Mudanças Confusões da Mente escrita por Nathy Oliveira


Capítulo 15
Capítulo 15 - O Fim de Mais Uma Guerra




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- Aqui acaba sua vida, Uchiha Maldito!

- Errado, aqui acaba a sua, garoto-fênix!

Os dois correram, um em direção ao outro, encontrando-se num choque muito forte e levantando muita poeira.

 

Naquele instante, o tempo parou.

Naruto estava caído no chão, ofegante.

Kiba estava quase desmaiando, e muito machucado.

Akamaru estava extremamente cansado, e implorava por água.

Sakura estava curando a todos, e não demonstrava muito cansaço.

Hinata estava sentada no chão, segurando Hanabi, que estava exausta.

Neji amparava as primas, que demonstravam muito cansaço.

Os demais ninjas também demonstravam cansaço, porém, ajudavam os Anbus a recolher os corpos desmaiados dos inimigos.

Tsunade curava Jiraya, que aparecera do nada para salvá-la.

Gaara ajudava os Anbus, e nocauteava alguns que estavam meio acordados.

Mas...

Em um outro lugar, o tempo parara de forma trágica.

 

A barreira lentamente se desfazia, e a poeira abaixava. Sasuke e Zahku estavam colados, um ao outro, com uma expressão indecifrável.

Sasuke, após um instante, sorriu.

- Acho que eu venci, garoto-fênix...

 

[. . .]

 

- Isuzu-sama, muito cuidado! – disse Shino, desesperado.

- O quê?

Após dizer isso, Isuzu e Hana foram envolvidas por uma estranha fumaça, vinda da Uchiha.

- Sensei, não vejo nada... Chikusooo!!!

- Isuzu-sama, onde você está?!

- Agora você morre... AIII!!!

- Senseii!!

Isuzu, sem saber o que fazer, bateu sua foice no vento, numa tola tentativa de se defender de qualquer tipo de ataque.

A fumaça, lentamente, começou a se dissipar, tornando a visão dos ninjas clara novamente.

Isuzu assustou-se ao ver o que fizera.

A foice que utilizava era uma foice especial, que não cortava carne. Cortava a alma.

E, infelizmente, ou talvez até felizmente, Isuzu havia atravessado sua sensei com aquela foice.

Lentamente Hana caía no chão, com uma expressão de dor em seu rosto.

 

[. . .]

 

- Você pode até ter me derrotado, Uchiha... Mas esta guerra você não venceu.

Logo após pronunciar essas palavras, Zahku fechou seus olhos para um sono eterno. Havia sido atingido por um chidori de Sasuke bem no coração.

Só após ouvir isso que Sasuke se deu conta de que sua barreira se desfazia e que seus bunshins haviam desaparecido.

- Ei, o que está acontecendo? Porque meus bunshins sumiram???

Todos os ninjas de Konoha olhavam para Sasuke, sem entender também.

Sasuke tentou se mover, e só então que sentiu uma forte dor no peito.

Olhou e viu que uma mini-espada havia sido cravada em seu peito, exatamente onde ficava seu coração.

- Garoto maldito! Como pôde? Eu teria um mundo...

Sasuke caía por terra. Cuspia muito sangue. Seu corpo tremia.

Que sensação era essa? Era a morte chegando? Será que Itachi havia sentido isso quando fora assassinado por suas próprias mãos?

De repente, tudo escurecera, e Sasuke sentia que seu jutsu de aprisionamento mental se desfazia. Já não enxergava mais.

Seus pensamentos já não eram mais ordenados, estavam confusos. Começava a delirar.

Por um instante, pensou ter ouvido a voz de seu irmão Itachi...

- Ita...chi...

Essas foram as últimas coisas pronunciadas por Sasuke, antes de morrer.

 

[~~]

 

- Isuzu-sama!

- Hana-sensei...

Isuzu não conseguia conter as lágrimas. Havia assassinado sua sensei!

Aproximava-se lentamente dela, e, quando estava ao lado, abaixou-se e tocou seu rosto.

- Hana...sensei...gomen...ne...

As lágrimas eram intermináveis. Isuzu não sabia o que fazer.

- Isu...zu..chan...

Hana, em seu último suspiro de vida, levantou sua mão e tocou Isuzu delicadamente no rosto.

- Hai, sensei... – Isuzu chorava como nunca havia chorado antes.

- Vo...cê... é uma... ótima kunoi...chi... Melhor... que eu! Ome...de...tou... minha... pupila.

Isuzu não sabia o que fazer. A pessoa que ela sempre considerou a melhor ninja do mundo acabara de falar que ela, Noku Isuzu, era melhor!

Shino, que observava tudo de bem perto, abaixou-se ao lado de Isuzu e limitou-se a abraçá-la, para confortá-la.

- O..brigada... Shino-kun...

Isuzu fechara com delicadeza os olhos de sua sensei... Não havia mais o que fazer, a alma dela havia sido arrancada.

Estava acabada aquela guerra.

 

[Algumas horas depois, na arena...]

Todos haviam retornado e retomado seus lugares na arena. Praticamente todos apresentavam algum tipo de ferimento, e todos, sem exceção, aparentavam tristeza e cansaço.

Isuzu, ao saber que Zahku também morrera, perdera toda a sanidade e começara a gritar feito louca e chorar ainda mais.

Se não fosse Shino para ampará-la, ninguém saberia do que ela seria capaz.

Konoha inteira, principalmente Naruto, chorava a morte de Sasuke, que era velado naquele instante, ao lado de Hana e Zahku.

Ele havia se tornado mal, mas era de Konoha. Havia sido criado ali, ao lado de todos. Querendo ou não, ele era um shinobi de Konohagakure no Sato!

Neji, que havia carregado Hinata e Hanabi para fora dali, agora abraçava Hinata, que chorava também. Chorava mais de felicidade por estar viva junto de sua família do que de tristeza.

- Cidadãos de Konoha – dizia Tsunade, para a multidão. – Hoje, perdemos mais um dos nossos ninjas, junto de dois outros excelentes ninjas. Este ninja que perdemos era nukenin daqui, mas, mesmo assim, pertencia a esta grande família chamada Konoha. Como dizia nosso falecido Sandaime: “Onde as folhas das árvores dançam, uma sempre encontrará as chamas... Então o reflexo das chamas iluminará a vila e, mais uma vez, as folhas das árvores renascerão...”, então, devemos nos unir mais uma vez, como uma grande família, e reconstruir essa vila, que há muitos anos atrás foi fundada por dois queridos Hokages... Shodaime, e Nidaime... Vamos manter nosso Fogo da Juventude... Por favor, quem precisar, siga ao hospital. Os demais, sigam até suas casas... Gomenasai.

Tsunade não aguentara. Aquilo era culpa sua! Aquela destruição era culpa sua. Se ela tivesse parado Sasuke, nada disso teria acontecido. Ela saíra da arena amparada por Jiraya, já que não conseguia andar sozinha. Estava muito abatida.

 

Lentamente, todos os moradores se retiraram. Não foi diferente com os shinobis que prestaram o exame.

Hinata, por causa do cansaço, desmaiara, junto de Hanabi.

Neji carregava Hinata e Hiashi, Hanabi.

Os dois também estavam cansados, e precisavam de um longo e relaxante banho.

Quando chegaram ao clã, Hiashi apenas disse a Neji que colocasse Hinata na cama, e que fosse descansar também, porque no dia seguinte, eles iriam descobrir se Hinata havia passado ou não no exame.

Neji, obedecendo às ordens de Hiashi, colocou Hinata na cama e a cobriu. Estava tão cansado, que acabou desmaiando ao lado de Hinata na cama.

 

[No dia seguinte...]

- Hinata! Hinata!!

Hiashi estava encostado na porta do quarto de sua filha, desesperado. Havia passado no quarto de Neji, para chamá-lo, e a cama estava intacta!

Hinata ainda dormia, como um anjo. Tanto ela quanto Neji. Os dois estavam muito cansados, e, por causa da exaustão, não tinham forças nem para acordar.

Hiashi, estranhando o fato de sua filha ainda não ter acordado, entrou no quarto, estranhando mais ainda o fato da porta não estar trancada.

Ao entrar, o susto foi maior ainda. Neji estava deitado junto de Hinata, ao lado dela, porém, descoberto, e com a mesma roupa que usava quando retornara para o clã, na noite anterior.

Hiashi, mesmo achando que isso era um forte indício de que um gostava do outro, chegou à conclusão de que Neji estava exausto quando colocou Hinata na cama, e acabou dormindo ali.

Para evitar um constrangimento maior, pegou Neji no colo e o levou para seu quarto.

Logo em seguida, voltou ao quarto de Hinata, e viu que a herdeira não levantaria tão cedo. Por sorte, os novos jounins só seriam anunciados de tarde. Hiashi resolveu então mudar seus planos. Independente do fato de Hinata ter se graduado ou não, casaria sua filha. Mesmo que ela se graduasse, deveria se casar para assumir o clã aos dezoito anos, por regras do clã. Não importasse como, casaria aqueles dois.

Foi então até a sala do Conselheiro Chefe, onde agendou uma reunião para a meia hora seguinte.

Numa questão de cinco minutos, todos os membros do Conselho estavam reunidos na sala de reunião, esperando Hiashi se pronunciar.

- Bom dia à todos. Os convoquei para informar uma mudança nos planos. Em nossa última reunião, eu havia sido ameaçado de ter minha primogênita mandada para a Bunke, caso não se tornasse capaz de assumir o clã, não se graduando Jounin. Foi me dada a oportunidade de remediar isso, visto que os senhores não acreditam na capacidade de minha filha. Acontece que, tenho quase certeza de que Hinata se graduou e, desejo que ela se case aos 17 anos, para assumir o clã. Como em todos os outros casos, os senhores escolhiam um noivo ou noiva Souke, para acompanhar os herdeiros. Acontece que, dessa vez, irei contrariar as regras.

- O que pensa em fazer, Hiashi? – disse o Conselheiro Chefe, encarando Hiashi.

- Pretendo casar minha filha, visando a felicidade dela. Por enquanto, é só. Quando passar o aniversário de quinze anos de minha filha, quero outra reunião, para informar minha decisão definitiva. Esta reunião está terminada, com licença.

Hiashi se retirou da sala, deixando todos pasmos.

- Quem ele pensa que é? – perguntou um dos conselheiros.

- Acho que ele pretende unificar o clã! – disse outro.

- Isso não acontecerá. De acordo com as regras seculares do clã Hyuuga, uma Souke herdeira só deve se casar com um Bunke, caso engravide deste e, mesmo assim, não pode ser um Bunke qualquer. – Disse o Conselheiro Chefe.

- Só se for um Bunke Principal... Então estamos em vantagem! O único bunke que se encaixaria nessa descrição é Hyuuga Neji, o herdeiro da Ramificação. Hiashi jamais os casaria. Ele a odeia, e é primo dela. Então, a possibilidade do clã ser unido é praticamente zero! – concluiu um outro conselheiro.

- Exato. – Disse o Conselheiro Chefe.

- Então, a reunião está encerrada. – disse um dos conselheiros.

Logo em seguida, um a um, os Hyuugas saíam da sala, satisfeitos com a reunião.

 

Hiashi, após sair da sala de reunião, foi até o quarto de Neji acordá-lo, pois estava quase na hora da divulgação dos novos Jounins.

Neji, por estar dormindo há muito tempo, acordou rapidamente, e bem disposto.

Tomou um banho, e logo em seguida foi até a sala de jantar, tomar o desjejum junto de seu tio e suas primas.

Ao chegar lá, notou que apenas Hanabi se alimentava.

- Hanabi-sama, onde estão Hinata-sama e Hiashi-sama?

- O tou-san saiu... Foi falar sei lá o quê com a Hokage... A Hina onee-san ainda não levantou... Vai lá chamar ela, porque daqui a pouco a gente tem que ir pra arena.

- Hai...

Neji seguiu em direção ao quarto de Hinata e, quando abriu a porta, foi que se deu conta: Como fora parar em seu quarto?

Ele se lembrava de ter levado Hinata até a cama, e só. Será que estava ficando louco?

Neji, para evitar pensar em besteira, balançou Hinata delicadamente, para acordá-la.

- Hinata-sama, Hinata-sama... Acorde! Devemos nos alimentar pra ir até a arena...

- Nhaaa nii-san... Só mais cinco minutos... – disse Hinata, virando para o lado e bocejando.

- Não. Levante Hinata-sama senão...

- Senão o quê?

Hinata não resistira. Levantara e agora encarava seu primo bem de perto, olhando-o na profundeza de seus belos orbes brancos.

Neji estava pasmo. Hinata estava a cerca de dois centímetros de distância de seu rosto, e sorria! Aquela Hyuuga estava muito diferente...

- Se-se-não...

Hinata distanciou-se de Neji e riu.

- Deu pra gaguejar agora Neji nii-san? Você está bem diferente...

- Hinata-sama, com licença. Eu sequer deveria estar aqui.

Neji levantou-se e saiu do quarto, muito corado.

Hinata arrependeu-se, por ter deixado seu primo tão sem jeito, mas não resistira. Amava-o, e queria se certificar de que o sentimento era recíproco. Pelo jeito... Era...

Hinata tomou um rápido banho e, quando chegou à sala de jantar, não encontrou ninguém.

Saiu então em direção à arena, pois já estava atrasada.

Chegando lá, viu que os portões ainda estavam fechados e que seus amigos estavam parados ali em frente.

- Boa tarde... O que está acontecendo aqui?

- Yo Hina-chan! Não sabemos! Os civis entraram, mas barraram a gente.

- Eu acho que eles vão aprontar algo...

Logo após Sakura dizer isso, os portões se abriram, permitindo a entrada dos seis finalistas.

 

Quando entraram, notaram que a arena ainda estava muito destruída, e que lugares haviam sido improvisados.

Isuzu encontrava-se no centro da arena, com uma expressão muito triste no rosto. Todos trajavam preto, e Tsunade estava no mesmo lugar em que estivera no início do torneio, ao lado de Jiraya, que a amparava e estava no lugar onde antes estivera Gaara.

- Boa tarde. – a voz de Isuzu transparecia muito sua tristeza. Shino, ao vê-la daquele jeito, alterou sua expressão imediatamente. De sério mudou pra algo que consolasse e desse forças à jovem kunoichi. – Pelas regras, deveríamos reiniciar o torneio Jounin agora, visto que o mesmo foi interrompido pela invasão de Uchiha Sasuke. – Nesse momento, pela tom de voz, parecia que Isuzu começaria a chorar. Ela olhou por alguns segundos o rosto de Shino, respirou fundo, e continuou – Mas, após uma reunião com os julgadores, chegamos à conclusão de que tal atitude é desnecessária. Vocês lutaram bravamente por sua vila, correndo um risco muito grande de morrer. Provaram que são dignos de serem chamados de Jounins. Eu, Noku Isuzu, julgadora do Jounin Shiken de Konohagakure no Sato, declaro vocês seis, Jounins de agora em diante.

 

Nesse instante toda a multidão se levantou, e aplaudiu. Isuzu, logo em seguida, se retirou, escondendo o rosto. Shino seguiu-a, já imaginando o porque dessa atitude vinda de Isuzu.

Kiba se vangloriava e rodava feito louco com Akamaru, comemorando.

Naruto, para cumprir sua promessa, pediu Sakura em namoro, que logo em seguida aceitou e deu um beijo mui caliente no loirinho.

Rock Lee não se continha de tanta felicidade. Corria, pulava, gritava... Teve um momento em que o garoto do Taijutsu se jogou na multidão, para abraçar Tenten.

Hinata, dentre todos, era a mais calma exteriormente. Por dentro a Hyuuga estava em frenesi. Procurava pela platéia sua família, em especial Neji. Infelizmente, encontrou apenas seu pai, sua irmã e os conselheiros.

Isso a entristeceu um pouco, mas não foi o suficiente para apagar a alegria imensa que sentia por ter provado ser capaz de herdar o clã.

Tsunade, vendo a felicidade de seus shinobis, levantou-se e pediu silêncio a todos.

- Agradeço à vocês, meus mais novos Jounins, pela força de vontade que mostraram durante a guerra. Dentre vários ninjas desta vila, vocês se destacaram e provaram ser dignos de serem chamados de shinobis. Ao se retirarem, dirijam-se ao meu escritório. Desejo conversar com cada um em particular.

Logo após dizer isso, Tsunade se retirou com Jiraya.

Sakura, que sentia-se envergonhada por ter beijado Naruto na frente de Konoha inteira, soltou seu namorado e saiu da arena, resmungando algo parecido com “contar algo pro Hyuuga”

Hinata, que desejava muito encontrar Neji, saiu da arena também.

Aos poucos todos se retiravam da arena.

 

[...]

- Sabe, Shino-kun... Eu gostava do Zahku... Meu sentimento por ele foi se apagando com o tempo, já que ele namorava a sensei... E, desapareceu por completo quando cheguei nessa vila...

Isuzu e Shino estavam escondidos na floresta. Isuzu havia saído da arena chorando, e Shino a seguira. Vendo a situação dela, Shino levou-a até aquele ponto escondido, onde ninguém os veria.

- Bom, não sei muito o que dizer... – Shino abraçava Isuzu, matendo-a aquecida em seus braços. Por um milagre, ele havia retirado o casaco, ficando apenas com a camisa de treino. Havia tirado o casaco para dá-lo a Isuzu, que estava com frio.

- E também tem a sensei... Eu a matei... Eu sou um monstro... – Isuzu chorava descontroladamente.

- Isuzu-chan... Quando me contou sobre sua sensei, eu tomei a liberdade de pesquisar sobre controle mental... Me desculpe dizer mas... Se Sasuke morresse, de qualquer forma, sua sensei morreria.

- Me-mes-mo?

- Sim.

- Obrigada, Shino-kun... Você tem sido um grande amigo.

- Não queria ser só isso...

- O que disse?

- Isuzu-chan, se não te perguntar isso agora, talvez nunca mais tenha essa oportunidade. Você pretende viver em Konoha, de agora em diante?

- Bom... Não tenho para onde ir... Nem com quem ficar... Por quê?

- Você gostaria de viver aqui em Konoha, comigo, sendo minha namorada? – Shino estava extremamente corado.

- Shino...kun...

- Por favor, seja sincera... No instante em que te vi, naquela ponte, meu coração disparou. Não sei como, mas tive a certeza de que era você a mulher com quem quero passar o resto de minha vida. Se não quiser, entenderei.

- Sabe... Quando te vi, notei que era diferente dos demais... – Isuzu falava olhando para o nada, como se tentasse lembrar de algo. – Notei que, você, era especial... por isso disse que quando entrei em Konoha, meu sentimento por Zahku havia se apagado. Porque comecei a gostar de você, garoto-inseto. Com toda a certeza, sim, eu quero ficar em Konoha, sendo sua namorada.

Shino sorria. Nunca em sua vida sentira tanta felicidade como naquele momento.

Isuzu limitou-se a levantar o rosto e beijar Shino, que ficara ainda mais corado.

Naquele instante, mais um casal era formado. O casal mais estranho possível, e ao mesmo tempo, o mais normal.     

 

[*---*]

 

Sakura andava por toda Konoha, atrás de Neji. Precisava muito falar com ele.

Já estava desistindo de encontrá-lo, quando notou que ele se dirigia à Floricultura Yamanaka. Sakura estranhou, mas aproveitou para pará-lo, antes que ele entrasse.

- Ei, Neji-kun! Preciso falar com você!

- Hãn... Ah, sim. Okay, Sakura-chan.

- Bom... Podemos ir para um lugar um pouco mais reservado? – Sakura não queria que mais ninguém escutasse.

- Erh... Podemos sim... Vamos até uma lanchonete? Te pago um rámen.

- Bom, não era esse tipo de lugar reservado que eu estava pensando, mas, vamos.

Sakura e Neji seguiram até o Ichiraku Rámen, onde conversavam calmamente, e baixo.

- Neji-kun, lembra-se de quando a Hinata-chan desmaiou, assim que o Naruto voltou?

- Sim.

- Então, ela chegou no hospital muito estranha. Falava palavras sem sentido, sem nexo nenhum. Lembro-me de poucas... Ela dizia algo como: nii-san, beijo, Hana-chan... Sinceramente não sei o que aconteceu antes disso, mas foi uma emoção muito forte. Não sei se vocês estão tendo um caso, ou algo parecido... Mas, tomem cuidado... Já ouvi diversas vezes o Kiba-kun dizendo que ia separar vocês. Está mais do que na cara que você gosta dela, então, tente esconder isso melhor. Agora, tenho que ir, o Naruto está me esperando. Boa sorte.

Sakura saiu, sem sequer tocar em seu rámen. Neji também não estava com fome, então decidiu abandonar o seu também. Pagou a conta e saiu, em direção à Floricultura. Lá, comprou um belo buquê, de flores variadas. Seguiu então em direção à cachoeira onde Hinata sempre se escondia... Não sabia porque, mas tinha certeza de que encontraria sua prima lá.

 

-- X –

 

Hinata, depois de sair da arena, andou por Konoha atrás de Neji e não o achou. Foi até o clã, e ele não estava lá. Decidiu então, ir até a cachoeira.

Chegando lá, notou que haviam passos marcados no chão. Seguiu-os, e encontrou Neji, encostado em uma árvore, escondendo algo nas costas.

- Olá, Hinata-sama, parabéns pela sua graduação!

- Arigato, onii-san... Mas, quem deve ser parabenizado é você! Você que me treinou, e me ensinou!

- Erh... Você está certa, mas, foi você quem lutou bravamente... então... Eu queria lhe dar um presente... Toma, são pra você...

Neji esticou o buquê para Hinata, que ficou maravilhada. Nunca recebera nada parecido de ninguém!

- Arigato onii-san! São lindas!

- Não mais do que você... – Neji corara ao falar isso.

- Bem... Melhor voltarmos ao clã ne?

- É, você está certa...

- Mas, antes, você também merece um presente.

Hinata colocou-se na ponta dos pés e beijou Neji.

- Erh... Ariga...to...

Neji ficara sem ação. Sua prima realmente havia mudado.

Hinata, após beijar Neji, seguiu em direção ao clã, deixando Neji pasmo.

- Ei, onii-san, não vem? – disse Hinata, rindo.

- Vou sim, me espere.

E os dois seguiram calmamente, até o clã, indo pela floresta.

Chegando no clã, Hinata pedira a Kin que colocasse as flores num vaso, e as levasse para seu quarto. Ela e Neji seguiram cada um para seu quarto, onde tomaram banho, e desceram para jantar, junto de Hiashi e Hanabi.

Enquanto jantavam, Hiashi olhava discretamente os dois.

- Hinata, minha filha... Já escolheu um parceiro para seu aniversário? Temos só mais uma semana.

- Erh... Tou-san... Ainda não... Tenho mesmo que escolher?

Hinata dissera isso apenas para disfarçar. Sua vontade era de chamar Neji, porém, talvez seu pai não gostasse.

- Bom, deve, senão o conselho escolhera por você. Aliás, já avise seus amigos! Na semana que vem já enviaremos os convites.

- Hai, tou-san.

- E, Neji, quero que escolha uma parceira também.

- Por que, Hiashi-sama? Sequer sou um Souke, não tenho direito de participar da cerimônia.

- Eu estou dizendo para escolher. Você é meu sobrinho, primo de Hinata e herdeiro Bunke. Deve comparecer sim. E, de qualquer forma, como seu pai não está mais vivo, quero que dance com Hinata. Ele deveria fazer isso... Mas, como morreu, você o representará.

- Hai...

- E, não se preocupe, que eu escolherei a roupa. Tanto sua, quanto de Hinata.

- Hai. – disseram os dois em uníssono.

Terminaram de jantar, e seguiram novamente para seus quartos.

 

-- X –

 

Hinata estava sentada em sua cama, pensando em quem convidar. Não podia chamar Neji, com certeza seu pai não aprovaria... Também não tinha mais ninguém para chamar...

Se chamasse Kiba, Neji ficaria nervoso.

Se chamasse Naruto, arrumaria uma grande encrenca com Sakura.

Se chamasse Lee, Tenten ficaria com ciúmes.

Se chamasse Shino... Ele com certeza recusaria, afinal, iria com Isuzu.

Se chamasse Shikamaru, iria sentir a fúria de Temari.

Se chamasse Chouji, bem, ele não é o que pode-se chamar de “par perfeito”.

Ela não tinha escolhas, a não ser deixar que o conselho escolhesse.

Queria muito que fosse Neji o escolhido, porém, tinha quase certeza de que isso era impossível.

Após algumas horas pensando, Hinata adormecera.

 

-- X –

 

Uma semana se passou. Hinata ensaiava com Neji, visto que só conheceria seu parceiro no dia de sua festa. Todos os seus amigos foram convidados, e praticamente toda Konoha também. Muitos ninjas importantes de outras vilas também compareceriam. Seu pai havia escolhido um belo vestido de debutante branco, com alguns detalhes em lilás. Não sabia a roupa que Neji usaria... Seu pai não havia lhe contado.

Um mês se passou, e o grande dia chegou. Hinata prendera os cabelos num belo coque, e deixara alguns poucos fios soltos, realçando a cor de seus olhos. Usava uma maquiagem clara, porém, chamativa, que a deixava extremamente bonita. Estava em seu quarto, esperando a hora de sair, e encontrar seu misterioso parceiro. Todos os seus amigos já se encontravam no clã, apenas esperando por Hinata.

 

Neji estava em seu quarto, usando um belo terno preto, com uma camisa branca em baixo. Estava com seu cabelo preso, em um rabo de cavalo baixo. Estava muito bonito, e também muito perfumado. Havia comprado um presente para Hinata, que entregaria assim que todos fossem embora... Havia comprado um belo par de alianças. Queria muito saber quem era o parceiro de Hinata. Não havia escolhido uma companheira, pois disse a Hiashi que preferia permanecer sozinho, ou até mesmo dançar com Hanabi. Hiashi lhe dissera que não havia problema, pelo contrário, até achava interessante a atitude dele.

- Neji-san? Hiashi-sama está ordenando que siga até às escadas, está na hora.

- Hai Kin, arigato.

E assim Neji foi, andando calmamente até as escadas.

 

***

 

- Hinata-sama? Seu pai ordena que siga até as escadas, onde encontrará seu par.

- Hai Kin, domo arigato.

É agora... Quem será o escolhido?”


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