Hogwarts, Outra História escrita por The Escapist


Capítulo 101
Capítulo 101: Epílogo




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Hermione trabalhou com afinco durante mais de dois anos até finalmente terminar de escrever aquele que seria o mais completo livro sobre a queda do lorde das trevas e a lendária batalha de Hogwarts quando Harry Potter derrotou lorde Voldemort. Escrever esse livro foi tão importante para ela, não apenas pelo amor que tinha pela história da magia, mas principalmente como uma forma de homenagear o melhor amigo que teve a vida toda, e de uma forma que todos que a conheciam sabiam ser a maneira que ela mais amava, através dos livros.

Mesmo depois de tantos livros escritos, muitos dos quais tinham se tornado indispensáveis no ensino da magia, ela ainda sentia um frio na barriga quando lançava um novo. Todo mundo sabia que a marca registrada de Hermione Granger-Weasley era a perfeição. Como sempre Ron foi o primeiro a ver o livro pronto; Hermione deu ao marido uma cópia com uma dedicatória que fez Ronald Weasley ir às lágrimas.

— Você não espera que eu leia, não é? — disse ele com o mesmo jeito de quando eram garotos.

— Não, claro que não, Ronald!

— Até por que eu sei que está perfeito!

— Eu não queria atrapalhar o momento romântico deste lindo casal, mas... — era Hugo, o filho de Ron e Hermione que tinha acabado de entrar em casa. — que tal se a grande estrela da noite concedesse uma entrevista exclusiva ao Profeta Diário? — Hugo deu um beijo no rosto da mãe, e trocou um sorriso zombeteiro com o pai, Hermione fez uma careta. Hermione não era a maior fã do jornal bruxo de maior circulação desde muito tempo, nem aprovava por completo a nova profissão do filho, ainda mais considerando o tipo de jornalismo que ele praticava; na verdade Hugo escrevia uma coluna de fofoca no Profeta, que ele preferia chamar de “Cotidiano Bruxo”. — Ok, sem entrevista!

— Se você queria ser escritor, poderia escrever sobre qualquer coisa, Hugo!

— Sobre o que mãe? História da Magia?

— E por que não?

— Mãe, você não entende? Nós somos as duas faces de uma mesma moeda! Você fala da história e faz isso melhor do que qualquer pessoa no mundo. Já eu, falo de quem faz a história, as histórias por trás da história, certo?

— Você faz fofoca, Hugo, isso sim!

— Se você prefere usar esses termos!

Argh! Eu vou me arrumar, acho bom vocês dois estarem prontos — Ron fez uma careta ao lembrar que tinha que ir para Hogwarts. — E pode desmanchar a cara feia, Ronald.

— Eu não falei nada, Hermione — ele respondeu, mas ela já tinha desaparecido porta adentro. — Eu não gosto de voltar à escola, sabe?

— Nem eu... não sou tão diferente de você, afinal.

O local escolhido para o lançamento do livro de Hermione foi a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. O Grande Salão estava arrumado; estantes exibiam exemplares do livro que os convidados poderiam comprar e ter autografado pela autora. Tiago e Loreley tinham acabado de chegar e já encontraram James e Rose com o pequeno Ronny — pequeno em tese, o garoto já estava com cinco anos e era bem crescido para essa idade. Como sempre acontecia, Tiago chamou para si a atenção de muitos dos que estavam ali para ver Hermione; só que dessa vez, teve que dividi-la com os dois filhinhos. Os gêmeos de quatro meses encantavam a todos; Daniel estava mais quieto no colo da mãe, já Gwyneth ficava mais agitada nos braços do pai.

Outro que também chamou atenção assim que chegou a Hogwarts foi Alvo Potter, que recentemente tinha recebido um importante prêmio graças aos seus estudos na Escola Superior de Magia, além de ilustrar a capa da revista Semanário dos Bruxos, e como o próprio primo Hugo escreveu na sua coluna do Profeta Diário, era “o solteiro mais cobiçado da comunidade bruxa”. Lilian chegou a festa acompanhada por Andrew, todos que a conheciam concordavam que nunca a tinham visto tão feliz.

Quando todos os convidados já tinham chegado, a maioria já estava com o seu exemplar do livro de Hermione nas mãos esperando pelo momento em que ela assinaria, a diretora de Hogwarts chamou a atenção para si e falou.

— Esta noite, a Escola de magia e Bruxaria de Hogwarts tem a honra de receber a festa de lançamento do livro da Hermione Granger-Weasley, Hogwarts, outra história; este livro, assim como todos os que a Hermione escreveu antes, não tenho nenhuma dúvida será mais um daqueles indispensáveis a todos que apreciam a história da magia, contada de uma forma séria e ética, e principalmente com amor. Senhoras e senhores, Hermione Granger-Weasley — sob aplausos, Hermione dirigiu-se ao púlpito, onde tantas vezes viu o diretor Dumbledore iniciar o ano letivo de Hogwarts; olhando para todos os seus amigos, familiares, conhecidos, colegas de trabalho, enfim, todas as pessoas que fizeram e fazem parte da sua vida, sentiu as lágrimas nos olhos, mas respirou fundo e falou.

— Boa noite! Antes de mais nada, quero agradecer a Diretora Bones pelas palavras —Hermione e Bones trocaram um aceno de cabeça. — Esta é uma noite muito especial; há muitos anos aqui nessa mesma escola de magia, uma grande batalha contra as forças das trevas aconteceu; essa história já foi contada inúmeras vezes, e muitas biografias não autorizadas do principal personagem foram criadas, mas poucas chegaram perto da grandeza do que foi a batalha de Hogwarts. Nós procuramos retratar da forma mais realista possível o que aconteceu durante os dias em que o mundo bruxo foi tomado pela força de Voldemort, e principalmente como essa mesma força caiu diante dos escombros de Hogwarts. Foi um grande desafio para mim, reviver aqueles dias e eu precisei de muito apoio de várias pessoas, por isso quero agradecer a minha querida família, e ao trabalho impecável do meu assistente, o professor Hawkins. Mas, esse livro é acima de tudo uma homenagem. Uma homenagem mais que merecida ao um dos maiores bruxos da história; alguém a quem eu tive a honra de conhecer, conviver, e ter como amigo durante a maior parte da minha vida: Harry Potter — a plateia explodiu em aplausos e Harry abraçou a amiga de escola. Mesmo sendo parte daquele livro, tendo passado horas e horas conversando com Hermione, relembrando fatos e momentos relevantes, recontando o que aconteceu no dia em que derrotou Voldemort definitivamente; além de todas as horas que normalmente já conversavam, Harry fez questão de ser o primeiro a levar o livro para que Hermione assinasse; atrás dele uma fila também esperava pela assinatura de Hermione.

Quando não havia mais livros a serem assinados, Hermione ainda tinha muitos abraços para receber; e só depois que deu atenção a todos, pôde se reunir a família e aproveitar um pouco da festa.

No dia seguinte, aproveitaram a presença de todas para fazer uma reunião n’A Toca; todos os filhos, genros, noras, netos e bisnetos dos Weasley reunidos em casa, era bastante gente, e muita alegria para Molly. Arthur, Molly, Harry, Giny, Tiago, Loreley, Daniel, Gwyneth, Alvo, Lily, Andrew, Hermione, Ron, James, Rose, Ronny, Hugo, Penélope, Gui, Fleur, Victorie, Teddy, Louis, Percy, George. Todos conversavam com todos, de modo que chegava a ser difícil entender quem dizia o que.

— Alvo, então você não está mesmo saindo com alguém? — Hugo perguntou depois que a conversa geral girava em torno de Alvo e seus feitos acadêmicos.

— Por que? Você pretende publicar no Profeta?

— Claro!

— Ah, aliás, eu ainda não agradeci a honrosa menção que você fez a minha pessoa, Hugo, obrigado.

— Só que você errou, Hugo! — Tiago se meteu na conversa. — Que eu saiba o Al nunca foi cobiçado por ninguém — disse de um jeito displicente, e a mesa desatou a rir. — Aliás, acho que ele nunca teve uma namorada, certo, Al?

— Acho que isso não é da sua conta, Tiago — Alvo respondeu, também rindo, sem se preocupar com as brincadeiras de Tiago.

— O problema é que o Tiago sempre foi um touro... —Teddy disse.

— ... Ou como dizem os trouxas, pegador — Penélope completou e ambos receberam um olhar fuzilador de Loreley, que depois lançou o mesmo olhar ao marido.

— Assim vocês me complicam — Tiago disse, incapaz de ficar sério. — Mas tudo bem Al, se o papai, um dos maiores bruxos da história, só teve uma namorada, então... —dessa vez foi Giny quem olhou para o filho com “aquele olhar”.

— Acontece que, de acordo com o livro da mamãe — começou Hugo — o tio Harry passou sete dos primeiros dezoito anos de vida sendo perseguido por um cara que queria a cabeça dele de qualquer jeito — e Hugo pensou que Hermione ia pular para cima e bater nele por falar daquele jeito.

— Esse fato relevante te coloca numa situação constrangedora, Alvo — mas antes que Tiago pudesse continuar com a discussão sobre a vida amorosa do irmão, Gwyneth chorou no carrinho posto ao seu lado. — Bom, minha vez — e se levantando da mesa pegou a filha no colo e foi dar a mamadeira da pequena. Não demorou até que Daniel também chorasse com fome, e Loreley cuidou do filho.

No dia seguinte, Tiago e Loreley voltaram para Irlanda, Alvo para a escola, e Lilian, depois de insistir muito, conseguir convencer os pais, foi para Londres com Andrew para aproveitar o último dia dele em casa antes de ir para Hogwarts.

Harry e Giny estavam sozinhos em casa; claro que não era a primeira vez, mas eles tinham a sensação de ninho vazio. Afinal, os filhos agora estavam crescidos, todos tinham terminado a escola, tinham encontrado companhias, tinham vidas próprias e independentes. Era um sentimento ao mesmo tempo nostálgico e feliz; feliz pela certeza do dever cumprido.


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