A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 10
1x01 - Soul Reencounter.


Notas iniciais do capítulo

Cheguei e vim com a nova fase da história, em que o romance será Beward e os protagonistas são bem diferentes da Melinda e do Thomas.
Então galerinha, que não comentou na primeira fase da história, comenta agora e me dá sua opinião.
Boa Leitura!



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"Destino é só uma desculpa idiota para deixar as coisas acontecerem, em vez de fazer com que elas aconteçam."

Forks —  151 anos depois.

Ponto de vista : Isabella Swan.

Acordei em um pulo, com a minha testa suando e com os cabelos molhados.

Mais uma vez eu tinha tido o mesmo sonho.

Quem era Melinda? Quem era Thomas? Isso eu não poderia responder, porque no meu sonho, a imagem deles não era nítida o suficiente.

Me levantei da cama, e me encaminhei até o banheiro. Jogando água fria no meu rosto, para eu despertar mais rápido. Minha respiração estava começando a voltar ao normal.

Peguei uma toalha e enxuguei meu rosto. Me olhei no espelho e suspirei com a imagem. Meu rosto pálido estava marcado por olheiras. O brilho dos meus olhos verdes, estava fosco, e meus cabelos castanhos escuros estavam parecendo um ninho de passarinho; Resultados de uma noite mal dormida.

Eu tinha vários sonhos como esse desde pequena, e nunca entendi o significado ou a mensagem que eles queriam me passar. Só minha mãe sabia disso; Eu pedi para ela não contar a ninguém e ela concordou, mas, era algo difícil de se esconder, levando em conta que as vezes eu não reagia discretamente a eles.

Liguei o chuveiro na água morna, me despi e entrei em baixo da água, deixando ela relaxar meus músculos.

Quando saí do banho me enrolei numa toalha felpuda, vesti minha lingerie ,depois me troquei. Logo, enxuguei o cabelo com o secador e, passei um corretivo para disfarçar as olheiras.

Caminhei até a janela do meu quarto e sentei no parapeito, abraçando meu próprio corpo. Logo, comecei a observar a neve caindo graciosamente lá fora. Era sempre assim em Forks. Eram poucas as vezes que o sol aparecia.

Que saudade que eu tinha da ensolarada Califórnia. Agora eu teria que suportar morar dois anos nesse lugar. Não que meu pai fosse ruim, ele é legal... Demais até.

Oh desculpem pela falta de educação, eu não me apresentei, meu nome é Isabella Marie Swan, nome grande não é? Por isso eu gosto que me chamem apenas, de Bella. O projeto de vida perfeita que eu tinha foi destruído, quando eu tinha 8 anos, quando meus pais anunciaram o divorcio. No inicio eu não acreditei, mas, quando a ficha caiu meu mundo desabou .

Minha mãe Renée, se mudou comigo para a Califórnia, já que ela conseguiu um bom emprego de artista plástica num museu conceituado de lá, e meu pai permaneceu em nossa cidade natal, Forks, cuidando da joalheria a qual ele é dono.

É! Por incrível que pareça existem muitas pedras preciosas nesse fim de mundo.

Desde então, tudo mudou. Eu só falava com meu pai por meio de telefonemas. Eu até me tornei, uma garota um pouco rebelde e fechada — em relação as sentimentos — Nada preocupante, segundo minha opinião.

Após um tempo na Califórnia, minha mãe se casou de novo. Não que meu padastro não fosse legal, mas, ele não era meu pai e não poderia substituir ele.

E foi ali, que minha degradação começou. Como se fosse minha auto destruição, mas, eu preferia não comentar muito sobre essa fase. Talvez porque ela me fez ser do jeito que eu sou hoje. Aquilo que aconteceu foi algo que me fez mudar completamente.

Desde então, passei a acreditar que o amor não existe. Porque, eu achava que meus pais eram um casal perfeito. Que o amor deles era eterno, mas, me enganei.

Eu nunca namorei seriamente com alguém, sempre foquei em meus objetivos. Atualmente, me  tornar uma grande designer de joias como o meu pai é meu projeto principal. Quer dizer, se tornou, porque nem sempre eu quis isso.

Voltando ao assunto do começo, há um ano meu pai exigiu que eu viesse morar com ele nessa cidade, e minha mãe temendo que ele pedisse minha guarda judicialmente, aceitou. Ela também achava que eu devia me aproximar mais dele, para melhorar meu comportamento conturbado.

Conturbado, era assim que ela definia meu comportamento, meio falso segundo minha opinião. Era bem mais do que isso.

 E ela também me mandou para superar algumas coisas.

Quanto ao meu pai, o sedutor Charlie Swan, ele não admite, mas ainda é completamente apaixonado pela minha mãe. Tanto que não se relacionou seriamente com mais ninguém, depois do divorcio.

Ninguém no meu colégio sabe que ele é meu pai, quer dizer, com exceção da Victória Volturi, minha melhor amiga, ou melhor falando; minha maluquete preferida; Ela é daquelas pessoas que acreditam em contos de fadas e príncipes encantados. Não pode passar 5 minutos com um menino que se apaixona por ele, sempre se decepciona. Porque como a mesma, sempre se apaixona pelo cara errado.

Apesar do meu pai ter a fama, de ser um homem frio e fechado; Ele é cativante e completamente atrapalhado quando tenta se aproximar de mim, ele sempre tenta me agradar de alguma forma.

Olhei as horas no meu celular, e vi que se não me apressasse chegaria atrasada. Me levantei e desci da janela, peguei minha mochila, e sai do meu quarto.

Desci as escadas lentamente e quando cheguei ao ultimo degrau me deparei com Jasper á minha frente.

—Bom dia Jass. — cumprimentei o filho da empregada mais velha aqui de casa. A Dulce — ela trabalha aqui desde que meus pais eram casados — Jasper tem 21 anos e cursa Administração numa faculdade da cidade vizinha e namora Alice Brandon, sendo filha do treinador de basquete da minha escola; Uma garota um pouco louquinha, que estuda na faculdade dele, apesar de tudo ela é bem legal.

—Bom dia, Isabella. Mais uma vez atrasada para escola. — ele me repreendeu com um sorriso zombeteiro.

—Eu não me importo de me atrasar. Não é como se a minha presença fosse importante naquela escola. — debochei.

— A Rosalie te maltratou de novo?. —  perguntou sério, dessa vez.

—Ela só deu um dos chiliques dela. Quer saber? Eu não me importo, ela é só uma garota mimada. — eu disse arrumando meu material.

—Por que você aceita isso ?. Eles acham que você é uma pobretona sem status, uma nerd sem salvação e você simplesmente não revida as provocações. Sabe o que eles iriam fazer se soubessem que você é dona de uma mansão, e só por curiosidade filha de um dos homens mais ricos da cidade? Eles iam te idolatrar. — ele falou com a suas famosas lições de moral.

—É exatamente por isso, que eu não quero que saibam que eu sou uma Swan. Eu não quero que as pessoas gostem de mim pelo que eu tenho. Eu quero que gostem de mim pelo que eu sou. — afirmei e ele suspirou.

—Mas, eles não gostam, Bella. Porque eles não sabem gostar de alguém pela  sua essência. Até quando você vai aguentar que eles achem que quando você chega naquele carrão, você está dirigindo para a Victoria?  — ele perguntou me olhando e eu o encarei de volta.

—Eu não me importo. Quantas vezes eu vou ter que dizer isso? — perguntei e ele segurou minhas mãos.

—Mas, eu me importo. — ele falou me olhando nos olhos, de novo.

—Enquanto eu tiver você, a Victória, e o Riley, para mim vai ser o suficiente. — falei e tentei sorrir. — Bom, eu tenho que ir, como você mesmo disse; Eu estou atrasada. — disse, me despedindo com um abraço rápido.

Ia embora, até escutar uma voz.

—Ia para escola, sem falar comigo? — meu pai perguntou sorrindo no alto da escada, com seu porte elegante, mas, com um ar adolescente.

— Oi pai. Bom dia. Eu tenho que ir para escola – me despedi rapidamente, sem esperar resposta e sai porta a fora.

Desci as escadas de pedras da minha casa e fiquei parada observando a piscina. Por que mesmo temos uma piscina se aqui mais chove do que faz sol? Ah me lembrei, quando eu era criança, exigi que nossa nova casa tivesse uma piscina.

Fui até a garagem e retirei de lá, eu volvo prata, recém ganhado de presente de 17 anos do meu pai

Entrei dentro dele, coloquei o cinto e dei ré saindo da garagem.

Comecei a dirigir, observando a floresta ao meu redor. Sim, eu morava em uma mansão perto da floresta. Isso é coisa do meu pai que queria morar numa casa afastada movimentação — que não existe, só para deixar claro —  da cidade.

Depois de dirigir por exatos 20 minutos. Avistei o estacionamento da escola Forks High Scholl. A única escola da cidade.

Para minha sorte, apesar de eu estar atrasada, o estacionamento estava com muitas vagas.

Estacionei no primeiro lugar que vi e sai do carro. Logo, avistei Victoria, flertando com um garoto do time de basquete. Típico dela.

Coloquei o capuz do meu casaco, e pendurei minha mochila nos ombros, caminhando até a entrada do colégio. Quando Victoria, me viu, dispensou o garoto e veio até mim.

— Mais um para sua lista de peguetes. — brinquei e ela revirou os olhos.

—Na verdade não; Eu decidi que agora eu vou me focar em ter um relacionamento sério. — ela falou e eu me segurei para não rir.

—Eu estou pagando para ver. — falei e ela sorriu.

—Do jeito que você é rica; Você paga para ver, ouvir e até falar. — ela disse de forma irônica.

—Hahaha muito engraçado. — debochei e Vick pareceu se lembrar de algo .

—Eu tenho que ir, o treino dos gostosos do basquete vai começar agora. — ela falou e eu fiquei confusa.

—Você não disse que queria ter relacionamentos sérios agora? —  perguntei, ainda sem entender.

—E eu quero, mas, olhar aqueles gostosos suados, não tira pedaço. — ela esclareceu e eu a encarei, mas, antes de eu falar algo, ela já tinha ido embora.

Parei para observar pelo um instante a arquitetura da escola; Ela era realmente intrigante. Suas cores foscas davam um certo charme, mas, o que mais se destacava era a história dela. Segundo alguns relatos dos livros que contam a história de Forks, a escola, era a antiga casa de uma das famílias fundadora; Os  Konstantinova.

 Eu não sei porquê, mas, eu sentia como se já conhecesse aquele lugar a muito tempo. O Brasão da entrada era estranhamente familiar e ainda, a escola era rodeada por uma grande floresta pouco frequentada.

Sai dos meus pensamentos históricos, e comecei a caminhar, até minha parte preferida dessa escola; A biblioteca. Ela era pintada de vermelha e tinha várias prateleiras brancas, mesas enormes espalhadas pela extensão e uma escada em formato caracol que dava para a parte de cima, onde ficavam os livros mais antigos, e os livros que descreviam a incrível historia de Forks. As pessoas não costumavam ir até lá.

Caminhei até a mesa, onde Riley London estava lendo um livro de maneira concentrada. Riley, era tão bonito, que eu não entendia porque ele se colocava tão para baixo, ás vezes. Seus cabelos eram castanho claro e seus olhos de um castanho esverdeado, que eram cobertos pelo óculos de armação preta. Tinha um corpo estranhamente musculoso, mesmo sem praticar esportes na aula de educação, e tinha o sorriso mais gentil do universo.

Quando, eu reclamava do seu basta auto-estima, ele revidava e dizia que, eu fazia o mesmo. Que eu devia me olhar no espelho e enxergar a linda garota que eu sou. Mal sabia ele, que eu tinha certa noção dessa beleza.

Ele é extremamente paciente e eu me dou super bem com ele, pelo fato, de eu ser assistente voluntária na biblioteca. Por isso não nos faltavam assuntos. Uma coisa muito importante sobre ele é que ele é completamente apaixonado pela Victoria. Mas, ela nunca percebeu.

Eu nunca entendi esse amor platônico, que ele sente por ela. Não que minha amiga fosse alguém ruim, mas, é que alguém com mínimo de inteligência — coisa essa que ele tem muito — perceberia que a Vick não consegue ficar muito tempo com alguém.

—Eu sabia que você estava aqui, por isso vim tem chamar para aula, do jeito que você fica concentrado quando está lendo, ia acabar perdendo a hora. —  falei interrompendo a leitura dele. Então ele me olhou, ajeitou os óculos, e sorriu envergonhado.

—Obrigado por se preocupar, Bella. — ele agradeceu.

— Não custa nada. — falei e o mesmo sorriu.

—Onde a Victoria está? —  perguntou sorrindo por falar nela. Então eu o encarei.

Seria maldade dizer que ela estava olhando os outros meninos. Só porque, eu não acredito no amor, não quer dizer que as pessoas tem que ter a mesma opinião que eu.

—Ela já foi para a aula. — menti e ele pareceu acreditar.

(...)

Depois de duas aulas, de química, e uma de biologia; Eu estava livre. Guardei meu material dentro da mochila e deixei em cima da mesa cinco livros que eu tinha pego na biblioteca e precisava devolve-los antes de ir para a casa. Eu só trabalhava de voluntária na biblioteca amanhã.

Comecei a caminhar pelos corredores, tentando desviar dos alunos que estavam saindo das salas de aula. Por isso decidi deixar a confusão passar e fiquei encostada no bebedouro.

Quando tudo estava mais calmo, voltei a caminhar na direção da biblioteca. Até alguém esbarrar em mim, me fazendo derrubar os livros e bater a testa nessa pessoa, então eu olhei para quem esbarrou em mim. Ecarei aqueles olhos verdes hipnotizantes. Era Edward Cullen. O cara mais popular e pegador da escola, coincidentemente, faz parte do grupo da Rosalie Hale, a garota que mais me odeia nessa escola. O motivo? Eu realmente não sei.

Eu não sei porque, mas, eu nunca tinha reparado nos olhos dele, e agora quando os vi de perto, foi como se um choque elétrico percorresse meu corpo todo, e mais uma vez aquele sonho me viesse a mente. Era como se eu já tivesse visto essa cena antes.

—Você não olha por onde anda, não garota? — perguntou passando a mão da testa com raiva. Então despertei dos meus delírios.

—Ahn, mas, foi você ...Desculpa. — recuperei minha postura de nerd, e me desculpei, mesmo sem a culpa ser minha. Afinal quem passou feito um louco foi ele.

—Tomara que o professor Connor não tenha ido embora. Se não você vai me pagar por ter me atrasado. — disse saindo com pressa, pisando em cima dos livros, sem me dar nem a oportunidade de falar algo.

Só eu mesmo para reparar nos olhos de um menino que provavelmente me odeia junto com a turma dele.

Pensando bem, em vista de como já me trataram nessa escola. Eu posso até considerar que ele foi bonzinho, mas, continuava sendo um babaca.

Me abaixei para pegar os livros, o que foi uma tentativa inútil pois Rosalie Hale, os chutou para longe e eu suspirei.

—Você deveria ficar no chão Bella, esse é o lugar que os perdedores ficam. — ela falou ao lado as suas fiéis seguidoras.

— Me deixa em paz, Rosalie. —  pedi e ela riu.

—Por que eu faria isso? —  perguntou com desdém, mas, eu apenas me levantei com os livros e sai apressadamente, como uma covarde.

Mas, não era isso que eu era. Eu simplesmente optava por ignorar aquilo que não me interessava.

(...)

Depois de finalmente entregar os livros, caminhei até o estacionamento, que agora estava cheio; Todos os alunos conversando em seus determinados grupinhos.

A qual grupo eu pertencia? Bem, ao grupo dos sem grupos.

Depois da minha conversa com a Vick, eu não tinha encontrado mais ela, coloquei meus fones de ouvido, tentando não me concentrar nas conversas paralelas.

Voltei a caminhar em direção ao meu carro, então abri a minha mochila, procurando a chave do mesmo. E ai, não sei porque razão, me lembrei do momento em que o popularzinho esbarrou em mim, então tive uma lembrança .

—Me encontre amanhã nesse mesmo horário aqui. — ele falou e eu suspirei.

—Eu não posso senhor Thomas. Eu sou uma moça comprometida, daqui a algumas semanas vou me casar. Isso seria desrespeitar o meu noivo. — ela falou.

Fiquei tão distraída, que só depois, vi um carro vindo em alta velocidade em minha direção. Congelei. Não conseguia me mover. Aquele carro ia me atingir. Tudo por causa dessa lembrança, mas, antes do pior acontecer, senti um impacto sobre mim. Alguém me empurrou para o lado, me impedindo de ser atropelada.

Consequentemente, essa pessoa caiu por cima de mim. Assim, eu abri os olhos para ver quem era, e era nada mais, nada menos, que Edward. Sua respiração estava descompassada, e ele estava me olhando. Eu ainda estava estática e tentava me acalmar.

— Você está bem? — perguntou, parecendo preocupado. Logo, se levantou e me ofereceu sua mão. Eu tirei alguns fios de cabelo do meu rosto e os coloquei atrás da orelha e aceitei sua ajuda.

—Eu estou...Obrigada. —  falei sem ainda entender a situação. A essa altura, vários alunos estavam ao nosso redor, presenciando meu salvamento. Eu estava muito longe de estar envergonhada, estava apenas surpresa por minha distração. Ele não falou mais nada, apenas me lançou um olhar indecifrável, saiu e caminhou até o seu grupinho.

Eu continuei parada.

Um dia normal. Uma coisa que não acontece muito na vida de Isabella Swan.

Ponto de vista : Autora.

Eles não sabiam, mas, aquele foi o encontro de duas almas que já se conheciam. Dois caminhos que já estavam traçados. Um amor que já era eterno.

Um reencontro...


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Notas finais do capítulo

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