A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 11
1x02 - Bet Unfair.


Notas iniciais do capítulo

Depois de muito tempo voltei, com mais um capítulo dessa nova fase hahaha!
*Antes de tudo, quero deixar explicado uma coisa; O Edward não é tão afetado com as coisas de 1864 como a Bella por um motivo, que só será esclarecido bem mais para frente.

*Comentem, e me digam o que estão achando!

Boa Leitura!



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“Pessoas não são como bonecas, não podemos brincar com elas e depois guardá-las na caixa.”

Ponto de vista : Edward Cullen.

Ser Edward Cullen não é fácil.

 Ontem, o meu dia foi completamente confuso, para não dizer perturbador. Primeiro, eu acordei com uma pesadelo estranho, que eu decidi ignorar. Depois tive que suportar Rose praticamente querendo colar em mim, como sempre. E quando estava atrasado para encontrar o professor Connor, decidido a implorar para que ele me desse uma segunda chance, para refazer a minha prova de biologia — se eu continuasse com as notas baixas, eu sairia do time de basquete. — Então, o que acontece? Eu esbarro na nerd mais zoada da escola, Isabella e logo para completar meu lindo dia, eu salvo a louca de ser atropelada.

Por isso, eu digo, ser Edward Cullen não é fácil.

Eu tinha que fazer coisas que internamente, eu achava estúpidas para continuar sendo popular. Tinha que suportar a Rosalie, me paquerando a cada cinco minutos, e ainda tinha que estudar de forma desesperada para não sair do time e exercitar  muito mais com o professor Xavier, o professor de artes, novas técnicas de desenho, para aperfeiçoar meus projetos de arquitetura.

Agora, eu estava com meus amigos no refeitório. Recebendo queixas e reclamações por ter salvado Isabella ontem de um atropelamento. Rosalie parecia indignada, e Emmett, meu melhor amigo não ficava atrás, junto com o restante da turma.

—O que vocês queriam que eu fizesse? Deixasse a garota ser atropelada, mesmo tendo a oportunidade de salva-la?. — perguntei incrédulo e eles me encararam.

—Ela é insignificante. E Uma pessoa desnecessária. — Rosalie respondeu com desdém e eu a encarei ficando surpreso com sua frieza.

—Ela é um ser humano. — defendi minha opinião.

— Realmente, desde que você começou aquelas aulas com o professor Xavier, você não é o mesmo. — Emmett disse, se fingindo de ofendido.

—É lógico que eu sou o mesmo. — rebati e ele me olhou desafiador.

— Então prove. —  falou provocando, sabendo que eu aceitaria o que quer que fosse.

—O que você quer que eu faça? — perguntei entrando no seu jogo. Ele olhou para algo que estava na entrada do refeitório, me virei na mesma direção e vi que era Isabella.

—Uma aposta, como nos velhos tempos. —  respondeu com um sorriso sínico.

—Que aposta?. — questionei hesitante, sabendo que não viria coisa boa.

—Eu aposto 200 dólares, que você não consegue conquistar a nerd antes do primeiro semestre acabar. — ele falou desdenhoso e eu o encarei.

 Rosalie por sua vez, olhou para ele indignada.

—Vocês não podem apostar isso, o Ed não pode ficar com aquela garota medonha. — Rosalie disse assustada e Emmett continuou com a mesma postura.

—O Edward é quem decide. Rosita. —  disse falando o apelido que ela odeia. Eu encarei os dois, depois voltei meu olhar a Bella que estava procurando algo dentro de sua mochila.

Pensando pelo lado bom, a garota não era feia, pelo contrário apesar de ser anti-social, ela era muito bonita. Sua pele é pálida como uma porcelana. Seus cabelos são de um castanho diferente, mas, o que se destaca são seus olhos. Verdes como os meus, mas, com certeza mais misteriosos.

O que eu perderia? Eu levaria muitas coisas boas nessa aposta, além de provar aos meus amigos que eu ainda sou o mesmo, de quebra, pegaria uma gostosinha.

—Eu aceito. —  disse com um sorriso convicto. Rosalie arregalou os olhos, e Emmett bateu na minha mão.

—É isso ai cara. A  sua aposta começa a partir de hoje. —  me comunicou e o sinal começou a tocar, avisando que o intervalo tinha acabado. Nos levantamos e pegamos nossas mochilas.

—Ah e mais uma coisa...Se prepare para perder. — avisei e ele gargalhou.

Eu estava no jogo, e ganharia ele.

Essa será fácil.

Conquistar uma nerd.

Fala sério! Qualquer garota dessa escola me quer.

(...)

Depois do treino de basquete, eu estava na arquibancada, tomando água. Me encontrava bastante exausto.

Me levantei, e caminhei até o vestiário, afim de tomar um bom banho para retirar o suor do meu corpo.

Tiro minha camisa, e ouço alguém bater palmas atrás de mim. Me viro e me deparo com Rosalie, ela se aproximou de mim, com um sorriso malicioso, e eu revirei os olhos.

Pronto! Vai começar de novo.

— Oi Ed. Eu vi seu treino hoje, você foi perfeito. —  disse com uma voz manhosa.

—Eu perdi três cestas. — falei revirando os olhos de novo, e ela sorriu.

É logico que ela não prestou atenção nenhuma no jogo.

—Você é perfeito de qualquer jeito, para mim. —  comentou se aproximando e colocando as mãos no meu peitoral nu. Não é que a Rose não seja gostosa. Porque ela é. Muito. O problema é  que ela é uma pessoa extremamente grudenta.

—Rosalie, a gente já conversou sobre isso, lembra? Eu não vou ficar mais com você. — falei sério, querendo que, ela entendesse.

Nós já tínhamos ficado algumas vezes, só que eu simplesmente enjoei dela.

—Você falou, eu apenas escutei. — ela justificou e começou a beijar minha mandíbula.

Okay, ela estava me provocando.

—Rosalie... — eu ia continuar, mas, então ela colocou o dedo em minha boca, me impedindo de falar.

—Aproveita Ed, porque daqui a pouco, você vai ter que suportar a mocoronga por longos meses, devido aquela aposta. —  falou sussurrando no meu ouvido, me excitando ainda mais.

Pensando por esse lado, ela tinha razão. Eu teria que suportar a nerd anti-social, por meses, nada mais justo que ter uma despedida com Rosalie.

Então, ataquei os lábios dela com voracidade. A mesma puxou meu cabelo de forma bruta e enroscou suas pernas em minha cintura. Logo,  entramos numa cabine do vestuário.

(...)

Depois de minha "despedida" com a Rose, me encaminhei para aula de química. A qual, eu achava chata, mas, suportável.

Meus pensamentos se baseavam na confirmação de que eu teria que bolar um plano para conquistar a nerd.

Primeiro; Eu teria que acha-la.

Assim que a aula acabou, me encontrei com o Emmett, que estava paquerando uma líder de torcida, que só faltava cair aos pés dele. Enfim, um dia normal.

Olhei no meu relógio e vi que se eu não me apressasse, iria me atrasar para minha aula de artes extra, com o professor Xavier.

Caminhei até a sala dele e entrei sem bater, afinal, ele já sabia que eu viria.

Coloquei minha mochila em uma banca e me voltei para ele que estava com uma expressão cansada, enquanto segurava um copo de café.

Seus olhos verdes, estavam preenchidos por olheiras fundas e seus cabelos pretos estavam bagunçados.

Tradução : Ele estava péssimo.

—Aconteceu alguma coisa? — perguntei tentando soar educado e não intrometido.

—Eu briguei com minha esposa, ontem a noite. —  resmungou e eu controlei minha vontade de dizer; de novo.

Apenas fiquei calado e me sentei a sua frente.

Eu não entendia, o porque do professor não se separar dessa mulher. Eles sempre brigavam e ele chegava com a mesma aparência destruída. Quando eu perguntava, o motivo dele não terminar essa relação, o mesmo dizia que a resposta era simples; Ele a amava demais para tal ato e quando amamos alguém nós devemos lutar até o fim.

Enfim, baboseiras de homem apaixonado.

Não comentamos mais sobre o assunto. Eu apena mostrei a ele alguns projetos, que eu tinha feito e ele me deu uma opinião do que eu podia mudar.

O meu sonho era me tornar um grande arquiteto, desde de pequeno. Eu não sei porque, mas, é algo que eu me dedico de uma forma, bem maior do que ao basquete.

Basquete me lembra popularidade, que me lembra a aposta que eu teria que colocar logo em ação. Até agora não tinha um bom plano e eu precisava de um. Eu não podia simplesmente chegar nela e piscar galanteador, isso seria ridículo.

—O que você acha da  Isabella, do segundo ano ? — eu não sabia o sobrenome dela, só sabia que ela tinha vindo da Califórnia há um ano, e a Rose aparentemente odeia ela — Perguntei de súbito e ele me encarou ajeitando seus óculos.

Okay...Por que eu fui fazer essa pergunta?. Soou suspeito. Muito suspeito.

—Eu acho ela uma moça muito inteligente. Uma das minhas melhores alunas. Os desenhos dela são incríveis...Mas, me diga, está interessado nela? —  perguntou com divertimento.

Isso é o que o que acontece, quando não coloca-se limites na relação professor e aluno.

—Não! É só que eu salvei ela de um atropelamento...E fiquei curioso. Só isso. — inventei uma desculpa. Porque a verdade é que eu queria descobrir coisas sobre ela, para conquista-la de forma mais fácil.

Quer dizer, eu só preciso dar um sorriso que as garotas já se apaixonam por mim. Mas, eu queria ter o gostinho de me esforçar dessa vez. Para o ganho da aposta não parecer tão sem dificuldades.

(...)

Depois da aula extra ter acabado, a escola já estava um pouco vazia. Apenas alguns alunos circulavam pelos corredores.

Decidi que quanto mais rápido, eu conversasse com a nerd, mais rápido eu a conquistaria. Optei por ir para o lugar mais obvio que ela poderia estar; A biblioteca.

Entrei num dos lugares da escola, que eu menos costumava vir, e vi que por incrível que pareça, tinham muitas pessoas ali. Alguns sentados na mesas lendo, e outros perto da área dos computadores.

Dei ombros e comecei a procurar a garota.

Logo a avistei, perto de uma prateleira, procurando um livro. Ela parecia tão concentrada e passeava os dedos sobre os livros de maneira delicada, enquanto assoprava a poeira de alguns. Me aproximei dela e ela me encarou.

Ótimo! Hora de começar.

—Ahn Oi...Olha, eu vim me desculpar por ter esbarrado em você e ter te culpado, e vim perguntar se você está bem, depois do atropelamento. —  disse da maneira mais sínica possível.

Então, ela tirou os olhos dos livros e começou a me olhar, me analisando.

—Sim...Eu estou bem, e sem problemas, eu te desculpo. —  disse calmamente e depois voltou a sua atenção aos livros de novo.

—Eu fiquei sabendo que você é da Califórnia. Lá em bem diferente daqui, não é? — Falei a primeira coisa que me veio a cabeça e logo me arrependi.

É lógico que a Califórnia é diferente de uma cidade que praticamente chove o ano todo.

—Na verdade, eu sou daqui. Me mudei para lá, por causa da minha mãe. —  falou querendo resumir a história. Isso sem me encarar.

—Sabe...Eu estava pensando...Você não quer sair comigo sexta a noite?. — perguntei logo na lata. Eu não tinha paciência para ficar rodeando ninguém, decidi que esse seria meu plano.

— Não. — disse com convicção e eu fiquei estático. Então, ela se encaminhou até uma das mesas e eu a segui.

—Como assim não ? Nenhuma menina desse colégio, recusou meu convite de sair. —Okay, realmente, ela tinha ferido meu ego.

— Não, significa uma negativa e eu estou me negando a sair com você. —  explicou indiferente.

Onde está quela garota que se submete a humilhações da Rosalie?.

— Por quê?. — exigi uma explicação e a mesma suspirou.

—Eu sei onde é meu lugar, Edward e é bem longe de você e seu grupinho de populares. Eu não sou nenhuma dessas lideres de torcida que dariam tudo para sair com você, eu realmente não sei porquê você fez esse convite. Você e seus amigos já estragam minha vida ao máximo, então você poderia, por favor, me deixar em paz, no único lugar que eu me sinto confortável?  — ela pediu e eu a encarei incrédulo.

Ela tinha acabado de me dar um fora.

Realmente, para uma nerd anti-social, até que ela tinha a língua afiada.

Vendo que eu não ia embora— não porque eu não queria, apenas porque, eu ainda estava sem reação. — Isabella pegou sua mochila e saiu da biblioteca com passos apressados.

Me virei na direção que ela tinha ido e pisquei, ainda sem acreditar no que aconteceu.

Era realmente inacreditável, o fato de eu ter levado um fora.

E as palavras que ela falou em relação a mim e meus amigos de forma tão ressentida, me deixaram estranho.

Sorri, depois de sair do transe. Apesar daquela aposta, a verdade é que aquela garota despertou um estranho interesse em mim. Uma coisa pessoal. Eu a conquistaria, não só para ganhar, mas, também para reconstruir meu ego.


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Notas finais do capítulo

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