I Can Feel escrita por Cihh


Capítulo 34
Capítulo 34 - Você?


Notas iniciais do capítulo

Oi meu amores. Primeiro eu quero agradecer à Pandinha, Delf e Carina Darlly pelas reviews (passamos dos 50 comentários! YAY!). Esse é o tão esperado capítulo... Espero que gostem.
Beijinhos e boa leitura.



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Estou fazendo uma lista

Das coisas de que eu sinto falta

Quando estamos longe

A maneira como você beija

O sabor dos seus lábios

   (Do ya?)

 

POV Thomas 

Na sexta feira, Alex não vai para a escola. Mandei uma mensagem quando percebi que ele não vinha pois fiquei preocupado, mas ele disse que só tinha acordado atrasado e nem ia dar mais pra entrar na sala, então ele decidiu ficar em casa mesmo. Sério, o que ele está pensando? Sei que Alex tem um histórico de atrasos, porém faltam apenas alguns dias para o início das provas finais. Sinceramente...  

—Thomas, estamos indo. –Meu pai fala, pegando as chaves de casa. Eles me deram uma cópia hoje de manhã. O carro já foi carregado com as malas e eles estavam apenas me esperando chegar para saírem. 

—Tchau. –Eu falo, mastigando parte do meu almoço: macarronada. Marissa sorri para mim antes de fechar a porta atrás de si. Momentos antes, Marissa entregou na minha mão uma folha de papel com algumas dicas de como cuidar bem da casa e não botar fogo nela. Meu pai deixou trezentos reais em uma caixinha de lata na sala principal caso eu fosse precisar e pendurou na geladeira outra folha de papel com o horário dos voos e números de telefone para emergências. Assim. Eu não entendi pra que toda essa ladainha. Eles voltam amanhã mesmo! Marissa disse que havia um picadinho na geladeira para a janta de hoje, além de mais três pratos prontos no congelador. Mas eu podia pizza também, se quisesse (segundo meu pai). 

Meu celular começa a tocar e eu atendo ao ver o nome de Alex na tela. 

—Ta vivo? –Eu pergunto, colocando uma garfada de macarrão na boca.

—Infelizmente sim. –Ele dá uma risada. –Brincadeira. Ficou preocupado comigo?   

—Fiquei.   

—Eu sabia. Você sempre me amou. 

—Deixe de ser convencido. Você está louco? Acha que pode faltas às aulas faltando só uma semana para as provas?

—Relaxa, cara. Só me passa as anotações e tudo certo. Só um dia não vai comprometer minhas notas maravilhosas.

—Que piada. Eu não estou me importando com suas notas, mas queria falar com você.

—Falar sobre...?   

—Sobre a aposta. 

—Ah é? Fale agora, então. 

A campainha soa e eu limpo a boca com um guardanapo. Levanto-me da cadeira e corro para abrir a porta para Isa. 

—Agora não dá. Isa está vindo aqui. A gente pode se encontrar amanhã?   

—Onde?   

—No shopping. Praça de alimentação. Onze horas.  

Isa sorri para mim e entra no apartamento. 

—Beleza. Boa sorte no encontro. 

Ele desliga o celular e eu me viro para Isa. Hoje é minha folga no trabalho, então disse para ela vir mais cedo. Ela está usando um short lilás de tecido e uma blusa preta que deixa parte de sua barriga à mostra. Puxo ela para um beijo assim guardo o celular no bolso. Quando eu a solto, ela pergunta: 

—Estava falando com quem?   

—Alex.   

—Estavam falando de mim? –Ela me olha com desconfiança e eu sorrio. 

—Estávamos falando do quanto você é linda e perfeita. 

—Ah tá. –Ela revira os olhos. 

—Já almoçou?   

—Já.   

—Eu estava terminando. Vem aqui. –Eu puxo ela até a mesa de jantar e me sento de frente para ela. –Você está linda. 

Ela sorri e me espera terminar de comer em silêncio. 

  

Depois que eu comi, lavamos a louça juntos e conversamos por um tempo. Então, ela sugeriu que assistíssemos a um filme. Eu concordei. Deitamos-nos no sofá da sala e coloquei um filme de suspense para rodar. Gosto desse tipo de filme.  Ela disse que podia escolher. Abri a primeira gaveta da estante da sala e me deparei com uma bela coleção de filmes: clássicos, de terror, ficção, animações, romance, comédias e suspenses. 

— Você já começou a estudar para as provas? –Eu pergunto enquanto espero o filme começar a rodar. 

—Já. Estou estudando que nem louca. Você vai ver. Dessa vez eu vou tirar 10 em química. –Ela diz. Química é a pior matéria de Isa, e com isso você deve entender que a média dele em química é 8,5. E isso deixa ela furiosa.  

—Você já vai bem em química. E em todo o resto também. –Eu falo, afagando os cabelos dela. 

—Quero que minha média anual seja maior que 9,25. –Ela diz. 

—Nerd. –Eu falo e abraço-a. 

—Vai me bater também? –Ela pergunta.  

—Claro que não. Não faço mais esse tipo de coisa. –Eu digo e roço os lábios em seu rosto. 

—Bom, eu não namoraria um garoto que bate em outros garotos nerds só por serem nerds. 

—Claro, pois ele bateria em você também. Mas ainda bem que eu não sou assim. -Falo sorrindo inocentemente contra o pescoço dela. Passado é passado. –Imagine como seria não namorar você agora. Seria um inferno. 

—Seria?  

—Claro. Eu preciso de você pra me fazer ingerir menos cafeína, pra me confortar quando eu preciso, pra me dar os melhores beijos do mundo. E pra me fazer feliz. 

Ela me observa com seus grandes olhos castanhos. –Ainda bem que eu existo então. 

—Ainda bem que você existe para mim. –Eu falo, tocando em seu nariz. 

Ela enlaça meu pescoço e sobe em cima de mim. Começa a me beijar lentamente e eu sorrio quando sinto seus lábios nos meus. Passo as mãos ao redor de sua cintura e ela prende os dedos em meu cabelo. Isa é a garota que eu sempre quis sem nunca conhecê-la. É a que faz meu coração acelerar e um sorriso aparecer em meu rosto com um simples olhar ou um rápido toque. Minhas mãos tocam toda a extensão das costas dela e param no osso do quadril. Eu separo nossas bocas alguns centímetros. 

—Vamos para o quarto. –Eu falo, me levantando e estendendo uma mão para ela. Ela sorri e segura forte minha mão. No fim, não vimos filme nenhum. 

  -Eu quero tomar um banho primeiro. –Ela diz e se afasta um pouco de mim. Já estávamos deitados na cama e tudo mais. Eu já estou até sem camisa. Olho para ela aborrecido. Ela sorri. –É rápido, prometo. 

Enfio a cara no travesseiro e ouço uma porta do armário se abrindo (provavelmente ela pegando uma toalha), passos e a porta do banheiro do quarto se fechando. Ergo a cabeça um pouco para respirar e o chuveiro é ligado. Alguns minutos depois, Isa abre a porta do banheiro e sai vestindo apenas roupas íntimas. E tudo o que eu tenho a falar é: ela é linda. A mais linda de todas. Sempre falo isso para ela e nunca vou me cansar de falar. Porque é a verdade. Eu poderia ter ficado ali, observando-a o resto da noite, mas, bem, não poderia decepcioná-la, não é? Abro os braços para ela, que anda até mim timidamente. Abraço seus ombros e dou-lhe repetidos beijos na área do pescoço. Ela me empurra levemente para trás e se deita sobre mim, voltando a me beijar. A pele dela agora está gelada e ela emana um cheiro agradável de baunilha. Eu inverto nossas posições, de forma que ela fica embaixo de mim. Apoiado nos cotovelos, dou um beijo ávido em sua boca antes de percorrer todo o corpo dela com minhas mãos, e posteriormente, os lábios. Tiro o sutiã dela e o jogo no chão do quarto. Depois, minhas mãos brincam um pouco na barriga de Isa (ela tem um pouco de cócegas, e é adorável), e param nas pernas. Ela levanta o quadril um pouco para eu tirar a calcinha. E eu o faço também. E então, começa de verdade. 

  

Saio do banheiro com uma toalha verde enrolada no quadril, completamente satisfeito. Já é tarde da noite, e está bem escuro dentro do quarto. Não sei quanto tempo ficamos fazendo isso, mas foi surpreendentemente longo. E ela disse que não doeu tanto, o que é um alívio. Nunca tinha tirado a virgindade de uma garota, e na hora quase desisti. Mas tudo deu certo e foi como tinha que ser: perfeito.

—Vista alguma coisa. –Isa diz. Ela está só de calcinha, deitada de bruços na minha cama. 

—Estou vestindo uma toalha. –Eu falo.  

—Isso não conta. –Ela diz, se cobrindo com um lençol. Vou até o guarda roupa e visto só uma cueca, então volto a me deitar na cama ao lado de Isa.  A aposta está oficialmente acabada. É estranho pensar que eu acabei transando com ela antes de terminar a aposta com Alex. Queria ter minha consciência completamente limpa na hora, mas nem pensei nisso. Eu só conseguia pensar em Isa. Ela está vestindo apenas uma calcinha ao meu lado, e isso me faz pensar o quanto ela está magra. Ainda é estupidamente e linda e parece, bem, uma modelo, mas às vezes eu fico preocupado. É como se ela não sentisse vontade de comer. Tipo, sério, como ela consegue? Eu faço com que Isa come de vez em quando, e ultimamente estou praticamente controlando suas refeições. Quando estamos juntos (ou seja, quase o tempo inteiro) eu faço o prato dela e a observo até ela comer tudo. E quando não estamos, mando mensagens e espero as fotos do prato. Ela acha um saco, mas só estou tentando evitar que minha namorada desmaie ou algo parecido. Não sei o que ela tem, mas não vou deixar ela piorar. Ela se vira para mim e apoia a cabeça no travesseiro ao lado do meu.

—O que achou? –Eu pergunto, voltando a me referir ao sexo. 

—Bom. –Ela diz, fechando os olhos. Parece cansada.  

—Bom? Só isso? –Eu pergunto, fingindo estar ofendido. 

—É. Só bom.  

—Por que?  

—Porque temos que fazer outras vezes para ser mais que bom. –Ela diz, ainda com os olhos fechados. Eu sorrio.  

—Se você diz... Não durma ainda. Vista alguma coisa. –Eu repito as palavras dela. 

—Por que? 

—Porque meu pai e Marissa vão chegar aqui de manhã e não quero que eles te vejam só de calcinha. –Eu falo, pegando dando para ela minha camisa jogada na cama. –Na verdade, não quero que ninguém nunca te veja só de calcinha. Só eu.  

Ela coloca a camisa e continua igualmente sexy. Incrível.  

—Está anotado. –Ela diz e deita-se em meu peito. Acaricio o cabelo dela. Não sei dizer se essa foi a melhor transa da minha vida. Provavelmente foi. Não por realmente ter sido a melhor, mas por ter sido com Isa. E tudo com ela é melhor. Mas no futuro, cada transa será melhor que a outra. E será com Isa, o que é maravilhoso. Olho para o rosto da garota, que já adormeceu em meus braços. Sua pele branca ainda está um pouco corada e ela tem o anel que eu dei para ela no dedo indicador. Não quis colocar no anelar, e eu entendi a decisão. Faz apenas alguns meses que estamos juntos, e ela provavelmente só vai querer colocar um anel nesse dedo quando for pedida de casamento. Espero que seja eu a fazê-lo. Apesar de ainda ser muito cedo para pensar nisso. Pare de pensar nisso, Thomas. Dou um beijo suave no bochecha dela e forço meus pensamentos a seguirem outro ritmo. Penso no único que permeia minha mente nos últimos tempos: a maldita aposta.

Amanhã eu tenho que ir trabalhar de manhã, e saio do trabalho às duas da tarde. Antes disso vou encontrar Alex na praça de alimentação, contar o que aconteceu e falar que a aposta está completamente cancelada e que ele tinha razão o tempo todo: eu iria me sentir culpado e arrependido até o talo. Ele vai jogar um ‘eu te avisei’ na minha cara, trocar um toquinho e dizer que está tudo acabado então. Como quero esquecer essa aposta mais do que tudo, não vou nem pedir uma recompensa por ter ganhado. Então tudo ficará bem. Isa não vai ficar sabendo que isso aconteceu nunca. Apesar de eu não querer guardar nenhum segredo dela e estar disposto a responder qualquer pergunta que ela faça, esse segredo aqui é um que eu não quero que ela saiba. Aí eu e Isa seremos um casal verdadeiramente verdadeiro. Sem mentiras e arrependimentos. Só eu e ela. 

 


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