Um ladrão em nossas vidas escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Fala galera, é o Gabriel quem está postando esse capítulo muito massa, esperamos que gostem e divirtam-se.

Boa leitura!



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Chaveco...

Depois de algum tempo que a festa acabou, o porteiro finalmente chegou e logo todos ouviram o barulho lá embaixo. 

—Mário, vem, tem algo acontecendo lá embaixo! - pediu Marcelina, saindo da sala e eu segui Mário que seguia ela.

Quando descemos, vimos alguns moradores do prédio vendo uma cena um tanto forte: dois policiais algemando o porteiro, que se debatia, resistindo à prisão.

—Mas que absurdo, eu não fiz nada! - gritava ele.

—Fez sim, encontramos várias carteiras no balcão onde o senhor trabalha, não adianta fingir que é pior. - exclamou um dos policiais.

Ao finalmente levarem o porteiro preso, os moradores que lá estavam presentes, aplaudiam o momento, apesar de ficar com peso na consciência, aplaudi também. Em seguida, a viatura arrancou e todos foram embora com o porteiro pra delegacia.

—Só tem uma coisa meio ruim nisso. - disse Marcelina.

—Qual amor? - perguntou Mário.

—Se não tem mais porteiro, quem vai comandar o condomínio durante a manhã? 

—É mesmo, isso é um caso muito complicado. 

—Ah, minha mamãezinha pode trabalhar como porteira do prédio. - disse Chimoltrufia.

—A sua mãe? - perguntou Botijão com cara de assustado.

—Sim Botijão, por quê não? Minha mamãezinha sabe muito bem falar com as pessoas, sabe atender telefone e mexer nesses aparelhos eletrônicos mesmo não conhecendo. 

—Eu também sei fazer isso, é a coisa mais fácil do mundo. - disse Dona Nachita.

—É meu amor, além disso, sua mamãezinha deve estar muito cansada, não devia deixar ela se matando trabalhando aqui. - falou Botijão.

—Posso saber o que está pretendendo tratar de querer insinuar? - perguntou Chimoltrufia.

—Nada meu bem, nada. - riu ele.

—Calma gente, eu acho que devíamos deixar o proprietário do condomínio decidir isso, algum de vocês têm o telefone dele? - perguntei tentando encerrar a discussão.

Todos negaram.

—Bom, deve ter alguma coisa aqui, algum número... - falei revirando as coisas na mesa do porteiro. Quando revirei metade das coisas, vi um pequeno papel com um número.

—Acho que é esse aqui. - mostrei o papel para Botijão.

—Deve ser, vou ligar pra ele. - falou Mário pegando o papel e em seguida, seu celular. Após um tempo, ele desligou - Ele vai vir aqui amanhã mesmo para decidirmos isso. 

—Ótimo, vamos nos preparar. - falou Botijão.

No dia seguinte, como havia sido combinado, o proprietário chegou no condomínio.

—Muito prazer, me chamo Otávio e vim ajudar vocês a decidir o novo porteiro ou porteira desse condomínio. - apresentou-se ele usando um terno bem chique e cheiroso.

—Muito prazer Seu Otário, me chamo Chimoltrufia. - disse ela, estendendo a mão para ele.

—É Seu Otávio senhorita Chimoltrufia. - disse ele fechando a cara.

—Tá querendo dar em cima de mim é? - perguntou Chimoltrufia, cruzando os braços o olhando raivosa.

—Eu? Que absurdo, de onde tirou essa ideia? - perguntou ele confuso.

—Sou casada e o senhor me chama de senhorita.

—Me desculpe, mas não sei nada da vida dos meus inquilinos, portanto, não sabia que a senhora era casada, mas não fujam do assunto, temos que escolher o novo porteiro ou porteira. 

E logo, ele começou a selecionar todo mundo que se ofereceu para ser porteiro ou porteira. Dona Nachita, Dona Cotinha e até mesmo Marcelina foram convocadas entre vários outros que se candidataram. 

—Calma, vamos fazer o seguinte: vocês terão que cuidar da portaria e os moradores vão decidir quem limpou mais, quem mais agradar os moradores será o novo porteiro ou porteira. - explicou Seu Otávio.

—Ah, eu quero ser a primeira, posso? - ofereceu-se Dona Nachita.

—Claro, depois disso será a senhora Marcelina e por aí vai. - respondeu ele.

Engoli em seco, agora que eu estava morando lá no apartamento, se ela fosse a nova porteira ela daria em cima de mim o tempo todo quando eu saísse. Não bastava ter que aturar ela sempre que me encontrava nas ruas, eu precisava dar um jeito. Quando Nachita estava na portaria como candidata, no dia seguinte, fiquei no quarto do apartamento de Mário e Marcelina durante um bom tempo, andando de um lado pro outro pensando em como atrapalhar a limpeza dela. Até que lembrei do vaso de plantas que tem lá, ao lado da porta, é isso, eu tinha que dar um jeito de sujar o chão com aquela terra, mas a Nachita não podia me ver. Astutamente, desci as escadas até a portaria e fiquei vigiando, esperando ela acabar, mas também tinha que torcer para que ninguém me visse lá.

—Ufa, terminei, ficou uma beleza! - comemorou ela - Agora é descansar e esperar a resposta. - e saiu da portaria indo por um outro corredor. 

Saí de meu esconderijo e fui pegar o vaso, tirei um pouco da terra que tinha lá dentro sem arrancar a planta fora e espalhei o máximo que pude no chão. Praticamente toda a portaria estava suja, toda pintada de marrom. Ainda peguei umas cartas que eu havia encontrado na caixa de correio e tirei as cartas deixando só os envelopes e joguei no chão, eu já ia voltar pro apartamento quando vi um copo de vidro na mesa, que eu acho que era o copo onde o porteiro antigo bebia água quando estava com sede, então o derrubei no chão deixando em cacos. Sorri satisfeito e logo chegou a vez de Marcelina e eu subi pro apartamento de novo deixando ela cuidar de tudo.

—CÉUS, QUE BAGUNÇA É ESSA??!! - pude ouvir Marcelina gritar quando viu o chão todo sujo de terra. Mas, mesmo assim, depois de algumas horas, ela voltou pro apartamento cansada e suada - Ah, finalmente acabei, agora vou tomar um banho.

Em seguida, depois que todo mundo que se ofereceu já tinha feito seu melhor, era hora da eleição, onde os moradores escolheriam quem seria a próxima pessoa a tomar conta da portaria. Então Seu Otávio nos deu um papel pequeno para cada morador do prédio e todos colocaram os nomes. Coloquei o nome de quem eu achava que seria melhor para esse cargo e coloquei na urna. Depois que todos colocamos, ele pegou todos os papéis e conferiu.

—A vencedora é... - ele fez suspense enquanto todos esperávamos a resposta.


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Notas finais do capítulo

É isso, até o próximo!



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