar, mas acho que tem o bastante para dar um ótimo banquete.

— Eu tenho é inveja deles mestre, conseguiram aquela caverninha vazia e quente e nós aqui... na chuva. - lamentou-se o orc.

— Para de se lamentar como uma garotinha e vá chamar os Wargs e preparar nossas tropas, vamos atacar, eles já devem estar dormindo, a fogueira está baixa... - disse o chefe.

— Ha ha ha, eles não acordaram para contar a história. - riu o maligno servo e logo foi cuidar de fazer o que o chefe mandará.

Assustada levantei e pus a minha capa, percebi que estava relampejando e trovejando forte, nenhum cavalo ia querer sair nessas condições, exeto Relâmpago, afinal ele não tinha medo, já que era uma das razões do seu nome, ele era diferente e não temia a Relâmpagos e trovões. Mas o que eu devia fazer? Não podemos ficar aqui nem mais um segundo. Vi que Legolas havia sentado e começava a arrumar a sua mochila o mais depressa possível, ele me lançou um olhar, que certamente ele também havia ouvido pelo menos uma parte da conversa.

Eu e ele balançamos os outros e os acordamos rapidamente, expliquei o que havia acontecido.

— Ei! Levantem! Precisamos sair daqui agora!

— Mas porque? - perguntou um Gimli sonolento.

— Orcs e Wargs, estão se preparando para nos atacar e nos matar enquanto dormimos nesse exato momento, eles nos acharam, acho que pela fogueira.

— Mas está chovendo... e relampejando - disse Sam tremendo. — Como vamos sair assim? Os cavalos...

— Eu já sei o que fazer. - disse — Irei na frente, com o Relâmpago, ele não teme a raios ou trovões. Irei olhar a região, ver de onde eles estão vindo e o que podemos fazer para fugir deles, Relâmpago dará o sinal, se apoiando nas patas traseiras, vocês deveram vir quando verem o sinal, e arrastar seus cavalos os encorajando a ir, Gandalf, peça a Sacudafax que ordene que os cavalos atravessem na hora correta e que ele os encoraje, devem ir galopando, o mais rápido possível, se algo acontecer e eles nos verem leve Scaudafax para o lado oposto e deixe que eles cheguem perto de você e o sigam, e depois mande ele acelerar como sei que é capaz e como o vento dê uma volta e nos encontre, siga a direção que vir que partimos.

— O que? Mas é um plano muito arriscado. - disse Aragorn.

— Não temos outro, nem muito tempo, devem segui-lo, por favor. Confiem em mim. - disse.

— Não acho que deva ir, eu posso ir com o Relâmpago - se intrometeu Legolas.

— Eu. Sou a dona dele. Legolas, eu consigo, não se preocupe comigo, enquanto vou vocês devem arrumar tudo e montar nos cavalos, prontos para partir.

— Não se preocupem, ela conseguirá, é muito melhor do que pensam - disse Gandalf — Helena, eu acredito que você consegue, mas deve ser rápida e ágil, fujam o mais rápido que conseguirem, usem o medo dos cavalos pelos trovões para incentiva-los a correr mais rápido para chegar num local seguro.

— Certo. Preciso ir.

— Boa sorte, e tome cuidado - disseram todos enquanto começavam a se preparar e montavam nos seus cavalos.

Subi no Relâmpago que relinchou e pus o capuz da minha capa, estava levando a minha mochila e algumas mais, já que Legolas iria com Peter, eu levaria a bagagem. Legolas chegou perto de mim e por um momento me olhou nos olhos, no outro me puxou do cavalo e eu cai de pé graças ao meu equilíbrio de elfa, e antes que pudesse perguntar porque fez isso ele tomou meus lábios e me beijou. Na frente de todos. Estava muito envergonhada mas extremamente satisfeita, não pude pensar muito no beijo, toquei suas mãos que se entrelaçaram nas minhas e logo se soltaram, subi novamente no cavalo e parti. Fiz relâmpago acelerar tão quanto sabia que ele podia, logo era confundida com um Relâmpago de tão rápido que ele corria em meio a trovões e relâmpagos. Era somente um borrão passando em alta velocidade sobre aquele pedaço.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hantanyel tulesselyanen!

Então o que acharam? Me encham de reviews por causa do beijo, ou não tem mais! Eu quase não ponho o beijo mais achei que seria uma despedida digna.

Porfavor comentem ou não haverá mais caps.

Namárië!
Blue ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Elffs - A Batalha de Mordor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.