Amor Desconhecido escrita por Agent Krysten
Notas iniciais do capítulo
Saudações a todos (as) leitores (as). Como estão?
Sem mais, segue mais um capítulo. Espero que gostem.
Me avisem se houver algum problema.
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Mac Taylor caminhou tranquilamente pelos corredores do laboratório de criminalística de Nova Iorque, pois os conhecia como a palma de sua mão. A escolta que o acompanhava era somente para seguir o protocolo, pois não precisava de ninguém para indica-lo o caminho.
Uma refrescante nostalgia tomou conta de seus sentidos e ele conseguiu lançar um sorriso quando visualizou sua amiga Jo através do vidro, ocupando sua antiga sala.
— Seja bem vindo, meu amigo Taylor.
Jo o recepcionou calorosamente e indicou a cadeira à sua frente para que se acomodasse.
— É bom estar de volta nesse lugar. – confessou.
— E você? Como está reagindo a tudo isso?
Mac expirou decepcionado.
— Sobrevivendo. Meu coração desapareceu com ela. – disse triste. – Sabe Jo, quando a Claire se foi, eu sofri, mas eu sabia que ela tinha morrido. Sabia o que tinha acontecido. Agora, a Amanda, eu não sei nada. E isso dói demais.
Jo afinou os lábios, emocionada com o sofrimento do amigo.
— Eu sei Mac. Mas eu tenho algumas informações que podem te ajudar.
Antes de iniciar a apresentação, ela fechou as persianas internas que estavam abertas, proporcionando a privacidade necessária para aquela reunião.
Retornando a sua mesa, virou seu monitor de modo que pudessem visualizar as informações que iria projetar.
— Bem, Amanda era na verdade Stella Bonasera. Trabalhou como investigadora na divisão de narcóticos, aqui em Manhattan. Não há informações sobre seus familiares, e ela cresceu no orfanato de St Basil.
Mac se encantou com a foto de Amanda, ou Stella, uniformizada com a farda do departamento de polícia de Nova Iorque.
— Ah, ela me disse que tinha uma irmã, chamada Kristen. E também me disse que ela mora em Phoenix.
Jo franziu a testa com a informação e digitou rápido no teclado de seu computador.
— Realmente, existiu uma Kristen registrada na mesma época da Stella no orfanato. Mas não tem nenhuma ligação de parentesco oficial. A Kirsten se formou na mesma turma da academia de polícia da Jess, por isso elas se conheciam. Hoje, a Kirsten faz parte da força policial do Arizona.
Ele suspirou.
— Bem, ela me disse que eram irmãs. Talvez de orfanato e não de sangue.
— Pode ser. Stella foi declarada morta em serviço e isso está nos registros da polícia. – complementou apontando a informação mostrada na tela do computador.
Ele consentiu e se entristeceu com aquela notícia.
— O tal traficante que ela se envolveu é Frank Mala, morto em um tiroteio com a polícia em um galpão abandonado na área portuária de Nova Jersey. Seu irmão, Philip Mala, está na condicional. Eu chequei com o agente responsável, e ele está cumprindo todas as suas obrigações. A pequena visita dele a Oak Island não foi registrada.
— Saber um pouco da história da Amanda é interessante, e agora posso entender algumas coisas. Mas como vamos encontrá-la? Você conversou com a tal de Jocelyn?
Jo expirou impaciente.
— Sim, e como eu esperava, ela não falou nada.
Mac levou a mão ao rosto, desacreditado.
— É o trabalho dela, Mac. Proteger essas pessoas. Ela não pode sair divulgando o paradeiro das testemunhas desse jeito e colocá-las em perigo.
Ele consentiu, desinteressado.
— Felizmente, eu tenho uma boa notícia para você.
— É?
— Encontramos o Josh. Ele está aqui.
— Aqui em Nova Iorque?
— Não, aqui no laboratório. Quer conhecer ele?
Mac arregalou seus olhos surpreso com a notícia e sinalizou a maior resposta positiva que poderia dar àquela pergunta.
Jo fez um breve telefonema e logo, batidas foram ouvidas no vidro da porta de sua sala. Após a autorização da chefe, um dos técnicos entrou, com o menino no colo.
— Mac, esse é o Josh. Confirmamos a identidade com o exame de DNA. Tanto a Stella, quanto o Frank, tinham o DNA registrados no sistema, então foi fácil.
Ele ouviu a explicação de Jo, que entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Sua atenção estava exclusivamente no pequeno garoto de cabelos encaracolados dourados, grandes olhos verdes e que mordia uma apetitosa chupeta azul.
Os olhos dele lacrimejaram quando pegou o menino em seu colo.
— Oi campeão. – suspirou.
Josh o olhou e lhe recordou imensamente a feição de Amanda. Ao checar a perninha esquerda, verificou a pequena marca de nascença, descrita por Amanda.
Ele abraçou o menino e beijou a testa dele, carinhosamente.
Jo não interrompeu o momento entre Mac e Josh, permitindo que ele curtisse o pequeno por alguns minutos.
— Onde ele estava? Como vocês o encontraram?
— Bem depois que você me falou dele, comecei a monitorar a entrada e saída de crianças nos orfanatos da costa leste. Então, recebemos essa notificação de um orfanato em Savannah, sobre um menino com as características do Josh que havia sido deixado lá e ninguém voltou para buscar. Descobrimos que ele mudou de orfanato por várias vezes, o que dificultou sua localização.
— O que eu faço para ter a guarda dele, Jo? – perguntou impulsivamente.
— Nada. Eu já fiz isso para você.
A detetive resgatou uma pasta com os documentos da identificação e da guarda provisória de Josh.
— A Jocelyn vai me matar quando souber, mas chegamos primeiro que ela. Aqui está a guarda provisória dele, de trinta dias. Na data especificada, você tem que trazê-lo de volta ao juiz para reavaliação do caso.
Sem palavras para agradecer, Mac lançou um olhar carinhoso para a amiga.
— Eu só tenho um problema. Não sei cuidar de criança.
Jo sorriu com a sinceridade do Mac.
— Com esse amor instantâneo que vejo em seus olhos, você vai se sair bem.
— Eu nunca pensei que fosse fazer isso de novo, mas vou voltar para casa da minha mãe.
Eles riram e conversaram por mais alguns minutos. Mac não soltou o menino em nenhum momento, até que ele adormeceu em seu colo.
Mac passou a noite em Nova Iorque, pois somente conseguiu passagem de volta para a Carolina do Norte no dia seguinte. Jo o ajudou e o instruiu em alguns cuidados com o menino. Eles compraram roupas e itens para Josh e depois, desfrutaram um jantar em seu quarto de hotel.
Os amigos detetives se despediram e ele ainda confessou um último temor.
— Espero conseguir cuidar dele no aeroporto.
— Está brincando, Mac? Você assim, todo charmoso, sozinho, com uma criança no colo? Vai chover mulher para te ajudar! Pode ficar tranquilo.
Um forte abraço selou o fim do encontro dos dois e Mac se viu sozinho com Josh, que dormia pacificamente na cama.
No dia seguinte, no aeroporto, aconteceu exatamente o que Jo havia predito. Várias mulheres se aproximaram e o ajudaram a cuidar do Josh.
Rindo da situação, ele logo enviou uma mensagem para a grande amiga. Ela respondeu e fez questão de relembrá-lo de que sempre tem razão.
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Millie estranhou o soar da campainha naquele horário e baixou a chama do fogo de sua panela, evitando que o molho queimasse enquanto estivesse fora.
Enorme foi a surpresa quando reconheceu a visita em sua porta.
— Filho? O que aconteceu? Tudo bem?
— Mãe, preciso de ajuda.
Ela viu o garoto no colo dele e um calafrio atacou seu corpo.
— Vai me dizer que você descobriu que tem um filho?
Mac riu desacreditado.
— Não, esse é o Josh, filho da Amanda.
Um pouco aliviada, ela pegou Josh no colo e entrou, brincando com o menino.
— Esse é o passado complicado dela? – perguntou sentando o garoto no balcão da cozinha.
— Não, essa é a parte mais bonita do passado dela.
Josh se entreteve com as brincadeiras da Millie e sorriu contente.
— E a Amanda? Quando vem para cá?
Ele mordeu os lábios antes de explicar para a mãe sobre a condição de Amanda.
— Ela não vem, mãe.
Millie o mirou, assustada.
— Como assim, meu filho?
Mac puxou um banquinho e se sentou junto ao balcão da cozinha da casa de sua mãe.
— Ela está desaparecida. Não sabemos onde ela está. – desabafou triste.
A mãe do xerife hesitou no interrogatório e não fez a pergunta que desejava. Contudo, a dúvida estava clara em seu olhar.
Ele explicou superficialmente sobre envolvimento dela com pai de Josh e as consequências disso em sua segurança. O detalhe do programa de proteção às testemunhas ficou de fora da explicação.
— Sério? Então ela não sabe que você está com o Josh?
— Não.
Millie respirou fundo e tocou no ombro do filho, prestando-lhe suporte.
— Vocês vão encontrá-la, filho. E enquanto isso, vou te ajudar a cuidar desse anjinho.
— Obrigado, mãe. Eu sei lidar com várias coisas, mas não com crianças.
— Não se preocupe, meu filho. Você será um ótimo pa... – gaguejou. – Você vai se sair bem.
Ela pegou a bolsa que ainda estava pendurada no ombro dele e a abriu, analisando o conteúdo. A princípio, Josh tinha o que precisava pelos próximos dias.
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Dez dias haviam se completado desde o dia que Mac chegou com o garoto, e a ligação dos dois estava cada vez mais forte.
No início, Mac cuidou de Josh e se identificou como xerife. Todavia, com o passar dos dias, se intitulou como pai do garoto.
Essa dedicação do filho preocupou Millie, pois não queria vê-lo sofrer novamente. Como mãe, ela tinha certeza que quando Amanda soubesse do filho, correria para resgatá-lo, sem se importar com o resto. Isso incluía levar o garoto embora, e também, deixa-los para trás.
Sentado no sofá com Josh confortavelmente em seu colo, Mac apresentava as figuras coloridas de um livro para o menino, o questionando sobre as mesmas.
Quando Josh apontava a figura correta, Mac festejava e o acariciava, arrancando uma gargalhada feliz do garoto. Por várias vezes, ele chamou o menino de filho, e as ações dos dois estavam sendo atenciosamente observadas por Millie, do balcão de sua cozinha.
— Filho, eu sei que isso não é da minha conta, mas me preocupo com sua relação com esse garoto. Você está se envolvendo demais com esse menino sem saber o que vai acontecer. Por várias vezes, você se identificou como pai dele. Ele está grudado em você e o que vai acontecer se essa moça vier e quiser levá-lo embora?
Mac respirou fundo e respondeu, sem tirar a atenção de Josh e suas figuras.
— A minha missão é cuidar dele até Amanda aparecer. E eu vou fazer isso com todo meu coração.
Millie mexeu seus lábios, nervosa.
— Tem certeza, filho? Já se passou quase um mês desde que ela desapareceu e ninguém tem notícias dela.
Mac percebeu que talvez sua presença estava incomodando ou atrapalhando a vida de sua mãe. Afinal, ele chegou sem avisar e não tinha planejado sua volta à Oak Island.
— Mãe, se eu estiver te atrapalhando, eu vou embora.
Ela negou veemente.
— Não filho, não é isso. É uma alegria ter você e esse anjinho aqui comigo. Só fico preocupada com o futuro de vocês. Se for a separação, vocês vão sofrer muito. E acho que eu também, já que estou apaixonada por esses cachos dourados.
Ele bufou decepcionado.
— Eu vou fazer de tudo para ficarmos juntos, mãe. Mas se for a vontade dela ir embora e levar o Josh, vou respeitar. E se ela nunca mais voltar, eu cuidarei dele até o fim. É o mínimo que posso fazer por ela.
— Você gosta mesmo dela, hein filho?
— Sim. Eu a amo muito.
Josh resmungou e apontou uma figura no livro. Mac descreveu o que era e o garoto sorriu.
— Muito bem, meu filho. – Mac cochichou no ouvido de Josh antes de deixar um carinhoso beijo nos cabelos dele.
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O som em seu fone de ouvido estava com o volume alto demais para ouvir o toque estridente e irritante de seu celular. Somente quando o aparelho começou a se deslocar na mesa, empurrado pelo modo vibratório, que Adam percebeu a ligação ativa.
— Alô?
— Escuta aqui, garoto. Você vai passar esse endereço para o xerife Taylor.
Apesar da voz intimidadora, Adam sorriu aliviado.
— Eu sei que é você. Quase me matou de susto da última vez, mas o xerife me explicou o que aconteceu.
— Sabe quem sou eu? Não sei do que você está falando, moleque. Só faz o que estou mandando.
Rindo da situação, ele anotou o endereço e os dados do encontro, amplamente esperado pelo xerife.
— Eu já sei. Você não precisava usar essa voz horrorosa. Podia falar normal, mesmo. Não vou falar nada para ninguém.
A ligação foi interrompida bruscamente e Adam fez um movimento negativo com a cabeça.
— Esse povo adora um mistério. – reclamou.
Adam replicou os dados informados durante a ligação e os enviou para o xerife imediatamente.
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Mac sentiu uma sensação de alívio massagear seus músculos tensos ao ler a mensagem de texto recebida.
A mensagem de Adam reacendeu a esperança de reencontrá-la e finalmente, revelar que Josh havia sido encontrado e estava bem, vivendo temporariamente com ele.
Millie estranhou o grande sorriso do filho, quando ele apareceu na cozinha, todo arrumado e cheiroso.
— Amanda mandou notícias, mãe. Vou me encontrar com ela.
— Que ótimo, meu filho. Traz ela para casa.
Ele afirmou e olhou para Josh, que estava sentado em sua cadeirinha e se divertia com seus brinquedos de borracha.
Mac se aproximou e pegou o menino no colo e o abraçou, despedindo-se. Ao coloca-lo de volta na sua cadeirinha, deu um beijo em sua testa.
— Mãe, se acontecer qualquer coisa, ligue para a Jo. Aqui estão os contatos dela.
Millie pegou o pedaço de papel e se assustou com o pedido do filho.
— Toma cuidado, filho.
— Pode deixar, mãe. – ele assegurou dando um beijo nela.
A mãe preocupada assistiu seu único filho sair pela porta da frente e fechá-la por detrás dele.
Ao perceber a ausência dele, Josh esboçou um choro e ela, o pegou no colo para consolá-lo.
— Está tudo bem, amor. Seu pai volta logo.
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Amanda chegou atrasada ao local combinado e seu coração disparou ao visualizar o carro estacionado em frente à cabana.
Ela sorriu e correu para dentro do imóvel, atrás de seu grande amor.
— Xerife?
Os cômodos no andar térreo estavam vazios, por isso, ela voou pelos poucos degraus da escada, atingindo o segundo andar da casa em segundos.
— Mac?
Não houve resposta dele para os chamados dela.
Amanda imaginou que ele estivesse brincando e que estaria escondido no quarto. Sorrateiramente, caminhou na direção do cômodo, querendo surpreendê-lo. Porém, o xerife não estava lá. Nem na sacada e nem no banheiro.
Ela ia saindo do quarto quando ouviu um barulho vindo de dentro do armário. Rindo da brincadeira de esconde-esconde dele, se aproximou e abriu as portas violentamente para assustá-lo. Contudo, quem se assustou foi ela, ao vê-lo naquela condição.
— Meu Deus! Mac! – gritou desesperada.
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O que aconteceu com Mac? Comentem! Grande abs e até+!!!