Lilian estava bastante empenhada na missão de unir o professor de Poções, o temido Mr. Mears e a professora Di-Lua, Luna Lovegood. Durante as férias de Natal, ela, Huguinho e Alvo, conseguiram com o tio Jorge os ingredientes para a tal Poção do Amor, e agora precisavam conseguir um jeito de fazê-la funcionar, e até para isso, Lilian já tinha um plano, embora Hugo achasse que era perigoso e que se o professor descobrisse eles estavam mortos, a bruxinha estava certa de que conseguiria.

— Se você não vai ajudar, então não atrapalha, Huguinho!

— Tudo bem, Lily, eu quero ajudar, mas...

— Bom, então vamos fazer o que nós combinamos — os dois sentaram, no mesmo instante em que o professor Mears entrou na sala de aula.

Como sempre, ele foi direto ao ponto, e iniciou a aula. Nesse dia Lilian fez mais perguntas do que costumava, e, não demonstrava estar entendendo nada do que Mears explicava; Hugo não demorou a perceber que a paciência do professor estava por um fio, e por mais que isso lhe causasse um medo enorme, era exatamente o que Lilian queria para que o plano funcionasse. Então começou a parte prática da aula, e o professor mandou que a turma preparasse uma Poção para rejuvenescer.

Lilian começou a fazer a sua Poção, e de repente houve uma explosão, e quando o professor se virou, viu que vinha do caldeirão dela.

— O que foi isso, Srta. Potter?

— Desculpe, professor, acho que eu não entendi direito o que o senhor explicou e errei a Poção.

— Então comece outra vez, e sem explosão — com um aceno da varinha o professor limpou toda a sujeira que Lilian tinha feito; a garota recomeçou a Poção, e mais uma vez não conseguiu o resultado esperado.

— Você está colocando os ingredientes certos, Srta. Potter?

— Acho que o senhor deve ter se enganado com algum ingrediente, professor...

— Enganado? Quer dizer que eu ensinei errado, Srta. Potter?

— Não, bem, não sei, senhor, por que o senhor mesmo não faz a Poção para que eu possa aprender; acho que eu devo estar fazendo alguma coisa errada — Lilian fez a cara mais humilde que conseguiu; o professor Mears ao invés de se acalmar com isso ficou ainda mais irritado. Por que essa Potterzinha tinha que ser tão chatinha?

Lilian viu seu plano funcionar perfeitamente; enquanto o professor preparava a Poção com suas próprias mãos, lhe pedia os ingredientes, e, tão irritado como estava não se preocupou em checar se ela entregava corretamente, por isso não percebeu Lilian tirar da mochila os ingredientes que tinha conseguido com o tio Jorge. Quando o professor terminou de misturar os ingredientes, sem ao menos olhar para dentro do caldeirão, lançou um olhar ríspido para a garota.

— Termine isso.

— Sim, senhor — Lilian abriu o livro de Poções em outra página, diferente da que estavam estudando, e checou se a Poção que o professor tinha acabado de preparar estava com a aparência correta, e como o resultado da sua consulta foi positiva, ela encheu um vidrinho com o conteúdo do caldeirão e enfiou rapidamente na mochila. Do caldeirão de Huguinho conseguiu encher o vidrinho que deveriam entregar ao professor com as Poções preparadas durante a aula.