Um ladrão em nossas vidas escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Fala aí galerinha, aqui é o Matheus e aqui mais um capitulo, boa leitura!



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Chaveco...

Estava saindo do apartamento quando vejo grudado na parede da portaria um papel dizendo que vai ter uma festa à fantasia no prédio devido aniversário do proprietário, mas eu como um bom festeiro que sou, decidi que iria pra essa festa com Mário e Marcelina. Ao atravessar a rua, ouvi uma voz me chamando.

—Chaveco! - disse a voz e eu olho pra trás.

—Ah, oi Botijão, como vai? - pergunto educadamente.

—Vou bem, vim te fazer uma proposta.

—Se for outro roubo, estou fora!

—Eu vim falar da festa à fantasia que vai rolar lá no nosso prédio, acho uma boa oportunidade para aproveitarmos, assim roubaremos as pessoas que estiverem na festa não? - ele disse.

—Botijão, lembra do que aconteceu na última vez que eu tentei roubar algo a pedido seu? Tudo que você me pede pra roubar sempre dá errado! - reclamei.

—Mas dessa vez estaremos juntos, então não poderá dar errado, não concorda comigo? - insinuou com a mão no bolso onde sempre pega o pente. Maldita chantagem, eu prefiro obedecer ele do que apanhar.

—Claro claro, iremos sim, só não sei que horas será. - dei de ombros.

—Isso não é problema, deve obviamente ser à noite, então nos vemos lá de noite. - ele disse acenando e indo embora enquanto eu respiro aliviado.

De noite, encontrei Mário fantasiado de Superman e Marcelina de Mulher Maravilha, enquanto eu estava fantasiado de mordomo. Sim, eu usava um terno e gravata naquela festa. Quando chegamos no local onde seria realizada, pude ver que o Botijão já havia chegado e está fantasiado de bola de futebol gigante. Ri quando o vi daquele jeito, mas quando ele mostrou o seu inseparável pente, controlei o riso.

—Sem brincadeiras, é hora de agirmos. - disse ele pra mim e se aproximando de um homem que estava distraído.

—Qual é o plano? - perguntei curioso.

Ele não respondeu, simplesmente ficou atrás do homem e pegou a carteira dele sem que o mesmo pudesse notar. No momento em que vi aquilo, meu coração disparou, alguém poderia ter visto, mas logo ele me puxou pra um canto e eu vi que ninguém tinha visto. 

—É sua vez. - disse ele contando o dinheiro que havia dentro da carteira.

Mesmo nervoso por estar no meio de muita gente, engoli em seco e fui até uma moça que dançava feliz da vida fantasiada de Bela Adormecida, mas ela era tão feia que eu preferi chamar de Bela Aborrecida. Facilmente vi quando ela se levantou e tinha deixado a bolsa na mesa, foi moleza pegar sem ser visto, mas rapidamente voltei até Botijão.

—Muito bom, isso aqui já dá para umas quinze apostas. - disse ele.

—Então já chega né? - perguntei torcendo pra ele dizer sim.

—Que nada, esse é só o começo. - riu ele e eu me assustei ao ver ele ir pegar mais.

Enquanto ajudava ele, pude ouvir uma risada no meio das pessoas da festa.

—Olha, uma bola de futebol ambulante, quero chutar! - riu uma adolescente vestida de vampira. Ela era baixinha, tinha cabelos longos, olhos escuros e uma cara de sapeca.

—Quem você chamou de bola ambulante? - perguntou Botijão se aproximando.

—Está vendo alguma outra? Porque eu não estou! - bufou a menina cruzando os braços.

—Ah é? - desafiou Botijão se aproximando e deu um beliscão no braço da menina. A princípio ela fez uma careta de dor, mas depois deu pra ver claramente que ela ficou meio assustada com a reação dele e se afastou, um pouco assustada.

—O que está acontecendo? - perguntou uma senhora se aproximando.

—Aquela bola de futebol ambulante me beliscou! - acusou Ramona, mas Botijão já tinha fugido e eu aproveitei para sair de lá também, não queria que sobrasse pra mim outra vez.

—Caramba Botijão, tinha que ter chamado a atenção beliscando aquela garota. - bufei irritado.

—E você queria o quê? Que eu deixasse ela tirar sarro da minha cara. - Respondeu ele tentando se esconder pra não ser visto.

—Bom, ela não falou nenhuma mentira. - falei e o Botijão me olha furioso.

—O que foi que você disse?!.  disse o Botijão irritado.

—Calma, foi só uma brincadeira!. - Digo, mas de nada adianta, pois ele acabou me penteando e em seguida, dando um tabefe em mim.

—E da próxima vez, te faço vir fantasiado de saco de pancada e eu serei o boxeador!. - disse ele me ameaçando e guardando o pente.

—Bom, o que faremos agora?. - Perguntei a ele.

—O mais lógico, continuar com o plano, afinal ainda não fomos descobertos. - Diz ele e eu acabei concordando, ah mas isso vai acabar em confusão. 

Duas horas se passaram e Botijão e eu já estávamos cheios de carteiras nas mãos.

—Rápido, vamos sair daqui. - disse Botijão, correndo pra longe dali.

—Fui roubada! - gritou uma mulher.

—Eu também fui! - gritou um cara, pondo as mãos nos bolsos.

—Botijão, temos que esconder tudo isso! - falei enquanto ele recolhia o dinheiro das carteiras e colocava num saco.

—Já estou quase acabando. - resmungou ele, impaciente.

Alguns segundos depois, ele terminou de esconder e por fim, corremos atrás de algum lugar para esconder as carteiras.

—Aqui está bom. - disse Botijão, escondendo as carteiras dentro de uma gaveta que tinha na mesa do porteiro do prédio, mesmo sabendo o quanto aquilo iria prejudicar ele, concordei.

—Tomara que não achem, senão o porteiro é preso. - falei saindo dali.

—Ah Chaveco, até que estamos fazendo um favor pra todos, porque o porteiro em si já é um mal-caráter e suspeito de roubo, podemos estar ajudando todos a se livrar dele né? - disse Botijão e eu pensei um pouco, se ele já tinha essa suspeita, então não tinha problema nenhum, realmente seria um favor aos moradores de lá.

—Temos que chamar a polícia. - anunciou uma mulher.

—Deixa que eu chamo então. - falou Mário, pegando o celular.

—Tinha que acabar em confusão essa festa. - reclamou Marcelina.

Pouco depois, a polícia apareceu na recepção e eu fiquei gelado, tomara que Botijão tenha escondido bem o dinheiro que roubamos.

—Se o roubo foi aqui, o dinheiro deve estar escondido em algum lugar, vasculhem tudo! - ordenou um policial que é o Sargento.

Após alguns minutos de procura, foram até o balcão do porteiro e mexeram em tudo.

—Ei, temos algo muito suspeito aqui. - falou um dos policiais que investigavam e mostrando as carteiras no balcão do porteiro.

—Ah, acho que já sabemos quem é o ladrão, onde ele está? - perguntou o delegado.

—O porteiro está de folga hoje. - disse Marcelina.

—Então teremos que ir atrás dele mesmo assim.

Assim que a polícia inteira saiu, todos voltaram para seus apartamentos, inclusive eu, Mário e Marcelina, apesar de meio assustado com o que venha a acontecer, me sentia aliviado por não estar correndo risco de ser preso e por causa do Botijão. 


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Notas finais do capítulo

Por enquanto é só, logo mais postaremos mais um!



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