Say You Miss Me escrita por Downpour


Capítulo 10
Parte X - Stigma


Notas iniciais do capítulo

Olá, feliz ano novo atrasado!
Me desculpem pela demora, de vdd. Não sei pq nada que eu estava/estou escrevendo está "rendendo" e nem me agradando tanto como deveria, por isso eu fiquei todo esse tempo fora. Resolvi não ler fic nenhuma enquanto eu não focasse em escrever um capítulo, então eu sentei e me forcei a terminar esse capítulo e aqui estamos hausha
Quero pedir desculpas a quem eu não respondi ainda, mas pode ter certeza que eu vou responder comentário por comentário. Me deixou mto feliz saber que mesmo eu não estão completamente contente com a fic ainda tem gente lendo e comentando na minha ausência ♥
Estamos quaase no final, creio eu que o próximo venha a ser o último e depois tenha um epílogo, estou contente por estar terminando esse projeto que eu comecei a escrever em julho.
Estou planejando minhas próximas fanfics, não sei se vocês vão gostar dos projetos que tenho em mente, mas vou escrever pelo menos uns oito capítulos antes de postar. Para que eu tenha um capítulo extra quando não conseguir escrever nada que me agrade como dessa vez uhasuha
Muito obrigada por você que ainda está lendo, saranghae ♥
E muito obrigada mesmoo a Army por ter recomendado a fanfic, espero que goste do capítulo amora, saranghae você ♥



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Bangtan Boys - Jin

Say You Miss Me

Parte X - Stigma



“Agora chore, é só que eu realmente lamento muito por você

Mais uma vez, chore, porque eu não consegui protegê-la.”




Os dias passaram voando, e ela não podia se sentir mais feliz por fazer o que gosta com a pessoa pela qual era apaixonada. Quando chegava em seu apartamento e acessava suas redes sociais, não se surpreendia ao ver uma enorme quantidade de xingamentos de fãs. Por vários momentos sentia-se uma intrusa na vida de SeokJin, sabia que suas fãs não aceitariam o relacionamento, então optaram por se encontrarem em segredo. Os dois sabiam que depois de longos anos não conseguiriam mais guardar os sentimentos que nutriam, então simplesmente continuaram às escondidas. Jin a puxava em um canto isolado no set, era um dos poucos momentos que eles poderiam rir e conversar tranquilamente sem se preocupar com as pessoas ao seu redor.

Seus primeiros encontros eram repletos de risadas e beijos, foram à parques e restaurantes sempre bem isolados com máscaras e bonés. Mas mesmo assim, apesar de precisarem se esconder, sentiam-se felizes por estarem juntos. Até a agenda de Jin se apertar.

— Você não precisa me prometer nada, — YoungHee disse com um sorriso triste enquanto Jin se apoiava no banco do carro — eu compreendo que seja difícil se encontrar comigo enquanto você tem uma agenda tão cheia. Não irei te culpar por isso.

O rapaz suspirou encarando a namorada silenciosamente. Conseguia ver que no fundo ela estava triste em dizer aquilo, mas não queria força-lo a jogar tudo para o ar e ficar apenas com ela. Afinal, ela tinha o apoiado desde sempre, não o surpreendia que ela ainda o apoiasse como antes.

— Eu só acho que você deveria ter um cara que não precisa se esconder para sair contigo. — suspirou fechando os olhos, doía no seu orgulho admitir que não estava sendo bom o suficiente para ela, que sua agenda não permitia estar sempre ao lado dela.

Surpreendeu-se quando ouviu a risada dela.

— Aigo, — ela bagunçou os cabelos de Jin sorrindo, embora seus olhos lacrimejassem — o senhor por acaso conhece um aplicativo chamado facetime? Tem o line também…

Seok abriu os olhos e riu dela, de algum modo Hee estava certa.

— Independentemente do relacionamento que teremos, amiga ou namorada, eu não vou te perder de vista por tão cedo. — YoungHee cruzou os braços fazendo uma careta — Jamais abandonaria alguém que faz o melhor tchan pong que eu já comi.

— Então você está comigo pelas minhas habilidades na cozinha? — ele ergueu a sobrancelha e ela apenas sorriu, — estou exigindo uma resposta, em três, dois, um!

Inclinou-se na direção dela e começou um ataque de cócegas, Young-Hee não pode fazer nada além de rir e tentar se desvencilhar dos braços de Jin. Não conseguia negar que não se veria nunca mais nos braços de alguém que não fosse ele, era justamente isso que ela temia, porque sabia que não existia ninguém para ela que não fosse ele. Sorriu para o rapaz fazendo-lhe cócegas tentando afastar seus pensamentos.

As gravações do drama iam bem, e embora ela lesse algumas mensagens de ódio todo dia, deparava-se com bastante elogios, era difícil para ela reconhecer mas as mensagens de ódio se fixavam em sua mente mais facilmente que as demais. Pegava-se divagando se ela realmente merecia SeokJin como tinham lhe dito para ela, olhava sua pele morena no espelho, tal qual ela nunca tinha achado problemas, e se perguntava se sua pele realmente era boa. Sempre tentava afastar aqueles pensamentos de sua cabeça, se tinha engordado, se sua pele era escura demais, se sua voz não era irritante demais. Por quê aquilo tinha começado a passar por sua cabeça tão repentinamente? Costumava estar tão feliz consigo mesma antes de ler aquelas mensagens, já agora nada em seu guarda roupa a agradava.

Pediu para Jin que não revelasse sobre o namoro, procurou não dar explicações do porquê para ele que concordou estranhando a atitude. Resolveu se desativar um pouco de suas redes sociais, ficado apenas em casa. Vestindo o que queria vestir, comendo o que queria comer, se maquiando como queria se maquiar. Demorou muito tempo para perceber o como aquelas mensagens afetavam seu psicológico, mas seu dia preto e branco parecia ganhar cores quando Seok dizia abobado o quão linda ela estava. Apesar de tudo as pequenas coisas que a faziam sorrir permaneciam, sentia-se contente.

Nunca tinha falado em voz alta, mas no fundo sabia que o amava profundamente.

Seus olhares se encontraram novamente, embora quisesse dizer em alto e bom tom.

YoungHee apenas sorriu, querendo que ele interpretasse o significado de seu sorriso.







[...]






Estava sentada naquela mesa a mais de meia hora e não tinha pedido nada, felizmente tinha vista para a janela podendo observar os casais andarem felizes na rua conversando com roupas iguais. Suspirou fraco ao ver uma garota sorria apaixonadamente para o namorado que segurava sua mochila, devia ser bom pode demonstrar seu amor em público sem ser julgado. Alguns casais davam as mãos acanhados, outros riam alto.

Hee deu um segundo gole na taça de champanhe na mesa continuando a observar a janela melancólica, não era a primeira vez que SeokJin se atrasava para um encontro e nem a última. Era como se se o Universo não queria que ele a encontrasse, sempre colocando vários compromissos justamente no horário marcado com antecedência. Iriam comemorar os cem dias de namoro, mas não parecia que aquela comemoração seria naquele dia. Já fazia uma semana que via o rosto do namorado apenas pelo facetime.

Não queria e nem podia culpa-lo, era apenas o sonho dele. Sua carreira sempre viria em primeiro lugar. Sorriu triste por não ter pensando nas consequências do relacionamento ou por não ter se afastado antes, hora ou outra isso iria acontecer e ela não poderia evitar. Só estava com a cabeça cheia de problemas e exausta demais para lidar com mais um deles.

Não brigava com ele pelos atrasos e nem comentava nada, as vezes Jin estava tão ocupado que não podia lhe mandar uma mensagem de bom dia ou boa noite. Quando um dos dois viajavam a trabalho nunca tinham tempo para se despedir, era pouco o tempo que tinham para conversar online, pior ainda na vida real. Sentia-se pior ao apenas receber notícias dele por fansites.

— A senhorita está comendo sozinha? — um rapaz que usava o uniforme dos demais garçons do restaurante sorriu torto para ela.

YoungHee corou, nos Estados Unidos tinha o grande hábito de sair para comer sozinha, mas na Coréia não pois sabia que receberia olhares tortos. Era muito raro alguém comer sozinho em um restaurante.

— Estou esperando alguém, mas acho que esse alguém não vai chegar por tão cedo. — suspirou triste, não lhe adiantaria chorar, apenas esperar que as promoções dele acabassem e os dois pudessem se ver, mesmo que escondidos.

— Posso sentar para fazer-lhe companhia, YoungHee-ssi? — o rapaz perguntou com um sorriso doce, o que fez ela franzir a testa.

— Hm, sim. Como você sabe o meu nome? — perguntou deixando a taça de vinho sobre a mesa, observando os olhos castanhos do rapaz curiosamente.

— Você não deve se lembrar mais de mim, Daniel. Sou filho do melhor amigo do seu pai. — ele apontou para o cardápio do restaurante com o sobrenome da família de Daniel estampado, eram os donos do lugar. — Nós costumávamos jantar juntos.

YoungHee colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha curiosa, logo lembrou-se de alguns jantares que ela sempre evitar ir. Jantares de negócios da sua família, onde seu pai lhe apresentava alguns sócios da empresa dos Lee. Vagamente a lembrança de Daniel, um rapaz bem arrumado com um sorriso travesso apareceu em sua mente.

— Oh, sim me lembro de você. — disse com um meio sorriso.

— Isso é realmente uma coincidência, anos atrás seu pai me pediu para conversar contigo, sabe, antes dele…

— Morrer? — Hee perguntou sem expressões faciais, sentia uma grande confusão quando se tratava sobre seu pai.

— Oh, sim… — ele desviou o olhar — o Senhor Lee pediu para que me encontrasse com você, e finalmente te achei depois de ter te procurado por dois longos anos.

Pensou em apenas manter sua boca quieta, poderia conter sua frustração com o seu pai para sempre e fingiria que estava tudo bem sobre isso. Contudo, a curiosidade de saber o quê seu pai gostaria de lhe dizer depois de todos aqueles anos era tentadora.

— Você poderia me dizer? — perguntou mordendo a bochecha, pergunta-se mentalmente se aquela era uma boa escolha, não queria lembrar do homem nervoso que andava por sua casa segurando uma garrafa de soju furiosamente.

— É uma longa história, o senhor Lee me disse que tudo começou quando a empresa começou a ter complicações…







[...]




YoungHee analisava Kira enquanto a mesma tagarelava alegremente tomando seu milkshake, invejava  a amiga por ser tão bonita. Especialmente naquele dia a pele negra de Kira não tinha nenhuma marca ou espinha, seus olhos castanhos claros levemente puxados eram sorridentes e marcados por delineador e seus lábios carnudos eram muito bem desenhados por um batom vermelho. Desde que a amiga tinha chegado na Coréia para passar as férias perto dela, Hee tinha percebido o quanto tinha sentido sua falta, nem que sequer fosse para falar sobre como ela tinha batido o pé na cômoda de seu quarto.

— Você está numa situação bem complicada. — comentou olhando para a mais nova.

— O quê você acha que eu deveria fazer?

— Primeiro de tudo? — Kira olhou seu canudinho pensativa — Visite o túmulo do seu pai, manter a sua raiva por ele depois de tudo que este tal Daniel te falou não vai ser saudável, e já estava a tempo de tu fazer isso. Assim que você estiver confortável com isso, sente e converse com seu namorado sobre vocês tentarem se ver mais para suprir a sua carência. Ele também deve sentir a sua falta.

YoungHee sorriu para a amiga a abraçando de lado.

— O quê eu faria sem os seus conselhos unnie? — disse melosa.

— Você não está atrasada para as gravações? — Kira perguntou rindo enquanto bagunçava os cabelos da menor — Ande logo.

— Tudo bem, me ligue mais tarde, vamos sair para comer qualquer coisa. — Hee se despediu com um sorriso e se dirigiu até seu carro destravando a porta, deixando a amiga sozinha sentada no banco do parque observando um lago ali perto.

Quando finalmente sentiu-se sozinha em seu carro, onde ninguém poderia observa-la, deixou seus sentimentos transbordarem em lágrimas. Não sabia como se sentir depois de tudo que Daniel tinha lhe dito, lembrava-se de seu pai antes da bebida detona-lo, lembrava-se de ser mimada por toda a sua família como uma princesa. Mas nunca tinha passado por sua cabeça que seus pais não estivessem se dando bem naquela época, e que os negócios da família cada vez pior. Não sabia que na verdade seu pai tinha tentado milhares de vezes largar o álcool chorando em um quarto sozinho pensando o que seus filhos pensariam dele. Não sabia que seu pai se arrependia de ter sido aquele monstro. E apesar de tudo, ele era o seu pai.

Tapou a boca procurando abafar seus soluços enquanto se afundava no banco de motorista.

Nada seria suficiente para fazê-la esquecer do inferno que ela e sua mãe tinham passado naquele ano.

Mas aquele era seu pai, e ele tinha tentado por elas. Até que a bebida o matou anos mais tarde. E nem mesmo quando ele morreu ela esteve lá. Embora nada fosse fazê-la esquecer os erros de seu pai, nada a faria esquecer sua falta de empatia com ele também.

Deixou-se afundar em lágrimas de frustrações até sentir que não tinha mais o que chorar, quando o que apenas restava eram seus olhos avermelhados.




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Notas finais do capítulo

*Não só na Coréia, no Japão também, não é muito bem visto pessoas - principalmente mulheres - comerem sozinhos(as).

Bem, me desculpem pelo capítulo pequeno e pela pouca interação que a YoungHee teve com Jin, não vou falar muita coisa para o próximo capítulo já que eu ainda vou começar a escrevê-lo, mas já estou ansiosa para posta-lo haushau. Espero que tenham gostado, bye ♥~