A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 20
1x11 - My True Self.


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, arranjei um tempinho antes de domingo, e resolvi postar mais um capítulo! (ainda haverá capítulo no domingo hahahaha)
Esse capítulo pode dar algumas pistas sobre o passado da Bella!

Boa Leitura!



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"Por mais que você tente ser uma garota boa, não conseguirá esconder uma garota má"

(Música do capitulo )

Ponto de vista: Isabella Swan.

      Estava no meu quarto, escutando música para relaxar, após receber reclamações vindas do meu pai, por terem ligado da escola e contado que eu tinha desaparecido da excursão junto com Edward — como se eu tivesse planejado aquilo. —  Eu tentei tranquiliza-lo, dizendo que não foi nada, e pareceu surtir efeito, pelo menos pelo um breve período.

Engatinhei da cama até o sofá cinza que foi colocado estrategicamente perto da escrivaninha e peguei minha mochila, a abrindo e retirando de dentro, a câmera fotográfica.

Fui logo conectando a câmera com o meu laptop e impressora, e imprimindo as fotos em seguida. Sorri ao pegar uma foto em que eu e Edward estávamos fazendo careta. Eu não posso negar que foi um dia divertido.

Contra tudo que eu acreditava, coloquei a foto entre algumas folhas do meu caderno.

Me afundei na cama, pensando em como eu estava dando oportunidades de aproximação ao Edward e eu não queria isso. Não queria que ele achasse que eu estava indo com a cara dele, mesmo que no fundo, isso seja a verdade.

Interrompi minha linha de pensamentos, quando ouvi uma melodia harmoniosa vindo do andar de baixo. Eu reconhecia aquela música, era ela tão familiar, que chegava a assustar.

Saí do meu quarto, descendo as escadas lentamente. Estática com o reconhecimento, parei no ultimo degrau, ao me deparar com meu pai concentrado, tocando suavemente as teclas do piano. Segurei todas as  lágrimas que queriam cair, e respirei fundo.

Não falei nada, apenas me sentei ao seu lado no banco. Tocando levemente em sua mão, ao perceber que ao contrário de mim, ele deixara uma lágrima cair livremente. Pensei no quanto meu pai se fingia de forte, mas, a verdade é que eu sabia que eu agia como uma estúpida na maioria das vezes com ele. Afinal, ele também deve ter sofrido muito quando eu e a mamãe fomos embora.

Só que eu ignorava isso, meu egoismo agia mais do que minha compreensão.

—Quando eu era criança... — comecei, e ele me olhou atentamente, então decidi continuar — Você sempre tocava essa música. Dizia que essa era a sua música e a da mamãe. Eu me lembro que eu tentei tocar uma vez, mas,  eu era um desastre. — ri nostalgicamente e vi um mínimo sorriso brincar em seus lábios.

—Você fazia biquinho, quando ficava frustrada. — ele relembrou e eu dei um pequeno empurrão no seu braço, ainda rindo.

—Eu não posso fazer nada se eu não herdei o seu talento. — me defendi, gostando do clima leve que ali se instalou.

           Permanecemos nele por um tempo, tempo como companhia a música calma e as lembranças de quando tínhamos um lar juntos. Mas, em algum momento, aquilo se tornou estranho, e meu pai decidiu puxar assunto.

—Eu falei com o gerente do meu banco e liberei um cartão de crédito para você, mesmo você não merecendo depois de hoje. —  avisou e eu revirei os olhos.

—Que legal! — falei fingindo animação e ele percebeu isso.

—Garotas normais gostariam disso. — meu pai disse com a sobrancelha franzida .

—Eu não sou uma garota normal pai. Eu sou única. — brinquei piscando para ele, e o mesmo sorriu.

—Okay garota única, já está ficando tarde, é melhor você ir dormir, amanhã você tem aula. — aconselhou e eu me levantei, sem reclamações.

— Boa noite, pai. — desejei, quando já estava subindo as escadas.

—Boa noite.  — falou de volta, e eu parei e me virei para ele.

—Eu gostei de ter voltado...Para Forks...Para essa casa, e principalmente para sua vida. — disse sincera, sabendo que para ele isso serviria como um "eu te amo", o que era mais do que o suficiente para mim.

(...)

Uma vez por mês, qui na escola, algum membro da sociedade dá uma palestra sobre um assunto escolhido pelo conselho. Resultado disso: Todos os alunos ficam no pátio, sem prestar a miníma atenção no que o dito cujo está falando.

O grupo de populares é um daqueles que ignora completamente, qualquer informação positivo. Os nerds prestam atenção, mas, no momento eu não me encaixava nesse padrão. Eu não tinha visto Vick hoje. O que é estranho, já que ela sempre vem atrás de mim quando chega na escola, para me contar as coisas que aconteceram na noite anterior.

Riley também parecia estar invisível, já que eu ainda não tinha o visto, e Edward estava com seu grupinho, fazendo as mesmas babaquices de sempre. Rosalie ainda me olhava torto por eu ter me "perdido'' ontem com o Edward, mas, eu não dava a miníma atenção para isso.

O tema da palestra de hoje era alimentação, ou melhor dizendo,  desperdício de comida. Apesar de eu não estar prestando atenção, eu estava informada sobre o que se tratava, e entendia a importância daquilo.

O dia hoje estava frio, mas, não tão congelante como de costume. Eu estava ansiosa para entregar meu trabalho de biologia, que sem modéstia alguma estava incrível. Eu tinha passado o resto da noite finalizando os últimos detalhes.

Caminhei rápido — correndo — em direção a biblioteca, quando vi Vick entrando na mesma, o que era estranho já que a mesma, não curtia muito livros.

Assim que ela percebeu minha presença, a garota me encarou com hesitação.

Com certeza ela não estava nada bem, o seu rosto estava um pouco vermelho e inchado. O que denunciava lágrimas recentes, suas roupas não estavam coloridas como sempre, muito pelo contrário, ela estava usando roupas neutras, mas, o detalhe que mais me chamou atenção foi a falta de seu sorriso acolhedor. E todas as vezes que ela ficava assim, o motivo era mais que lógico.

—O que aconteceu? — fiz a pergunta mais estúpida do universo, já que eu já imaginava a resposta.

—O cara com quem eu estava saindo, "terminou'' comigo...Se é que tínhamos alguma coisa. — fungou e eu revirei os olhos.

Qualquer amiga na melhor das hipóteses abraçaria ela e diria palavras de consolo, mas, eu não faria isso, não por esse motivo.

—Quando você vai parar de se deixar humilhar por esses caras? Quando vai parar de se apaixonar facilmente e se magoar mais rápido ainda? Quando, Vick? — perguntei de uma vez, mesmo sabendo que isso seria cruel, e não a faria se sentir melhor.

—Ele só não é o cara perfeito para mim. —  se defendeu ignorando as palavras duras. Ela gostava de se iludir isso era um fato, mas, eu não.

—E qual das centenas de caras que você saiu seria o perfeito? — ironizei e a mesma me encarou enxugando algumas lágrimas. Esperei pacientemente a resposta.

—Eu ainda vou encontrá-lo. — argumentou e eu ri com descrença das suas palavras.

—E até lá? Vai ficar chorando pelos cantos, por que um panaca percebeu o quão burra você é por acreditar em contos de fadas? — questionei  de forma ríspida, cansada de ver aquela situação se repetir.

—Para com isso, Bella. — implorou e vi nos seus olhos o quão má eu estava sendo, mas,  não pediria desculpas, eu apenas suspirei, pronunciando palavras sem nexo pelo menos em minha mente, em seguida.

— Eu posso não acreditar nesse amor romântico, nem entender muito sobre ele, mas, eu acho que não existe "o cara perfeito". Porque por mais que as pessoas queiram, não existe ninguém perfeito. Eu acho que o amor, é aceitar cada imperfeição e aprender a gostar delas com o tempo, o amor é você apreciar as qualidades e suportar os defeitos...Ou pelo menos é isso que deveria ser. — declarei sem notar as palavras que saiam da minha boca. Ela me olhava com um misto de admiração e encanto.

Droga! Eu não deveria ter dito aquilo .

—Isso foi tão bonito...Tão verdadeiro. —  disse e vi um sorriso aparecer em seus lábios .

—Eu inventei isso agora. — expliquei fazendo uma careta e ela revirou os olhos.

—Obrigada Bella, obrigada por não ser como as outras amigas que tentam consolar com mentiras e ilusões, obrigada por ser você mesma. — agradeceu e eu não sei porquê, mas, aquelas palavras me emocionaram.

Você é incrivelmente fria e sincera, e isso que te faz ser minha melhor amiga. — Lembrei daquela frase e quase deixei que uma lágrima escapasse, mas, incrivelmente eu estava sorrindo.

—Eu falei algo errado? — Vick perguntou confusa por minha expressão e eu sorri ainda mais.

—Não. — respondi automaticamente e ela me olhou desconfiada.

E você era doce e mentirosa, era isso que te fazia ser minha melhor amiga. — pensei sorrindo, ao sair daquela biblioteca.

(...)

Ponto de vista: Edward Cullen.

Estranho definia bem o que eu estava sentindo no momento, e confuso também, mas, eu estava ignorando tais sensações e sentimentos.

Me perder com a Bella ontem, foi muito bom, se é assim que posso definir. Eu pude até sentir que por um momento, a mesma deu um espaço para que eu conversasse com ela. Coisa essa que parecia evitar e não fazia com frequência.

Me diverti com nossas fotografias, e me senti curioso em relação as perguntas que ela desviava com tanta facilidade, o que não passava despercebido por mim.

Mas, outra coisa que percebi, é que talvez por alguns instantes, eu tinha perdido o foco principal de me aproximar dela, foi pela aposta sim, mas, ali com ela, só nós dois, eu realmente quis conhecê-la, saber porque era assim.

 Mas, era errado me sentir assim, eu precisava voltar a ser o Edward de sempre. Por isso eu estava aqui junto, com meus amigos, assistindo aquela super palestra.

Eu precisava passar um tempo com os "populares", para me lembrar o motivo de tudo que eu faço, e a resposta estava lógica; Pela confortável e tentadora popularidade. Aquela que me faz conseguir tudo que eu quero.

Vi uma cadeira vaga ao lado de Rosalie e Emmet, o fato é que a Rose tinha expulsado um garoto  que estava sentado nessa cadeira. para eu ficar ao lado dela, revirei os olhos com sua atitude, mas, mesmo assim me sentei.

—Oi Ed. Ainda traumatizado por ficar perdido junto com a mocoronga? — Rosalie perguntou com sua acidez matinal.

—A companhia da Bella é bem agradável, Rose. — disse sorrindo á provocando, e ela me encarou com um sorriso falso nos lábios tingidos de rosa escuro.

—Bella? então já estão tão íntimos a ponto de  se chamarem por apelidinhos? —  debochou, mas, eu via a expressão de raiva em seu rosto.

— Como eu disse, está mais do que certo que eu vencerei essa aposta. — garanti com desdém. Emmett pareceu acordar do seu transe pessoal, ele estava focado na mini saia de uma líder de torcida do outro lado do refeitório.

— Alto lá Edward, apelidinhos não significam nada , a Rose por exemplo te chama de “E” a todo momento e nem por isso você se apaixonou por ela. —  argumentou irritado com a possibilidade de perder.

Aquilo parecia ter ofendido a Rose e muito, porque ela se levantou puxando Jéssica com ela e saiu dali.

—Ela pareceu magoada. —  falei reparando no fato.

—Como se você se importasse... — disse dando ombros, e eu não reclamei, afinal eu não me importava mesmo.

 — E então o que descobriu sobre a Isabella e o "coroa"? — perguntou curioso, puxando esse assunto.

— Quando eu perguntei a ela sobre isso ontem, ela apenas falou que não era o que eu estava pensando e eu acreditei. Afinal o que uma nerd teria de tão grave para esconder? — perguntei ponderando e ele pareceu pensar em uma resposta.

—É! você tem razão. — disse fazendo uma careta e eu dei ombros, mas, logo após refleti.

Sendo grave ou não, ela parecia esconder coisas muito importantes. A  pergunta era; Por quê ? Afinal, não era só comigo que ela agia dessa forma. Observando bem sua relação com seus amigos, não me parece tão aberta. Eles não parecerem confidentes ou coisa parecida, eram apenas um grupo de pessoas com gostos semelhantes, que apreciavam a companhia do outro.

Não era tão diferente dos populares. A única e grande diferença, é que eles não faziam coisas estúpidas para se auto promoverem, nem precisavam humilhar os outros, para se darem bem consigo mesmos.

Talvez isso de alguma forma, os fazia melhor do que nós...Ah por favor, no que eu estou pensando, em como o nerds são melhores que nós?. Esse tempo que eu estou passando com a “Bella mistério” só pode estar me tornando um idiota completo.

(...)

Ponto de vista : Isabella Swan.

Estava andando no tumultuado corredor, a caminho do refeitório, até que meu celular começou a tocar, deslizei a tela e revirei os olhos ao ver quem estava ligando. Era a minha mãe, se eu não atendesse, ela insistiria mais e mais.

Entrei em um sala que estava em reforma, e atendi a ligação, não antes de dar um longo suspiro.

Oi mãe, por que me ligou exatamente agora? Eu tenho que ir para a aula. — menti, mas ,como era de costume ela ignorou minhas palavras.

Seu pai me disse que você se perdeu em uma excursão, eu quero que me explique essa história direitinho. — pediu exagerada como sempre.

Não foi nada grave. — desconversei.

—Não foi nada grave?! Minha filha se perde no meio de uma floresta, e não é nada grave? —  gritou tão alto que por um momento eu tive que afastar o celular da orelha.

Eu estou bem, não estou ? e além do mais... — ia continuar, mas, estanquei no lugar ao ouvir algo, vindo do lugar que minha mãe estava “Eu não estou encontrando o número da pizzaria”... Eu conhecia aquela voz e a odiava.

Por favor que não seja quem eu estou pensando, por favor, por favor. — pedi mentalmente.

Mãe...Quem está ai? — perguntei hesitante, implorando que minhas suspeitas estivessem erradas.

Ah minha filha, quem está aqui é a Leah, ela é um amor de pessoa e sempre vem aqui por causa do ... — não deixei ela continuar, eu não queria ouvir aquelas palavras.

Eu vou desligar, a gente se fala depois. —  sem esperar respostas desliguei.

Eu estava com muita raiva, muita mesmo. Tanto que estava difícil me controlar  e não gritar. Não era possível que logo a Leah tivesse em minha casa, ocupando o meu lugar.

Isso ia muito além do ciúme, era uma questão de honra. Parecia significar que ela tinha ganhado, ou que eu simplesmente desisti de ganhar.

Sem nem perceber acabei derrubando uma banca da sala. Eu precisava me controlar e ser a nerd anti social, se não eu colocaria tudo a perder.

(...)

Fui para o refeitório em passos lentos, porém decididos. Avistei Vick e Riley na mesa de sempre, e comecei a caminhar até eles, mas, no meio do percurso para minha sorte, encontrei a Rose com um sorriso nojento no rosto.

—Oi Bella, tudo bem?... Ah espera, pouco me importa se você está bem. Gostei da Blusa, mas, eu acho que ela precisa de mais uma corzinha para se destacar. — comentou de forma ridícula, e pegou um copo de suco de maracujá na mesa ao lado e jogou em cima de mim.

Não! Ela não fez isso. Não nesse momento. Não hoje.

Eu só preciso contar até três é isso. Vamos lá Isabella, não é tão difícil. Respirei profundamente 1, 2...3, fechando meus olhos. Eu só precisava ignorar como sempre.

A essa altura todos já estavam prestando atenção em nós — detalhe: ultimamente eu não gosto muito de chamar atenção.

Meu corpo já estava começando a se acalmar, e eu agradecia mentalmente por isso. Eu só sou a Isabella anti social, não vamos mudar isso.

—Não vai falar nada, biscate? —  perguntou querendo soar superior e toda a calma foi embora. Qualquer palavra, menos aquela.

Ela não esperou uma reação minha para isso, apenas girou os pés e se virou pronta para ir até a mesa onde os populares ficavam, mas, antes disso eu a chamei.

Rose se virou surpresa, e todos prederam o ar, o lanche deles não parecia mais tão interessante.

—Sabe Rosalie, eu sou contra o desperdício de comida... mas, nesse caso, eu estava olhando você e seu cabelo loiro é incrível, mas, eu acho que rosa combina mais com você. — falei com um sorriso doce nos lábios, pegando um copo de suco de morango e jogando no cabelo dela.

 E as reações foram admiradas, todos pareciam surpresos, assustados, e confusos com a minha ação, mas, isso não importava no momento. Minha raiva falava muito mais alto.

— Sua...Sua...Como ousa? — perguntou passando as mãos nos cabelos com uma careta. Eu não sorri com satisfação, eu apenas peguei um cupcake e esfreguei em sua blusa para completar o pacote.

—Um conselho; Não mexa com uma nerd irritada. — avisei com as feições sérias.

—E quem é você pobretona, para me aconselhar? — perguntou com desdém e eu a avaliei de cima a baixo.

—Alguém muito melhor do que você. — respondi convicta. Não era mais a raiva que me guiava, talvez fosse eu mesma.

Várias pessoas soltaram vaias, surpresos por minhas palavras, e minha coragem momentânea, mas, eu não liguei.

—Você? Melhor que eu? Faça me rir. —disse com ironia, e todos me encaravam incrédulos.

—Eu se fosse você me deixaria em paz, porque eu boazinha sou ótima, mas, má sou melhor ainda. —  lhe comuniquei.

— Isso é uma provocação? — perguntou rindo com escárnio.

—Você ainda não me viu provocando alguém. —  disse cansada daquela conversa.

— Então me mostre. — desafiou ela tinha lançado a isca para eu pescar. Nesse momento, senti pena dela.

Não respondi, apenas me afastei, o que a deixou confusa. Fui até a mesa onde Edward estava. E me encarava com uma expressão incrédula então ignorando todos, me aproximei dele e pisquei para Rose. Ela quer provocação, então ela teria.

—Eu aceito sair com você, Edward. — disse cumprindo um dos piores temores dela e vi as feições dele mudarem, enquanto Rose me encarava espantada.


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Notas finais do capítulo

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