Medicine 2° Temporada escrita por Stargeryana


Capítulo 39
Capítulo 39: Storm Part II !


Notas iniciais do capítulo

Olá Meus Amores!
Olha só eu aqui mais uma vez com o capítulo fresquinho que tanto foi aguardado desde a temporada passada.. quem esta preparado para a chegada do primeiro bebê Delena? eu não kkkk
Como prometido vim o mais rápido possível postar e quero agradecer pelos comentários constantes dos meus leitores fiéis que me fazem feliz por não me abandonarem, eu amo vocês de verdade e já penso em novas historias delena a postar, não vou parar .. eu prometo

Espero de coração que gostem do capítulo, não me xinguem e nem me odeiem pelas coisas que evidentemente podem acontecer mas faz parte do enredo e do drama da vida hahaha.. enfim aguardo o feedback de vocês ansiosa e sem mais enrolação deixo com vocês o capítulo.

Look Elena:

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Boa Leitura>



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ELENA: 

 

Após o incidente no dia anterior no hospital, Richard havia liberado-me para não trabalhar mais, porém eu decidir que só descansaria após a tempestade do final de semana e que até lá eu permaneceria atendendo no hospital e só depois pararia e descansaria até o nascimento da minha filha pois eu estava bem e nada me impediria de ajudar outras pessoas se conseguia fazer isso. Porém hoje ainda estava recente do acidente e optei por não ir trabalhar e me aventurar em meio a todo estresse do hospital, decidir que ficaria em casa e descansaria pelo menos hoje para estar bem nos dias de tensão que viriam, acordei cedo e preparei o café para o restante dos moradores da casa na companhia da minha filha e enquanto escutava musicas da Sia, em meu telefone que estava sobre a mesa ecoando suas músicas por toda a cozinha, ligo a cafeteira após por os ingredientes do café, em seguida corto algumas frutas e deixo em uma tigela sobre a mesa, ligo a torradeira e faço algumas torradas, e em seguida as deixo na mesa também em um prato empilhadas, mordo uma enquanto pego uma frigideira e deixo sobre o fogão, pego ovos na geladeira e bacon no congelador para fazer ovos  mexidos com bacon e ao finalizar preparo por fim toda a mesa, os ovos mexidos e o bacon, a jarra de café e deixo também as canecas personalizadas de cada um sobre a mesa já a espera dos seus  donos. Damon é o primeiro a descer, ele esta preparado para mais um dia no hospital e senta-se a mesa e eu decido fazer um suco rapidamente para mim, Lexi e Enzo logo surgiram sentando a mesa e deixando a cozinha movimentada e por ultimo Stefan surge falando que iria ver a mãe e levar algumas coisas que ele e Damon decidiram mandar para ela, ofereço-me para fazer companhia a ela durante a viagem e Stefan concorda falando que seria ótimo se eu me sentisse bem para isso e confirmo que sim, então olhamos para Damon que estava calado nos observando e ele deixou combinando com o irmão que ao retornar ele me deixava novamente em casa e seguia para o hospital trabalhar. 

 

Assim que finalizo o café da manhã todo e unicamente preparado por mim, subo para preparar-me e deixo os quatro a finalizarem o resto da refeição enquanto conversam e ficam a ler jornal comentando as noticias e partilhando em voz alta afinal cada um fica com uma porção do jornal sempre e toda manhã. Subo as escadas e vou direto ao meu quarto, tomo um banho refrescante ao livrar-me da minha camisola e das pantufas, e saio enrolada em um roupão pois toalhas já não davam a volta em minha enorme e redonda barriga, entro no closet e pego um conjunto de roupas intimas preto, pego um vestido preto e olho-me no espelho com a peça que ficou coladinha e de certo modo curta devido o grande volume na barriga, sem falar nos seios enormes quase expostos que me fez balançar a cabeça em negação a minha própria imagem no espelho, pego em uma das minhas gavetas uma blusa de mangas curtas cinza e de tecido leve e visto por cima do vestido, dobro ela abaixo do seios e faço um nó na frente diminuindo um pouco a exposição em cima e dando um breve chamar e modernidade, finalizo com uma sapatilha listrada preta e branca confortável, pego uma bolsa branca e passo um pouco de pó no rosto, rímel e desço com meus óculos em mãos e o relógio para colocá-lo no caminho e desci bem a tempo, todos já estavam na frente da casa aguardando, despeço-me de damon com um breve selinho e entro no carro fechando o cinto e meu cunhado liga o carro seguindo o de Damon porém minutos depois desvia para outro rumo e permanecemos só eu e Stefan. 

 

Estou sentindo um incomodo -- Comento quando já estamos na estrada após passarmos para comprar algumas coisinhas para mimar Alex, e após esse meu comentário Stefan me olha por breves segundos através do seu óculos escuro e ele parece preocupado -- Não é nada demais Stefan, estou assim desde a madrugada depois que cai da escada, deve ser a bebê finalmente despertando pois ela ficou extremamente quieta depois da queda 

 

Deve ter assustado -- ele comenta e eu concordo -- Ela esta apenas voltando a ativa 

 

Sim, muito ativa -- falo e acaricio minha barriga e encosto minha cabeça no vidro da janela que estava fechado, Stefan ligou o som e estava a tocar The Fray - How To Save a Live, eu amo essa música e logo estava a cantarolar junto ao rádio do carro, sorrindo bobamente simplesmente por gostar da música, por estar bem e prestes a ver Alex novamente, conversar com ela sobre a minha filha quem sabe, conhecer pessoalmente o lugar em que ela vive em meio a outras pessoas tão machucadas psicologicamente quanto ela. Assim que Stefan atravessa os portões cinza da propriedade observo atentamente o caminho em direção a casa branca no meio das terras, em meio ao verda da grama e de árvores que trazem sombra e abrigo a pequenos animais,  havia balanços de madeira espalhados embaixo de algumas árvores, mesas e bancos de ferro pintados de branco como os bancos, e canteiros de rosas que iam da lateral ao fundo da propriedade, o carro é estacionado próximo a entrada onde havia pedrinha e não grama, Stefan sobe as escadas e o sigo encantada pela simplicidade e beleza desse lugar, a varanda coberta tinha enfeites de pedinhas pendurados em alguns cantos que faziam um som ao bater do vento, havia também jarros de plantas pendurados e pássaros artesanais coloridos, em frente a porta larga e escura havia um tapete de boas vindas, e a mesma não estava fechada apenas encostada -- A propriedade é linda 

 

Sim, e eles são pessoas ótimas com os pacientes -- Stefan fala entrando ao abrir a porta e a mantém aberta pra mim, agradeço ao entrar e ele a fecha, logo a nossa frente no final do pequeno corredor havia um balcão com uma moça magra de trança, uniforme branco com detalhes roas nas barras, e ela mexia no computador um pouco distraída e não notou nossa chegada -- Penélope? 

 

Ah céus que susto -- ela fala derrubando o telefone em seu colo ao se assustar e sorri sem jeito -- Olá Sr. Salvatore 

 

Stefan por favor -- ele reclama e ela sorri concordando -- Eu vim ver a minha mãe 

 

Ah sim claro, ela esta jogando dominó com Tomas e Ivony -- ela fala e nos guia até a sala enorme repleta de móveis para os pacientes poltronas próximas a janelas, sofás de dois e três lugares, mesinhas em alguns locais estratégicos, uma grande televisão, uma mesa de jantar na outra parte da sala, e todos estavam bem espalhados por ali. Nos aproximamos da mesa de jantar onde eles estavam jogando e uma outra enfermeira estava a observar o jogo e divertir-se com os pacientes, a sala era muito bem iluminada por janelas que estavam abertas e haviam sido cercadas por tábuas de madeiras grossas afim de proteger os pacientes na tempestade como fizemos no hospital, sendo assim as luzes a essa hora da manhã estavam todas ligadas e iluminando todo o lugar, a televisão estava ligada e passava Tom e Jerry para distrair alguns pacientes vidrados na tela do mesmo e divertindo-se com as travessuras do gato e do rato -- Olha só quem veio visitá-la Alex 

 

Stefan, filho -- ela se anima ao ver ele -- Olha, estou ganhando no dominó 

 

Que bom -- ele fala sorridente ao ver que a mãe estava bem, porém ela estava ocupada jogando e pediu que esperasse para abraçá-lo e ele concordou -- Não vai falar com a elena mãe ? 

 

Quem é elena? -- ela pergunta olhando o dominó 

 

A esposa do Damon, mãe da sua futura netinha -- ele responde e ela levanta o olhar finalmente e olha-me dos pés a cabeça e depois da cabeça aos pés, parando em minha barriga por minutos antes de sorrir. 

 

Esta enorme -- ela comenta e olha para ele 

 

Sim, ela esta prevista para daqui há algumas semanas -- Sou eu quem respondo e ela tem seu sorriso ainda maior, largando do dominó 

 

Ah Alex, eu não acredito eu ia ganhar -- o senhor que jogava com ela reclama fazendo a enfermeira que observava rir altamente 

 

Não ganhou nenhuma Tomas, Ivony e Alex acabaram com você -- ela comenta ajudando-os a misturar as peças -- Deixe que ela vá curtir o filho, a nora e a neta um pouquinho homem 

 

Alex nos cumprimenta com abraços carinhosos e apertados, a voz cheia de emoção e felicidade enquanto fala como é bom nos ver ali, em seguida ela caminha mais a frente em direção a três poltronas reunidas em volta de uma mesinha próxima a uma janela que estava protegida por madeira, ela escolhe a sua e senta-se e percebo que ao lado dela tem uma caixa de tricotar, com materiais seu suspiro é escutado por nós dois e ela tem no rosto uma expressão triste. 

 

O que há mãe?-- Stefan pergunta preocupado 

 

Não consigo ver o sol daqui, todo dia eu sento nessa poltrona e faço meus tricôs observando as flores das roseiras crescerem e abrirem-se com os raios de sol ou as gotas de chuva mas há dois dias não consigo ver as minhas flores, nem ver o meu sol -- ela fala com tristeza na voz -- Não ver o sol é doloroso Stefan, Ana era meu sol e quando eu o vejo ou o sinto é como se eu sentisse ela, como se fosse um abraço dela e isso me faz feliz mas é horrível viver na escuridão 

 

A tempestade esta vindo, os ventos estão horríveis -- ele tenta explicar e ela balança a cabeça em confirmação -- Não é seguro, aqui dentro é seguro 

 

Eu sei mas eu adoraria ir colher umas rosas para por em meu quarto enquanto passo pela tempestade -- ela responde e tem um sorriso triste no rosto -- O cheiro das rosas me lembra a sua irmã 

 

Podemos fazer isso.. digo levá-la la fora para colher meia dúzia de rosas -- falo com stefan e Alex nos olha com expectativa, stefan me olha um pouco indeciso mas ao ver o modo que sua mãe nos observa ele suspira derrotado e concorda, Alex quase pula na cadeira como uma criança que acaba de ganhar seu doce preferido e meu cunhado levanta-se para ir falar com a enfermeira deixando nós duas sozinhas -- Vamos torcer para que eles permitam 

 

Você é muito boa elena -- ela comenta e sorri e eu agradeço o elogio -- Como vai Damon? e por que ele não veio? 

 

Ele esta no hospital, nós viemos pois Stefan estava precisando trazer algumas coisas para ti e eu estava de folga -- respondi a explicando e ela balança a cabeça uma vez demonstrando ter compreendido -- Estou descansando após um pequeno acidente de trabalho 

 

O que houve querida?-- ela pergunta sentando na poltrona ao meu lado que era onde seu filho estava e segura minhas mãos preocupada 

 

Eu caí, mas esta tudo bem comigo e com a bebê -- explico e a tranquilizo fazendo ela soltar o ar levemente -- Foi apenas um susto mesmo, nada mais 

 

Que bom, não? -- ela fala e eu tenho que concordar -- Eu fico muito feliz que não tenha lhe ocorrido nada ou a minha netinha,  não sabes como é doloroso perder um filho elena e eu não desejo isso a ti nunca querida 

 

Eu sei como é -- respondo e ela olha-me perdida -- Não é minha primeira gravidez Alex, Damon já contou-lhe sobre Nicholas 

 

Nicholas.. nicholas -- ela repete seu nome tentando lembrar e olha-me aterrorizada em seguida -- Meu Deus, eu havia esquecido totalmente .. sinto muito querida não quis lhe ofender de modo algum 

 

Sem problema, eu estou bem-- respondo e sorrio e ela sorri aliviada, observo Stefan conversando com um homem de cabelos grisalhos mais ao canto da sala próximos ao balcão, ele tem um jaleco branco no corpo, deve ser o médico responsável pelos pacientes. Alex conta-me como esta a sentir-se nos ultimos tempos e eu fico tão feliz e aliviada em saber que ela estava bem -- Sem crises ou esquecimento? 

 

Não, estou me cuidando e tentando ao máximo evitar isso -- ela responde -- Tricotar ajuda, eu tenho lido bastante também e Penélope nos apresentou algumas séries estamos todos assistindo aquela serie de contos de fadas , é uma bagunça mas é interessante 

 

Sim, Once Upon a Time  -- comento risonha e ela confirma ser exatamente essa a serie -- Preste muita atenção e saberá exatamente como melhorar as histórias a contar a sua neta daqui a algum tempo 

 

Seria maravilhoso -- ela fala animada -- Eu poderei? 

 

Claro que sim Alex, eu e Damon queremos que seja presente na vida dela -- confirmo e ela tem os olhos cheio de lágrimas -- Ele conversa com ela quase toda noite, fala sobre você e a itália, a infância que você o presenteou e em como ele ama-te, como ela irá amar-te também e ela chuta em respostas as vezes 

 

Eu posso?-- ela pergunta e aponta para minha barriga, confirmo e ela sorri em meio as lágrimas contidas e toca minha barriga, inclinando-se um pouco para poder conversar pessoalmente com a netinha -- Oi querida, é a vovó, como você está ? deve estar toda preguiçosa dormindo e nem se importando com nada enquanto a vovó esta aqui tentando perturbar seu soninho né? eu nem consigo ver a hora em que poderei segurar você em meu colo, contar historinhas divertidas para dormir, fazermos docinhos juntas na minha cozinha na itália, poderíamos passear juntas a tarde para ver o por do sol nos vinhedos e correr entre a plantação, podemos colher rosas e colocar no travesseiro da mamãe e do papai quando eles estiverem fora, dar uma rosa ao vovô e passar horas e horas em frente a lareira brincando como se o amanhã não existisse,desenhar juntas e sermos grandes artistas, dançar e cantar ... poderemos fazer o que quiser pequena, o meu mundo é todo seu afinal ..

 

Sentiu?-- pergunto após sentir um movimento leve e ela confirma deixando uma lágrima cair -- Ela vai adorar fazer isso com a vovó, e eu queria agradecer pelas pecinhas de roupas que fez a ela, são lindas e irão esquentar ela perfeitamente no inverno ou as noites mais frias, nem sei como agradecer 

 

Não há necessidade -- ela fala e pisca -- Peça a Damon o ursinho de Ana ele sabe qual é, e peça a caixinha de música para que possam ser dela, é um presente da minha filha Anna através de mim pois tenho certeza que ela o faria sem pensar duas vezes 

 

Já fez isso Alex, me deu os dois presentes ao saber da minha gravidez -- explico e ela sorri envergonhada -- Não há problema em esquecer algumas coisas, sua mente esta confusa com tempo e bagunçando suas lembranças mas você fez isso assim que soube da gravidez, e Damon já colocou o ursinho no berço dela e a caixinha de música bem próxima a ele para que ela escute enquanto dorme e mais uma vez eu agradeço ao presente carinhoso e tão importante que deste a ela, prometo que cuidarei com todo carinho dos dois objetos e ensinarei ela a fazer o mesmo para que tenha sempre uma parte da sua filha com ela 

 

Anna teria te adorado -- ela comenta deixando-se chorar e isso me emociona -- Ela diria que você é doce e carinhosa, um ser humano com um coração enorme e sentimentos intensos e maravilhosos que faz bem ao meu filho, ela te amaria como uma irmã e a encheria de elogios sempre que perguntasse por ti, você também teria gostado dela logo de cara, todos a amavam sem exitar ou questionar o motivo de tamanho sentimento surgir assim do nada, tenho certeza que se  dariam muito bem pois ela era assim também, como eu disse ela era meu sol 

 

Vamos lá ?-- Stefan finalmente retorna avisando que permitiram nossa saída e ela levanta da poltrona fazendo o filho a olhar preocupado por ver que a mãe chorava -- O que há? 

 

Nada, eu apenas me emocionei -- ela responde e eu levanto da poltrona por fim limpando minhas lágrimas e contendo minha emoção e nós saímos da casa pelas portas do fundo que o enfermeiro Rony abriu com um enorme chaveiro repleto de chaves, ele sai e fica na varanda dos fundos sentado em uma cadeira observando de longe a gente movimentar-se entre o caminho de grama muito bem tratada com canteiros de flores em fileiras, havia rosas brancas, amarelas, vermelhas, margaridas, girassóis e todas eram tão lindas porém o sol não estava dando as caras no momento, estava coberto por uma nuvem cinza escondido do mundo e as rajadas de vento estavam um pouco fortes -- Isso não é lindo? 

 

Sim, são lindas -- concordo caminhando ao lado dela e Alex sorri 

 

Quando eu cheguei aqui quase não havia rosas, apenas gramas e matos, umas plantinhas floridas e só -- ela explica -- Mas Giuseppe veio e trouxe-me muitas sementes de vários tipos, trouxe algumas flores para serem replantadas e nós fizemos isso em uma tarde de sol e limonada, ficamos cheio de terra mas foi a primeira tarde em que eu sorri após perder minha Anna 

 

Eu não sabia disso -- Stefan comenta segurando a cesta e a tesoura de jardinagem para recolhermos as flores e ela balança os ombros sem muita importância 

 

É algo meu e dele -- ela responde e abaixa-se para pegar alguns girassóis -- Estão lindos e enormes, acho que colherei um pouco de cada 

 

Seu quarto vai virar uma roseira -- Stefan implica com a mãe que sorri --É isso que queres? 

 

Sim, vamos lá passe-me a tesoura -- ela manda e ele o faz entregando-lhe a luva e a tesoura de jardinagem, Alex agilmente corta um, dois.. seis girassóis e entrega-me para que eu coloque na cesta que Stefan carregava, ela levanta-se e segue até umas rosas brancas -- Olá queridas.. 

 

Ela conversa com as rosas desde que me entendo por gente -- ele comenta vendo ela falar com as flores enquanto as cortava, stefan ri da mãe e eu observo a forma que Alex é tão doce até com as flores que não possuem entendimento, imagino como ela foi de fato maravilhosa na vida de Damon e Stefan que não são sangue de seu sangue mas eram donos do seu coração de fato. Pergunto-me se após o trauma em sua vida ela ainda conseguia ser assim tão doce,  carinhosa e especial e imagino como de fato foi Alex antes de tudo, da dor dilacerante de perder sua pequena menina, como ela era o sol como ela mesmo costuma dizer da filha. 

 

Ela é tão ... única -- falo observando ela vir em nossa direção com as rosas brancas e ele concorda -- Ela deveria ser ainda mais brilhante e feliz com Anna em sua vida 

 

Bom... O que acha de pegar as rosas?-- ele sugere quando ela guarda as brancas em sua cesta e ela concorda afastando-se um pouco de nós para ir cortá-las -- Ela era a felicidade em pessoa, Alex brilhava a todo momento e eu nunca vi alguém ser capaz de fazer tanta gente feliz e manter isso por tanto tempo, ela era o  sorriso do meu pai, de Damom,o meu e de Anna sabe? nada desaminava dentro de sua casa e ela sabia como nos fazer feliz todos os dias sem precisar de muito 

 

Imagino como foi difícil ver ela assim após a perda de Anna -- comento e ele suspira 

 

Foi doloroso, eu quis largar a faculdade mas meu pai não permitiu -- ele explica e surpreendo-me com sua confissão -- Eu estava de malas prontas para ir a Itália e ficar com ela, abrir mão da minha vida para ajudá-la e cuidar dela mas papai não permitiu, Damon estava de passagens prontas para ir também, ele faria a residencia dele depois se necessário mas nosso pai o proibiu de fazer isso, ele a levou para Pienza nos primeiros meses e ele tentou aguentar o máximo que pode, até que ela pediu para sair dali e se tratar, os dois escolheram esse lugar juntos segundo ele me disse

 

Ela foi sensata e tomou a decisão -- me surpreendo novamente e ele concorda, Alex mais uma vez retorna com flores e Stefan as guarda na cesta sorrindo 

 

Rosas escuras significam gratidão -- ela comenta após entregar algumas cortas ao filho -- Estou pegando bastante para por no quarto e fazer um buquê e Elena depois 

 

Eu fico agradecida -- falo e ela sorri retornando aos seus afazeres -- Ela disse que Anna teria gostado de mim, que nós duas teríamos nos dado muito bem e que ela gostaria de mim como uma irmã de verdade 

 

Se ela disse é porque deve ser mesmo -- Stefan comenta observando a mãe abaixada cortando mais rosas -- Ela conhecia Anna como ninguém, ela conhece Damon e eu como ninguém também então se ela diz algo sobre os filhos é porque és verdade       

 

Eu fico feliz em saber disso -- comento sorridente -- Sinal de que devo ter a aprovação da sua irmã de alguma forma, isso me deixa feliz e tranquila 

 

Ela teria adorado conviver com a sobrinha -- Stefan fala e é minha vez de suspirar -- Eu olho para o quarto dela fechado as vezes e penso que ela pode esta la dentro ouvindo músicas ou fazendo qualquer coisa de adolescente, fico sentado próximo a porta fechada durante a madrugada mas não penso em nenhum momento que devo entrar para não atrapalhá-la.. principalmente para não ver que nada é real e ele esta tão vazio quanto antes e vai permanecer assim 

 

Queres me ajudar Elena?-- Alex questiona ao retornar com algumas rosas vermelhas e eu confirmo, a sigo pelo caminho de flores e ela pergunta-me quais flores quero por em meu buquê, olho a minha volta e pergunto se posso misturar -- Claro que sim, é seu buquê, podes por as flores que quiser querida 

 

 

Tudo bem então eu quero rosas vermelhas, brancas, rosas escuras, rosas claras,lilás., amarelas e pálidas -- falo por fim e ela concorda então começamos a cortas as rosas para meu buquê e ela é ágil, explica-me como fazer e demonstra cortando uma rosa em seguida entrega-me a tesoura e a luva de jardinagem para que eu não me fure nos espinhos que podem surgir e eu faço, corto a rosa como ela me explicou, alex sorri e segura para mim conforme eu vou cortando as rosas escolhidas por mim para o meu arranjo. 

 

Alex, esta na hora -- Rony grita por fim da varanda e nós temos que retornar para dentro, haviamos passado um bom tempo ali e os ventos apenas aumentavam ali, retornamos entre os pequenos espaços entre as fileiras de rosas e Alex segura a cesta repleta de flores enquanto caminha a nossa frente, Stefan vem logo atrás de mim com a tesoura e a luva em mãos e nós subimos a escada da varanda. Cumprimento Rony e o agradeço por ter nos permitido e observado fazer esse pequeno agrado a Alex, ele confirma com um sorriso e eu entro na casa logo atrás dela, após Stefan entrar o enfermeiro fecha o portão de ferro que foi colocado com o cadeado e em seguida a porta. Sento-me na mesa de jantar com Alex e juntas nos começamos a separar as flores, enquanto meu cunhado vai com Rony o enfermeiro buscar as coisas que trouxemos e estava no carro ainda. 

 

Temos muitas flores aqui -- Evangeline fala ao trazer-nos limonadas fresquinhas -- Vai fazer arranjos? 

 

Vou para por em meu quarto, e Elena levará alguns -- ela responde animada e sua animação de certa forma nos contagia -- Só vou precisar de um sol durante esses dias 

 

Podemos desenhar um sol -- Evangeline sugere e Alex acaba por gostar de sua ideia -- Vou pegar uma cartolina e lápis de colorir 

 

Stefan por fim retorna e nós estávamos agora a retirar os pequenos espinhos das rosas e diminuindo o caule da mesma com tesouras sem pontas, eram a únicas disponíveis na casa e estavam servindo ainda, Alex era só empolgação enquanto o fazia e ela era muito ágil. Falava sem parar sobre os significado das rosas enquanto as preparava e Evangeline logo surgiu com uma cartolina branca, uma caixa de lápis de colorir e uma rolo de fita rosa claro,para amarrarmos os arranjos de flores que mantaríamos em poucos minutos. 

 

Filho desenha um sol para mim -- ela pede a Stefan e ele a olha por alguns segundos um pouco indeciso mas acaba por concordar e senta em uma das cadeiras com a cartolina e os lápis de colorir, Stefan estava concentrado em seu sol e nós duas com os arranjos os deixando os mais bonito possível e colorido. Evangeline cortou pedaços de fita e enquanto eu segurava os arranjos que montávamos Alex os amarrava finalizando com um belo laço de fita, em alguns momentos senti o incomodo retornando em minha cintura e minha barriga mas não era nada assustador ou alarmante, eram sinais da minha queda do dia anterior, tomo por fim o meu copo de limonada e quando chegam biscoitos caseiros quentinhos como alguns com uma bela xícara de chocolate quente -- Acabamos nossos arranjos 

 

O que acham do meu sol?-- Stefan pergunta mostrando o desenho que fez e ele estava muito bem feito, redondinho com os raios de sol, e ele até sorria e piscava um dos olhos, acabo por rir do seu desenho com rostinho assim como Alex --- Não era pra rirem, era para elogiarem poxa 

 

Esta lindo filho, eu vou adorar acordar nos próximos dias olhando esse sol sorridente --- ela fala e o abraça ao levantar enquanto o filho permanece sentado e Stefan sorri envergonhado quando a mãe beija seus cabelos o chamando de topetinho. 

 

Mãee-- ele resmunga 

 

Desculpa, eu sei que prometi com seu pai e seu irmão que não o chamaríamos mais de modo algum assim -- ela fala ao lembrar e eu tento parar de rir mas não consigo, toco minha barriga enquanto rio e a sinto dura, extremamente dura mas não falo nada a Stefan ou a qualquer um -- Vem vamos colocar flores no meu quarto e meu sol 

 

Conseguimos fita com Evangeline e alguns vasos de flores as colocando dentr,  levamos os arranjos de flores para o quarto de Alex junto ao seu sol, ela caminhava a frente carregando três arranjos e eu carregava mais três enquanto Stefan vinha com sua obra prima de desenho e a fita isolante, passamos por um corredor e subimos uma escadaria de madeira com quadros na parede da mesma, quadros felizes e coloridos, as paredes eram brancas com rodapés amarelos claro, e o lustre era enorme visto da escada, passamos o corredor de quartos da esquerda e os dois primeiros quartos eram dos enfermeiros, havendo uma pequena dispensa com materiais ali de limpeza e higiene dos pacientes para repor em seus quartos, a quarta porta da parede direita era o quarto da minha sogra, ela abre a porta com uma pequena dificuldade mas consegue e entra permitindo nossa entrada em seguida. O local era mediano, com uma cama de solteiro de ferro branca e antiga, cômoda e guarda roupa de madeira antigos e bem cuidados, as malas dela estavam em cima do guarda roupa que ficava de canto um pouco atrás da porta aberta no momento, a cômoda estava de frente para a sua cama, bem ao lado da porta do pequeno banheiro todo branco, e próxima a janela havia uma poltrona cinza, ao lado da cama uma mesinha com luminária uma foto da família, um terço de orações e uma bíblia marcada na página que ela parou de ler. Na parede acima da cama havia uma pequena estante de madeira com livros dentro e um pequeno baú em cima, seguido de uma letra A, e uma bailarina de porcelana em um tamanho considerável, havia mais duas prateleiras idênticas na parede em frente a cama e logo acima da cômoda de Alex, nelas também havia livros mas ambas não estavam completas como a outra, e acima havia mais objetos, dentre eles um globo de neve, uma paquinha que dizia '' mãe numero 1'' e porta retratos, uma garotinha em pose de balé sorrindo enquanto segura a barra, na outra havia um garotinho em uma bicicleta e ele estava tremendamente feliz enquanto pedalava na direção da câmera e o ultimo porta retrato de criança correndo em meio ao vinhedo puxando uma toalha de piquenique como uma capa de super-herói. 

 

São fotos lindas -- comento apontando para elas 

 

Sim, foi a primeira apresentação de balé da Anna na escolinha após um mês de aulas, a primeira vez que Stefan aprendeu a andar sem rodinhas e Damon feliz após o primeiro piquenique que ele organizou sozinho ter sido tão elogiado -- ela explica e sorri nostálgica em seguida aponta para uma ultima foto -- Giuseppe cortando a faixa do seu hospital em genebra há anos atrás, nesse dia nós ficamos ouvindo músicas até tarde na tv acabo, lendo sobre a inauguração o hospital nos jornais e sites, comendo guloseimas e todos nós dormimos no tapete da sala do apartamento 

 

Papai acordou com dores na coluna e xingando o tapete -- stefan completa a história -- Anna havia chupado meu braço achando seu o seio da mamãe, e damon tinha o pé dele em cima de mim aquele folgado, enfim eu estava com um chupão no braço e o chulé de Damon próximo da minha cara 

 

Que trágico para você -- comento rindo dele que me mostra a língua -- Bebezão .. Onde colocaremos essas rosas? 

 

 Escolhemos os lugares para por as flores as espalhando sobre a cômoda, a mesinha ao lado da cama, Alex pôs uma no banheiro e deixou as outras em um banquinho na parede ao lado da cama que estava vazia, formando assim seu pequeno canteiro de flores em seu próprio quarto, sento-me no baú de madeira fechado aos pés da cama enquanto Stefan gruda na parede que sua mãe escolheu o seu belo e iluminado sol assinado por Stefan Salvatore o pintor nada famoso ou talentoso e eu apenas observava alisando minha barriga que continuava rígida. Estava começando a me sentir sufocada e saio do quarto caminhando pelo corredor mas sem os deixar totalmente, escuto risadas do quarto enquanto eles falam sobre o desenho e o grudam corretamente para evitar que ele caia e deixe de iluminar o quarto dela, Stefan também pergunta a mãe se a janela do quarto dela foi protegida para a tempestade e ela diz que sim que eles fizeram tudo corretamente, desço para pegar na sala as sacolas de Alex com as coisas especialmente para ela enquanto eles conversam e retorno com elas ao quarto. 

 

Há cobertores quentinhos, algumas coisas para mimá-la pois sabemos que gosta --- stefan explica retirando as coisas aos poucos da sacola -- Biscoitos com seus sabores favoritos, chá, suco de maçã, e mais algumas guloseimas para comer, só as que gosta, compramos também  jogos de tabuleiros novos, tem de detetive, jogo da vida, e vários outros, compramos revistas de tricotar e bordados com novas imagens e modelos, novelos de lã com novas cores, agulhas de tricotar, há revistas de caça palavras e palavras cruzadas, tudo que pode te manter distraída durante a tempestade 

 

Eu agradeço -- ela fala sorridente e o abraça -- Vocês são os melhores filhos do mundo 

 

Tem certeza que não quer ir conosco e ficar com a gente ?-- stefan questiona e ela confirma -- Vai mesmo ficar bem? 

 

Sim querido, eles protegeram o lugar e meus amigos estão aqui também -- ela responde firmemente e ainda assim mantém sua voz doce e compreensiva -- Nós vamos ver televisão, jogar os jogos que me trouxeram, vou tricotar, fazer os caça palavras e palavras cruzadas novos, aproveitar minhas flores e meu sol, logo a tempestade vai embora e eu poderei sair e aproveitar o sol de verdade e minhas flores de verdade, ficarei bem e quero que fiquem bem e protegidos também por favor 

 

Ficaremos -- confirmo e ela sorri aliviada, um alto e estrondoso barulho soa nos assustando e ele vem do lado de fora, um forte trovão acabara de soar nos deixando surpresos e assustados por termos sido pegos tão distraídos. Descemos e não estava chovendo, havia sido um trovão único apenas, o lanche foi servido e eu comi pouco, eram biscoitos de baunilha quentinhos com chocolate quente ou chá ficava a escolha de cada um, mas eu não estava conseguindo comer muito, minha barriga estava rígida e o incomodo estava voltando aos poucos, eu nem conseguia ficar muito tempo sentada que sentia-me um pouco sufocada e dolorida em alguns pontos. 

 

Precisamos ir -- stefan fala após terminar seu chocolate quente e eu concordo afastando-me da poltrona em que estava me apoiando enquanto a amiga de minha sogra Ivony tomava seu chocolate quente e comia mais biscoitos conversando com Alex -- Mãe, nós precisamos ir agora 

 

Tudo bem, eu compreendo -- ela fala levantando e suspira antes de abraçar o filho -- Meu dia fica mais colorido e feliz quando você e seu irmão surgem para me ver, por favor tome cuidado na tempestade que virá, avise ao seu irmão para que tome cuidado também por favor eu imploro 

 

Pode deixar, eu avisarei e tomarei cuidado -- Stefan confirma e seca as lágrimas da mãe -- Quando a tempestade acabar eu ligarei, e falarei ao telefone com você 

 

Promete?-- ela pergunta e ele confirma, eu escuto tudo enquanto pego meus dois arranjos de flores e minha bolsa -- O que falará? 

 

Oh bobinha .. eu to vivo -- ele comenta brincalhão fazendo Alex e seus amigos rirem assim como eu -- Eu vou ligar, dizer que estou bem e que Damon esta bem também, ele falará ao telefone também e nós vamos finalizar dizendo que te amamos e você o que vai dizer? 

 

Que estou bem também, que todos ficamos bem e que também os amo -- ela responde e sorri em meio as lágrimas e vem despedir-se de mim após abraçar o filho apertadamente e beijar seu rosto dos dois lados fortemente, recebo alex em um abraço enquanto minha bolsa esta em meu ombro e os dois arranjos bem feitos e amarrados estão em meu braço, ela beija-me também duas vezes e suas mãos tocam minha barriga em uma carícia -- Cuidado também querida, contigo e com ela por favor 

 

Estaremos bem, ficaremos seguras com Damon e obrigado pelas flores mais uma vez Alex, eu tive uma tarde maravilhosa ao seu lado -- tranquilizo-a e ela mais uma vez beija-me antes de abaixar-se e beijar minha barriga, stefan estar a despedir-se gentilmente dos amigos da mãe e eu faço o mesmo enquanto ele vai falar com os enfermeiros e o médico, aproximo-me deles após as despedidas e vejo que Stefan esta a conversar com eles sobre o material que trouxemos para ela em especial e o que trouxemos para uso de todos, como as lanternas e pilhas, alguns cobertores, e mais alguma coisas, além de falar sobre a mãe pedindo que entrem em contato caso algo aconteça, ele reafirma que o seu telefone e de Damon estarão ligados a todo momento para socorrê-la e que não devem exitar em ligar, pede que cuidem bem dela. 

 

Por favor, ela é tudo que temos de mais importante -- Stefan fala e olha a mãe que esta  a terminar seu lanche já sentada com os amigos -- Eu não queria deixar ela aqui esses dias

 

Ela não quer ir, levá-la contra a vontade pode ser como apertar um gatilho para uma nova crise -- O médico fala e Stefan concorda triste -- Estamos preparados para isso, cuidaremos bem dela Stefan, não há com o que se preocupar todos aqui gostamos da sua mãe, estaremos todos bem 

 

Ainda assim eu me preocupo.. -- escuto Stefan responder e me afasto sentindo uma breve pontada na lombar, quando Stefan se aproxima de mim podemos finalmente sair da casa e eu deixo os dois arranjos e minha bolsa no banco de trás do carro, coloco o cinto e meu cunhado por fim deixa a propriedade observo pelo retrovisor os portões se fecharem enquanto o carro segue pela estrada de terra logo entrando na rodovia ao passar de alguns minutos, o sol ainda não havia surgido e os ventos estavam mais forte nos obrigando a fecharmos as janelas do carro e ficarmos a base do ar-condicionador e no rádio do carro falava algo sobre a quilometragem dos ventos, Stefan acaba por parar em um posto quando percebe que a gasolina estava acabando e eu vou a lojinha de conveniências para utilizar o banheiro mas não consigo, lavo meu rosto várias vezes e meu pescoço pois estava com calor o que não é normal devido o clima do dia, mais um estrondo me assusta e percebo que não passava de outro trovão seguido de barulhos estridentes e constantes no teto da loja fazendo-me perceber por fim que estava a chover e não era nada fraco. Saio do banheiro e meu cunhado estava dentro da loja, Stefan me lança um sorriso triste ao apontar para a chuva e eu apenas concordo, ele estava a pagar por fim o que havia pego na loja a gasolina -- Quer algo Elena? 

 

Não, eu estou sem fome -- respondo e outro estrondo me assusta -- Droga ... 

 

O tempo dentro daquela loja parecia não passar enquanto o som da chuva soava como granito atingindo o teto do lugar e a área coberta do posto onde o carro de Stefan estava próximo a uma das bombas de gasolina que ele utilizou. Meu telefone havia descarregado e o de Stefan estava dentro do carro trancado e ele nem poderia ir pegar com todo esse mundo desabando la fora sem falar nos ventos tenebrosos que deixava a tempestade adiantada ainda mais assustadora, eu estava incomodada com as dores que estavam surgindo e a cada  momento parecia mais intensa porém ainda assim não eram tenebrosas e tudo que eu queria era minha cama para repousar minha coluna dolorida no momento. Stefan estava sentado no chão da loja encostado no balcão onde atrás um homem loiro com uma barba tremenda estava sentado com os pés pra cima, ele ainda disse que meu telefone era moderno demais para ele quando perguntei se ele tinha um carregador para me emprestar, meus pés estavam inchando nos sapatos e eu tive que tirá-los pois ate eles estavam me incomodando, o chão gelado da loja tocava cada centimetro do meu pé conforme eu andava entre as prateleiras bisbilhotando as coisas impaciente. 

 

Stefan ? -- Chamo pelo meu cunhado após ter ido ao banheiro com mais uma vontade de fazer xixi, era a quarta vez que eu fazia desde que chegamos a loja, ele olha-me retirando sua atenção da porta de vidro com respingos da forte chuva e acho que não estava bem pois na hora o mesmo levantou-se preocupado -- Eu .. eu estou com dores e estão aumentando 

 

Elena ... Olha eu não quero te assustar -- ele fala após me olhar e eu soluço -- Mas eu acho que sua bolsa estourou, é isso ou fez xixi nas calças 

 

Olho para minhas pernas e havia um liquido claro e morno escorrendo nelas, como água e formando uma pequena poça de água em meus pés descalços. Droga minha bolsa havia mesmo estourado, eu realmente estava em trabalho de parto, mais que droga de sorte é essa que eu entro em trabalho de parto no meio do nada numa loja de conveniências em meio a uma tempestade tenebrosa, nada disso foi como eu planejei, naõ estava certo. 

 

Não, eu não.. não ta certo -- eu começo a gaguejar nervosa e ele segura minhas mãos e me tira da poça que um dia foi a minha bolsa uterina -- Não é assim, não é assim que deveria ser então não 

 

Sim, estourou -- ele confirma e eu me nego a aceitar, o homem resmunga ao ver a poça de água e joga um pano em cima mandando que a gente limpe pois ele não limparia água de útero, penso em ir pra cima dele mas Stefan me segura e pede que eu me acalme, concordo me afastando e tudo que vejo é meu cunhado reclamar com o homem pedindo para ser mais gentil comigo pois estava em trabalho de parto e em meio a isso sinto outras pontadas surgirem dessa vez não só na lombar, elas irradiavam para a parte inferior da barriga. Agora meus pés latejavam pois eu estava caminhando de um lado pro outro pela loja rapidamente orando para a chuva diminuir e eu poder ir ter minha filha segura no hospital, escuto Stefan chamar meu nome e esbarro nele ao dar a volta em meus próprios pés, ele segura-me pelos dois braços e pede que eu me acalme e eu começo a chorar baixinho assustada com tudo isso. 

 

O tempo aqui dentro da loja parecia não passar de modo algum enquanto a aflição em meu peito crescia juntamente as dores que surgiam, e eu já não sabia nem como orar mais perdendo-me em meio aos meus pedidos e orações constantes. Stefan novamente estava sentado e apoiado no balcão do caixa observando a chuva através da porta, caminho até ele já sem forças para caminhar enquanto meus pés latejavam junto as batidas do meu coração e sento-me ao seu lado respirando melhor após as contrações terem aliviado, não falamos nada por longos minutos e eu deito minha cabeça em seu colo ficando de lado no chão gelado que causa-me arrepios e permito-me cochilar um pouco cansada das horas seguidas de dor e medo que me atingiram desde então. 

 

Não dá Stefan -- assumo levantando quando novamente as dores retornam e ele sorri triste, prendo as reclamações de dor e tento puxar o máximo de ar mas estava cada vez mais difícil. Meu momento de dor é interrompido pelo grito do homem do outro lado do balcão e Stefan levanta em um pulo, eu já estou com dificuldade para fazer isso então demoro um pouco mais enquanto mantenho uma mão abaixo da barriga, e ao levantar vejo que o homem estava a chorar de dor e apontar para o pé, Stefan o ajuda a sair de trás do balcão e eu vejo o canivete atravessando seu pé devido o pequeno acidente que ele causara em si próprio -- Eu acho que não atingiu nervos ou artérias e veias pois haveria muito mais sangue, vou precisar de algumas coisas, tem álcool, algodão, gaze, esparadrapo ou fita? 

 

Sim -- ele confirma -- Tem alcool, algodão, gaze mas esparadrapo não mas eu tenho uma fita isolante 

 

Eu pego --- respondo e caminho entre os corredores rapidamente para pegar os pedidos de Stefan, retorno já com tudo em mãos e o homem tira da gaveta do balcão uma grande fita isolante, vejo ele gritar enquanto Stefan lava o corte com álcool após puxar o canivete, enquanto isso eu aliso minha barriga sentindo as dores constantes, ajudo Stefan e limpo o corte com uma das gaze encharcada em álcool, o homem grita e move a perna quase me chutando então eu mantenho minhas mãos firmes e aperto segurando seu pé fortemente enquanto ele reclama e chora -- Eu te garanto que sua dor não chega nem perto da minha dor, então pare de resmungar e seja homem 

 

Eu achei alguns medicamentos -- Stefan fala retornando com uma garrafa de água e remédios em mãos e entrega ao homem -- Anti inflamatórios para evitar e prevenir uma inflamação mas assim que conseguir uma trégua nessa tempestade deves ir ao hospital suturar 

 

Eu acho que vi agulha e linha em algum lugar -- comento para stefan -- Mas não temos anestesia 

 

Tenho Vodka -- o homem fala e olha para stefan enquanto eu ainda seguro o machucado que continuava a sangrar, Stefan vai atras da agulha e linha e o homem me indica o lugar que esta sua bebida, entro em sua salinha atrás do balcão e pego na gaveta uma garrafa pela metade de cachaça e retorno entregando a ele que bebe direto da garrafa e após grandes goles constantes Stefan começa a suturar a ferida após limpar a água com álcool. Afasto-me e caminho pela loja escutando os resmungos do homem toda vez que a agulha atravessa a carne do seu pé e faço uma oração silenciosa para que consiga aguentar até a chuva dar uma trégua e que minha filha fique bem. 

 

Aaah -- solto o grito ao sentir a forte pontada e inclino-me pra frente segurando abaixo da barriga e uma das prateleiras, vejo mais liquido escorrer um pouco por minhas pernas e tento controlar minha tremedeira que retornava mais uma vez. Bebo um pouco de água para molhar a boca seca -- Por favor Deus .. 

 

Eu finalizei a costura -- Stefan fala assim que me aproximo 

 

Precisamos ir -- sussurro e ele nega -- Stefan eu estou perdendo cada vez mais liquido, eu preciso  ir ou minha bebê não vai resistir 

 

Ele cala-se e vai ao banheiro, verifico o pé do homem que estava costurado e com um curativo pra cima do balcão, ele sorri agradecido ainda tomando vodka e eu forço um sorriso devido meu estado de torpor, quando Stefan retorna ele pede para usarmos a salinha e o homem permite, então entramos e ele fecha a porta e puxa a cortininha para o homem não além de fechar as persianas velhas, sento-me na mesa após stefan tirar as coisas de cima e arrasto-me até deitar. 

 

Isso é constrangedor -- resmungo após tirar minha roupa intima e stefan ri de mim -- Para de rir, eu nunca imaginei que teria que mostrar minha vagina ao meu cunhado 

 

Eu não voou ver, vou fechar os olhos e sentir -- ele fala óbvio 

 

Não ajuda -- resmungo e ele ri novamente -- Só vai de uma vez 

 

É isso que fala ao meu irmão?-- stefan zomba e eu quero chutá-lo mas não poderia afinal ele era tudo que eu tinha no momento, cubro meus olhos com o meu braço após ver que ele iria fazer o toque  e que estava mesmo de olhar fechados, e sinto o mesmo a sentir-me, resmungo incomodada e logo Stefan tira o dedo -- Eu ... Não tem muita dilatação Elena 

 

Eu estou ha horas sentindo dor, se não tenho dilatação preciso de um hospital sem falar que estou perdendo liquido feito torneira defeituosa -- falo nervosa e Stefan ajuda-me a levantar e descer da mesa, coloco a minha roupa intima e juntos saímos de dentro da salinha. 

 

Olha Warrick nós precisamos ir, faz o que eu falei sobre trocar os curativos e evita pisar com esse pé por muito tempo -- Stefan fala ao homem e coloca seu casaco em mim, pego minha bolsa no chão e minhas sapatilhas nas mãos pois meus pés não entrariam nelas, o tal de warrick agradece e abre a porta para nós, Stefan destrava o carro com o controle e assim que nós saímos correndo na chuva em direção ao veículo o homem tranca as portas novamente, entro no carro encharcada e jogo minha bolsa e os sapatos nos meus pés sem me importar, o som do motor soa em meus ouvidos enquanto mantenho meus olhos fechados respirando cansada após essa corridinha. 

 

O Barulho estridente da chuva contra os vidros do carro impediam que eu me acalmasse mas eu conseguia cochilar quando as dores iam embora, eu estava tremendo por fora mas queimando por dentro e não conseguia me aquietar no banco do passageiro, ficava a me mexer a todo momento em meio ao meu sono leve, enquanto Stefan dirigia concentrado e o barulho do seu telefone soou em meio a chuva mas eu não me importei em olhar para ele ou abrir os olhos simplesmente, apenas mantive minha cabeça apoiada no vidro e meus olhos fechados buscando forças para as próximas ondas de dores e o som da voz de Damon embala minha semi consciência. 

 

Stefan, merda cara eu passei um baita desespero tentando contato -- a voz de Damon e ansiosa e irritada -- Onde diabos estão? 

 

Quero responder ele, contar o que aconteceu mas simplesmente não consigo pois movo minha boca mas minha voz simplesmente não sai. 

 

Estamos no caminho, nós paramos em um posto para abastecer e a tempestade começou a cair forte, meu telefone estava no carro e o da elena esta descarregado -- Stefan explicou de uma vez -- Nós iríamos esperar a chuva passar ou diminuir para seguir percurso mas não dá ... 

 

Retorne ao posto, se proteja e proteja minha esposa -- Damon manda irritado 

 

Não dá -- meu cunhado repete e eu novamente tento falar com Damon 

 

Por que?-- Damon pergunta irritado e Stefan tenta falar mas um som estridente vindo da linha telefonica soa interrompendo a sua voz -- Por que Stefan ? 

 

Simplesmente por que elena esta em trabalho de parto, é isso -- Stefan fala 

 

Eu não entendi -- Damon fala e escuto Stefan rosnar xingando o telefone por estar cortando -- Fala novamente 

 

A bolsa da elena rompeu, ela esta em trabalho de parto -- a voz de Stefan é alta e isso faz  minha cabeça latejar um pouco mesmo ele não tendo gritado, remexo-me no banco incomodada com as dores que voltavam lentamente. 

 

Tem certeza?-- A voz de Damon esta abalada e surpresa 

 

Sim, eu sei como é quando uma bolsa rompe e ela esta com contrações -- stefan confirma óbvio -- Esta acontecendo irmão, sua filha nasce hoje .... 

 

Damon?-- chamo ao acordar 

 

Amor? -- ele chama por mim e começo a chorar baixinho -- Como você esta? 

 

Cheia de dor -- respondo e seco as lágrimas -- Ela tinha que chegar causando ... 

 

Ela é minha filha, eu não esperava nada diferente -- ele responde e isso me faz rir -- Quanto tempo de contrações ? 

 

Eu não contei mas acho que uns 20 minutos -- respondo e prendo um gemido de dor -- Prepara a anestesia, eu vou querer anestesia 

 

Estará tudo pronto.. eu juro -- a ligação cortou e não entendi metade do que ele disse -- Elena? 

 

Oi -- respondo e aperto o banco com dor 

 

Elena?-- damon chama novamente, ele não estava me escutando e por fim a ligação caiu 

 

Ficamos sem sinal aqui -- Stefan resmunga e bate no volante irritado, contorço-me no banco do passageiro e retiro minha blusa de manga molhada por cima do vestido molhado mas pelo menos diminuiria a sensação de calor em meio aos meus arrepios de frio por estar encharcada da chuva fria e do vento forte. Olho no relógio do rádio do carro e passava das 4:00PM mas parecia que já era noite devido as nuvens carregadas e cinzas que despejavam água sem parar sobre nós, as dores estavam cada vez mais constantes e eu já havia perdido mais liquido no banco do carro do meu cunhado sem falar que os dois bancos estavam encharcados por nós dois -- Como esta indo? 

 

Cheia de dor -- respondo óbvia e prendo um grito 

 

Pode gritar se quiser -- ele fala compreensivo 

 

Não, prender meio que ajuda -- falo respirando fundo após uns segundos e sinto liquido descer um pouco mais, bato minha cabeça levemente no vidro frustrada com tudo que estava me ocorrendo e meus queixos batem de frio apesar do aquecedor do carro esta ligado, não esta a melhorando em nada devido as roupas molhadas e o cabelo, coloco minha mãos abaixo da barriga e pressiono um pouco quando outra pontada rompe da minha lombar até onde minha mão estava, cruzo minhas pernas pressionando e chamo por Deus mais uma vez. Abaixo um pouco o olhar cansada e fecho meus olhos por alguns segundos, abro quando novamente a dor surge forte pois estava intercalando entre fraca e intensa em meio ao período de contração e sinto meu estômago embrulhar ao ver que o liquido que estava perdendo a poucos minutos jã não era incolor, havia sangue nele -- Eu to sangrando Stefan 

 

Merda.. merda .. merda -- ele resmunga alterado e pisa no acelerador, tenho medo de morrer em trabalho de parto e minha filha morrer, mas também tenho medo de morrer em um acidente de carro em meio a tempestade e minha filha morrer do mesmo jeito. Minhas mãos agora estavam sujas de sangue em minhas coxas e eu pego a minha blusa cinza molhada para limpar, a deixando entre as coxas enquanto as lágrimas já surgem em meus olhos tão intensas quando a chuva lá fora. Escuto Stefan resmungar e vejo que ele tem o telefone em mãos, estava digitando alguma coisa agressivamente, ele passa por uma curva na estrada já animado ao ver que estávamos próximos da entrada de Seattle mas seu sorriso some, olho pra frente e percebo que ele estava assim devido o fato de a estrada estar bloqueada por uma árvore caída obstruindo o nosso caminho -- Droga 

 

E agora ?-- pergunto e outra onda de dores rompe como se partisse meus ossos de uma única vez -- aaah 

 

Aqui tem sinal -- ele comemora e liga para alguém -- Damon? 

 

Stefan graças a Deus , onde estão ?-- damon pergunta aflito 

 

Na estrada, estamos no Km5 logo após a curva -- Stefan explica -- Há uma arvore obstruindo nosso caminho irmão, não conseguimos passar 

 

Ta saindo muito sangue -- falo já sem conseguir me aguentar e Stefan olha para minhas pernas minhas coxas sujas de sangue espalhados pela água da roupa e do corpo deixando tudo muito pior do que já parecia, a minha camisa já estava toda suja, de cinza estava laranja e não estava mais ajudando em nada, vejo emu cunhado fechar os olhos. 

 

Sangrando? -- Damon grita do outro lado da linha -- As contrações? 

 

10 minutos e diminuindo -- Stefan responde por mim enquanto choro e gemo baixinho com as dores, e pressiono minhas coxas em uma tentativa falha de parar o sangramento -- Ela ta aguentando o máximo que pode 

 

Eu to mandando uma ambulância e o corpo de bombeiros -- Damon fala e escutamos os burburinhos do outro lado da linha. 

 

Stefan, o corpo de bombeiros e uma ambulância estão a caminho -- a voz de Miranda soa ao telefone -- Aguentem firme ai 

 

Se tiver que escolher entre a minha vida e a da minha filha -- falo segurando a mão de Stefan e olhando diretamente para ele --- É a dela sem exitar 

 

Elena.. -- ele tenta falar 

 

Prometa que fará -- falo apertando sua mão 

 

Não prometa nada Stefan -- Damon grita do outro lado da linha -- Mantenha as duas vivas, não escolha entre uma ou outra 

 

Se for preciso ele fará -- eu respondo e uma lágrima escorre por meu rosto junto a um soluço -- Olhe pra mim Stefan, se eu não aguentar quero que faça alguma coisa, a tire de mim e entregue a Damon 

 

Não faça nada Stefan, nem prometa nada -- Damon fala novamente -- Elena não peça isso por favor 

 

Ela é a coisa mais importante da minha vida, eu não me importo de verdade em dar minha vida por ela -- falo chorando e um soluço escapa fazendo meu peito doer conforme sinto-me sufocada e tonta -- Por favor Stefan, prometa que fará se eu não aguentar, prometa que irá manter ela viva por favor 

 

Eu prometo --- ele fala por fim emocionado e eu agradeço com um sorriso em lágrimas, Stefan aperta minha mão afirmando sua promessa e nem se importa se estou o sujando de sangue com minha mão suja, solto um grito de dor quando outra forte pontada surge atravessando toda a minha lombar, espalhando por minha barriga e parando bem abaixo dela. 

 

Eu sinto muito amor, me desculpe caso eu não aguente até o socorro chegar -- falo a damon que nos escuta do outro lado da linha -- Mas seu irmão prometeu que a levará viva, eu confio nelo para isso e sei que você também confia 

 

Stefan trará vocês duas -- ele fala ao telefone -- Sem acordos 

 

Promete que vai cuidar dela?-- peço a damon e prendo um soluço mas sua resposta não vem -- Por favor Damon me prometa que cuidará da nossa filha, você vai cuidar dela e protegê-la sempre, amá-la incondicionalmente, e dizer a ela que eu a amei mais que tudo 

 

Amor, por favor -- ele implora e isso é meu fim, choro como uma criança assustada liberando tudo, minhas lagrimas copiosas, meus soluços e tosses constantes. 

 

Pro.. prometa -- peço em meio a um soluço -- Me promete por favor Damon, eu preciso ouvir isso de você, anda promete que ela será feliz e amada 

 

Eu prometo,prometo que nossa filha será feliz e amada -- ele por fim se deixa derrotar por minha insistência -- Prometo que farei de tudo para cuidar dela, terá uma casa segura, uma família amorosa, eu prometo que irei protegê-la e que direi todos os dias a ela que a amou incondicionalmente 

 

Obrigado --- agradeço e não escuto sua resposta -- Eu te amo .. 

 

A ligação cai por fim interrompendo nosso momento e volto a chorar em meio a minhas dores, meus medos constantes de tudo de ruim que poderia acontecer de agora em diante, choro com saudade de Damon e remorso por não ter me despedido direito dele, choro com saudades da minha menino que posso nem conhecer ou tê-la em meus braços para ninar como sonhei todo esse tempo,minhas mãos automaticamente tocam minha barriga em uma carícia. 

 

Aguenta firme fadinha -- sussurro e vejo que Stefan esta agressivo ao telefone tentando um sinal que seja mas é em vão, os trovões são constantes assim como os raios que surgem no céu escuro e cinza enquanto a chuva embala meus pensamentos temorosos e de certo modo acalma meu coração -- Aguenta firme só mais um pouquinho, logo estará com o papai ... eu prometo 

 

Os bombeiros.. elena os boombeiros -- stefan fala animado mas eu já não tenho forças e nem ânimo para nada, apenas apoio minha cabeça cansada no vidro do carro tentando resistir ao cansaço que me consome por horas a fio,o relógio marcava exatamente  6:00PM quando barulhos estridentes soavam em meio a tempestade, vozes constantes e Stefan tentava me acordar mas eu estava em estado de semi consciência -- Elena? 

 

hum -- é tudo que sai e ele suspira aliviado 

 

A ambulância chegou, aguenta firme -- ele fala e quase caio quando a porta é aberta mas um corpo me apoia agilmente, e logo eu estou sobre uma maca em meio a chuva e sou coberta por um cobertor térmico e com cobertor de alumínio. 

 

Minhas flores -- aponto para o carro e tento mover-me mas sou impedinda por um socorrista 

 

Compraremos outras -- stefan fala quando me colocam na ambulância 

 

Não.. não -- me nego e ele segura minha mão -- Pega minhas flores, é presente da sua mãe por favor, quero elas no quarto da minha filha no hospital 

 

Tudo bem -- ele concorda e abro um pouco meus olhos, o teto branco da ambulância com luzes acesas, as portas estavam abertas e rajadas de vento entravam no vaículo fazendo com que eu batesse meus queixos com frio no rosto mas o restante do corpo todo protegido, sinto uma fisgada no meu braço e percebo que estavam colocando soro em mim e ouço as portas serem fechadas com batidas, vejo Stefan ao meu lado sentado com as flores e meus pertences em mãos, encharcado mas ele tinha um sorriso esperançoso e cansado no rosto direcionado a mim e então tudo começou a ficar nublado.

 

A fadinha -- minha voz sai como um sussurro e tudo escurece em seguida. 

 

 

DAMON: 

 

 

A tempestade chegou adiantada causando um transtorno até para aqueles que estavam preparados para sua chegada, mas não hoje e em minutos o hospital começava a receber pessoas buscando abrigos e acidentes que se passaram desde a chegada da chuva forte  com trovões, raios e ventania constante. Para piorar ainda mais o meu estado de nervos Stefan estava a caminho com elena em trabalho de parto o que não me ajudava em nada pois eu estava incapaz de ajudar nos atendimentos nervoso da forma que eu estava, e nem conseguia mais contato com ele pois o telefone dava fora da área, o que me deixava ainda mais pilhado a cada segundo que se passava. 

 

Cadê a Elena?-- Lorenzo pergunta molhado ao chegar no hospital e tem ao seu lado Adele com uma bolsa de de costas em seu ombro, e Lorenzo tem em suas mãos nada mais que as coisas de Elena e da minha filha. 

 

Você demorou -- Lexi grita com ele ao ouvir o namorado e abre uma dar cortinas do PS no leito 5 e seu grito assusta enzo --- Esta machucado? 

 

Não -- ele responde e ela parece mais aliviada -- Eu demorei pois passei em casa peguei as coisas de Elena e da bebê no quarto dela, achei que sua filha não poderia vir ao mundo sem a mala dela de maternidade 

 

Obrigado -- agradeço o abraçando sem me importar se ele estava ou não molhado --- Mas foi perigoso, deveria ter vindo direto para o hospital 

 

Eu sei me cuidar -- ele assegura -- Onde esta elena? 

 

Eu não sei, Stefan sem sinal no telefone e eu não faço ideia de onde eles possam estar -- falo angustiado e Enzo suspira, Adele parece frustrada e preocupada ao seu lado -- Me proibiram de atender no meu estado de nervos 

 

Eu acho justo -- ele fala óbvio -- Pega, guarda as coisas delas e eu vou trocar de roupa para atender e ajudar o pessoal 

 

Enzo sai após entregar-me as bolsas e some, Adele vai até a sala de Richard e pede que eu o avise que ela esta bem e em sua sala pois o mesmo estava em cirurgia de uma senhor que chegou aqui logo no inicio da tempestade. Levo as bolsas para a sala dos staff, e em seguida vou até a galeria da sala de operação 2, uso o interfone da sala para avisar Richard que sua esposa estava bem e em sua sala aquecendo-se do frio e ele agradece aliviado, eu apenas precisava saber onde elena estava e como estava para enfim ficar assim também mas não tinha como saber, saio da galeria angustiado e desço as escadas rapidamente seguindo pelo corredor até por fim chegar a emergência novamente. 

 

Eu preciso fazer algo -- falo para Kyle e ele suspira 

 

Pode ir levar cobertores na sala de espera -- ele sugere e eu suspiro com o trabalho que me deu, mas concordo e vou até a dispensa pegando alguns cobertores e sigo até a sala de espera, começo a distribuir cobertores aos abrigados ali e eles vão agradecendo gentilmente e assustados com o mundo a cair la fora, olho pelo vidro da porta e pego-me a imaginar onde elena poderia estar em meio a tudo isso, meu coração se aperta com a incapacidade de ajudá-la no momento e quero chorar mas não o faço, entrego o ultimo cobertor a dois irmãos de 8 anos e ambos o dividem se abraçando quando um estrondo soou após uma rápida freada de carro e um micro ônibus havia capotado em frente ao hospital, corro para a porta do mesmo na adrenalina de retirar as pessoas dali e abro as portas. 

 

Os gritos de dor e medo das pessoas soavam por entre o som da forte chuva e esgueiro-me por uma janela quebrado do ônibus para verificar o estado, as pessoas estavam caídas entre os bancos, no teto do carro virado e em meio aos cacos de vidro do mesmo e seus pertences. 

 

Tudo bem, todos estão acordados ?-- pergunto olhando tudo a minha volta -- Eu quero que aqueles que conseguem mover-se por favor saiam de dentro do ônibus pelos janela mais próxima e corra para o hospital, vamos ajudá-los 

 

Eu to com a perna presa --- o motorista fala desesperado 

 

Vamos dar um jeito nisso -- grito de volta e vejo algumas pessoas sairem, ajudo uma senhora a caminhar até o hospital e enquanto a levo vejo Klaus, Lexi, Lorenzo, Ben, todos correndo para ajudar a retirar os feridos -- O motorista ta preso 

 

Quantas pessoas ainda estão lá?-- Klaus pergunta 

 

Não faço ideia -- respondo e repouso a senhora na cadeira de rodas que uma enfermeira trouxe, tínhamos macas e cadeiras de rodas vindo em nossa direção para socorrer os pacientes e eu retorno para o ônibus, arrasto-me para dentro dele pela janela e por fim consigo levantar para ir ajudar o motorista, Lexi estava tentando estancar o sangramento de uma moça com a coxa partida e um grande buraco na mesma -- Precisa sair daqui 

 

Você também -- ela rebate e mantém a pressão com as mãos -- Eu quero uma maca agora 

 

O que ?-- Enzo grita do fundo do ônibus por onde estava entrando 

 

Uma maca cassete, maca -- ela grita novamente e ele concorda e grita por uma maca, as luzes dentro do hospital ficavam piscando sem parar anunciando que a qualquer momento a energia poderia ir embora, Lexi conseguiu finalmente sua maca e com ajuda de enzo colocou a moça em cima e a amarrou, em seguida dois enfermeiros puxaram a maca para fora do ônibus para leva-la ao PS. Mantenho o motorista estável enquanto Klaus força as ferragens com um pé de cabra e aos poucos nós conseguimos liberar o homem que grita de dor em alguns momentos por ter ferimentos profundos nas pernas mas afirma sentir as mesma e conseguir mover, assim que ele esta livre o colocamos no chão e prendemos a uma maca que Klaus leva com Enzo e eu fico com uma mulher desmaiada entre os bancos e a pego no colo mantendo ela segura em meus braços e saio do ônibus já vazio. 

 

Minha filha -- ela fala ao ser colocada em uma maca normal e ser empurrada na direção do hospital -- Minha filha .. a minha filha 

 

Sua filha ?-- questiono perdido e ela balança a cabeça em meio ao desespero 

 

Algum de vocês pegou uma criança no veículo?-- grito ao correr ate meus amigos e eles negam perdidos -- Droga .. 

 

Volto para o ônibus e entro no mesmo buscando entre a bagunça de malas, bolsas, e bancos ver uma criança mas não tinha ninguém dentro do mesmo, abaixo-me para ver entre os bancos e embaixo deles mas não encontro nada. 

 

Sai dai Damon, tem gasolina vazando -- Enzo grita dos fundos do ônibus 

 

Tem.. tem uma garotinha em algum lugar -- respondo gritando como ele para que me escutasse e ele olha-me perdido mostrando não ter escutado. vejo um sapato rosa solto entre dois bancos que haviam se soltado e estavam contra a parede do ônibus e os puxo afastando um pouco deles para dar de cara com uma menina de uns 5 anos encolhida mas não estava chorando, ela estava quieta e em choque olhando-me curiosa e assustada enquanto tinha no cabelo uma tiara de gatinho cheia de brilhos -- Te achei pequena, vem precisamos sair daqui 

 

Não -- ela nega assustada e se encolhe mais 

 

Precisamos sair daqui, sua mamãe já saiu e esta esperando você -- explico e ela se encolhe quando tento me aproximar, não conseguiria passar entre os bancos para pegá-la ela teria que se aproximar um pouco e sair daquele canto sozinha ou não teria acesso a ela de modo algum. 

 

Anda Damon --- Enzo grita 

 

Já vou caramba -- grito olhando para ele  e ao olhar para a menina sorriu o mais amigável possível, ela olha-me com os olhinhos arregalados e assustado -- Por favor, precisa vir comigo a sua mãe saiu e esta chamando por você, temos cobertores la dentro para o frio, temos lanches e poderá ficar com sua mamãe 

 

Eu quero minha mamãe -- ela acaba por falar  e se aproxima um pouco, e quando ela esta próxima o suficiente consigo pegá-la e passar entre o espaço dos bancos, ela se agarra a mim e levanto-me por fim com ela nos braços --  Meu sapato 

 

Pego o sapato dela solto e corro para fora do ônibus quando vejo a frente do  mesmo começar a pegar fogo, Lorenzo grita desesperado nos fundos do ônibus e eu entre o que um dia foi uma vidraça, ele corre para longe afastando-se do veículo em chamas e eu caminho mais rápido enquanto a garotinha chora em meus braços e o som do ônibus explodindo ecoa por meus ouvidos causando um zumbido em seguida. 

 

O que diabos você estava pensando?-- Lexi grita comigo enquanto coloco a garotinha nos braços da mãe que estava na maca e as duas se abraçam, entrego o sapatinho solto também e elas agradecem, a mãe fortemente emocionada por ter a filha nos braços  e a maca é levada por fim para dentro do hospital , lexi acerta-me um soco no braço irritada -- Poderia ter morrido naquela explosão 

 

Tinha uma criança, uma vida lá dentro -- explico e ela para de me xingar olhando-me seriamente -- Não poderia deixar ela lá, não quando estou torcendo pela minha filha 

 

Me assustou -- ela fala abraçando-me e vejo enzo sentado dentro do hospital e ele parece bem abalado, nos aproximamos dele -- Você esta bem amor? 

 

Eu poderia ter sido explodido por estar preocupado com o herói ai -- ele responde -- Mas estou bem sim, salvamos todos 

 

Salvamos todos -- lexi repete  e senta após a adrenalina ter  abandonado seu corpo, ela estava tremendo -- Quase fomos explodidos salvando essas pessoas, olha para nós e para eles estamos todos no mesmo barco, assustados e perdidos dentro de um prédio que a qualquer  momento acabará a luz, com pessoas dependendo disso para  manter o suporte de vida, estamos com preocupações pois temos pessoas la fora assim como eles, estamos sitiados aqui dentro mas somos os que mantém a vida aqui, somos os que devem a todo custo manter a calma e eu to tremendo mais que vara vende em ventania 

 

Ficaremos bem -- enzo a abraça de lado e beija seus cabelos -- Precisa trocar de roupa ou vai ficar doente, e tem ossos a por no lugar amor 

 

Tem razão -- ela concorda e levanta, seguimos todos pela escadaria para trocarmos de uniformes encharcados e assim que estamos secos descemos ao PS onde todos estavam sendo atendidos e havia bombeiros colocando sacos de areia próximos a entrada do Ps para evitar a passagem de água que estava começando a acontecer e deixando apenas um pequeno espaço para macas, Lexi vai para os leitos com pessoas com problemas ortopédicos, Lorenzo esta em todo lugar pois muito dos casos de ferimentos faciais e em mãos são casos de plásticas. 

 

Meu telefone toca e vibra  em meu bolso e eu mais que depressa atendo afastando-me um pouco do barulho do PS para escutar melhor o que viria do outro lado da linha. 

 

 

 

Damon? -- a voz do meu irmão surge assim que atendo o telefone 

 

 

Stefan graças a Deus , onde estão ?-- Pergunto aflito por noticias  

 

Na estrada, estamos no Km5 logo após a curva -- Stefan explica e eu suspiro aliviado em saber que estavam próximos -- Há uma arvore obstruindo nosso caminho irmão, não conseguimos passar 

 

Ta saindo muito sangue -- Elena fala ao fundo e isso faz-me arrepiar. 

 

Sangrando? -- grito para saber se havia escutado bem o que ela disse e Bailey surge ao meu lado e eu coloco o telefone no viva-voz para que ela escute o que digo, vejo Rebekah se aproximar ao deixar um dos leitos  -- As contrações? 

 

10 minutos e diminuindo -- Stefan responde e escuto elena chorar e gemer baixinho, fecho meus olhos com isso angustiado -- Ela ta aguentando o máximo que pode 

 

Eu to mandando uma ambulância e o corpo de bombeiros -- Falo quando vejo Bailey retornar ao falar com o chefe dos bombeiros que estavam na porta do PS.  

 

Stefan, o corpo de bombeiros e uma ambulância estão a caminho --ela toma-me o telefone e fala isso ansiosa e eu apoio-me na parede com medo de cair. 

 

Se tiver que escolher entre a minha vida e a da minha filha -- Escuto a voz de elena um pouco embargada pelo choro, ela estava falando com a gente? --- É a dela sem exitar 

 

Elena.. -- Meu irmão tenta falar 

 

Prometa que fará -- ela insiste e sei que é com ele que esta  a pedir isso 

 

Não prometa nada Stefan -- grito para que me escutem  -- Mantenha as duas vivas, não escolha entre uma ou outra 

 

Se for preciso ele fará -- elena insiste e balanço minha cabeça em negação sentindo as lágrimas começarem a surgir mas as impeço de cair -- Olhe pra mim Stefan, se eu não aguentar quero que faça alguma coisa, a tire de mim e entregue a Damon 

 

Não faça nada Stefan, nem prometa nada -- falo novamente -- Elena não peça isso por favor 

 

Ela é a coisa mais importante da minha vida, eu não me importo de verdade em dar minha vida por ela -- Sua voz sai em meio ao choro, e uma lágrima escapa por meu rosto -- Por favor Stefan, prometa que fará se eu não aguentar, prometa que irá manter ela viva por favor 

 

Eu prometo --- ele fala por fim com a voz embargada pelo choro e decidido e eu suspiro e quero gritar mas me contenho, chuto uma lata de lixo irritado quando escuto elena falar comigo ao telefone que Bailey segurava emocionada.  

 

Eu sinto muito amor, me desculpe caso eu não aguente até o socorro chegar -- Ela fala e eu volto a me aproximar de Bailey e Rebekah pego o telefone da mão de Bailey e estou a tremer -- Mas seu irmão prometeu que a levará viva, eu confio nelo para isso e sei que você também confia 

 

Stefan trará vocês duas -- respondo a ela -- Sem acordos 

 

Promete que vai cuidar dela?-- Ela pede a mim e eu não sei o que dizer, quero dizer que não que não farei nada disso sozinho, que ela deve fazer isso ao meu lado como imaginamos e combinamos juntos desde o inicio -- Por favor Damon me prometa que cuidará da nossa filha, você vai cuidar dela e protegê-la sempre, amá-la incondicionalmente, e dizer a ela que eu a amei mais que tudo 

 

Amor, por favor -- Imploro com a voz afetada pelo choro que estou a prender, e isso é o fim pois elena chora cada vez mais, soluçando e tossindo na linha enquanto eu escuto desse lado com o coração apertado e um frio na espinha. 

 

Pro.. prometa -- pede em meio a um soluço -- Me promete por favor Damon, eu preciso ouvir isso de você, anda promete que ela será feliz e amada 

 

Eu prometo,prometo que nossa filha será feliz e amada -- Eu por fim acabo a prometendo, derrotado por sua insistência constante e as lágrimas surgem silenciosas por meu rosto -- Prometo que farei de tudo para cuidar dela, terá uma casa segura, uma família amorosa, eu prometo que irei protegê-la e que direi todos os dias a ela que a amou incondicionalmente 

 

Obrigado --- ela agradece mas eu não respondo pois sei que chorarei  -- Eu te amo .. 

 

Elena? -- chamo seu nome mas a ligação havia caído -- Elena? elena ? 

 

O socorro esta a caminho elas vão chegar bem -- Rebekah é positiva e esperançosa mas eu não sei o que dizer, passo as mãos pelo cabelos nervoso e caminho em direção a porta do PS para esperá-los mas sou impedida por Enzo que entra na minha frente. 

 

Ta chovendo, espere aqui dentro -- ele fala e eu tento passar mas ele não permite -- Quer me bater? pode fazer eu não ligo mas não vou permitir que saia nessa tempestade correndo riscos de vida, aliás eu tenho um bisturi em mãos .. 

 

Eu não me despedi -- falo sentando  no chão do corredor do PS que dava ao elevador sem me importar e fico ali aguardando a chegada delas, olho no meu telefone e tento ligar para stefan mas estava dando desligado e eu imagino que o telefone descarregou por completo, não consigo ficar quieto totalmente, olho para todos os lados bato minha cabeça levemente na parede, estico e flexiono as pernas em questão de poucos minutos sentindo-me totalmente inútil e desesperado. 

 

Tudo bem vamos nos preparar, elas estão chegando -- Bailey comanda e eu levanto-me rapidamente, e corro para a porta do PS com Bailey, Rebekah vem logo atrás com as luvas já em mãos assim como Bailey e eu peço um par de luvas e a loira joga-me um, agradeço e as coloco rapidamente enquanto vejo a ambulância vir escoltada pelo corpo de bombeiros. Abro uma das portas e a outra o paramédico empurra de dentro fazendo assim ambas abrirem, ele pula para fora e puxa a maca agilmente enquanto o segundo empurra e logo elena esta fora, desacordada e coberta sobre a maca. 

 

 

Esta desacordada, contrações a cada 5 minutos, batimentos caindo e pressão também -- ele fala atualizando Bailey -- Perdeu uma boa quantidade de sangue 

 

Vamos levar para a SO -- Bailey comanda e a maca é empurrada para dentro do hospital, Stefan desce do carro com dois arranjos de flores em mãos e as coisas de elena, ele esta molhado com um cobertor sobre os ombros e parece ter corrido uma maratona por dias seguidos de tão abatido. Entro ao seu lado pelas portas do PS enquanto ele fala que fez o possível mas não respondo no momento, ele precisava ser cuidado. 

 

Bennett, verifique o meu irmão por favor -- peço a retirando do caso de elena enquanto ela seguia a maca para ajudar e Bailey concorda comigo, Bonnie retorna para cuidar de Stefan e eu sigo correndo pelos corredores seguindo a maca --- Eu quero entrar 

 

Damon.. -- Bailey tenta 

 

Eu vou entrar -- Falo decidido e coloco minha touca, entrando na sala de cirurgia como ela havia feito, sento-me no banco quando Bailey ordena que eu faça e ela começa a cirurgia  assim que o anestesista diz que ela esta totalmente dopada e não sentirá nada, seguro sua mão com o oximetro preso ao dedo, e observo Miranda agilmente pegar o bisturi que a tecnica de instrumentos passa a ela quando é pedido e fazer um rápido corte em Elena. 

 

Os batimentos do bebê estão diminuindo -- Rebekah anuncia no canto observando o monitor do bebê e levantou para intervir no parto. 

 

Estamos quase lá --  ela anuncia e Rebekah se aproxima com a encubadora e em seguida a bebê esta nos braços de Bailey com o cordão ainda intacto, Rebekah corta o cordão rapidamente e pega a bebê a colocando na encubadora e levando mais ao canto da sala -- Como esta a criança? 

 

Acho que as vias aéreas dela estão obstruidas -- rebekah responde examinando minha filha e eu levanto-me para ir até ela -- Elena? 

 

Estou cuidando da hemorragia -- Bailey responde -- Deve ter ocorrido devido o acidente de ontem, o esforço de hoje .. elena é teimosa 

 

Sim -- todos concordamos 

 

Pode ir ajudar Bailey Caroline, eu me viro aqui -- Rebekah fala para a loira que volta para a mesa de cirurgia onde Ben estava a ajudar a esposa na cirurgia. Aproximo-me da mesa sem saber para onde ir, se ficava ao lado de elena, ou ia com minha filha ... 

 

Ela ainda não chorou -- Caroline fala sobre a bebê 

 

Vamos lá pequena, chora pra titia -- Rebekah resmunga -- Injetem 3cc de oximetazolina, e ... 

 

Ainda há sangramento -- Ben anuncia e eu me aproximo da maca de elena 

 

Verifique o retroperitônio -- Bailey comanda e ele o faz, observo eles a mover suas mãos entre os sangue de Elena, havia gaze entrando branca e saindo cheia de sangue enquanto as três vozes se sobressaiam uma pela outra confundindo-me e eu nem conseguia escutar a voz de Rebekah direito ao fundo. 

 

achei, veia lombar -- Caroline anuncia encontrando o foco do sangramento

 

eu pedi 3 cc de oximetazolina, 0,5 de epinefrina e 0,5 de bicarbonato -- Rebekah repete irritada 

 

Quero fio reforçado -- Bailey grita também e eu fico cada vez mais perdido ali dentro, aproximo-me de elena e observo o seu monitor cardíaco, seus batimentos estavam fracos mas ela estava aguentando -- Peçam mais uma bolsa de sangue 

 

Batimentos da bebê estão subindo -- Rebekah  anuncia mas ainda não havia choro, ela usa a sucção e aspira um pouco as vias aéreas da pequena. Em seguida o som do seu chorinho invadiu a sala de cirurgia deixando a todos aliviados e embalando a emoção de cada um, sinto meu corpo arrepiar ao escutá-la finalmente e começo a tremer ao lado de Elena, Rebekah sai da sala com a encubadora e minha filha. 

 

Vai com ela, elena ficará bem -- Bailey fala e eu a olho por alguns segundos -- Vamos já finalizar querido, ela vai ficar bem.. vá ficar com sua filha, ela acabou de  chegar ao mundo e esta assustada, ela precisa de você 

 

Saio da sala de cirurgia e retiro as luvas e máscara, caminho até o elevador rapidamente ainda em meio ao meu torpor e quando ele abre clico constantemente no botão do terceiro andar, ao abrir corro até a ala pediátrica a procura da minha menina, através do vidro vejo Rebekah a examiná-la na sala a minha frente com mais duas enfermeiras, ambas usando uniformes rosas e avental rosa, com todos os equipamentos de segurança necessários, bato no vidro para chamar atenção e Rebekah sorri para mim, ela faz um sinal com a cabeça e eu caminho até o final do corredor a alguns metros e viro a direita entrando na sala e visto-me com touca nova e máscara nova, atravesso as portas duplas para a outra parte da sala onde Rebekah estava e me aproximo escutando ainda seu choro angustiado. 

 

Ela tem ótimos pulmões -- Rebekah comenta -- O coração dela esta bom, estava fraco devido a falta de oxigênio e a perda de liquido e sangue que Elena sofreu mas ela está bem, muito bem 

 

Graças a Deus -- minha voz sai um pouco abalada e por um minuto eu quis chorar ao escutar aquilo.  Rebekah conversa comigo ao canto sobre os sinais dela estarem melhorando enquanto as enfermeiras colhiam amostra para exames essenciais, e faziam os testes necessários para toda criança, pezinho, ouvido, olhos e após acabarem elas aproxima-se com as amostras dos exames, e dos testes. 

 

Pode pegar ela se quiser -- Rebekah fala quando nos aproximamos do berçário que ela estava, enrolada na mantinha do hospital, chorando sem parar e a loira a pega nos braços como se fosse a coisa mais fácil do mundo e estende-me a bebê. Suspiro antes de aceitar e logo a pequenina esta em meus braços e a seguro com cuidado mantendo ela próxima a mim -- Vou deixá-los sozinhos, e vou verificar algo para ela vestir 

 

Na sala do staff, as coisas dela estão lá -- respondo sem tirar os olhos da minha filha, ela tinha os olhinhos fechados chorando e fazendo caretas enquanto o som estridente e doloroso saia de sua boca aberta, Rebekah logo sai e eu estou sozinho com ela -- Oi filha.. oi fadinha 

 

 

Seu choro para ao escutar-me e ela soluça com um pequena sacudir em meus braços, isso me faz rir mas ela parou de chorar finalmente, esta em meus braços e parou de chorar e isso me tomou por uma grande emoção. 

 

 Oi fadinha -- repito com um nós na garganta e meus olhos nublam pelas lágrimas, ela esta calma e pisca os olhinhos lentamente escutando-me -- É tão assustador ter você em meus braços mesmo tendo esperado tanto por isso, eu te amo tanto filha e isso me apavora pois eu acabei de te conhecer de fato, mas é real e esmagador pois sei que a partir desse momento tudo que eu tenho, tudo que eu sou é seu, eu sou seu por inteiro fadinha do papai 

 

As lagrimas descem por meu rosto em meio a emoção e levanto um pouco seu corpinho o aproximando do meu rosto, deixando nossos rostos colados e ela mexe-se em meus braços mas esta calma ainda, ela reconheceu minha voz e isso derreteu meu coração. 

 

Você é a luz da minha vida, meu verdadeiro amor e meu mundo por inteiro --- sussurro e deposito um beijo em sua cabecinha, a mantenho próxima a mim sentindo seu corpinho e sua respiração tão próxima a minha, a enfermeira Morine surge com as coisas dela e a toma dos meus braços, observo ela atentamente e agilmente lavá-la rapidamente enquanto ela chorava aos montes e em seguida secá-la e limpar a pequena corretamente, passando um pouco da pomada que elena pôs na bolsa de maternidade e a vestindo tão ágil que fez tudo parecer fácil, logo a minha menina era um pacotinho cinza e rosa com uma touca rosa e a sua mantinha própria toda embrulhada como um presente. 

 

Esta prontinha -- Morine fala devolvendo-me ela e tenho um sorriso no rosto ao recebê-la de volta pra mim 

 

Meu presente -- falo a pegando e ela parou de chorar assim que estava vestida mas seu rostinho estava avermelhado pelos minutos de choro que teve no banho. Morine fecha as duas bolsas dela e pendura nos ombros -- Onde vai? 

 

Vou levar ao quarto da elena -- ela responde e pergunto se elena ja estava no quarto -- Estavam prestes a levar ela para um quarto 

 

Obrigado Morine -- agradeço e ela sorri enquanto levava as duas bolsas da bebê e o berçário para deixar no quarto, saio da sala após livrar-me da máscara e da touca no lixo próximo a porta e sigo pelo corredor com a minha filha comigo, uma sensação estranha estava crescendo em mim. 

 

Ela é a coisa mais linda -- Caroline fala quando chego ao segundo andar onde eles estavam aguardando em um dos corredores, estavam sentados numa maca no meio do corredor próximos ao elevador, sento-me na maca e eles cercam-me para vê-la. 

 

Oi, eu sou a tia Lexi -- Lexi fala sentada ao meu lado 

 

Não deveriam estar atendendo os pacientes?-- pergunto 

 

Eles estão bem, nós estamos onde deveríamos estar -- Caroline responde com um sorriso esmagador no rosto -- Vou fotografar e mandar para a mãe da elena, tia Miranda vai surtar ao saber que esta presa no aeroporto devido a tempestade e que a neta já nasceu 

 

Faça isso -- confirmo e ela fotografa a pequena em meus braços, acaricio seu rostinho com o dedo e deixo as duas babarem a minha filha mas não abro mão de tirá-la de meus braços, não por enquanto afinal eu a tinha a pouco tempo, a queria só pra mim, Lorenzo e Bailey surgem do elevador e Bailey tem as duas mãos em oração ao me ver com minha filha -- Como esta Elena? 

 

Bem, ela esta no quarto agora -- respondeu Bailey -- Sua filha tem uma mãe muito forte 

 

Sim, ela tem -- confirmo 

 

Elena esta bem, estamos todos bem -- Enzo fala e sorri mordendo o dedo da mão -- Eu não acredito que temos uma mascotinha 

 

Ela é linda -- Bailey elogia e todos concordam 

 

Os olhos dela são claros -- falo bobamente -- São os meus olhos ... 

 

Andem vão trabalhar -- Bailey comenda e todos saem feito flecha quando ela os encara ficando apenas nós dois e minha filha enquanto seguíamos para o quarto de Elena. Ao entrarmos surpreendo-me ao ver uma mesa de canto com ursinhos, balões rosas, os dois arranjos que elena havia trago com ela na viagem, alguns docinhos e lembrancinhas todas rosinhas com '' Baby Salvatore'' nas embalagens, ela diz que todos decidiram fazer-nos essa surpresa há dias e que tudo estava guardado na sala de Richard há uma semana mais ou menos apenas aguardando o momento, as duas bolsas dela e a de elena estavam no sofá abaixo da janela próxima a porta e o berçário estava ao lado da cama de elena que dormia profundamente -- Ela vai acordar a qualquer momento 

 

Obrigado Bailey, eu não sei como agradecê-la por tudo que já fez pela vida de Elena e por minha vida afinal -- falo agradecido e ela sorri carinhosa. 

 

Eu faço por amor a ti menino, é meu aluno .. como se fosse minha família -- ela fala seriamente e eu mais uma vez agradeço, ela então aponta para o berçário sugerindo que eu coloque a pequena lá dentro mas eu balanço minha cabeça em negação a fazendo rir,  sento-me na poltrona com ela em meu peito e Bailey verifica os sinais de elena atenciosamente. 

 

.... 

 

ELENA: 

 

O barulho do monitor cardíaco  invadiram minha audição confundido meu cérebro em meio a vozes e lembro-me de estar no carro sangrando e implorando pela vida da minha filha e depois tudo é uma confusão em meio a um borrão de imagens desfocadas por lágrimas e em seguida é só escuridão, escuto novamente o bip do monitor indicando que eu estava viva e forço-me a abrir os olhos para dar de cara com as luzes piscando do quarto, o som do trovão forte quase faz-me gritar de susto e medo, mas me acalmo ao ver que estou realmente segura no hospital e procuro ver algo pelo quarto, Bailey estava em pé ao lado da minha cama mexendo em algo no aparelho e ela sorri para mim ao ver que estou acordada. 

 

Oi nova mamãe -- ela fala fazendo-me sorrir ao escutar isso e abro a boca para perguntar por minha filha -- Fizemos uma cesariana de emergência,  teve uma hemorragia séria elena mas conseguimos reverter e sua filha está muito bem 

 

Onde ela está?-- pergunto e ela aponta para o canto do quarto onde Damon estava deitado no sofá debaixo da janela com um pacotinho cinza e rosa em cima dele, essa imagem me faz sorrir e emociona-me -- Parece que já temos um preferido ... 

 

Ele não se desgrudou dela ainda -- Bailey fala baixinho mais uma vez e as luzes piscam novamente e por fim se apagam -- O gerador extra logo irá funcionar e estaremos bem 

 

E assim foi feito, logo as luzes retornam quando o gerador extra passa a funcionar deixando-nos iluminados totalmente e só então eu percebo a decoração no canto do quarto próximo a janela do prédio, os meus arranjos de flores em vasos, ursinhos de pelúcias com roupinhas rosas e lacinhos, ursinhas na verdade, flores rosinhas, balões com '' Its a Girl'' escrito e '' Welcome Princess'', havia lembrancinhas mas sem o nome dela afinal ninguém sabia o nome pois não decidimos, havia nossos sobrenomes para saberem que era a lembrança da nossa menina e isso me fez sorrir. 

 

É uma bela decoração -- falo apontando para o canto e Bailey concorda 

 

Cortesia dos amigos -- ela fala e pisca e desliga o monitor cardíaco, quando o som do mesmo para Damon desperta de prontidão e sorri ao me ver, aliviado por estar viva e o fato do aparelho estar mudo é por ter sido desligado e eu não precisar mais disso. Sorrio de volta e ele levanta-se com a minha filha nos braços e eu logo tenho meus braços estendidos em sua direção com o coração acelerado de ansiedade para tê-la comigo e ele entrega-me sentando ao meu lado enquanto eu seguro em meus braços a minha vida -- Vou deixá-los a sós, depois liberarei as visitas 

 

A baixinha sai e fecha a porta dando-nos privacidade em nosso momento, sinto Damon beijar meus cabelos enquanto olho a minha bela menina dormindo em meus braços com a boquinha parecendo um coração, os olhinhos inchados fechados e as bochechas por sua gostosura, a pele vermelhinha, toco sua bochecha com a ponta do dedo em um carinho leve e sinto sua maciez surreal fazendo-me derreter com o primeiro toque da nossa pele, estávamos vivas e juntas finalmente. 

 

Oi amor, é a mamãe -- falo baixinho e as lágrimas que nublam meus olhos impedem-se de vê-la perfeitamente, olho para Damon ao meu lado e sorrio em meio a minha emoção -- Ela é linda 

 

Sim ela é -- ele concorda -- Eu estou tão apaixonado Elena, é intenso e assustador 

 

Eu sei, sei exatamente como é -- comento e ele beija-me rapidamente 

 

Obrigado -- agradece e eu sorrio sem saber o que dizer -- Como se sente? 

 

Um pouco dolorida mas totalmente realizada -- respondo e volto a olhar para ela que dorme em meus braços sem se importar com o som da forte tempestade a cair la fora e que quase nos matou, estava serena e vê-la assim acalmava-me o coração. 

 

Precisamos de um nome para ela -- Damon fala após um tempo em silêncio e eu concordo, olho para ele esperando que sugira algo mas ele permanece calado -- Ela tem cara de quê? 

 

De vida -- respondo e ele ri, encosto-me nele e deixo minha cabeça repousar em seu ombro, suspiro enquanto a mantenho segura e quentinha em meus braços -- Eu sei um nome .. 

 

Diga-me -- ele me incentiva 

 

Eu estava a pensar em chamá-la de Anna -- falo por fim e ele olha-me surpreso com o olhar meio emocionado -- Mas sua mãe sugeriu-me um nome na noite em que contamos a ela a gravidez, Alexandra estava com medo de esquecer e não poder participar dos momentos, ela sabia que tinha esses riscos devido as crises e me sugeriu um nome quando estávamos sozinhas, e depois disso eu fiquei a de fato imaginar que só ha espaço para uma Anna na família, a sua irmã .. por isso a chamei de fadinha esse tempo todo, estava em dúvidas 

 

Qual o nome que minha mãe sugeriu?-- ele pergunta por fim 

 

Florence -- respondo e ele olha para a pequenina em meus braços -- Significa '' A que floresce'' '' Próspera'' 

 

Alex sugeriu isso?-- Damon olha-me e eu confirmo -- Gosta do nome? 

 

Sim, eu realmente acho que ela tem cara de Florence -- respondo e ele sorri -- É um nome forte, fácil e com um significado lindo, Alex tinha razão quando disse que ela traria-nos vida, que ela prosperaria sobre nós, ela é Florence .. 

 

Então é isso, Florence Salvatore -- Damon concorda e ouvir seu nome faz-me sorrir, beijo seu rostinho e ela mexe-se em meus braços não gostando de ter sido movida em seu sono, sorrio com os olhos em lágrimas com o coração aquecido de gratidão por ter meu milagre em minhas mãos. Babo um pouco mais sua imagem e acabo tendo que a colocar no bercinho para que durma bem e meus braços estavam ficando doloridos mas mantenho meu braço esticado e minha mão sobre ela mexendo em sua roupinha enquanto ela dorme e Damon abraça-me deitado ao meu lado, ele conta-me sobre as horas em que aflito a nossa espera e meu coração se aperta ao saber que poderíamos não estar tendo esse momento em família, que ele poderia ter perdido a nós duas ou a mim, mas que de alguma forma ele teria saído tão machucado que faz-me sangrar só de imaginar, ele conta-me sobre como a tempestade causou um transtorno no hospital e sobre o acidente com o micro ônibus bem em frente e que por pouco o veículo não explodiu com ele e uma menininha dentro. 

 

Não acredito que cometeu esse ato suicida -- falo descrente e ele confirma com um aceno de cabeça e beija meu rosto -- Quer dizer que Florence e eu poderíamos ter chegado ao hospital para recebermos a noticia que você foi explodido? 

 

É -- ele confirma e sorri culpado -- Mas em minha defesa, vocês também estavam correndo risco e eu poderia tê-las perdido, estamos todos quites por essa 

 

Tudo bem, vamos perdoar -- falo e acaricio sua barriguinha por cima do tecido quentinho da sua roupinha que compramos juntos -- Afinal foi apenas mais um dia catastrófico em nossas vidas e nós aguentamos firmes, Florence já chegou mostrando que é forte 

 

Um dia catastrófico mas com um presente maravilhoso -- ele sussurra e tenho que concordar -- Sobrevivemos ao primeiro dia de tempestade e recebemos nosso presente antes da hora, é maravilhoso 

 

O dia não foi de todo ruim, o inicio foi muito bom -- comento óbvia e suspiro -- O final dele foi melhor ainda, olha só como ela respira serena .. deve esta sonhando 

 

Como minha mãe estava?-- ele pergunta e sorrio ao lembrar de Alex 

 

Bem, nós tivemos horas maravilhosas juntas e colhemos flores, fizemos os arranjos, enfeitamos o quarto dela com as flores, desenhamos um sol para iluminar seus dias na tempestade, ela estava confiante e ficou animada ao ver os presentes que levamos -- respondo e sinto seu sorriso enquanto beija minha pele -- Mandou que ligasse quando acabasse a tempestade para avisarem que estão bem e vivos, ela estava preocupada com os filhos 

 

Ligaremos -- Damon confirma e fecho meus olhos por alguns segundos 

 

Sei como ela se sente, olha só .. ela é pequena e indefesa -- explico e ele esta calando ouvindo-me atentamente -- Meu coração sangra de imaginar que algo de ruim pode ocorrer com ela,morro mil mortes e ela esta bem aqui ao meu lado, é assustador   

 

Nossa conversa segue por um longo tempo, eu não tinha sono e nem ele, estávamos a velar o sono dela e papear baixinho para não interromper o momento de descanso da pequena dorminhoca, falamos sobre tantas coisas. Somos interrompidos quando a porta do quarto abre, passava das 10:00PM e o andar estava totalmente silencioso, sorrio aos ver Lexi entrar sorridente no quarto com Lorenzo, Stefan, Caroline e Rebekah, todos em fila indiana como um bondinho de visitas e estavam todos sorridentes,em seguida Adele entra com Richard, Bailey,  Ben, Jeremy e por ultimo Klaus fechando por fim a porta e deixando o quarto tão pequeno com todas as visitas de uma única vez mas era acolhedor tê-los ali em nossos momento. 

 

Obrigado Stefan, você foi um tio e tanto hoje -- falo para meu cunhado que sorri sem jeito -- Seremos eternamente gratas a ti, de verdade 

 

Não precisa -- ele responde -- Posso me aproximar dela? 

 

Claro, é sua sobrinha seu bobo -- Damon responde óbvio e ele aproxima-se do bercinho onde a pequena repousava -- Ela é linda como o pai 

 

Ela ainda não despertou para alimentar-se -- Comento após o riso do comentário de Damon cessar  e Caroline esta em volta do berço com Stefan e Jeremy, babando a pequenina que dorme serenamente. 

 

Ela teve um dia difícil --  Adele comenta aproximando-se também junto a Richard -- Quando a fome de fato apertar, ela vai acordar com a bola toda 

 

Klaus conversa conosco sobre como estão os pacientes do acidente de ônibus enquanto eles provam alguns dos docinhos que estavam disponíveis as nossas visitas e nos mantém distraídos pela conversa enquanto Florence dorme ao lado da cama que Damon e eu estamos dividindo. 

 

 

Ainda não sabemos o nome dela -- Jeremy comenta  enfiando um docinho inteiro na boca 

 

Nós decidimos a chamar de Florence -- Falo por fim  e a expressão deles demonstra terem gostado do nome escolhido -- É um nome bem forte, e achamos que combina com ela 

 

Podemos chamá-la de Flor -- Enzo sugere quando Lexi pergunta qual seria de fato o apelido que dariam a pequena -- É fofinho 

 

Bailey, você poderia pegar  ela  por favor -- Damon pede e Miranda confirma aproximando-se e pegando a garotinha do berço, ela caminha em nossa direção para entregar a nossa filha mas Damon balança a cabeça em negação a confundindo -- Nós queremos que segure ela um pouco enquanto falamos isso

Falam o que?-- ela questiona

Enfim Miranda Bailey você salvou a vida dela e de elena hoje, nós conversamos bastante sobre isso e queremos que seja a madrinha oficial de Florence -- Damon anuncia por fim

 

Serio?-- Bailey pergunta surpresa e ambos confirmamos, ela sorri com a pequena nos braços e a olha por alguns segundos -- Será uma honra, eu aceito e agradeço 

 

Stefan será o padrinho oficial -- comunico e ele concorda com um sorriso no rosto, recebendo de rebekah um beijo carinhoso no rosto e um abraço de comemoração por ter sido o escolhido -- Rebekah você pode ser a madrinha numero 2 por favor? 

 

Eu adoraria -- ela confirma sem se importar em ser a segunda , e novamente abraça Stefan animada em ser a segunda madrinha.

 

E Jeremy nós adoraríamos que fosse o segundo padrinho ao lado de Rebekah, não recuse meu pedido de irmã -- falo o olhando em pé estático ao ser pego de surpresa com o meu pedido, ele sorri e confirma fazendo-me sorrir. 

 

Obrigado Elena -- ele agradece e aproxima-se de Bailey e sorri para a sobrinha 

 

Faremos o possível para sermos os melhores padrinhos que um bebê pode ter -- Stefan fala e os outros três concordam, agradeço junto a Damon enquanto temos nossas mãos juntas e os quatro estão a babar a afilhada não dando espaço para os outros. 

 

 Faremos o possível para sermos os melhores.. ah me poupe  -- Enzo resmunga imitando Stefan e isso causa uma onda de risos dentro do quarto, até eu que não poderia rir tanto estava a rir da cena de ciúmes do mesmo que tinha uma carranca no rosto. O som do choro de Florence calou a todos, e ela estava começando a despertar e mexer-se nos braços de Bailey irritada com o barulho que causamos e todos nós ficamos calados, exceto a tempestade do lado de fora  que continuava a cair causando barulhos constantes e desagradáveis com trovões e relâmpagos. 

 

Ela esta faminta, hora de alimentar a pequena -- Bailey fala entregando-me minha filha e eu agradeço, a acolhendo melhor em meus braços e aos poucos os convidados vão saindo, em fila indiana para nos dar privacidade, com ajuda de Damon eu consigo desfazer-me do laço da parte posterior da camisola do hospital e retiro uma das mangas deixando meio seio livre para alimentar a minha fadinha faminta no momento e muito irritada -- Aqui elena, use para limpar o seio antes 

 

Obrigado -- agradeço usando um algodão molhado para fazer uma breve limpeza do seio e em seguida seco com uma fraldinha de pano dela que Bailey pegou -- Calma garotinha, calma 

 

Ela é bem nervosa -- Damon comenta risonho quando vê que ela estava a mexer o rosto em meu seio buscando o bico para mamá-lo e eu a ajudo, ela rapidamente começa  a sugá-lo causando-me uma sensação diferente, olho para a pequena a alimentar-se através de mim e meu coração se aquece por inteiro levando-me as nuvens enquanto explodo de amor e alegria por minha filha mais uma vez nas ultimas horas. 

 

Eu vou pedir para Morine vir ajudá-la depois a colocar uma das suas camisolas que é melhor na amamentação e trazer algo para comer e beber -- Bailey anuncia antes de sair do quarto e eu apenas balancei a cabeça sem olhá-la pois estava hipnotizada no momento vendo a minha filha alimentar-se pela primeira vez desde sua chegada em minha vida, puxo um pouco mais o queixo dela para encaixar melhor a auréola em sua boca e ela chora  resmungando causando risos a mim e ao seu pai. 

 

Olá Elena, como está aqui?-- Morine pergunta minutos depois entrando no quarto e eu sorrio para a morena com corte masculino em uniforme rosa, ela sorri de volta ao ver Damon em pé colocando Florence para arrotar após seus longos 20 minutos mamando sem parar. 

 

Esta tudo maravilhoso -- respondo e retiro as cobertas de minhas pernas, ela rapidamente caminha até mim e ajuda-me a levantar da cama, o chão gelado causa um breve choque em meus pés que atravessa todo meu corpo e isso faz-me despertar de uma vez, Morine pega a minha bolsa de maternidade ao lado das duas bolsas de Florence e leva para o banheiro enquanto permaneço em pé ao lado da cama para esticar um pouco as pernas, eu estava totalmente dolorida após as horas da cirurgia, com a ajuda e paciência da enfermeira consigo chegar ao banheiro caminhando e ela ajuda-me a tomar banho, eu deveria sentir vergonha mas Morine era profissional e não fez nenhum comentário ou olhou diretamente para algo meu por mais de segundos, conversamos sobre como me sentia em ter tornado-me de fato uma mãe e ela conta-me sobre sua primeira experiência com maternidade, lavo os cabelos com sua ajuda como se fosse uma criança e seguro-me no box do banheiro com medo de cair enquanto ela lava meus cabelos com shampoo da minha mala, passa condicionador e retira em seguida, assim que estou totalmente banhada seco-me em cima e Morine seca minhas pernas e ajuda-me a por minha roupa intima por fim a camisola com o robe em tom lilás, faço  um laço no robe e saio do banheiro com minha pantufa branca sem detalhes, com uma tolaha no cabelo e totalmente limpa e renovada, assim que saio vejo Damon deitado no sofá com a nossa filha em seu peitoral dormindo assim como o pai e isso me faz sorrir -- Olha só.. que bela cena 

 

Parece que ele já sabe o que fazer -- Morine fala risonha e eu concordo com ela, a morena seca meus cabelos tirando o excesso de água com a tolha e penteia com a minha escova a guardando na minha mala em seguida e entrega-me meu perfume para que eu possa passar um pouco -- Mais alguma coisa? 

 

Poderia por favor ver um cobertor e um travesseiro para Damon ?-- peço e ela confirma ajudando-me a deitar novamente e quando estava prestes a sair, ela retorna. 

 

Quer que eu pegue a bebê e coloque no berço ?-- ela pergunta e eu nego 

 

Deixa ela ali, esta segura e os dois estão acostumando-se com a presença um do outro -- respondo baixinho e ela pisca e sai do quarto encostando a porta, meu olhar novamente para na imagem de Damon e Florence dormindo e esquentando um ao outro como se já fossem acostumados a isso, e meu coração falha um salto no peito com essa cena, pego meu telefone e tiro uma foto dos dois, ele deitado com a cabeça no apoio do sofá, ela deitada de bruços sobre a barriga e peitoral dele coberta por sua mantinha cinza com bordas rosas e as mãos dele sobre ela a mantendo no lugar e segura enquanto sonham ressonando juntos, de fato parece que Florence tem seu preferido e por mais que sinta-me excluída por não terem me esperado, meu coração morre de amores por esses dois e eu não me importava se ele seria preferido dela ou ela seria a preferida dele, os dois eram os meus preferidos e isso bastava. 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

É Isso ai meus amores!
O que acharam?
Gostaram do nome? Tudo mundo estava apostando que seria Anna hahaha mas não.. eu nem pensei nesse nome quando decidir o nome da bebê antes mesmo de colocar a elena grávida hahaha... é meio louco mas eu sempre planejo tudo antes.

Como próprio Lorenzo diz ''Temos uma mascotinha'' Baby fadinha é linda, e nos próximos capítulos eu dou uma descrição maior dela, afinal todo bebê nasce meio inchado então nem adianta dizer que ela é a perfeição, gordinha e tudo mais.. pois também nascem magrinhos e aos poucos vão ganhando fofura haha.. Quanto a um questionamento eu não uso o sobrenome da serie no Enzo justamente por seu sobrenome ter sido dito apenas após eu ter começado Medicine, até então Enzo era Enzo e eu quis dar um nome a ele então decidir eu mesma escolher um hahaha... espero que entendam e que tenham gostado de fato do capítulo em que damos as boas vindas a Fadinha Florence Salvatore ♥



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