Pequeno Anjo escrita por Karine PotterCullen
Notas iniciais do capítulo
Olá Pessoal!!
Eu sei que demorei muito para postar, por isso me desculpe, mas não tive muito tempo escrever neste final e começo de ano.
Mas espero que vocês gostem do capítulo.
Beijos!!
Durante o mês seguinte, nenhum dos três tocou novamente no assunto, até uma manhã de sábado Jasper viu Angel sentada em sua cama, cabisbaixa e com um porta retrato nas mãos.
— O que foi querida? — Ele perguntou entrando no quarto e se sentando ao lado dela na cama.
Angel suspirou e mostrou o porta retrato pra ele, e na foto ele viu um casal sorrindo feliz, abraçados com uma pequena menina com eles.
— Você sente muita falta deles, não é? — Perguntou suavemente.
Angel olhou um pouco receosa para ele, mas quando não viu nenhum aborrecimento ou magoas nos olhos dele, concordou com um movimento de cabeça.
— Sabe, eu também perdi a minha mãe quando ainda era criança, então eu entendo um pouco pelo que você está passando. E por isso vou te dizer que essa dor que você está sentindo um dia vai passar e você só vai se lembrar dos momentos felizes que passou com eles, assim como eu me lembro dos meus momentos com a minha mãe. — Ele falou e deu um pequeno sorriso para a menina, que não pareceu muito convencida, por isso acrescentou. — Não estou dizendo que você vai parar de sentir saudade, mas quando você pensar neles não vai mais sentir essa dor no peito. — Disse carinhoso.
E nesse momento a menina não conseguiu mais segurar as lágrimas, e começou a chorar. E com muito cuidado e carinho Jasper a pegou no colo, depois de colocar o porta retrato ao seu lado, na cama.
Os dois ficaram naquela posição por longos minutos, com Angel chorando e Jasper lhe fazendo carinho nos cabelos e falando palavras de conforto, até que a menina finalmente se acalmou.
— Você se lembrar daquela conversa que tivemos lá na Emily? — Ele perguntou o mais calmamente possível e Angel confirmou com um movimento de cabeça. — Então, se você quiser eu te levo até o cemitério, para vê-los. Você quer ir vê-los? — Perguntou.
Depois de hesitar um pouco, ela concordou com a cabeça.
— Ótimo, muito bem. — Ele falou a pegando em um abraço apertado. — Nós vamos no dia que você quiser.
Angel pegou o celular de Jasper, que estava jogado na cama, e abriu no calendário, mostrando o dia seguinte pra ele.
— Você quer ir amanhã? — Ele perguntou e Angel confirmou com a cabeça. — Então tudo bem. — Concordou. — Quer que a Alice vá com a gente? — Perguntou depois de hesitar um pouco.
Angel pensou um pouco e depois concordou com a cabeça.
— Tudo bem, eu vou falar com ela. Você está melhor? — Perguntou depois de um tempo.
E Angel acenou positivamente com a cabeça.
— Ótimo. — Ele disse dando um beijo na cabeça da menina. — Eu vou ligar pra Alice. Você quer ver um filme? — Perguntou.
Angel concordou com a cabeça e os dois foram para a sala, onde a menina escolheu um filme infantil e se sentou no sofá para assistir.
Jasper ficou alguns segundos olhando para Angel, até finalmente pegar o celular e ir para a cozinha, ligar para Alice.
— Oi Jazz! — Alice atendeu no segundo toque. — Está tudo bem? — Perguntou.
— Oi Linda. Está sim. — Ele respondeu. — Angel quer ir amanhã ao cemitério. — Falou de uma vez.
Alice ficou em silencio por alguns minutos, tentando absorver aquela informação.
— Ela tem certeza disso? — Perguntou por fim.
— Sim, nós conversamos e ela quer ir, e quer ir amanhã. — Ele contou. — Angel quer que você vá com a gente, se você puder.
Alice respirou fundo e não pensou duas vezes quando perguntou:
— Que horas vocês irão?
— Você vai com a gente? — Jasper perguntou mesmo já sabendo que sim, ela iria com eles e faria de tudo para Angel passar por aquilo da melhor maneira possível.
— Claro que sim! Vocês precisam de mim, Angel precisa de mim e eu nunca viraria as costas pra ela, principalmente porquê sei o quão difícil vai ser. — Alice respondeu prontamente. — Então, que horas nos encontramos? — Perguntou novamente.
— Obrigado Alice, isso é muito importante pra mim e, principalmente, para Angel. — Ele falou com um suspiro. — E nós vamos de manhã, podemos passar ai por volta das nove horas? — Perguntou.
— Por mim está ótimo. — Ela concordou prontamente. — E como você está com tudo isso? — Perguntou.
— Estou preocupado com a Angel, mas espero que isso seja mesmo bom para ela. — Ele respondeu.
— Eu também. — Ela disse com um suspiro. — Mas só vamos saber depois que tentarmos. — Acrescentou com um tom mais confiante.
— Você está certa. É melhor deixarmos para nos preocupar amanhã. — Ele concordou.
— Então nos vemos amanhã.
— Nos vemos amanhã. — Ele confirmou.
— Mande um beijo pra Angel por mim. — Ela pediu.
— Mando sim. Beijos. — Jasper se despediu dela.
Depois de desligar o telefone, Jasper se sentou junto a Angel no sofá e terminou de assistir ao filme com ela. Na hora do almoço, Jasper fez uma comida rápida e os dois comeram sentados à mesa.
— O que você quer fazer agora à tarde? — Ele perguntou esperando a menina acabar de comer.
Angel colocou mais uma porção de comida na boca, ande de dar de ombros, sem saber o que fazer.
— Não tem nada que você queria fazer, ou nenhum lugar que você queira ir? — Ele perguntou e Angel balançou negativamente a cabeça. — Então tá, se você pensar em alguma coisa me avisa. — Ele disse sorrindo e bagunçando os cabelos dela, antes de se levantar para começar a lavar a louça.
Depois de terminar de comer Angel levou o prato até ele e voltou para a sala, onde começou a brincar com as suas bonecas. Jasper a acompanhou com os olhos, até o tapete da sala e suspirou vendo o quão abalada ela estava.
E assim eles passaram o resto do dia, os dois brincando no tapete da sala.
Na hora de dormir, Jasper a colocou na cama e leu uma historinha até a menina cair no sono. Ele foi para o seu quarto, mas diferente de Angel não conseguiu dormir tão rapidamente.
E quando Jasper finalmente conseguiu pegar no sono, ele ouviu a porta do seu quarto se abrindo, e quando se virou se deparou com Angel, parada em frente a ela.
— O que foi princesa, teve um pesadelo? — Perguntou quando viu os olhos arregalados da menina.
Angel concordou com um movimento de cabeça e abraçou mais forte o ursinho que tinha nos braços.
— Sinto muito princesa. — Ele falou abrindo os braços, e Angel correu imediatamente para a cama de Jasper. — Quer dormir aqui? — Perguntou mesmo já sabendo a resposta.
Angel confirmou com um movimento de cabeça e se aconchegou ao lado dele.
— Então vamos dormir. — Ele falou a abraçando.
E logo os dois caíram em um sono tranquilo e sem sonhos.
No dia seguinte Jasper acordou cedo e se levantou da maneira mais silenciosa possível, já que Angel ainda dormia, toda espalhada pela cama.
Depois de fazer a sua higiene matinal ele foi para a cozinha e começou a preparar o café da manhã. Quando já estava tudo quase pronto, Angel entrou na cozinha, toda descabelada, ainda de pijama e coçando os olhinhos sonolentos.
— Bom dia princesa! — Jasper falou sorrindo para a menina. — Dormiu bem? — Perguntou dando um beijo na cabeça dela.
Angel acenou positivamente com a cabeça e se sentou na mesa.
— Está com fome? — Perguntou e mais uma vez ela acenou.
Jasper logo a serviu e os dois comeram o café-da-manhã em um silencio ao mesmo tempo confortável e tenso.
Depois de comer Angel foi para o seu quarto tomar um banho e se arrumar, enquanto Jasper limpava a cozinha. E logo depois ele foi para o seu próprio quarto, para se arrumar.
Quando já estava pronto Jasper foi até o quarto de Angel, mas não a achou.
— Angel! — Ele chamou preocupado e ouviu um barulho vindo do closet.
Ele foi rapidamente para lá e parou a porta, Angel estava tentando colocar uma de suas roupas antigas, mesmo sabendo que não daria mais nela já que ela havia crescido, e por isso tinha caído.
— O que aconteceu Angel? — Ele preguntou a ajudando a levantar e ela mostrou a roupa. — Querida, essa não dá mais em você, por que não escolhe outra? — Sugeriu.
E Angel negou veementemente com a cabeça, se abraçando a roupa.
Jasper suspirou e tentou persuadir a menina:
— Querida, eu sei que foi os seus pais que te deram essa roupa, mas ela não dá mais em você. É melhor escolher, uma que dê em você. — E Angel balançou negativamente a cabeça, o fazendo suspirar mais uma vez. — Angel se você continuar tentando coloca-la, ela vai acabar rasgando, você que isso? — Perguntou.
E mais uma vez ela negou com um movimento de cabeça.
— Olha eu sei que essa jardineira é uma lembrança do seus pais, por isso estou te dizendo para escolher outra roupa.
Despois de ponderar mais um pouco com a menina, Jasper finalmente a convenceu e escolher outra roupa e se vestir.
E logo os dois estavam no carro a caminho da casa de Alice. Quando chegaram, ela já os esperava em frente à casa e entrou logo no carro.
— Oi. — Ela os cumprimentou e Jasper lhe deu um beijo leve nos lábios. — Como você está, anjinho? — Ela perguntou a Angel assim que o carro começou a andar.
Angel suspirou e deu de ombros, fazendo Alice olhar interrogativa para Jasper, que apenas balançou negativamente a cabeça.
O caminho até o cemitério foi feito em um silencio tenso e sombrio, já que os dois adultos sabiam o quão difícil aquilo estava sendo para Angel, mas não sabiam o que poderiam fazer para ajudá-la a passar por aquela experiencia de maneira mais fácil.
Quando chegaram ao cemitério, Jasper parou o carro o mais perto possível dos túmulos dos pais de Angel e depois de todos respirarem fundo, eles saíram do carro e Angel logo se agarrou à mão deles.
— Você está pronta, querida? — Alice perguntou gentilmente, lhe apertando a mão de leve.
Angel respirou fundo algumas vezes e finalmente acenou positivamente com a cabeça. E assim aos três começaram a andar juntos até os túmulos, que estavam lado a lado.
Quando chegaram Angel soltou as mãos deles, se ajoelhou em frente as lápides e começou a chorar intensamente.
— Está tudo bem, querida. Nós estamos aqui com você. — Alice tentou acalmá-la, se abaixando ao seu lado e a abraçando.
Jasper se abaixou ao lado delas e começou a afagar a costa da menina, enquanto Alice a abraçava e falava palavras de consolo para ela, até Angel finalmente se acalmar.
— Está melhor princesa? — Ele perguntou quando o choro da menina diminuiu.
Angel concordou com a cabeça, mas escondeu o rosto no pescoço de Alice e assim ficou por mais alguns minutos, até finalmente o choro parar completamente.
— Você quer ir embora? — Alice perguntou a fazendo olha-la. — O que você quiser fazer nós faremos. — Acrescentou.
Angel balançou negativamente a cabeça, se levantou e andou até a lápide da mãe, colocando as pequenas mãozinhas no nome gravado ali.
— Angel, princesa, nós vamos ficar ali perto do carro. Então quando você quiser ir embora e só nos avisar. — Jasper falou se aproximando dela e colocando as flores que tinham comprado nos túmulos. — Você pode conversar à vontade com os seus pais. — Acrescentou dando um beijo nos cabelos da menina, andes de se afastar com Alice.
Para Alice e Jasper pareceu que eles ficaram horas naquele cemitério, angustiados com o que poderia estar se passando na cabeça de Angel. Mas eles sabiam que ela precisava passar por aquilo, que era importante ela se despedir apropriadamente dos pais, mesmo que aquilo a machucasse profundamente, assim como os machucava.
Mas logo Angel voltou a passar a mão no nome da mãe e fez o mesmo no nome do pai, como se estivesse se despedindo deles, antes de se virar e começar a andar na direção dos dois cabisbaixa.
— Você está bem, Angel? — Jasper perguntou se abaixando para ficar da altura dela.
Ela concordou com a cabeça, mas Jasper pode ver as lágrimas escorrendo pelo rosto dela.
— Está tudo bem, eu sei que é difícil. — Jasper falou a abraçando. — Mas sabe de uma coisa? Eles estão sempre olhando por você, estão sempre te protegendo, porque eles te amam e isso nunca vai mudar. Eles te colocaram no meu caminho porque sabiam que eu a amaria como eles a amaram e que eu vou cuidar de você para sempre.
Eles ficaram naquela posição por alguns minutos, até Jasper sentir a menina se acalmar completamente.
— Vamos para casa. — Ele falou se afastando dela e se levantando.
Eles entraram no carro e foram para casa em silencio, mas no meio do caminho eles perceberam que a menina estava dormindo no banco de trás.
— Ela está esgotada emocionalmente. — Alice falou com um suspiro, olhando a menina dormir.
— Sim. Eu não consigo imaginar como ela está se sentindo agora. — Jasper falou apertando o volante, frustrado.
— Não se preocupe, nós estamos com ela e ela vai superar isso. — Alice falou, apertando de leve o braço dele.
Quando eles chegaram em casa Jasper a pegou no colo e a levou até o seu quarto, onde a colocou na cama e a cobriu. A deixando dormir até a hora do almoço.
Aquele foi um dia cheio de emoções para todos, mas eles esperavam que também fosse um dia de recomeço.
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Então a espera valeu a pena? O capítulo foi um pouco tenso e bastante emocionante, e espero que tenha sido o que vocês imaginaram.
Como sempre, não sei quando postarei o próximo capítulo, mas não abandonarei essa história.
Até o próximo!!
Beijos!!