I Can Feel escrita por Cihh


Capítulo 32
Capítulo 32 - Eu Tenho Você


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Primeiramente eu queria agradecer às sete pessoas maravilhosas que comentaram no último capítulo ♥
Eu mudei a capa da fic, não sei se vocês lembram como era a última, se lembrarem, me digam se preferem a antiga ou a atual. Boa leitura e beijinhos.



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Olhando em seus olhos

Esperando que eles não chorem

E mesmo se você chorar

Eu vou estar na cama tão perto de você

Para te abraçar pela noite

    (I've Got You)

 

POV Isa  

Depois do jantar, percebo que Thomas está um pouco agitado. Ele constantemente mexe no cabelo e me olha nervosamente. Pouso minha mão no braço dele. 

—O que você tem?   

Nós estamos sentados no sofá da sala, ele atrás de mim e eu sentada entre as pernas dele. 

—Nada. –Ele toca no bolso da calça jeans e desvia o olhar. -Ah, eu estraguei tudo. 

—Do que você está falando? –Eu digo rindo. Ele está tão estranho. 

—Eu comprei um negócio pra você. –Ele fala e eu me viro para ficar de frente para ele. 

—O que? –Eu o olho com curiosidade. 

Ele mexe no bolso da calça jeans e tira uma caixinha preta de veludo. 

—Você vai me pedir em casamento? –Pergunto com um sorriso. É a segunda vez que falamos sobre isso hoje. 

—Quem sabe? –Ele repete o que eu tinha dito e me entrega a caixinha com um pequeno sorriso. Pego e abro na caixinha macia e vejo um anel dourado com uma pedra verde, que me lembra muito os olhos de Thomas. –Você pode usar ele pra mostrar para os outros caras que você não está solteira. Ou pode colocar em um colar, se achar que está muito cedo para isso... 

Eu coloco o anel no dedo e o observo. É lindo.   

—Eu adorei. –Sussurro e ele dá um sorriso. Ele dá um beijo em meu rosto e me abraça com força. Eu entrelaço nossas pernas e encosto meus lábios nos dele. Fecho os olhos e sinto Thomas pegar a caixinha do anel e deixá-la na mesa de centro. Ainda me beijando ele me pega no colo, nos levanta e eu entrelaço minhas pernas ao redor da cintura dele. Ele vai tocando as paredes com uma das mãos e me segurando com a outra até achar a porta do quarto. Eu andei pensando sobre isso durante todo o tempo desde que Thomas me convidou. Afinal, estaríamos só nós dois na casa dele, sem mais ninguém para atrapalhar. Mas eu ainda não sei se estou pronta.   Ele me coloca na cama e se deita ao meu lado. A única luz que ilumina o quarto é a de um abajur na mesa de cabeceira do quarto.

—Thomas. –Eu chamo enquanto ele dá um beijo em meu pescoço. Fecho os olhos por um instante para absorver a sensação que isso provoca em mim.

—O que? –Ele pergunta suavemente e começa a brincar com a alça do meu vestido. 

—Eu... Não sei... –Começo a gaguejar e ele puxa uma das alças para baixo com delicadeza. 

—Isa. –Ele beija o osso da minha clavícula. –Tudo bem se você não quiser. 

Ele se afasta um pouco de mim e se apoia em um dos cotovelos para me olhar. 

—Eu não sei se eu quero. Ou se não quero. –Eu falo e ele sorri enquanto passa o dedo pelo meu queixo. 

—Podemos tentar. Se você ficar desconfortável, fale a qualquer minuto que eu paro. Tudo bem?   

—Certo. –Eu falo fracamente. Eu confio em Thomas. Ele vai parar se eu pedir. Espero.   

Ele abaixa a outra alça do meu vestido com a mesma delicadeza de antes. –Vire-se. –Ele sussurra e eu sento-me de costas para ele. Thomas puxa o zíper do vestido, que cai ao redor de minhas pernas. Ele pega o vestido e joga-o em uma parte isolada da cama. Só de roupa íntima, seguro-me para não me cobrir. Ele se deita sobre mim e começa a me beijar enquanto suas mãos deslizam sobre minhas costas a fim de tirar meu sutiã. Assim que o faz, ele deixa o mesmo em cima do vestido, para de fazer qualquer coisa e me observa. 

—O que foi? –Pergunto ficando vermelha. Não que ele consiga ver minha vermelhidão com a fraca luz do abajur. Ele me encara e sorri. 

—Você é linda. –Ele sussurra e beija meu ouvido. –Linda, linda. Eu sou o cara mais sortudo do mundo por ter você aqui comigo nesse momento. 

Ele sempre sabe o que falar. Sempre sabe o que fazer. Ele tira a camiseta rapidamente e se curva sobre mim, começando a beijar minha barriga. Ela espalha beijos por todo meu corpo até chegar a minha boca. Enquanto me beija, por alguma razão perguntas começam a surgir em minha mente, como numa pausa para reflexão.  

Por que Thomas gosta de mim? Ele é bonito e popular, e tem todas as garotas em seus pés. Mas naquela noite, na festa de Alex tantos meses atrás, ele me escolheu. Veio até mim e ficou puxando conversa comigo a noite inteira. Ele é gentil e atencioso comigo desde que nos conhecemos, apesar de eu ter ouvido coisas horríveis sobre o que ele fazia com as garotas. Tinha ouvido que ele transava com elas apenas para largá-las depois. Mais ou menos o que Luke disse sobre garotos como Thomas. E agora nós... Estávamos no caminho para isso? Iríamos transar e ele terminaria comigo logo depois? Interrompo o beijo por um instante e ele se afasta um pouco. 

—O que foi? –Ele sussurra e estica o braço para tocar meu cabelo. Estou insegura.  

—Desculpe, eu... Toda essa coisa de sexo é um pouco... 

—Traumatizante? Eu sei que Luke foi um idiota com você por causa disso, mas eu não sou assim. 

—Não é? –Eu pergunto e mordo lábio. 

—Não. –Ele franze a testa. –Eu nunca forcei uma garota a fazer sexo comigo. 

—Você nunca precisou fazê-lo.

Ele faz uma pausa. –Bem, é, mas...

—Você nunca ficou com uma garota só por causa de sexo? –Eu falo, não conseguindo segurar a pergunta. Ele fica calado por um tempo. 

—Acho que já, mas... 

—E você nunca mais olhou na cara dela depois de conseguir o que queria?  

—Do que você está falando? –Ele diz, transtornado. Sei que quebrei todo o clima, mas estou ficando irritada.

—Estou falando as coisas que eu ouvi sobre você. Que você conquista as garotas para levá-las para a cama e depois terminar a relação. 

—E você acredita em tudo o que os outros falam? –Ele se afasta mais de mim e passa a mão pelos cabelos. -Dois terços das garotas da nossa escola falam que Nath é uma vadia por andar com os garotos, e você acredita nelas?  

—Não, mas é diferente. –Falo na defensiva. Thomas sai de cima de mim. 

—Não é diferente, Isa. Você acha que eu vou transar com você, tirar sua virgindade por diversão, terminar com você e humilhá-la na frente de todo mundo? –Ele pergunta com irritação. Mas vejo outra coisa em seus olhos: culpa. Fico quieta e abaixo os olhos. Ele volta a falar após alguns instantes de silêncio entre nós. –Eu já fiz isso, se é o que quer saber. Já fiquei com garotas só para transar e as larguei depois. Era algo que nós dois queríamos na época, não via nada de errado nisso. Mas você é diferente. –Ele chega perto de mim e se senta em minha frente. –Você é minha namorada. A melhor e mais especial que eu já tive. Eu não vou fazer isso com você e nunca vou fazer nada para te magoar. –Ele desvia o olhar e sussurra: -Nunca.  

—Eu não sei. Estou confusa. –Eu falo e ele respira fundo. 

—Isa. Provavelmente tudo o que você ouviu ou vai ouvir falar do meu passado é verdade. Mas nada disso se aplica a você. Você é a única que não ficou comigo por eu ser bonito, popular ou rico. Você ficou por mim. –Ele me abraça forte e eu sinto que ele está sendo verdadeiro. Eu fiquei por que gosto dele. Eu me deito na cama, ainda só de calcinha e ele se deita ao meu lado. Ele me envolve em seus braços e beija meu rosto repetidas vezes. Thomas me cobre com o cobertor e mantenho os olhos focados nele até eu ficar com sono. E antes de dormir, falo apenas três palavras, que espero que sirvam como um pedido de desculpas: 

—Eu te amo. 

  

Quando acordo, no meio da noite, Thomas ainda não havia dormido. Eu estou deitada, vestindo uma camisa dele, e ele sentado ao meu lado apenas com  uma calça cinza de pijama. Estou enrolada em um cobertor e ele sentado perto da mesinha ao lado da cama, onde o abajur continua ligado. Ele está lendo uma revista (em quadrinhos, do Homem Aranha) e há uma caneca grande na mesa. O relógio digital ao lado do abajur indica 2:16 da manhã. Sonolenta, levanto a cabeça e me arrasto para mais perto dele. 

—Ei. Te acordei? –Ele fecha a revista e a deixa no chão ao lado da cama.

—Não. –Esfrego os olhos para espantar o sono. -Por que está acordado a essa hora?  

—Por que? –Ele sorri e aponta para o copo. Com café.  

—Para de tomar essa merda. –Eu resmungo e uso a barriga dele como travesseiro para eu me deitar. 

—Se eu tomar menos café, você começa a comer mais?  

Suspiro. –Mas eu como bastante. Você só não vê. –Fecho os olhos e escuto Thomas apagar o abajur. 

—Mas se eu tomar menos café, você começa a comer mais?  

Bocejo por causa do sono. –Tá, tanto faz. –Murmuro.

Ele se deita ao meu lado e passa as mãos ao redor dos meus ombros de modo protetor. 

—É uma promessa?  

—É.  

Ficamos quietos por um instante, e quase caio no sono antes de ele começar a falar de novo. 

—O que você vai fazer nas férias?  

Me aconchego em seu peito e tento organizar os pensamentos.

—Descansar.  

—O que mais?  

—Não sei. O que você tem em mente?  

—A gente podia ir viajar. Para o Nordeste. Não seria legal? A gente andando naquelas praias lindas e aproveitando cada momento juntos? 

—Só nós dois?  

—É. –Ele toca a ponta do meu nariz. -Só nós dois. 

 

Thomas volta a me acordar às seis e meia da manhã. Quando abro os olhos ele já está de banho tomado, vestindo uma bermuda preta e camiseta vermelha, e está penteando os cabelos úmidos.  Como ele consegue dormir tão tarde e acordar disposto?

—Bom dia. –Ele diz, largando a escova de cabelo na mesa e se inclina para beijar meu rosto. Eu murmuro qualquer coisa e espero que ele entenda como outro bom dia.

—Eu fiz o café da manhã. Panqueca de banana. E tem umas outras frutas também, se você quiser.

Saio da cama abraçando uma almofada e vou até onde Thomas está, lhe dando um abraço. Pouso a cabeça em seu peito e fecho os olhos de novo, querendo voltar a dormir. Ele dá uma risada.

—Ei, sua preguiçosa. Vamos logo, ou chegaremos atrasados para a aula. –Ele me pega no colo e atravessa o quarto e a sala em direção à cozinha. Me deixa sentada na bancada enquanto coloca duas panquecas e uma maçã pequena em um prato. –Coma isso. –Ele me entrega o prato e eu abaixo os olhos.

—Não estou com fome.

—Eu não ligo. –Ele espeta um garfo em uma das panquecas e se pendura na bancada com os braços, mantendo os olhos fixos em mim. –Estou esperando.

Faço uma careta, mas como uma das panquecas e três quartos da maçã. Ele sorri satisfeito e come o resto da comida.

—Agora vai se trocar. –Ele me puxa de volta para o quarto e me entrega com um sorriso uma muda de roupa que estava na minha bolsa: uma saia verde escuro com botões na frente e camiseta branca básica. Pego as roupas e entro no banheiro do quarto de Thomas. Tiro a camiseta grande dele que estava usando e viro a camiseta branca para checar se está do lado certo. Ah. Droga. Falta o sutiã. A porta do banheiro se abre um pouco e Thomas aparece segurando o sutiã branco.

—Acho que você precisa disso... –Ele me olha e levanta as sobrancelhas.

—É, eu preciso. –Falo, pegando o sutiã irritada das mãos dele. Coloco a peça e bufo. –Você fez isso de propósito, não foi?

—Claro que não. –Ele se apoia na parede do banheiro e me observa colocar a camiseta branca e depois a saia.

—Mentiroso.

—Acredite se quiser. –Ele dá um sorriso travesso e me dá um último beijo.


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