A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 21
1x12 - An Old-Fashioned Meeting.


Notas iniciais do capítulo

Adiantando o capítulo de domingo!
Boa Leitura!



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(Música do capitulo )

"A âncora é considerada um símbolo de firmeza, força, tranquilidade, esperança e fidelidade. Dessa maneira, ela representa a parte estável do nosso ser, ou seja, aquela que, em meio as tempestades, é capaz de manter a estabilidade dos barcos."

Ponto de vista: Isabella Swan.

        Estava ficando louca. Era a única explicação para eu ter feito aquilo. Provoquei a Rosalie. A enfrentei. O que me deu naquele momento? Por que eu simplesmente não me controlei, como sempre faço?

     Não estava sentindo medo, apenas raiva. Raiva de mim mesma por ter sido tão estúpida, por me deixar levar por uma emoção boba, que a muito tempo eu não sentia.

         O que eu fiz?.

Por onde eu passava as pessoas me olhavam e cochichavam, eu só escutava pequenos murmúrios incoerentes. No momento, me encontrava caminhando em direção ao estacionamento, afim de pegar meu carro e sair daqui o mais rápido possível, ignorando completamente as aulas seguintes.

Eu só precisava ser uma nerd-anti social, mas, nem isso eu conseguir ser. Estava mais do que obvio que tudo se repetiria, que eu inocente era no mínimo uma versão zombeteira da realidade.

Agora que a ''mascara'' caiu, como eu agiria nas frente da pessoas? Não que eu me importasse, alias, esse era o real problema; Eu não me importaria com ninguém, caso voltasse a ser essa pessoa.

Fui puxada, pelo braço repentinamente por alguém e me virei. Era Vick e ela estava com uma expressão extremamente intrigada.

— Por que você fez aquilo? — questionou com os braços cruzados. Não que estivesse com raiva, afinal, ela não tinha motivos para isso, ela só estava confusa.

—Eu estava com raiva. — expliquei e ela riu com descrença. O que me fez suspirar .

— Com raiva? Você acha mesmo que eu vou acreditar nisso? Algo aconteceu, você nunca enfrentaria a Rosalie só por “raiva”. Não, que eu não tenha gostado daquilo, porque eu adorei, só que eu te conheço o suficiente para saber que tem mais coisa ai. —  falou convicta e eu me perguntei onde estava aquela menina que estava sofrendo mais cedo, porque levou um fora.

—Não tem não. Eu só cansei dela. — expliquei de modo mentiroso.

—Se for para mentir, é melhor ficar calada, porque eu prefiro que você não me conte do que minta para mim. — avisou e eu tentei disfarçar minha culpa. Afinal tinham tantas coisas que Vick não sabia.

—Nesse caso, eu não tenho mais nada a dizer. — disse sabendo que ela entendeu o real sentido daquilo.

—Eu imaginei isso. —  falou decepcionada, e saiu se direcionando para o interior da escola de novo. Enviei meu olhar a chave do carro em minhas mãos e vi que dirigir não seria a melhor escolha no momento, então caminhei até um banco na frente da escola e me sentei lá.

(...)

Ponto de vista: Edward Cullen.

Estava em um universo paralelo, onde Isabella, a nerd sem sal, como é vulgarmente chamada, enfrentou e ainda por cima provocou Rosalie Hale.

Rose, ainda estava incrédula, assim como todos nós. Jéssica, estava tentando limpar o cabelo dela, com alguns guardanapos, mas, visivelmente não estava dando certo.

Mas, por um momento, eu ignorei a surpresa de todos, focando apenas na provocação bem bolada dela. Ela aceitou sair comigo, tinha forma melhor de provocar a Rose do que essa?

Eu sairia com ela, e ainda me aproximaria de ganhar a aposta, mesmo sem saber, ela acabou me ajudando e facilitando as coisas para mim.

—Me diz uma coisa ela disse mesmo que era melhor que a Rose ou eu estou ficando pirado? — Emmet perguntou rindo e eu não aguentei e acabei rindo também. Em seguida levamos uma bolsada de Rose, mas, isso só nos fez rir mais.

— Sim, ela praticamente gritou que a Rose era pior que ela. — falei debochando para Rosalie se irritar.

—Se ela pensa que isso ficará assim está muito enganada, ela comprou uma briga com a pessoa errada. — disse com um sorriso malicioso, então eu parei de rir.

— O que você está tramando, Rose? — perguntei preocupado com o que ela poderia fazer.

—Você verá. — ela disse com um ar misterioso.

(...)

Me encontrava, procurando a Bella por todos os cantos daquele colégio, mas, nada dela. Será que ela estava chorando no banheiro depois de ter dito aquilo a Rose?...Não, isso não me parece o estilo dela.

Então, quando eu estava quase desistindo da busca, a avistei sentada em um dos bancos em frente a escola. Ela estava reflexiva, encarava um ponto qualquer, mas, seus pensamentos pareciam estar longe dali. Me aproximei de forma hesitante e me sentei ao lado dela.

—Então, temos um encontro? — perguntei sorrindo, quebrando o silêncio.

—Eu só falei aquilo para provocar a Rose. —  esclareceu e eu percebi que ela parecia arrependida pelo que fez, mas, não com medo do que a própria Rose poderia fazer para se vingar.

—Eu não considerei uma provocação, pensei que você tivesse falando sério. — avisei, mas, ela ainda estava um tanto absorta.

—Pois pensou errado, Thomas. —  falou do nada, continuando concentrada em suas reflexões e eu estanquei no meu lugar.

—Thomas?. —  perguntei sem entende-la e ela me encarou confusa.

—Quem é Thomas? — questionou com as sobrancelhas franzidas.

—Você acabou de me chamar assim. — falei mais que confuso que ela.

—Eu não falei. — negou, e eu preferir deixar isso para lá por um instante.

— Eu ainda estou esperando uma resposta sobre termos ou não um encontro. — Disse mudando de assunto. Ela suspirou.

— Me encontre na frente do CaféSabores, amanhã a tarde. — pediu e eu fiquei incrédulo.

—Você aceitou sair comigo, mesmo?  — perguntei ainda chocado. Qua é, após a primeira negativa eu já tinha perdido as esperanças, só insisti por implicância.

 — Bem, eu sou uma pessoa de palavrar. — debochou, se levantando e indo em direção ao seu carro, não antes de se virar e me falar isso:

—Se tentar me beijar, eu não falo mais com você. avisou e eu ri.

Eu iria sair com a Bella, e isso é oficial.

(...)

Ponto de vista: Isabella Swan.

Pode parecer que não, mas, eu pensei muito, antes de aceitar sair com o Edward, e cheguei a inteligente conclusão de que ele não pararia de insistir até que eu cedesse, e assim eu o fiz. Ele queria um encontro, ele teria um.

Mas, não como ele pensa, porque eu vou agir como a pessoa mais chata do mundo e não medirei esforços para isso. Nesse encontro ele parará com esse repentino interesse em mim.

Decidi não pensar muito sobre o ocorrido no refeitório,  porque quanto mais eu pensasse, mais arrependida eu ficaria. E eu não preciso de mais arrependimentos. Não agora.

No dia seguinte, o que eu fiz ou falei parecia ter esquecido, pelo simples fato deles terem outra coisa sobre o que comentar. Ontem pegaram o Emmett e a Jéssica presos dentro de um armário, fazendo coisas impróprias — eu ainda me pergunto como ele coube lá dentro, ele é bem grande —  Mas, enfim, depois eu teria que agradece-lo por tirar o foco das fofocas adolescentes de cima de mim.

Ser uma nerd desnecessária nunca me fez tão bem.

Apesar de tudo, eu tinha a convicção que a Rosalie não iria deixar isso barato. Esse fato não me afetava tanto, quanto saber que por um simples momento de raiva, eu tinha aceitado sair com Edward.

Eu estava na biblioteca tentando ler um livro de ficção científica, mas, eu simplesmente não conseguia me concentrar na leitura.

Riley estava ao meu lado ao contrário de mim concentrado na sua leitura. Ele não tinha me repreendido ou julgado por ontem, ele nem sequer tinha tocado no assunto e eu agradecia mentalmente por isso.

—Você ficou sabendo que a Vick levou um fora daquele cara com quem estava saindo? — perguntei puxando assunto e vi um sorriso brincar em seus lábios.

—Ela deve estar péssima, eu sinto muito por ela. — o pior é que ele disse com sinceridade,  eu revirei os olhos.

—Pois não devia, essa é a sua chance. — argumentei e ele fechou o livro, totalmente incrédulo.

—Chance de que? — perguntou confuso.

—De mostrar que esse “cara perfeito” que ela tanto procura, talvez seja você. —  expliquei e ele arregalou os olhos.

—Isso é um absurdo. — disse me encarando cético e eu revirei os olhos.

—Eu estou tentando ser uma boa amiga ao te dizer isso, devia me agradecer. — avisei me levantando e saindo daquela biblioteca. Deixando um Nicholas pensativo para trás .

(...)

Estacionei o carro em frente ao CaféSabores e suspirei quando fechei a porta. Eu iria ter um encontro com Edward Cullen, isso era tão ridículo.

 Apertei minha bolsa preta nos ombros, cansada da demora — depois de uns vinte minutos esperando — Além, de tudo, ele não é pontual.

 As pessoas entravam e saiam do estabelecimento felizes, o dia hoje estava com um clima agradável, o sol estava fraco, mas, mesmo assim não estava chovendo.

Revirei os olhos ao ver Edward chegando no carro dele e descendo do veículo. Ele estava bonito, isso eu não podia negar, a camisa de xadrez vermelha combinou perfeitamente com a pele clara dele. O mesmo caminhou até mim sorrindo e me ofereceu um buquê de rosas vermelhas.

Uau! Ele acha que vai me conquistar com flores?

— Desculpe a demora,  estava na floricultura procurando uma flor que combinasse com você. — ele esclareceu e eu peguei o buquê de suas mãos. Com um sorrisinho debochado no rosto, o entreguei a uma velhinha que passava na rua. Ela sorriu agradecida ,e ele me encarou com os olhos arregalados.

—Eu não gosto de flores — foi minha vez de esclarecer,  mentindo só para irrita-lo.

—Ahn... Okay. —  falou ainda me encarando, fazendo uma careta no mínimo engraçada.

— Então, para onde você vai me levar? — perguntei realmente curiosa, e ele sorriu.

— Você vai adorar. —não respondeu exatamente, logo me ofereceu seu o braço, para que eu me entrelaçasse a ele, e eu revirei os olhos antes de aceitar.

(...)

As barracas eram coloridas, com vários artefatos artesanais posicionados em cima das mesas. Várias pessoas mostrando os produtos uns aos outros animados; Livros antigos, bijuterias, vasos, quadros, entre outras coisas. Fiquei confusa ao ver aquilo.

— Por que me trouxe a uma feira cultural? — perguntei visivelmente confusa. Essa feira ocorria toda semana, e reunia várias pessoas interessadas em artigos antigos.

—Porque, eu achei a sua cara. — ele esclareceu e eu ri incrédula.

—Eu tenho cara de antiga e antiquada? — questionei levemente irritada e ele sorriu com a comparação.

—Não! Você tem conteúdo e história. —  respondeu direto e aquela resposta me deixou surpresa.

Começamos a caminhar entre as barracas, só olhando os produtos expostos.

—Então, você me acha interessante? — perguntei com a sobrancelha arqueada.

—Eu sempre digo isso, você só se recusa a escutar. — ele comentou e eu ri.

—Eu escuto, só que eu ignoro. — expliquei e ele gargalhou, jogando a cabeça para trás e por um momento me foquei em seu sorriso.

     Era brilhante e quase encantador.

—Vem, vamos. — ele me puxou, sem me dar tempo de discordar.

Paramos em frente de uma barraca de fantasias, a atendente era uma velhinha muito simpática. Então Edward pegou um nariz de palhaço e colocou em seu rosto, logo depois fazendo caretas estranhas, eu gargalhei muito por isso e a senhora também. Decidi entrar na brincadeira e coloquei um chapéu de viúva negra, fazendo uma cara de má, ele fingiu estar assustado ,mas depois riu.

Fomos até uma barraca de livros e compramos alguns — eu comprei, Edward nem se quer prestou atenção — Agora estávamos em uma barraquinha de bijuterias, eu olhava tudo curiosa.

      Encarava aqueles objetos sem nenhum interesse especifico, até Edward balançar no ar um pingente com uma pequena ancora, com algumas pedrinhas que pareciam diamante. Dei um sorriso verdadeiro.

—E ai, o que achou desse?. — ele perguntou me encarando.

—É muito bonito. — respondi tentando não sorrir mais. Quando eu aceitei vir para esse encontro, eu só tinha como objetivo agir como uma pessoa insuportável, mas, eu simplesmente não conseguia. Não com o Edward.

Então, ele pagou a moça a quantia do pingente e ela agradeceu, logo após sem pedir minha permissão, o mesmo agarrou meu pulso e colocou o pingente preso em uma pulseira que eu usava com frequência.

—Agora quando você quiser lembrar de mim, é só olhar para esse pingente. —  disse com aquele sorriso maldito de lado.

—Se eu quiser me lembrar de você, é só eu lembrar de um idiota. — debochei, mas, ele me ignorou, parecia estar acostumado com o meu sarcasmo.

Caminhamos, até um carrinho de sorvete e aguardamos na fila. Várias crianças esperavam antes de nós, e quando chegou a nossa vez Edward se pôs na minha frente com um sorriso travesso, revirei os olhos.

—Dois sorvetes de chocolate. —  pediu educadamente para o senhor que iria o atender e eu o encarei com uma expressão de criança birrenta.

—Eu não gosto de sorvete de chocolate. —  disse irritada, por ele não ter me perguntado o sabor.

—Okay, um sorvete de chocolate e outro de morango. — ele enfatizou a palavra morango, e por um momento me perguntei como ele sabia que aquele era meu favorito, antes mesmo de eu dizer.

(...)

Ponto de vista: Edward Cullen.

Todos os encontros, que eu tive em minha vida, se resumiam em; Boates, bares e festas, enfim, lugares onde eu não converso com nenhuma das meninas, apenas beijo e faço outras coisas que eu não preciso citar, mas, eu nunca sai com alguém apenas por sair. Isso era algo novo para mim e estranhamente era bom.

Eu poderia não admitir para mim mesmo, mas, eu gostava da companhia da Isabela. Gostava de quando, ela me respondia de maneira rude apenas por implicância, ou quando simplesmente se esforçava para não sorrir na minha frente como se aquilo fosse errado, mas, simplesmente não era.

Quando, eu soube sobre essa feira de artesanato, não tive ideia melhor do que a chamar para virmos para cá. Isso parecia ser o estilo dela.

Nos divertimos na barraca de fantasias, ela gargalhava daquela maneira que só ela sabia fazer.

Ah por favor, no que eu estou reparando? Na gargalhada da Bella.

Bella não, Isabella. — pensei me negando a ter essa intimidade toda a ponto de chama-la de Bella em pensamento.

Estávamos sentados em um banco perto do carrinho de sorvete, enquanto ela saboreava o seu sorvete de uma forma que chegava a ser provocante.

Balancei a cabeça espantando esses pensamentos.

— Me diz uma coisa, do que você gosta? Porque você não gosta de flores, nem de sorvete de chocolate, mas, não tem nenhum motivo aparente não gostar, supostamente você não gosta das coisas, mas, não tem nenhum motivo para isso. — expus minha opinião e ela sorriu.

—Está errado Edward, eu não gosto de você e eu tenho um bom motivo para isso, por exemplo; Você é um babaca, idiota e estúpido. — ela respondeu com um sorriso irônico, mas, eu não liguei.

—Você ainda não me disse do que gosta. —  lembrei e ela jogou o sorvete no lixo, e parecia pensar numa resposta.

Então, ela se aproximou de mim.

—Eu gosto do seu beijo. — admitiu de forma que duvidei imediatamente do que escutei, fiquei de boca aberta. Ela tinha confessado que gosta do meu beijo, isso sim, é que é a revelação do ano.

A forma como os lábios dela se moviam, me deixou ainda mais com vontade de tomar eles de volta para mim, cheguei perto dela colando nossos narizes, então ela sorriu, mordendo os lábios.

—Eu até aceitaria o seu beijo, mas, você lembra do combinado, se você me beijar, eu não vou mais falar com você. É isso que você quer, Edward? Vale a pena?. —  sussurrou com um sorriso vencedor nos lábios e eu me afastei.

—Isabella, você...é...é... — não consegui terminar a frase e ela gargalhou.

—Sou o que? — provocou, mordendo os lábios de novo.

—É... — falei me aproximando de novo dela, só que dessa vez a mesma se esquivou.

—Está tarde, eu preciso ir. — avisou, se levantando prestes a ir embora.

        —Isabella. — chamei hesitante e ela se virou, antes de ir.

—O que?. — ela perguntou arqueando uma sobrancelha.

—Nós somos amigos? — perguntei a encarando com expectativa e ela suspirou.

—Sim, Edward...Depois de hoje, nós somos. — acho que admitiu isso para si mesma.

Pode parecer ridículo, mas, talvez essa tenha sido minha parte preferida nesse encontro. Ela tinha admitido que era minha amiga. Aquelas palavras saíram de sua boca de forma tão verdadeira que era impossível duvidar.


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Notas finais do capítulo

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