Os raios de sol atravessavam a janela por entre as cortinas, e Regina lentamente abriu os olhos com a claridade que a cegava momentaneamente, quando sua visão se ajustou a claridade ela sorriu ao perceber que usava Emma como travesseiro, seu ouvido estava sobre o coração da loira e ela podia ouvir o seu forte bater. Seu sorriso se alargou ao se lembrar dos eventos da noite passada, a morena ergueu seu rosto para olhar Emma dormindo, ela parecia uma criança, tão diferente da Emma da noite passada, e um leve rubor surgiu em suas bochechas, noite passada a loira estava insaciável e elas se amaram até praticamente a morena quase desfalecer nos braços de sua esposa. Regina levou sua mão ao rosto da loira e levemente começou a acariciá-lo – Eu te amo tanto! – murmurou a morena sorrindo agora amorosamente – Amo tanto que eu não sei seria capaz de viver sem você... – contornou os lábios de Emma, ato que fez a loira começar a se mexer e abrir brevemente os olhos e logo sorrir para a morena em seu peito.

— Bom dia! – falou a loira ao se espreguiçar e depois deixar sua mão esquerda descansar sobre as costas de sua esposa – Você dormiu bem? – perguntou enquanto fazia leves carícias nas costas nuas.

— Bom dia! – respondeu Regina dando um leve beijo na bochecha da loira – O que você acha?

— Bom... – a loira fez uma pausa e depois continuou – Acho que você teve uma maravilhosa noite de sono já que me usou como seu travesseiro o seu sono todo. – riu travessamente a loira, tirando uns fios do rosto da morena e os colocando atrás da orelha. Ato que fez Regina fechar os olhos brevemente e apreciar a carícia, para logo em seguida dar um leve tapa no ombro da loira fingindo estar indignada.

— Vamos tomar café? – perguntou a loira rindo levemente da agressão, e Regina apenas afirmou com a cabeça – Bom... Então vem aqui! – falou a loira que surpresamente se levantou com sua esposa no colo e se encaminhou para o banheiro.

— Para onde está me levando Swan? – perguntou a morena passando seus braços ao redor do pescoço da outra mulher.

— Você está cheirando a sexo! Melhor tirar esse cheiro de vocês, porque se não eu não vou responder por mim quando os guardas começarem a te olharem lascivamente... – riu a loira quando Regina escondeu o vermelho rosto em seu pescoço – Apesar de adorar esse cheiro em você... Isso só prova que você me pertence!

— Emma!

A loira ria mais ainda e só foi silenciada pelos lábios da morena em braços – Mesmo depois de tanto anos você ainda se envergonhando, e eu adoro. – disse apaixonada enquanto se encaminhavam para o chuveiro.

—SQ-

Não fazia muito tempo que Daniel havia se sentado a mesa para seu café quando escutou Regina e Emma entrarem na sala rindo de alguma coisa boba que a loira provavelmente tenha falado – Bom dia! – elas cumprimentaram.

— Bom dia! – ele disse de volta.

— Vejo que já está bem melhor... – disse a loira o olhando seriamente, ao se sentar a mesa, e ele apenas acenou com a cabeça – Logo pegaremos estrada! – comentou girando sua cabeça de um lado a outro para aliviar a tensão muscular no pescoço. No momento seguinte Regina sentou-se também a mesa, ela estava levemente ruborizada como se tivesse feito algum esforço físico. O homem ficou olhando a morena. A loira sorriu e pegou a mão de sua esposa que estava a sua esquerda e deu leve beijo no dorso. O homem franziu a testa em desgosto para o ato e seus olhos se focaram na rainha morena, ele olhou para seu rosto, depois para seus olhos, nariz, boca, percebeu a cicatriz a qual ele não achou nem um pouco bonita, e então seus olhos focaram na marca roxa no pescoço da morena, e ele teve que piscar para comprovar que não estava vendo errado, e uma leve expressão de desagrado percorreu o rosto do homem. Emma percebeu os olhares do homem e sorriu quando ele viu a marca, Regina atenta a tudo, apertou a mão de sua esposa a obrigando a voltar sua atenção a morena.

— Não ligue para elas... – disse Henry entrando na sala e se sentando a mesa também – Como diz Ruby, elas são um casal de coelhos! – riu divertido, arrancando risadas das duas e um leve franzir indignado gdo homem.

Tomaram café em silencio, cada um apreciando seus pensamentos quando Emma voltou a iniciar uma breve conversa – Regina, os machucados de Daniel estão quase todos curados.

— Fico feliz em ouvir isso. – comentou casualmente a morena.

— Então muito em breve poderemos viajar. – acrescentou Emma, percebendo a triste expressão de sua esposa enquanto esta tomava um gole de seu café.

— Viajaremos quando vossa majestade desejar. – disse Daniel.

— Ótimo! – disse a loira – Quanto mais rápido resolvermos isso, mais rápido você poderá voltar para seu reino. – terminou ela com um sorriso travesso.

— Com certeza! – sussurrou ele sorrindo maliciosamente. 

—SQ-

Emma estava sentada em sua cadeira, na sala de reunião, lendo alguns papeis quando recebeu a noticia de que Mulan estaria de prontidão quase ela precisasse, e isso a fez sorrir, apesar do pouco fazer pouco tempo que Mulan havia partido, ela sentia falta de sua amiga, mas estava feliz por sua amiga seguir em frente, assim como os outros também o estavam fazendo. E sem mais pensamentos ela voltou a se concentrar na papelada a sua frente.

Daniel já havia melhorado bastante, e hoje estava sentado no banco do jardim, olhando ao redor esperando por seu mensageiro que estava infiltrado no castelo. Ao avistá-lo, muito sorrateiramente entregou um pedaço de papel com tudo que havia descoberto e pediu para entregar ao seu comandante. Henry que passava ao longe estranhou os dois ali de conversa, mas não deu muita atenção, mas se prometeu ficar mais atento ao homem, o qual ele não conseguia ver confiança. Daniel ainda estava sentado e sorria maliciosamente.

— Falta pouco... – comentou por fim – Falta muito pouco!

—SQ-

Dois dias depois Arthur acabava de receber a mensagem de seu rei – Arthur, eu já estou bem melhor, mas o que quero que você saiba é o seguinte, Emma irá sozinha com um grupo de guardas qualquer, a sua armada está separada. Fiquei sabendo que Killian saiu em viagem, mas não tem previsão de quando retornará. Mulan voltou para seu reino de origem e está bem ocupada pelo que me consta. David acabou de ser pai, e Emma o dispensou por esse tempo. Ruby pelo que entendi está com problema de saúde na família e também está dispensada por esse tempo. Ou seja, irá apenas Emma, então quero que você monte muito bem uma armadilha para que ela não tenha nenhuma chance de escapar. Eu vou a conduzi-la até o ponto que combinamos e lá a atacaremos. Monte uma armada grande, pois não podemos perder essa oportunidade. Nossa partida será dentro de mais três dias a partir do momento que você receber esse bilhete, no mais aguarde minha chegada! — terminou de ler e abriu um grande sorriso – Pelo visto será mais fácil do que ele previu... – fez uma pausa – Vamos Will, temos muito que fazer ainda. – sorriu maliciosamente – Temos uma emboscada para preparar. – e o outro homem afirmou com a cabeça e saíram galopando velozmente até seu acampamento para se prepararem.

—SQ-

Emma não queria admitir, mas se sentia nervosa, talvez até um pouco tensa e por isso resolveu ir descontar todo esse nervosismo na área de treinamento, ali ela descontou tudo que sentia nos sacos de pancadas pendurados, nos postes que servia para treinar as técnicas de lutas, e tudo que ela pudesse bater ela utilizou. Ao fim de quase três horas ela resolveu parar e ir tomar um banho para tirar toda a canseira que estava acumulada em seu corpo. Adentrou no quarto depois de um longo e relaxante banho. Estava sentada na cama calçando suas botas quando sua esposa entrou a olhando.

— Hei... – disse a loira sorrindo para sua esposa.

— Oi... – falou de volta a morena se aproximando e parando entre as pernas da loira, as mãos de Regina foram para os cabelos molhados e ali começaram uma carícia, que instantaneamente fez com que Emma fechasse os olhos para aproveitar o carinho. Esse ato fez com que a morena sorrisse. Lentamente Regina empurrou a loira para trás no meio da cama, e sem pressa foi subindo no colo de sua esposa até sentar-se por completo, com uma perna de cada lado do quadril de Emma, seus corpos unidos, e as mãos no cabelo loira ainda faziam suas carícias – Amanhã você já estará viajando a essa hora...

A loira abriu lentamente os olhos e focou nos castanhos a sua frente – Sim... – um leve sussurro. E sem dizerem mais anda seus rostos se aproximaram e seus lábios se fundiram em um beijo arrebatador, poderoso, já sentido a saudade, Emma levou uma mão ao rosto de Regina assim que o beijo findou, e um sorriso doce surgiu nos lábios da loira, e no movimento seguinte, a loira tirou uma mecha de cabelo castanho do rosto e o levou para trás da orelha, e voltando sua mão para a bochecha da morena, para fundirem novamente seus lábios em um profundo beijo apaixonado. As mãos antes paradas criaram vida e começaram uma exploração pelos corpos, e pequenos gemidos saiam a cada nova descoberta, as respirações começando a ficarem descompassadas, os beijos mais urgentes, as mãos mais ávidas já se embrenhavam por baixo do tecido de suas roupas. Emma foi a primeira a se livrar de sua camisa e botas, e acabou por ajudar Regina com o fecho de seu vestido, beijos eram depositados a cada pedaço de pele exposta, fazendo ambas as mulheres tremerem em prazer e satisfação. E quando finalmente despidas de todas as roupas, elas voltaram para a posição inicial no meio da cama, com Regina sentada no colo da loira. Lentamente Emma tomou os lábios de Regina em um beijo lento, ela queria ir devagar, aproveitar o momento, que durasse bastante, pois ela queria guardar na memória quando estivesse longe amanhã e poder se lembrar de cada detalhe, cada expressão, cada sussurro.

Regina lentamente começou a movimentar seu quadril, indo de encontro com o quadril da loira, arrancando sussurros e gemidos, as ávidas mãos da loira agarraram o quadril de sua morena e começou a ditar o ritmo dos movimentos enquanto a morena devorava os lábios de sua amada até ficaram completamente sem ar. Então sua mente fora invadida com os pensamentos de que sua loira não estaria ali amanhã, seu rosto se entristeceu levemente. Seus braços rodearam o pescoço de Emma em um forte abraço junto com um profundo beijo, então encostou sua testa na de Emma assim que terminou o beijo – Volte para mim, certo? – sussurrou a morena passando suas mãos pelos braços e depois pelo peito da loira.

Emma sorriu apaixonada e beijou os lábios da morena brevemente, e aproveito para inclinar levemente Regina para trás e foi descendo seus beijos pelo pescoço, depois pela clavícula e passando pelo vale entre seus peitos, alternando beijos e pequenas lambidas, enquanto suas mãos passeavam de cima a baixo pelas costas da morena. Trouxe novamente elas para a posição inicial, e a loira abraçou bem forte sua morena, elas podiam sentir seus corações batendo forte em seus peitos, seus olhos fixos uns nos outros – Eu voltarei para você, minha Rainha!  - lentamente a loira trouxe sua mão novamente ao rosto de Regina e começou, sem pressa, a traçar todos os contornos com as pontas de seus dedos – Você é minha outra metade, e eu não saberei viver sem você... E não importa o que aconteça... – fez uma pausa – Eu sempre, sempre, voltarei para você! – deu um leve beijo nos lábios da morena – Você é a razão da minha existência... Eu te amo Regina.

Os olhos de Regina começaram a se encherem de lágrimas enquanto olhava profundamente para a loira, e a beijou e beijou enquanto suas lágrimas desciam por suas bochechas – Eu também te amo Emma. – abraçou fortemente a loira e seus corpos colaram arrancando gemidos das duas mulheres – Não importa o que aconteça eu sempre vou te esperar, pois você é minha outra metade, e sem você eu não existo. – disse ao ouvido de sua esposa, a mão que estava no cabelo da loira se fechou segurando um punhado de cabelo da nuca, e Regina puxou-os para trás levemente, se afastando brevemente e fazendo a loira fixar seu olhar no dela – Me prometa que você irá voltar!

Emma viu desespero, nervosismo, dor, angústia nos olhos da morena, e ela queria apagar, ou então pelo menos fazê-la esquecer de tudo aquilo momentaneamente, e ela sabia como fazer aquilo, pelo menos por hoje – Eu prometo, Regina. Eu voltarei para você! – e beijou as lágrimas de Regina – Eu tenho uma única razão para viver... E essa razão é você, Regina... Eu tenho alguém para voltar para casa, sempre... – depois de dito isso a loira deitou Regina sobre a cama, depositando seu corpo sobre o menor, e a beijou intensamente, suas mãos passeando por todo o corpo da morena, tocando cada mínimo pedaço daquele corpo, registrando cada sensação, cada emoção, cada sentimento, cada cheiro, o perfume característico de Regina, cada expressão de sua esposa, lá no fundo da sua memória, pois Emma sabia que até quando ela se lembrasse de sua morena, ela acharia um caminho para voltar para ela.

—SQ-

O sol começava despontar no horizonte, os poucos transeuntes perambulavam pelas redondezas. A armada já estava pronta e a espera de sua comandante. Daniel já estava pronto e ao lado de seu cavalo o qual chegou ao reino. Passos ecoava pelo corredor que dava o acesso principal ao castelo, Emma foi a primeira a aparecer seguida de Regina, a qual estava de mãos dadas. Juntas seguiram para Guardião, o cavalo da loira, ali ela tirou a espada menor de sua cintura e a amarrou na cela do cavalo, assim fez o mesmo com sua espada maior. Regina ao seu lado acariciava o pescoço do cavalo enquanto a loira arrumar suas espadas na montaria.

— Bom dia! – cumprimentou Emma assim que terminou com as espadas e se virou para sua armada e para o homem que ela acompanharia na batalha.

— Bom dia! – Daniel cumprimentou de volta assim que montou em seu cavalo, ele até tentou, mas não conseguiu disfarçar seu espanto perante as belas espadas da loira, coisa que Emma percebeu e deu apenas um sorriso travesso.

— Prontos? – perguntou ela se preparando para subir em seu cavalo, e recebeu acenos positivos de cabeça, quando foi tomar impulso para subir, sentiu uma mão sobre seu ombro e olhou para sua esposa ao seu lado.

Regina apenas fez o que seu coração mandou, e no instante seguinte envolveu a loira em um abraço apertado, para logo depois depositar um doce beijo nos lábio de sua amada. Assim que terminaram, Emma limpou as pequenas lágrimas que desceram pelos olhos castanhos, pequenos sorrisos apareceram em seus lábios – Eu te verei logo... – murmurou a morena, e Emma afirmou positivamente com a cabeça e deu um breve beijo na bochecha da morena – Emma Swan, eu vou esperar por você... E nem pense em demorar muito!

A loira riu daquilo, e olhou apaixonada para sua esposa – Eu voltarei para você, Regina Mills! – declarou Emma e quando se inclinou para beijar uma última vez os lábios da morena, a mesma virou o rosto e sentiu os lábios da loira em sua bochecha e depois viu o olhar indagador de Emma – Você só terá outro beijo quando voltar.  – fez uma pausa – Pense como um motivo a mais para você voltar o mais rápido possível. – explicou a morena, e Emma gargalhou dessa vez e repentinamente segurou sua esposa mais forte e a beijou nos lábios a pegando desprevenida.

— Prontos? – perguntou Daniel um pouco aborrecido com a demora e entediado e levemente enojado com a interação das duas mulheres.

— Sim! – disse Emma séria virou sua cabeça para ele, ato que o fez engolir em seco. Então tomou impulso e subiu em seu cavalo, então começaram sua cavalgada rumo a batalha desconhecida.

Regina ficou ali olhando até não conseguir mais ver sua loira e seus homens, e olhou para cima fechando os olhos, pedindo as forças do céu para protegê-la e a trazer sã e salva, assim como sua armada. Ela não soube quanto tempo ficou ali até sentir uma mão em seu ombro e olhou na direção e viu sua mãe sorrindo.

— Venha minha filha! – pediu a mulher mais velha gentilmente – Vamos entrar! Você precisa descansar, pois ainda tem muitas decisões a ser tomadas pelo seu reino.

A morena mais nova concordou com a cabeça e olhou uma última vez para o caminho que Emma havia ido – Eu te amo... – sussurrou.

—SQ-

Regina havia acabado de sair de seu quarto, ela tinha ido se deitar, mas não aguentou ficar muito tempo, então resolveu que seu reino não podia ser deixado de lado, e fora para a sala de reuniões, rever seus papeis e tomar as decisões necessárias para o andamento do reino. Em meio a papelada ela conseguiu se distrair e não percebeu que as horas haviam passado quando seu estomago deu sinal de vida. Levantou-se e foi para a cozinha comer alguma, encontrou Henry sentado a mesa comendo um lanche. Sentou-se ou seu lado e preparou um lanche para si.

— Ela já foi, não é? – perguntou o rapaz, já sabendo da resposta. Regina afirmou com a cabeça.

— Não se preocupe, vai dar tudo certo. – incentivou o rapaz – Assim quando eu as conheci... – então viu uma solitária lágrima descer pela bochecha de Regina, sem pensar ele a abraçou forte – Tudo vai terminar bem, Lady Regina... – comentou Henry ao sentir a morena tremer em seu abraço e um soluço abafado ser ouvido – Tudo bem... – confortou ele.

— Não sei se está tudo bem, Henry... – comentou ela ao sair do abraço do rapaz e limpar o rosto.

— Mas logo estará. – afirmou Henry sorrindo amorosamente para a mulher a sua frente – Quando você menos esperar Emma entrará por aquela porta reclamando que está com fome e falando suas bobeiras.

— Assim espero, garoto. – brincou Regina sorrindo também.

Dois dias haviam se passado desde a partida de Emma, ainda não se havia notícias de Killian e muito menos de sua loira. As horas iam se arrastando quando Regina não estava mergulhada nos papéis administrativos, quando não, conversava muito com sua mãe, que se tornou uma grande amiga desde que ela havia vencido a maldição e Robin. Conversava bastante com Henry também. Fez visitas a Ruby e Belle, para saber como elas estavam e como estava a saúde do pai de Belle. Visitou também David, e se encantava cada vez mais com James, e tinha certeza que aquela criança seria o mimo do todos ali.

A noite havia caído e Regina estava olhando para seu reino através da janela, as duas noites anteriores haviam sido difíceis de dormir sem Emma ao seu lado, mas parecia que hoje seria impossível. Regina havia se acostumado a dormir com o abraço de seu amor, com o calor que vinha do corpo de Emma, e hoje o máximo que ela teria seria o travesseiro com o cheio da loira.

— Ai Regina, o que eu vou dizer para você... – falou para si mesma – Está aqui nessa situação a qual você mesma criou... – suspirou pesadamente – Quer sua loira aqui para dormir agarrada... Mas você mesma que a mandou para aquela desconhecida guerra... Agora aguente... – murmurou o final – Você disse que ajudamos quem necessita, e agora sou eu que necessito da sua presença aqui... – a morena desistiu de argumentar consigo mesma e foi para a cama, deitou do seu lado e instintivamente se virou para o lado de sua esposa, puxou o travesseiro da loira para si e o abraçou forte, sentindo o cheiro do xampu de Emma, uma mistura de canela e baunilha, por fim fechou os olhos e soltou uma longa respiração - Eu vou te esperar...

—SQ-

Daniel ia a frente conduzindo a pequena armada pelo caminho que levava até a suposta batalha, Emma estava ao seu lado, a maior parte do trajeto o silêncio reinava, poucas eram as vezes que conversavam e o assunto sempre era a batalha que ela estava indo ajudar. O homem até tentou mudar o foco da conversa, mas Emma não dava prosseguimento a conversa.

— Falta muito ainda? – perguntou Emma, pois fazia dois dias que eles já estavam viajando.

— Não... – respondeu Daniel – Mais uns dois dias ainda, mas se formos um pouco mais rápido talvez em um dia e meio chegaremos.

— Então vamos apressar o passo! – ordenou a loira, e dando comando ao seu cavalo para acelerar o galope.

O homem começou a sorrir maliciosamente, na verdade não faltava muito para que ela e seus guardas caíssem na armadilha que ele havia planejado. Boa parte de seu plano estava caminhando bem: conhecer o inimigo, isso ele tinha feito muito bem no tempo em que havia passado no castelo enquanto se recuperava. Ele nem precisou muito para separar a armada especial, ela mesma havia feito isso sozinha: dividir para conquistar, e agora estava chegando a hora da conquista. Em sua mente ele já arquitetava qual seriam os próximos passos e seu sorriso se abriu mais ainda – Falta pouco... Muito pouco... – sussurrou.

Outro dia havia passado e eles estavam mais perto do campo onde ocorria a batalha, bem ao longe podiam ser ouvir os barulhos vindos do combate. Sem dizerem nada aceleraram mais ainda para chegarem finalmente ao destino. Ao chegaram ao final da colina, os olhos verdes percorreram todo o extenso campo abaixo, reconhecendo seus redores, para saber qual melhor estratégia tomar.

— Vamos! – disse Daniel empolgado.

— Ainda não! – disse a loira séria – Temos que planejar primeiro.

— Não temos que planejar, meu povo está morrendo lá em baixo... – vociferou o homem – Temos que atacar enquanto estamos com a vantagem da surpresa.

— Você esteve ausente por quase três semanas... – respondeu de volta a loira – Então um pouco mais de paciência não fará mal.

— Faça como você quiser... Eu vou ajudar meu povo. – terminou e saiu em disparada para a batalha.

— Tolo! – falou enraivecida – Reagrupar! – ordenou por fim aos seus homens – Vocês... – apontou um grupo de cinco homens – Vão atrás daquele imbecil e o ajudem... – dito isso o grupo afirmou com a cabeça e saiu em disparada atrás do homem que descia a colina, ensandecido – Vocês... – apontou para outros dois grupos de dez homens cada – Cada um por um lado do campo... Se aproximem com cautela... – fez uma pausa – E vocês cinco, irão comigo, mas vamos pelo mesmo caminho que aquele imbecil acabou de fazer. – e sem mais cada grupo tomou seu rumo.