Say You Miss Me escrita por Downpour


Capítulo 11
Parte XI - Awake


Notas iniciais do capítulo

Hey, me perdoem pela demora.
Devo admitir que esse capítulo foi muito difícil de escrever, eu já tinha todo ele em mente, mas eu realmente precisei de um dia meio nublado para poder escrevê-lo. Não acho que este também seja o melhor capítulo que já escrevi, mas fico contente por ter finalizado todo este arco entre a Hee e o pai dela e a Hee e o Jin. Eu comecei a escrever essa história em junho, e me contenta muito saber que eu finalmente estou terminando. Agora falta apenas o epílogo, que creio que eu não vá ser maior que este capítulo.
Quero agradecer as pessoas que estão acompanhando, mesmo que fantasmas, e principalmente as pessoas que comentaram, recomendaram e favoritaram. Muito obrigada mesmo por ter lido essa fanfic!
Boa leitura!



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Bangtan Boys

Say You Miss Me

Parte XI (Final) - Awake

 

“Quero permanecer

Quero sonhar mais

Mesmo assim

Sei que está na hora de ir.”

 

YoungHee vestia seu melhor casaco, um moletom vinho, calças jeans e botas pretas. Seu rosto estava perfeitamente maquiado para aquele encontro.Segurava uma taça de champanhe enquanto observava outras pessoas comerem sorridentes e acompanhadas, enquanto novamente ela estava sozinha com uma garrafa de champanhe. Suspirou ao perceber os olhares das pessoas nela, era raro alguém ir comer sozinho. Olhou para a tela de seu celular e resolveu se entreter conversando com Kira por mensagem de texto, evitou mencionar que estava esperando pelo namorado novamente. Checou sua maquiagem feita minuciosamente e mesmo assim ele não chegava.

Se tinha algo que ela realmente detestava era esperar.

Levantou-se depois de dar um longo suspiro, já desistindo de permanecer naquele restaurante. Sabia que SeokJin provavelmente ficaria magoado com ela por ter saído sem sequer notificá-lo. Começou a andar pelas ruas próximas ao restaurante enquanto algumas gotas de chuvas começavam a molhar seu casaco, afundou-se em seu casaco e sentiu-se aquecida naquela noite fria. Preferiu não abrir sua bolsa e abrir seu guarda chuva, queria sentir as gotas de chuva em seu rosto.

Andava sem rumo pela cidade sem se preocupar quando escurecia, apenas ouvindo conversas de pessoas na rua murmurando se talvez ela fosse a garota do drama tão bem reconhecido que tinha participado, ou se era apenas parecida com a atriz. Tinha se acostumado com os olhares curiosos, pessoas querendo tirar fotos ou até mesmo jornalistas quando saía em plena luz do dia. Mas naquele momento tudo o que ela queria era um pouco de paz.

Sentia que seu estômago não demoraria para implorar por comida, então parou para comprar um café comum. Não estava com vontade de comer, mais tarde ela faria qualquer coisa para comer quando chegasse em casa. Sentou-se no banco de um parque observando algumas crianças brincarem, algumas adolescentes cochichavam entre si seus segredos e senhoras lendo seus livros tranquilamente. Perguntava-se como era viver sem preocupações, já que não se lembrava mais dessa época. Sorriu ao ver as crianças rindo e brincando, talvez se em algum ela fosse mãe, daria ao seu filho a infância repleta de alegria e brincadeiras que ela não pode ter.

— Posso me sentar aqui? — foi surpreendida por um voz incrivelmente familiar, deparou-se com um rapaz alto de boné e máscara. Sorriu quando o reconheceu.

— Jin. — disse com um sorriso, tentou evitar demonstrar que conseguiu perceber seus olhos vermelhos que provavelmente indicava que ele tinha andado chorando. Algo lhe dizia que ele não tinha boas notícias dessa vez. —Me desculpe, eu saí do restaurante.

O rapaz abaixou a cabeça e se sentou ao lado da namorada, respirou fundo algumas vezes antes de tentar falar alguma coisa. Detestava aquilo, desde quando tinham terminados as gravações sua agenda tinha ficado completamente lotada de um dia para o outro, era como se o destino não quisesse que ambos pudessem se ver ao menos uma vez por semana. Aquilo o magoava imensamente, porque queria apenas ser um namorado perfeito para ela.

— Está tudo bem? — Hee perguntou preocupada ao perceber que o namorado não tinha falado nada até então, entrelaçou sua mão com a dele, tentando lhe transmitir alguma segurança.



“Essa é minha verdade

Ficarei coberto com ferimentos

Mas é o meu destino

É o meu destino

Mesmo assim, quero me esforçar e lutar”




— Me desculpe, me perdoe por tudo isso que está acontecendo, eu não sei nem por onde começar… —sussurrou com a voz rouca, controlando-se para não chorar. Foram raras as vezes que YoungHee tinha lhe visto chorar, sempre tentava mostrar a ela seu lado forte.

— Você sabe que não é de todo sua culpa. — disse com a voz calma acariciando a mão do rapaz, apesar de todos os problemas que estavam passando, YoungHee ainda tinha seu típico olhar apaixonado de adolescente ao olhar em seus olhos. A cada dia surpreendia-se com os efeitos que Kim SeokJin lhe causava, em como a saudade que sentia dele atormentava cada vez mais o seu coração, e mesmo assim quando ele voltava, sentia que seu mundo preto e branco tinha tornado a ficar colorido. — Vem, vamos para algum lugar mais reservado.

Os dois se levantaram de mãos dadas e seguiram para um canto do parque onde ninguém escutaria a conversa dos dois, ou tiraria fotos. Sentaram-se em um outro banco e encararam-se com sorrisos tristes, como se já soubessem o que os esperava.

— Eu…

— Não fale nada — YoungHee pediu com os olhos cintilando, não queria ouvir aquilo naquele momento, queria apenas desfrutar o fato de ele estar ali, ao seu lado, depois de três longas semanas sem contato algum. Queria sentir novamente a forma que seu coração parecia se derreter quando ele abraçava, queria sentir a adrenalina de seu beijo.

Não esperou que ele fizesse alguma coisa, beijou desesperadamente, sentindo o corpo dele estremecer próximo ao dela. Seok parecia receoso sobre alguém poder ver a cena, mas logo deixou-se levar, não conseguindo resistir a garota depois de tanto tempo que não a tinha encontrado. Puxou-a para mais perto enquanto se perdia em seu beijo, até um ponto onde não haviam distância entre os dois. Quando ela sentiu a necessidade de ar, ele começou a fazer um trilha de beijos por seu pescoço.

— Eu senti sua falta. — ela sussurrou em seu ouvido, não conseguindo controlar uma lágrima escorrer pelo seu rosto. Incapaz de responder alguma coisa, ele  apenas puxou a garota para si em um abraço.



“Nos meus tempos felizes, me pergunto:

"Você, você realmente está bem?"

Oh não

Eu respondo que não, estou com tanto medo

Mesmo assim seguro firme as seis flores em minhas mãos

Eu, eu apenas estou seguindo meu caminho.”




[...]




YoungHee acordou com a luz do sol entrando em seu quarto, fechou os olhos até que pudesse se acostumar totalmente com a claridade do local. Forçou sua memória, e vagamente lembrou-se de Jin. Procurou o rapaz pela cama mas não o encontrou, franziu a testa enquanto se enrolava na coberta e dirigia-se para a cozinha, sentia o cheiro de sopa de algas e onigiri pela casa. Sorriu com a ideia de seu namorado estar cozinhando algo para ela, procurou-o por todo o apartamento e não o encontrou. Sentiu uma sensação de tristeza se apossar dela, como se algo estivesse faltando.

Sentou-se a mesa da cozinha e encontrou um almoço feito inteiramente para ela e um bilhete ao lado de seu prato.



“Bom dia jagiya, espero que tenha dormido bem.

Você disse anteriormente que nunca tinha provado uma comida minha, bem, agora você pode confirmar minhas notórias habilidades na cozinha.

Sinto lhe dizer, dessa vez demorarei a voltar,

peço por favor que não espere por mim.

 

Eu te amo.

 

Kim SeokJin”




Lágrimas escorriam-lhe pelo rosto, parecia então que tinham voltado ao começo de tudo, pensou com um sorriso triste. Secou as lágrimas com a palma da mão, ainda sentindo o cheiro dele por toda a casa e suspirou ao olhar para a comida na mesa.

Independente do que ele queria, YoungHee esperaria por ele.






[...]



“Talvez eu nunca possa voar

Eu não posso voar como as pétalas de flor no ar

Ou como se eu tivesse asas”



— Kim Seokjin veio conversar comigo, — o homem engravatado comentou enquanto tomava um gole de soju — ele fez exatamente o que pedimos, se distanciou da garota.

— Então devo acreditar que não temos mais o quê temer, — comentou o outro homem observando seu hoobae beber tranquilamente — quero dizer, demos para a garota a oportunidade que ela ansiava para conquistar seus sonhos e demos  a SeokJin a carreira de seus sonhos. Ambos não terão mais como se encontrar por conta de suas agendas cheias.

O outro assentiu levemente com a cabeça.

— Oh sim, agora as fãs não ficaram desconfiadas do relacionamentos dos dois e Jin poderá focar única e exclusivamente em sua carreira. — confirmou erguendo seu copo para brindar À aquele momento.






[...]





“Talvez eu nunca possa tocar o céu

Mesmo assim quero estender minha mão

Quero correr

Só mais um pouco”




Um sorriso triste tomou conta do rosto de YoungHee enquanto ela se abaixava para colocar tulipas no túmulo de seu pai, sentia  as lágrimas querendo descer, mas controlou-se. Aquelas eram as flores favoritas de seu pai, sabia que no fundo ele estaria sorrindo agradecido do outro lado para ela por estar fazendo isso.

— Appa, faz muito tempo que eu não o vejo mais, — murmurou cabisbaixa com a voz falhando — eu me distanciei para seguir meus sonhos e deixei minha família de lado, me desculpe.

Algumas lágrimas a esse ponto já lhe desciam pelo rosto, mas ela não as impediu de descer, podendo finalmente compreender que precisava chorar, chorar tudo o que seu corpo aguentasse para que finalmente pudesse deixar aquela dor ir embora.

— Sabe, eu encontrei Daniel recentemente, e ele me contou bastante sobre o senhor. — ela sussurrou com a voz fraca e com um leve sorriso em seus lábios — Dan me disse que o senhor procurou ajuda, — um soluço escapou de sua boca, não sabia se chorava por estar triste ou por estar feliz, jamais imaginaria que seu pai fosse olhar para trás, mas ele olhou,  por ela. — Me disseram que o senhor estava melhorando cada vez mais, você se sentiu culpado por eu ter saído de casa e resolveu ser um pai melhor. Ele me disse também que você correu atrás do seu casamento com a mamãe. As coisas estavam indo bem, — cobriu seu rosto com as mãos e se ajoelhou diante do túmulo de seu pai, sentindo-se incapaz de se manter em pé enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto pingando na grama. — até o senhor adoecer e acabar por falecer, sem conseguir ter mamãe de volta e sem se desculpar comigo e com meu irmão.

Abaixou a cabeça deixando que toda aquela dor que a consumia todos aqueles anos esvaísse de seu corpo em lágrimas e soluços, juntou suas mãos tremendo.

— Eu te perdoo appa, te perdoo porque reconheço que você tentou embora a morte não tenha lhe permitido continuar. Fico imensamente agradecida pelo senhor ter tentado mudar por nós. Ainda tenhos feridas abertas da minha infância e adolescência, mas eu jamais conseguiria lhe odiar apesar de tudo. Eu te amo pai, me desculpe por ter falado isso quando era tarde demais. Me desculpe por não ter falado isso antes de você começar a beber quando os negócios da empresa iam mal, me desculpe por não tê-lo impedido de se afogar nesse vício. — tirou uma mecha de cabelo de seu rosto olhando para a nome de seu pai gravado no túmulo — O senhor pode não ter sido o melhor pai do mundo, mas eu também não fui a melhor filha também. Espero um dia encontrar você do outro lado, appa.


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Notas finais do capítulo

Hoobae - alguém em um nível abaixo de você em um local de trabalho.
Tulipas brancas - significam perdão.

Bem, espero não ter magoado vocês com este capítulo
Já estou escrevendo o primeiro capítulo de uma fanfic nova, com o Jimin (que anteriormente seria com o Yoongi uhasuah), não queria falar muito sobre ela, mas vou dizer que se trata de "fantasmas"/ almas perdidas que vagam pelo planeta xD Assim que eu postar a fanfic, provavelmente antes de enviar o epílogo, eu irei liberar o link por aqui ♥
Acho que é isso, muito obrigada novamente!~



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