Amor Desconhecido escrita por Agent Krysten


Capítulo 13
Me Responda Sim ou Não


Notas iniciais do capítulo

Olá! Espero que todos estejam bem.
Aqui está mais um capítulo. Espero que gostem.
Se houver algum erro, por favor me avisem. Obrigada!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/714431/chapter/13

=========

Outro soluço de choro e Mac teve a certeza sobre quem estava no lado oposto da linha telefônica.

— Você está bem?

Apesar da insistência, não houve resposta. Por isso, um sentimento ruim se diluiu no sangue dele. Será que ela estava sendo ameaçada?

— Por favor, apenas me responda sim ou não. Você foi sequestrada?

Não.

O suspiro, mesmo que quase inaudível, acalmou seu coração.

— Você está bem?

Sim.

Ele fechou os olhos a agradeceu aos céus por ela estar segura. E assim, se preparou para fazer a fatídica pergunta.

— Você fugiu de mim?

A única resposta que Mac teve foram mais soluços de choro.

— Se você não quer falar, não tem problema. Eu só preciso saber se você está bem.

Seus lábios se afinaram e ele também teve que segurar a emoção para continuar seu monólogo.

— Eu amo você e estou aqui te esperando, leve o tempo que for. Aconteça o que acontecer. Quero que saiba disso.

O silêncio que dominou a linha telefônica era ensurdecedor.

— Por favor, me prometa que vai me ligar todos os dias para eu saber que está bem.

Sim.

Sem se despedirem, a ligação foi interrompida. Uma tristeza profunda atingiu Mac em cheio, congelando seus pensamentos e ações. Seus olhos se encheram de lágrimas e sua respiração quase travou, ao se sentir completamente imprestável e impossibilitado de estar com ela.

Segundo seu relato, ela não estava sequestrada, o que lhe causou certo alívio e, o fato de não ter fugido dele, lhe causou certo conforto. Seu dilema no momento era: como procurá-la.

Aos poucos, a tristeza se transformou em ódio, reaquecendo seu sangue. A primeira coisa que pensou foi rastrear a ligação, todavia, aquele era o número protegido para denúncias, e cem por cento anônimo. A quebra desse sigilo envolvia autorizações judiciais e respostas a questionamentos que ele não podia prover.

Nos dias que se seguiram, Amanda ligou conforme prometido, acalentando o coração de Mac. Na verdade, ela pouco dizia, enquanto que ele se declarava e se contentava em apenas ouvir a respiração dela.

==========

A investigação do assassinado ocorrido na ilha se arrastou e invariavelmente, uma notificação do desaparecimento de Amanda Clarkson havia sido emitida.

O endereço dela encontrado junto à vitima não provava nada, mas era o suficiente para que fosse chamada a prestar depoimento.

As informações físicas descritas por Adam e Sid não se pareciam com o tal irmão do Frankie, e então, nada poderia ser feito contra ele. Pelo menos, partindo da investigação da ilha.

As fofocas sobre o paradeiro de Amanda corriam livres pela ilha, e descreviam desde a sua mudança para cuidar de problemas pessoais em Connecticut até fuga como culpada do tal assassinato. Apesar dos comentários, ninguém se atrevia a questionar o xerife. E ele, nem se importou com que a população comentava sobre ela.

==========

Adam tentou exaustivamente rastrear o caminho feito pelo pedido de afastamento de Amanda, todavia, sem sucesso. Tentou invadir alguns bancos de dados estaduais e federais e só desistiu quando recebeu uma notificação de bloqueio e infração, ilustrada com a grande insígnia do FBI.

Em uma das inúmeras noites que adormeceu em cima do teclado de seu computador, recebeu um estranho telefonema.

— Alo. – respondeu sonolento.

Adam, presta atenção. Você vai fazer o que eu mandar.

Um calafrio gelado percorreu seu sangue e despertou sua mente.

— Acho que você ligou errado. – gaguejou.

Eu sei que é você, Adam. Escuta direitinho. Você vai entregar para o xerife o endereço que vou te dizer.

Adam fez um movimento negativo com a cabeça.

— Não vou fazer isso. Já fiz muita coisa errada e não quero me meter nisso.

Você vai fazer isso sim, ou a Amanda morre. Entendeu?

O tom ameaçador da voz o assustou e disparou seu coração.

— O que você vai fazer com o xerife? – questionou quase como um suspiro.

Isso não é da sua conta. Fale para ele ir sozinho. E se ele não for, vou matar a Amanda e depois vou atrás de você.

Ele fechou os olhos derrotado e anotou com cuidado as informações ditas pelo telefone. Assim que terminou de repeti-las com precisão a pedido da voz misteriosa, a ligação foi encerrada.

Segurando o papel nervosamente nas mãos, Adam correu pelas ruas da ilha em direção à casa do xerife.

==========

As batidas nervosas na porta o trouxeram de volta de seu cochilo no sofá.

Mac se sentou e coçou a cabeça, ainda tentando despertar a sua mente. As batidas continuaram insistentes em sua porta, e sem se importar em vestir sua camisa, se levantou para atendê-la.

— Eu já vou. – alertou do meio do caminho.

Ao abrir a porta, a imagem de um ofegante e assustado Adam se apresentou. O xerife virou os olhos, desacreditado.

— O que você quer, Adam?

Adam nem respondeu e empurrou a porta, forçando a sua entrada.

— Xerife, eu recebi um telefonema estranho e tenho esse recado para o senhor. E se o senhor não for, ele disse que vai matar a Amanda.

O nome Amanda alfinetou o ouvido do sonolento Mac.

— Como é que é?

As palavras saíram desconexas da boca dele e confundiram Mac, que logo interrompeu.

— Ei, ei, Adam. Adam! Começa do início. Me explica essa história direito!

O garoto respirou fundo e descreveu a ligação recebida por ele minutos atrás e lhe entregou o bilhete.

Mac analisou o bilhete e sorriu nervoso com a explicação recebida.

— Isso não faz sentido. A Amanda ligou para mim todos os dias e me garantiu que está bem. Por um acaso, essa pessoa que te ligou, foi o mesmo que te questionou sobre Amanda?

Adam pensou por alguns segundos e comparou as duas vozes mentalmente.

— Não sei dizer, xerife. Era uma voz estranha e ameaçou a Amanda. E eu não quero colocar vocês de novo em perigo, eu não quero que nada aconteça com vocês. – confessou nervoso.

O xerife se aproximou dele e o tocou nos ombros.

— Adam. Se acalma. Está tudo bem. Eu vou checar esse endereço.

— E se acontecer alguma coisa?

— Se eu não for, não saberemos se essa ameaça é real ou não. Fica tranquilo. Eu irei preparado.

Adam negou insistentemente, nervoso com a situação.

— Eu vou com o senhor.

— Você não disse que eu devo ir sozinho?

Ele consentiu.

— Então, vá para casa e descanse. Tudo vai se resolver.

Mac guiou Adam até a saída e o observou andar desolado pela rua por alguns momentos. Ao entrar em sua casa, seu sangue ferveu em preocupação. Naquele momento, ele tinha dúvida se Amanda realmente estava bem ou se estava sendo usada como isca para outros propósitos.

=========

Mac chegou ao endereço descrito no estranho bilhete e sua consciência o alertou do perigo.

Era uma cabana, que apesar de fazer parte de um grande parque próximo à divisa do estado, ficava afastada das outras casas.

Ele estava sozinho, em um lugar deserto, incerto sobre o que iria encontrar. Suas únicas companhias eram sua arma, devida carregada e sua coragem, amplamente munida pela sua vontade de estar com Amanda.

A madeira do assoalho do piso rangeu quando ele alcançou a entrada do imóvel e igualmente fez a porta, que se revelou aberta.

Dentro da cabana, respirou fundo e focou sua atenção. Com a arma em punho, verificou os poucos ambientes do andar térreo da cabana e todos estavam limpos.

Um barulho ecoou do andar de cima e ele subiu os poucos degraus que o levaria ao andar superior, de onde passos podiam ser ouvidos.

Sorrateiramente, Mac chegou ao seu destino e percebeu que o barulho vinha do cômodo ao final do corredor, que parecia ser um quarto. Andando com passos curtos porém rápidos, ele empunhou a arma e entrou no cômodo, verificando todos os cantos imediatamente.

Seu coração quase pulou fora de seu peito quando viu o vulto aparecer na sacada do quarto.

— Ei, você! Ponha as mãos para cima e venha lentamente onde eu possa vê-lo. Estou armado.

— Oi xerife.

Uma melodia atingiu seus ouvidos e seus olhos se arregalaram ao reconhecer a figura que se revelou das cortinas, com as mãos levantadas.

— Amanda?

Ela deu alguns passos para frente e se revelou totalmente para ele, com seu par de esmeraldas brilhantes e seu cabelo dourado, que agora escorria liso pelos seus ombros.

— Você está sozinha? – conferiu ainda com a arma em punho e engatilhada.

— Sim.

Sem demora, ele travou sua arma, guardou e correu para o abraço dela. O perfume dela hipnotizou seus sentidos e ele a agarrou com força, como se quisesse incorporá-la em seu corpo.

Seus lábios buscaram os dela desesperadamente, e o toque molhado e macio lhe proporcionou a medicação que seu organismo precisava há dias.

— Eu senti sua falta. – confessou ofegante.

— Eu também.

Sua mão tocou seu rosto, tentando assimilar que ela era real e estava ali mesmo, em sua frente.

— O irmão do Frankie foi atrás de mim. A Jocelyn me avisou e tive que abandonar tudo.

Ele expirou forte e consentiu.

— Achei que você tinha fugido de mim.

Ela negou e lhe agraciou com um pequeno sorriso.

— Como vamos fazer daqui para frente? Como faremos para ficarmos juntos?

Sem expressar preocupação, Amanda começou a desabotoar calmamente a camisa do xerife.

— Por que você está preocupado em ficar comigo no futuro se você está comigo agora?

Ele entendeu as intenções dela e a trouxe mais perto dele, a puxando pela cintura.

— Você tem razão. – murmurou deixando beijos rápidos em sua face.

Mac interrompeu o trabalho dela e a pegou no colo. Em apenas poucos passos, se deitaram na cama.

— De quem é essa cabana?

Ela deu de ombros, ainda trabalhando na retirada da camisa dele.

— Então quer dizer que pode chegar alguém a qualquer momento?

— Não, essa cabana está alugada para uma tal Amanda.

— Ótimo. – comentou Mac.

Ele deu um sorriso e se deitou por cima dela, juntando os lábios novamente em uma nova sessão de longos e intensos beijos.

Mac a segurou junto a seu corpo, aproveitando o máximo do contato e do calor que ela proporcionava. As caricias intimas os levaram para longe de tudo e de todos, e quando os corpos se exauriram, eles estavam de volta à cabana no meio do parque.

==========

O tempo parecia estar estático enquanto sentia Amanda deitada em seu peito. Seus cabelos espalhados cutucavam a sua pele e seus dedos se afundavam neles, acariciando a cabeça dela.

O casal ficou algum tempo em silêncio, curtindo o máximo que podiam e, temendo o momento em que teriam que partir.

— Eu tenho que ir. – resmungou Amanda.

— Não posso deixar. – retrucou.

Amanda se movimentou e se apoiou no peito dele, de forma a olhá-lo nos olhos.

— Durante todo esse tempo, eu fugi de todos e evitei ao máximo me envolver com alguém. Se eu percebesse que estava acontecendo, eu me distanciava imediatamente, pois sabia que as perguntas viriam e que de uma forma ou outra, iria me prejudicar ou prejudicar as pessoas. Mas com você foi tudo tão rápido que quando percebi, já tinha me apaixonado.

Mac se aproximou e a beijou intensamente, como se quisesse compartilhar o mesmo sentimento.

— E como eu havia previsto, meu passado passou por cima de tudo.

— Eu não quero te perder de novo. O que acontece agora?

— Estou em um lugar temporário. Devo ser recolocada em dois dias.

— E depois? Como faremos?

Amanda suspirou, incerta.

— Eu não sei.

Contrariada, Amanda se afastou e se sentou na cama, buscando suas roupas espalhadas pelo chão.

Ele se sentou por detrás dela e deu um delicado beijo em suas costas. Igualmente contrariado, também se moveu pela cama e tratou de resgatar as suas roupas no chão.

==========

Nenhum deles se arriscou a dizer nada, enquanto se preparavam para deixar a cabana e retornar à realidade.

Antes de saírem, eles se abraçaram.

Uma parte de seu coração entendia a condição dela, e esperava ansiosamente que ela se restabelecesse e que eles poderiam ficar juntos. Entretanto, outra parte de seu coração lhe perturbava com a irritação de que naquelas condições, nunca poderiam ficar juntos e em paz.

— Me prometa que você vai me ligar para eu saber que está tudo bem.

Ela consentiu em silêncio, enquanto ele segurava seu rosto carinhosamente com as mãos.

— Sim, assim que eu me restabelecer, poderei fazer contato.

— Não se esqueça de que eu te amo.

— Também te amo. E sinto muito por tudo isso.

— Não sinta. – suspirou intensificando as carícias. – Eu só preciso saber se você vai ficar bem.

Amanda segurou a mão de Mac e deu um delicado beijo.

Ele apenas a assistiu entrar no carro e sumir na estrada de terra, tomando a direção oposta.

A cada metro percorrido pelo carro, seu coração se apertava ainda mais e sua respiração quase parou quando ela desapareceu de sua visada.

Desolado e triste, Mac entrou em sua viatura e mais uma vez, uma raiva tomou seus sentidos.

Sua mão doeu quando ele socou repetidas vezes o banco frontal do passageiro e se entregou ao desespero do pranto, quando se viu sozinho e abandonado naquele parque.

==========

Ao contrário do que eles haviam combinado, Amanda não telefonou nenhuma vez para o xerife.

Dez dias haviam se passado desde o encontro deles na cabana, e a saudade dela o sufocava igual a falta de oxigênio. Seus sentimentos se confundiam entre a esperança de poder encontrá-la e na suspeita de que ela iria sumir no mundo e nunca mais voltar.

Deitado em seu sofá, contemplava o papel que lhe concedia trinta dias de licença das atividades policiais da delegacia de Oak Island. Ele tinha tempo disponível para procurá-la em qualquer lugar. Só não sabia como.

Sua amiga Jo interrompeu seus pensamentos, através da ligação do celular.

— Jo, me diga que você sabe como encontrar a Amanda.

Jo deu um riso nervoso do outro lado da linha.

Sinto muito, Mac. Mas como você está?

Um suspiro derrotado escapou de seus lábios.

— Destruído. Não sei mais o que fazer. Ela vai desaparecer e nunca mais vou conseguir ficar com ela novamente.

Bem, tenho uma gama de informações que queria que visse, e especialmente uma, que acredito te interessar muito. Eu não queria te passar os detalhes por telefone ou internet. Há alguma chance do detetive Taylor visitar seu antigo local de trabalho?

— E qual seria essa informação? – perguntou desanimado.

Temos uma pista do paradeiro do Josh.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Será que eles vão encontrar o Josh? Comentem! Abraço!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Desconhecido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.