Amor Desconhecido escrita por Agent Krysten


Capítulo 9
Pizza, Bebidas e um Desconhecido


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Como estão? Espero que bem.
Agradeço a todos (as) que deixaram comentários e que também estão acompanhando a fic.
Segue mais um capítulo. Se houver algum erro, por favor me avisem.
Boa Leitura!



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O xerife esperou pela resposta de Lindsay e pela confirmação do que suspeitou ter ouvido.

— O que a Amanda não me disse? – insistiu.

Lindsay gaguejou envergonhada, tentando dizer qualquer coisa que a livrasse daquela situação.

— Nada, xerife. Espero que vocês sejam felizes, e acredito que, o que ela queria te falar, já deve ter feito. – suspirou decepcionada.

Mac a olhou suspeito e não comprou a resposta evasiva dela.

— Fala, Lindsay. – ordenou o xerife se aproximando dela. – O que a Amanda não me contou?

Um silêncio tomou o local e os presentes trocaram olhares nervosos com aquela situação. Lindsay manteve-se quieta, apesar de querer infinitamente dizer a ele o que sabia.

— Se não você não tem nada para contar, então pare de se intrometer na minha vida e na da Amanda. – concluiu o xerife usando um tom rude.

— Boa sorte então, xerife! – desejou Lindsay sarcasticamente. -Você já terminou Danny? Vamos embora?

Lindsay caminhou apressadamente e passou por Danny, o agarrando pelo braço. Ele jogou as pastas que carregava em sua mesa e pegou sua jaqueta, antes que a namorada o puxasse de vez para fora da sala.

Danny se despediu desajeitado e desapareceu pela porta da delegacia.

O xerife rolou os olhos irritado e imediatamente questionou Flack.

— Aconteceu alguma coisa enquanto eu estive fora?

Flack trocou um olhar secreto com Julie antes de responder.

— Não, xerife. Tudo normal.

— Está bem. Julie, você pode vir comigo, por favor?

Mac entrou em sua sala seguido da secretária e logo, fechou a porta.

Flack bufou nervoso, ao mentir para o xerife sobre o ocorrido com Adam. O comportamento de Lindsay também o intrigou e ele se lembrou de alguém que poderia lhe informar algo mais sobre Amanda. Ao sacar seu celular do bolso, acionou o contato da Jess.

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Lindsay puxou Danny por alguns metros na calçada até que ele se irritou.

— Ei, ei, Lindsay! Para! O que aconteceu?

Ela suspirou desacreditada ao se virar para o namorado.

— O que você sabe sobre a Amanda?

— Eu acho que ela tem outra pessoa.

— E por que você acha isso?

— Naquele dia que vocês reformaram o balanço, ela me disse que não podia se envolver com ninguém. E quando questionei se ela tinha outra pessoa, ela desconversou e disse que iria contar ao xerife quando ele tivesse que saber.

Danny assobiou, surpreso.

— Lindsay, o xerife não merece isso. Ele vai ficar uma fera quando descobrir. Você tem que contar para ele.

— Eu? - exclamou Lindsay apontando para si mesma – Não vou contar nada! Conforme ele mesmo pediu, não vou me intrometer na vida deles. Eles que se entendam!

O detetive passou as mãos no rosto, amenizando sua irritação. Parecia que todos estavam escondendo alguma coisa do xerife e quando ele descobrisse, certamente todos iriam se machucar. Perdido em seus pensamentos, Danny nem percebeu que Lindsay havia retomado os passos e já estava a uma certa distância dele.

— Ei, Linds. Espera! – gritou apertando seu passo na direção dela.

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Amanda caminhou lentamente pelas ruas da ilha e chegou à orla da praia, alguns minutos depois do combinado com Mac.

Carregando a sua cesta com alguns alimentos para eles, ela o procurou e encontrou, nadando sobre as ondas do mar.

Ao buscar um lugar na areia, reconheceu os itens do xerife e se sentou ao lado deles.

De tempos em tempos, ele interrompia seu exercício físico e a procurava na areia e desta vez, ela estava o esperando.

Retomando seu fôlego, Mac acenou da água, a chamando para juntar-se a ele. Ela deu um meio sorriso e acenou negativamente.

Dando de ombros, ele parou sua natação e deixou a água salgada para trás.

— Achei que você ia nadar comigo. – disse ele dando um beijo salgado em sua boca.

Algumas gotas geladas a atingiram e ela sorriu incomodada com o contato frio.

— Não posso, xerife. Hoje não.

Mac pegou a sua toalha e se sentou ao lado dela, enxugando suas costas. Quando terminou, percebeu que Amanda ainda vestia uma camisa comprida, e se ofereceu para tirá-la.

— Você quer tirar sua camisa?

— Não – respondeu bruscamente, segurando as duas bordas fechadas – estou bem assim.

Ele recolheu suas mãos rapidamente, em reflexo a reação rude dela. Desajeitado, mudou seu foco de observação.

— O que você trouxe na cesta?

Ela a resgatou e retirou uma embalagem especial.

— Trouxe para você. Espero que goste. Eu que fiz.

O xerife abriu o presente e um delicioso cheiro adocicado atingiu suas narinas.

— É torta de cereja fresca. – explicou Amanda.

Ele saboreou a torta com vontade.

— Está deliciosa, Amanda. Já pode casar! – brincou.

— Que bom. Vou me lembrar disso. – disse desmotivada.

Mac mastigou o doce devagar quando percebeu que havia dito algo que não devia.

— Você já foi casada?

— Quase. – expirou frustrada.

— O que aconteceu?

— Nada. Chegou na hora, a gente se separou e foi isso.

Ele terminou seu doce, ligeiramente irritado com outra resposta vaga dela.

Em silêncio, Amanda perdeu seu olhar no mar e assim ficou por vários minutos, hipnotizada pelas ondas. Quando sua mente viajava daquela forma, ela se via livre, feliz, e ao lado de Josh. Esses pensamentos sempre desenhavam um sorriso em seu rosto, involuntário e iluminado.

A serenidade da reação dela foi percebida por Mac, que franziu a testa ciumento, e que logo tratou de trazê-la de volta.

— Amanda? Amanda! – disse Mac remexendo as mãos na frente dela.

Ela piscou rapidamente e sua mente lhe trouxe de volta.

— Ah, desculpe.

— Nossa, eu queria ser a pessoa que invade esses seus pensamentos e te hipnotiza dessa forma.

Amanda se aproximou dele e suspirou.

— E quem disse que você não é?

A resposta dele foi abafada por um caloroso beijo, com traços de açúcar e sal.

A carícia dela despejou um onda de calor e excitação pelo corpo dele, o fazendo reagir.

Ele a empurrou na direção da areia e se deitou por cima dela, analisando seu rosto com atenção.

— Xerife! – exclamou surpresa.

— Você é maravilhosa, sabia? Seus olhos parecem um oceano seu olhar é tão misterioso que me desperta o mais profundo desejo de mergulhar fundo nessas águas verdes cristalinas.

Um rubor instantâneo atacou a face dela, e isso o agradou imensamente.

Mac a beijou carinhosamente, saboreando os lábios dela com vontade. Ela alisou os cabelos dele e respondeu ao beijo, demonstrando também sua empolgação.

Nenhum deles queria cessar o beijo, mas o contato se tornou cada vez mais quente, e o fato de que eles estavam em lugar público os alertou.

O xerife se distanciou e passou a ponta dos seus dedos carinhosamente nos lábios dela, como se quisesse estender a sensação do beijo.

Dois adolescentes passaram de bicicleta e assobiaram para o casal, os envergonhando.

Eles se sentaram e buscaram itens na cesta, e começaram a lanchar na praia.

— Você gosta de praia? – perguntou Mac dando uma mordida na grande maçã vermelha.

Ela balançou a cabeça indecisa.

— Sim, eu até que gosto. Mas só para passear, admirar o mar, sentir a brisa. Não gosto muito de ir para a água.

— A água do mar é medicinal. Parece que te limpa por inteiro, de corpo e alma.

— Eu sei. – respondeu cabisbaixa.

Amanda não parecia muito empolgada com o encontro, e constantemente perdia seu olhar no mar, emudecendo-se.

O sol já estava se escondendo no horizonte e uma luz avermelhada coloriu o céu.

Mac a acompanhou no silêncio e juntos assistiram o pôr do sol. Ele não quis comentar, contudo, percebeu a lágrima solitária que rolou pelo rosto dela.

— Amanda?

O toque sonoro do celular dela interrompeu a tentativa dele de resgatar o encontro.

Ela se levantou rapidamente e se afastou para atender.

Ele expirou frustrado e incomodado com a tal chamada suspeita e observou atentamente a reação de desapontamento dela ao terminar a ligação.

— Xerife, vamos para casa? Já está escurecendo.

— Claro. – expirou irritado.

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Eles entraram na casa escura e Amanda foi acendendo as luminárias até a cozinha.

— Você deve conhecer uma boa pizzaria por aqui. – disse Amanda.

— Sim. – respondeu Mac, analisando a casa dela novamente – A melhor é a Pepperoni Grill.

— Ah, acho que tenho um folheto por aqui. – complementou Amanda revirando as gavetas da cozinha.

Mac foi até a cozinha e puxou uma cadeira para se sentar. Amanda lhe entregou o folheto da pizzaria e lhe deu a ordem.

— Escolhe a melhor pizza.

Ele já sabia qual era e usou o seu celular para fazer o pedido.

Ela se encostou no balcão e o analisou, conversando ao telefone. Sua análise passou de uma admiração do charmoso homem sentado à sua frente a um calor que subiu pelo seu corpo e o fez clamar pelo contato dele.

Assim que Mac encerrou a ligação, Amanda se aproximou e retirou o celular e o folheto de suas mãos. Ela se sentou em seu colo, de frente para ele e atacou seus lábios, sem piedade.

O calor dos lábios dela o excitou e seu corpo reagiu. Suas mãos viajaram pelo corpo dela, e cuidadosamente, abriram a camisa que vestia.

Amanda segurou na borda da camiseta dele e puxou, o obrigando a levantar os braços para removê-la.

— Amanda, daqui a pouco a pizza chega. – suspirou.

— Ainda temos tempo, xerife.

O toque macio dela deixou um rastro aquecido em seu peito e ombros, e a pele recém descoberta por baixo do pequeno shorts que ela usava o fez esquecer da tal pizza.

Os quadris dela se moveram deliciosamente e pressionaram contra o corpo excitado de Mac e um gemido escapou de sua boca. Ele prendeu suas mãos nos cachos dourados, forçando ainda mais o beijo molhado.

Os gemidos e a excitação dos sentidos quase os impediram de perceber o som irritante que soou do celular do xerife.

— O que é isso?

— É o meu chamado de emergência. Tenho que atender.

Ofegante, ela se levantou e resgatou o celular dele, que vibrou insistentemente em sua mão.

— Xerife Taylor. – respondeu com dificuldade.

Enquanto ele atendia, ela fechou os botões de sua camisa.

Após algumas palavras, o semblante do xerife Taylor foi do vermelho da excitação para a palidez da tristeza. A conversa foi curta e sem muitas palavras. A despedida, apenas um suspiro nervoso.

— O que aconteceu?

— Houve um homicídio – respondeu preocupado.

Mac passou a mão pelo rosto, tentando se acalmar e acreditar no que tinha acabado de ouvir.

— Não fica assim. Tenho certeza de que tudo será resolvido.

— Não é isso. O último problema que tivemos foi há mais de um ano, quando dois turistas bêbados brigaram e um acabou ferindo o outro. Fora isso, a ilha é muito tranquila. Não posso permitir que acabem com a nossa segurança.

Ele bufou desacreditado e se abaixou para resgatar a camiseta que estava jogada no chão.

— Eu tenho que ir. – concluiu se levantando da cadeira e vestindo a sua camiseta.

Amanda fez um bico involuntário e seu olhar perdeu todo o brilho.

— E a nossa pizza? – perguntou triste.

Ele segurou o rosto dela em sua mãos e o acariciou gentilmente.

— Não faz essa carinha. – pediu Mac docemente. - Sinto muito.

Ela piscou devagar e expirou frustrada.

— Tudo bem.

O casal se beijou diversas para se despedirem e Amanda apenas o assistiu deixar sua casa, perturbado com o acontecimento.

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O segundo pedaço de pizza não parecia mais tão apetitoso quanto o primeiro. E na verdade, nem o primeiro estava tão delicioso assim. Não que a pizza estava ruim, é que solidão e a inexplicável falta que o xerife fazia amargaram seu paladar.

Ao fechar os olhos, ela sentiu o contato dele pelo seu corpo e lábios, causando uma deliciosa sensação. A vontade de olhar para o lindo par de safiras lhe tomou os sentidos, todavia, se conteve para não atrapalhá-lo nesse delicado momento.

Para mudar o foco de seus pensamentos e gerar algum ruído na silenciosa casa, Amanda buscou o controle remoto e ligou sua televisão. Ela dividiu sua atenção entre desmontar a cesta que levou à praia e o noticiário nacional.

O letreiro que anunciou a notícia chamou a sua atenção e ela acionou novamente o controle remoto, para aumentar o volume.

O rosto que apareceu deixando a penitenciária de Rikers lhe causou um arrepio gelado e bloqueou seus pensamentos. Seu corpo tremeu quando sua mente lhe alertou sobre sua segurança a partir daquele momento.

Ela roçou os braços com as mãos tentando espantar o frio que dominou seu corpo. Assim que terminou seu serviço na cozinha, tratou de trancar todas as portas e janelas, prevenindo-se.

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Adam observou sua quinta dose de tequila e um arrependimento trombou em sua mente. Ele sabia que estava se entregando de volta ao vício, e que as consequências poderiam ser catastróficas.

Era tarde demais.

Ele virou o pequeno copo de uma vez e o líquido desceu queimando a sua garganta e prejudicando ainda mais seu raciocínio lógico.

— Dia ruim, amigo? – perguntou o homem sentado no banco ao seu lado.

— Nem me fale.

O homem gesticulou para o atendente do bar e pediu duas bebidas. Ao ser servido, pegou uma e empurrou a outra para Adam.

— Por minha conta. Preciso de companhia para afundar as minhas mágoas também.

Adam observou o homem desconhecido, e acreditou que poderia ter algum momento descontraído com ele. Juntos, tomaram a bebida em um gole só.

O homem riu e gesticulou por mais uma rodada para o atendente.

— Mulher? Levou um fora?

As palavras saíram tortas da boca de Adam, já sob o efeito da bebida.

— Mais ou menos. Nós íamos nos casar, a coisa desandou e nos separamos. Estou procurando por ela há meses.

Mais uma dose para baixo da garganta e Adam já se encontrava completamente alcoolizado.

— E você acha que ela está aqui? Nesse fim de mundo?

— Existe uma suspeita.

— Sério? E quem ela é? Você tem alguma foto?

O homem puxou uma foto de seu bolso e a entregou a Adam.

Apesar de sua visão já se encontrar turva pelo efeito do álcool, aqueles olhos e rosto lhe pareceram muito familiares.

— O cabelo está bem diferente, mas ela se parece muito com a Amanda Clarkson.

— É, Amanda Clarkson. – concordou o homem prontamente. – Você sabe onde ela está?

Adam deu uma risada e respondeu.

— Ela mora na casa onde tem um balanço.

O desconhecido riu frustrado da informação quase inútil e incerta que Adam lhe fornecera.

— A gente nem se apresentou. Prazer, sou Adam. – cumprimentou estendendo a mão.

— Muito prazer, Adam. Sou Josh.


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Notas finais do capítulo

Como ficará o namoro de Amanda e Mac? Comentem! Abs e até a próxima!



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