A História Continua. escrita por Amizitah


Capítulo 1
Capítulo 1 - Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas ;D
Depois de muuuuito tempo eu retorno com o primeiro capítulo de um de meus universos favoritos (Naruto). Espero que eu consiga agradar aos que acompanham o anime/mangá como eu e que gostem do novo jeito que eu o construí ♥
Ah, e claro, que sejam loucos pelo Kakashi assim como essa que vos escreve Hauhsuahs XD.
Beijokas e aproveitem !
Ami ~



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PRÓLOGO

Risa

Aquele foi um dia difícil para todos nós. Foi a primeira vez que eu percebi que os riscos das coisas darem errado era real. Apesar de eu ser uma shinobi e ter enfrentado algumas situações difíceis no caminho, nada me atingiu de maneira tão próxima. E bastava olhar para meu pai e meu irmão para ver que para eles, mesmo sabendo que aquilo foi inevitável, não queriam aceitar o que aconteceu com ela.  

Com minha mãe.

O nosso Clã - Terasu -, o Uchiha e quase todo o resto da vila se reuniram de frente ao prédio com o escrito "fogo" onde o sexto Hokage, Naruto-sama, e outros shinobis homenageariam minha mãe, a antiga líder do Clã Terasu.

Ainda me lembro do meu pai mais cedo naquele dia.

Yukiyo, meu irmão dois anos mais velho, desviou a atenção da porta do quarto de nossos pais quando eu me aproximei dele. Ele tentou manter a expressão neutra, mas estava óbvio que era algo muito difícil de fazer.

— Ele ainda está lá dentro - Falou em voz baixa, respondendo minha pergunta silenciosa.

— Eu vou buscá-lo, pode nos esperar lá fora - Pedi, abrindo um sorriso suave para tranquiliza-lo.

Ao passar pela porta me mantive em silêncio por um momento. Ele estava ao lado da penteadeira, de costas para mim, já vestido com a roupa negra para o velório. Com a bandana tapando seu Sharingan e a máscara no rosto, ele tocava a mesa da penteadeira com os dedos próximos da escova de minha mãe.

Há quase vinte e quatro horas a minha mãe estava penteando os seus cabelos naquele lugar quando perdeu a consciência, largando a escova sobre a mesa da penteadeira. Desde o ocorrido ninguem havia tocado nela, de maneira que a escova permanecia onde minha mãe a havia soltado e algumas coisas que estavam sobre ela ainda estavam espalhadas ou caídas no chão.

— Pai - Chamei-o ainda parada na porta. Não queria chegar perto de lá ainda. Meu pai virou o rosto para mim, a expressão mostrando que não tinha notado minha presença até eu chamar por ele - Está na hora de irmos.

— Ah... sim - Sua mão se afastou da mesa, andando ate mim sem olhá-la outra vez.

Segurei sua mão e ele a apertou de leve, olhando-me quase do mesmo jeito pacífico que sempre me olhava.

— Estou bem - Falou e eu assenti, andando comigo até o lado de fora onde meu irmão nos aguardava.

Nós três e o Clã éramos os mais próximos de onde haviam colocado minha mãe (Quero evitar falar que estávamos mais próximos do caixão dela, não parece certo dizê-lo) e ao nosso lado estava o Clã Uchiha, seguido atrás pelos outros Clãs e boa parte do resto de Konoha. E como fazia uma semana que meu irmão tinha feito dezoito anos nós estavamos no início do inverno, com um pouco de neve caindo sobre nós e derretendo no contato com nossas peles.

Naruto-sama andou até ficar de frente a nossa mãe, atraindo a tenção de todos ali presentes. Engoli em seco.

Pobre Naruto... - Refleti, apertando as mãos uma na outra.

— Creio que a maioria sabe o quanto a pessoa que homenagearemos hoje significa para esta Vila e para todos nós que vivemos nela. - Começou, sua voz normalmente rouca parecendo um pouco mais pesada - Graças a ela a vida de todos vocês foi salva na ultima tragédia que enfrentamos há dezoito anos e juntos reconstruímos o nosso lar. E mesmo essa façanha tenha comprometido quase toda a sua vida futura, Mitsue decidiu não nos preocupar com isso e dar início a reestabilização do seu Clã dentro de Konoha. E tendo feito isso com sucesso, hoje nos despedimos dela...

Kakashi manteve seus olhos baixos pouco antes de Naruto parar de falar e pude ver as mãos de Yuki se fecharem em punhos ao meu lado, retendo as lágrimas que provavelmente queriam sair. Já eu não conseguia chorar. Mesmo ontem quando vi minha mãe respirar pela última vez, as lágrimas não chegaram a me alcançar. Eu não consegui ainda entender que ela realmente havia morrido. Simplesmente não conseguia. Por isso que ao olhar para o Naruto eu não me surpreendi ao não ver sinais de lágrimas em seus olhos. Ele, que havia sido criado pela minha mãe desde que era um bebê, provavelmente sentia o mesmo que eu.

Naruto-sama falou mais um pouco sobre o passado de minha mãe, sobre ela ter criado ele, sobre como ela fora rejeitada pela vila por ser uma estrangeira com um passado turbulento assim como ele fora no início, e outras coisas. Então mais alguns shinobis amigos de infância dos meus pais (Gai, Kurenai e mais alguns) falaram algumas palavras e ao terminarem todos ali presentes se prepararam para continuar o enterro no cemitério da vila. Minha mãe então foi enterrada junto dos túmulos vazios de meus avós, de um shinobi de nosso clã chamado Ryo cuja história sei pouco e outro chamado Akio, que não pertencia a nosso clã, mas que foi importante na vida dela. Em seguida cada um ali presente colocou uma flor branca sobre o túmulo dela, lotando-o de forma que só conseguia-se identifica-lo pela ponta da lápide de pedra.

— É curioso... - Yuki começou a falar, atraindo a atenção minha e de meu pai.

— O que? - Perguntou meu pai.

— Minha mãe odiava o inverno. Ela disse que praticamente tudo de mais complicado na vida dela acontecia justamente nessa época do ano. E coincidentemente ela decide ir embora justo quando ele começa - Um sorriso triste passou pelo rosto dele - Eu queria que ela tivesse aguentado só mais um pouco para que ela pudesse ter visto o sol e sentido o calor. Deve ter sido tão ruim morrer em meio a esse frio...

Meu pai lançou um olhar de compreensão a ele e tocou sua cabeça coberta de fios cinza escuros parecidos com os dele.

— Mesmo no inverno, Mitsue admitia que havia uma coisa que a fazia sorrir todos os dias - Yuki o olhou, seus olhos um pouco maiores de curiosidade - O seu aniversário - Completou - Mesmo que você tenha nascido em meio aquela catástrofe ela dizia que o seu nascimento foi o primeiro lampejo de felicidade verdadeira que ela experimentou. Ao ver você ela soube que havia um futuro bom, mesmo que não durasse para sempre.

— Então ela deve ter ido feliz - Comentei, sorrindo enquanto fitava o amontoado de flores brancas que eram colocadas por cada pessoa presente - Por sorte ela conseguiu presenciar seu décimo oitavo aniversário antes que ela fosse, Yuki.

— Sim - Ele assentiu, suas bochechas um tanto coradas - Eu também fico feliz por ela ter conseguido ter visto isso.

Naquela hora meu pai finalmente sentiu seu coração ficar um pouco menos apertado. Ver seus filhos se esforçando para lidar com a partida da mãe o dava forças para superar aquilo. Mesmo sem a Mitsue, ele ainda estava ali, e para nós dois aquilo seria muito importante para seguir em frente.

E realmente foi, como veremos na continuação dessa história.  


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