A filha de Isabella escrita por Nandah, Fernanda Pinheiro


Capítulo 22
Quase lá




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“A história aconteceu em uma noite nua,

despida de estrelas e coberta por crendices,

à noite em que um homem tolo amou incontrolavelmente a lua, amantes do impensável derrotaram a tolice.

Por toda a floresta refletia seu luar e a sua imponência conquistava quem olhasse,

e o homem se multava a ponto de uivar,

deixou que a insanidade obscura o dominasse.

Apenas um humano que o fanatismo transformou, deixou sua família porque algo o atraía, e uma matilha semelhança criou sabendo que um porém vivamente o conduzia.

Nunca outro alguém ousou o contestar, deixou a selva rude, nomeada de urbana, aquilo nunca mais seria o seu lar. E não se contentou, nem com uma cabana, integrou-se ao mato, que lhe fazia bem e esqueceu de fato que um dia fora homem.

Tudo pela sua... Idolatrada lua que não o abandonara na dura solidão, ela o visitava sempre que podia e ele aguardava com muita excitação.

Uma vez por mês, bem longe da aldeia, no meio da floresta ele amava a lua cheia. E isso foi passada aos seus similares por várias gerações, todos deveriam amar a lua cheia como sua amante.

Conta-se de longe que aquele que verdadeiramente a amar por ela maiores benefícios terá. Um guerreiro a lua escolhe, e por ela, ele triunfará.

Esta é a história de uma noite nua, a história do lobisomem, a história da lua.”

 

 

Olhei para ele um pouco surpresa, dava para entender, mas ele parecia tão perdido nos pensamentos, tão perdido na complexidade.

 

— Isso de guerreiro da lua, é você? – As palavras saíram sem que eu de fato controlasse.

 

— Não, meu alfa foi o homem tolo que trouxe a todos nós essa maldição. – Ele soltou um meio sorriso. – Eu não nasci de uma peeira ou fui originado do primeiro lobisomem. Eu fui transformado como ele, eu e mais dez, todos no mesmo dia. A lua não queria que ele ficasse sozinho, nos transformou como se fossemos filhos dela.

 

— Filhos da lua. – Sussurrei.

 

— Sim, é daí que vem nosso nome. Eu tinha uma família, filhos e um neto. – O olhar se tornou mais distante. – Mas a lua me escolheu, tirou tudo de mim, você acredita...

 

Um suspiro forte saiu de dentro dele.

 

— Eu me transformei dentro de casa, era uma cabana, não tínhamos muito, mas era o suficiente. – Ele desviou o olhar completamente. – Tínhamos amor, era o suficiente e eu era o homem mais feliz do mundo.

 

Uma lágrima desceu do olho dele, eu não sabia o que falar, aquilo parecia doer em mim também.

 

— Adrian...

 

— Eu os matei, Annalice. Um por um. – Uma risada seca saiu dele. – E eu não pude fazer nada, eu não tinha consciência dos meus atos, mas eu via tudo. O sangue da minha esposa em minhas mãos... O choro do meu neto, era apenas um bebê.

 

Ele inclinou o corpo para frente e olhou para as próprias mãos. Como se ainda sentisse o sangue ali.

 

— E quando eu sai da casa lá estava meu alfa, me esperando como se ele fosse um prêmio de consolação, os olhos vermelhos me obrigando e me compelindo a seguir ele, a amar a lua. – Ele me olhou, algumas lágrimas ainda escorriam dos olhos. – Eu passei milênios me culpando e me odiando. Até que em meio a guerra contra os Volturi eu percebi que a culpa não era minha, me rebelei e fui atrás do culpado de verdade.

 

Ele jogou o corpo para trás e levantou uma das mãos, a fechando com força.

 

— Você que matou o primeiro lobisomem.

 

— Ainda sinto o coração dele batendo em minha mão. – Mais um sorriso vazio demais.

 

Eu entendia ele, meu maior medo era me transformar e machucar minha família, Adrian não deve essa sorte, ele foi submetido à aquilo. Eu não sabia como era a sensação, muito menos podia imaginar, mas não deveria ter sido nada fácil.

 

— Eu recuei com os poucos que sobraram, nos escondemos, virei alfa e ordenei que todos parassem de se submeter a lua. Durante meses ela nem sequer apareceu no céu. – Ele suspirou ainda olhando para o teto. – Anos depois nasceu Luiz, e eu senti como se pudesse conquistar tudo de volta. Mas eu estraguei tudo.

 

— Você o ama, não ama? – Questionei.

 

— Com minha própria vida. Assim como amo você, você é minha família Annalice. – Ele respirou fundo antes de continuar. – Depois que eu fugi, corri por cinco dias e então parei. E adivinha quem apareceu, ela nem deveria estar lá, mas lá estava ela brilhando céu, como se risse da minha cara. Mas diferente do que eu achei, ela me propôs um acordo.

 

— Acordo... – Soltei com ironia, ele também adorava fazer isso.

 

— Ela me disse que entendia minha motivação, por isso me perdoou e não me castigou... Como se houvesse um castigo pior do que as coisas que eu já havia sido obrigado a fazer. – Ele riu ironicamente. – Mas ela sabia do meu ódio dos Volturi, sabia o quão eu sofria com a perda dos milhares de lobisomens, ela disse que também sofria. E que me daria a benção de um guerreiro, mas que eu nunca seria o guerreiro dela. Me disse que depois de centenas de anos nasceria outra peeira e essa descenderia de mim.

 

— Eu... – Sussurrei.

 

— Sim, então disse que enquanto não chegasse a hora eu não deveria retornar e para isso realmente acontecer ela me pôs em um sono profundo por anos. Eu acordei uma semana antes da sua transformação. – Ele tornou a pegar o jornal em mãos. – Agora são novos tempos, Annalice. Novamente tenho uma família e essa eu não vou machucar, muito menos deixar que façam isso.

 

— Pode me chamar de Annie. – Ele me deu um último sorriso e voltou a atenção ao jornal.

 

— Eu já tive um neto, mas não pude ser o avô que ele merecia. Não quero forçar nada com você, ainda mais depois de não ser presente por 16 anos. Mas eu quero quer saiba que eu estou aqui, por você.

 

Eu não ia aliviar para ele, não iria cair nos encantos e ajudá-lo. Mas eu entendia ele e todas sua motivações. Ele é mais uma alma que sofreu muito nessa vida e, mesmo nessas condições, ainda é meu avô. Eu vou achar um jeito de sair dessa, vou arrumar outra alternativa, não deve ser tão difícil assim.

 

Droga, por que todo vilão tem uma história triste que faz você começar a gostar dele?

 

 

Annalice on

 

— Uno. – Gritei comemorando.

 

— Como assim? VOCÊ TA ROUBANDO DE NOVO ANNIE? – Adrian berrou.

 

— Ué, que calúnia. – Resmunguei. – Não aceita perder da nisso.

 

— O jogo não acabou querida. – Ele falou pondo a última carta.

 

— Ui, 5 azul. – Resmunguei colocando meu 7 azul por cima.

 

— AH NÃO, QUE MACUMBA É ESSA? D-E-S-I-S-T-O. – Adrian fechou cara.

 

— Para com isso vovô. – Revirei os olhos. – Não sabe perder fica assim, euem.

 

Olha não me julguem, mas a gente não tinha nada de bom para fazer e Adrian até que é um cara legal, por mais que seja narcisista e psicopata. Havíamos achado o jogo dentro de umas gavetas do avião, assim como um celular. Adrian me jurou que não havia matado os donos do avião, mas eu meio que acho que ele está mentindo. Mas de quaisquer forma né...

 

— Que tal a gente ligar pro meu pai? – Perguntei mexendo no celular, eu sabia o número de cabeça.

 

— Sem condições, ele vai acabar comigo. – Ele cruzou os braços de cara feia.

 

— Nunca vamos saber se não tentarmos. – Sugeri.

 

— Ok, mas se ele não for legal eu não vou me segurar, já estou avisando. – Ele resmungou.

 

— Vai chorar né. – Ri da cara de ofensa dele. – Vou ligar por chamada de vídeo, para ele ver seu rostinho.

 

— Estou falando que isso não vai dar certo. – Ele fechou ainda mais a cara.

 

Mas era tarde demais, eu já estava ligando.

 

— Ele demora tanto, não sei o que está fazendo uma hora dessas. – Resmunguei e então ele atendeu.

 

— PAI? – Ele gritou ao ver Adrian.

 

— Ele me chamou de pai, que fofo. – Adrian falou me olhando.

 

— Também achei. – Concordei posicionando o celular na mesa do avião, de uma forma que pegava nós dois.

 

 

— COMO ASSIM VOCÊ CONVIDOU MINHA FILHA PARA A SUA MATILHA? – Luiz gritou do outro lado do celular.

 

— Aqui, não grita com meu vovozinho porque ele pode ter uma AVC. – Cruzei os braços. – Tadinho dele nasceu antes de Cristo, o coração dele não aguenta fortes emoções.

 

— Isso mes... COMO ASSIM ANNALICE? – Adrian se virou para mim. – Eu pego muita novinha ainda, tá?

 

— Vô, você não pega nem gripe. Literalmente!

 

— Parem vocês dois, quero explicações. – Luiz exigiu.

 

— Eu estou passando um tempo com meu avô, só isso. – Revirei os olhos.

 

— ANNALICE – Ele gritou.

 

— Escandaloso. – Reclamei.

 

— Desliga isso. – Adrian revirou os olhos.

 

— ANNALICE NEM OUSE... – Desliguei a chamada antes que ele pudesse terminar a fala.

 

— Eu falei que era melhor não ligar. – Adrian revirou os olhos.

 

— Blá blá blá. – Fiz careta. – Volta a ler seu jornal, velhote.

 

— Não fala assim comigo. – Ele reclamou.

 

— Chaaaaato. – Dei língua pra ele.

 

Isso ainda promete muito.

 

 

Embry on

 

Sabe, PERDERAM O AMOR DA MINHA VIDA. Eu queria muito matar o pai dela, mas ele é mais forte e mais resistente que eu, além da Annie nunca me perdoar. Eu sofri bastante nessa lua cheia, gritei, esmurrei, pedi socorro. Porém eu sabia que tudo aquilo que estava sentindo a Annie estava sentindo também e isso me matava por dentro.

 

Ai veio os Cullen e me disseram que perderam a Annie, SENHOR O QUE EU FIZ PRA MERECER ISSO?

 

— Embry você é a única forma de encontrarmos Annie. – Edward falou cruzando os braços.

 

Eu estava na casa dos Cullen agora, os Volturi também estavam.

 

— Tá, mas o que eu tenho que fazer? – Perguntei o olhando.

 

— Você só precisa lembrar de um momento com ela, o resto é por minha conta. – Um vampiro se aproximou.

 

— Esse é Demetri, ele é um Volturi e também um rastreador. – Edward falou.

 

— Por que precisa ser eu? – Perguntei sem entender.

 

— Porque tem que ser algo que a Annie goste, mas no caso ela te ama. – Jasper falou. – Vai por mim, eu sei dos sentimentos dela.

 

— Okay. – Falei sem esconder o enorme sorriso.

 

O vampiro, Demetri, se aproximou e me tocou. Rapidamente me lembrei da segunda vez que Annie foi a La Push e depois que ela pulou do penhasco, e já estávamos em terra firme, eu tampei sua visão enquanto os meninos se vestiam e ela se encostou a mim. O calor do corpo dela se chocava com o meu, seu coração acelerou igual ao meu e eu quis que aquele momento nunca acabasse.

 

— Eu achei ela. – Demetri falou. – Porém ela está em movimento sobre o oceano pacífico.

 

— Não gostei muito dessa lembrança. – Edward resmungou.

 

— Mas onde ela pode estar? Num barco? – Bella perguntou preocupada.

 

— Não, ela está em um avião com meu pai. – Luiz entrou.

 

— Seu pai? – Todo mundo perguntou.

 

— É, meu pai veio atrás dela e a roubou de mim. Vigarista. – Ele revirou os olhos se sentando no sofá.

 

— Você não vai fazer nada? – Bella questionou o olhando.

 

— Bella, quem tem que se preocupar é meu pai. – Ele revirou os olhos. – Ele não sabe com quem está se metendo. Annie não é minha irmã.

 

— Sua irmã? – Perguntei.

 

— Eu tinha uma irmã. Cloe era um anjo, a menina mais delicada que eu já conheci. Porém meu pai a matou. – Luiz explicou.

 

— E se seu pai quiser matar Annie? – Bella tornou a questionar quase em pânico.

 

— Ele não vai e é mais fácil Annie o matar antes. – Ele revirou os olhos.

 

— Como tem tanta certeza? – Carlisle questionou.

 

— Cloe não tinha o DNA do meu pai, mas Annie tem. – Luiz suspirou. – Família vem em primeiro lugar para os lobisomens.

 

— Você vai ficar sentado nesse sofá? Sem fazer nada? – Perguntei irritado.

 

— Eu não sei pra onde eles vão, quer que eu faça o que? Vire um pássaro e voa atrás deles? O jeito é esperar eles pararem em algum lugar e o rastreador ai ache eles. – Luiz tornou a revirar os olhos. – Além do mais eles dois estão se dando muito bem.

 

 

Annalice on

 

— Sabe vovô. – Resmunguei deitada nas poltronas.

 

Ele suspirou fundo, acho que ele não gosta quando eu o chamo assim.

 

— Eu estou muito mal com isso de lobisomem. – Continuei com meu lamento.

 

— E por que? – Eu não sabia se ele realmente estava interessado ou se só queria que eu parasse de falar o mais rápido possível.

 

— É que eu tinha um dom muito foda antes, aí agora eu não tenho mais nada. – Choraminguei.

 

— Quem te disse isso? – Tirei meus olhos do teto do avião e encarei os olhos castanhos esverdeados dele.

 

— Meu pai.

 

No mesmo segundo ele soltou uma gargalhada muito alta, não entendi qual foi a desse maluco aí não. Ele ficou lá rindo por uns cinco minutos.

 

— Qual é a graça?

 

— Imaginei que você perguntaria.

 

Gente...

 

— É uma história engraçada até. – Ele se ajeitou na poltrona.

 

Gente, para que eu fui perguntar? Lá vai ele começar tudo de novo. Gente velha é foda mesmo.

 

— É que quando seu pai era pequeno ele achava que tinha um dom e eu acabei estimulando ele a isso. – Ele começou a contar com um sorriso nos lábios.

 

— E qual era esse dom? – Me ajeitei, aquilo podia ser até interessante.

 

— Ele achava que era invisível. – Ele soltou uma risada e eu tive que acompanhar. – Então eu ordenei para todos os lobisomens não dirigir o olhar para ele e só falassem se ele tomasse a voz primeiro. Então ficávamos fingindo não ver ele pela aldeia.

 

— Que maldoso. – Comentei entre um riso.

 

— A mãe dele dizia a mesma coisa, que não era para mim estimular uma coisa que não existia. Mas não ia ser eu a acabar com as expectativas do meu menino. – Ele ainda sorria. – E realmente era muito engraçado. Às vezes eu estava em sérias reuniões com líderes e ele passava bem no meio da sala, uma vez ele passou peladão, e eu tive que me segurar para não rir.

 

Eu não me aguentei e minha risada ecoou por todo avião, a dele se juntou brevemente a minha.

 

— Mas aí ele se transformou pela primeira vez e eu tive que acabar com aquilo, afinal ele não era mais uma criança. – O sorriso dele diminuiu. – Então na primeira oportunidade eu disse para ele que o via e que o dom deveria ter sido anulado pela transformação, ele ficou meio decepcionado por um tempo.

 

Aquilo era demais para mim, Adrian era um filha da puta e me perdoe bisa. Eu ria bastante e não conseguia me controlar.

 

— A questão é que talvez você ainda tenha seus dons Annie, a verdade é que eu nunca vi um filho da Lua com poderes. – Ele gesticulou os ombros. – Talvez possamos testar isso depois.

 

— Estou de acordo. – Me senti um pouco mais aliviada, um sorriso tomava conta dos meus lábios.

 

— Quer saber de outra coisa? – Ele me olhou divertido, no mesmo momento eu assenti. – Annie, seu pai é gay.

 

— MEU PAI É O QUE? – Gritei ficando sem reação.

 

— G-A-Y – Ele soletrou sorrindo.

 

— Como você sabe? – Perguntei com curiosidade.

 

— Isso aí de invisibilidade. – Ele gargalhou. – Eu já vinha percebendo nos primeiros anos de vida dele, ele nunca gostou de treinar ou lutar, sempre preferia brincar com as meninas. E muitas foram às vezes que eu peguei ele no quarto da mãe experimentando as roupas dela, mas aí ele se fazia de invisível e eu fingia nem reparar nele.

 

Um sorriso divertido pairava sobre o rosto dele.

 

— Daí minhas suspeitas foram confirmadas quando ele tinha 15 anos e eu vi ele saindo da cabana de um dos lobisomens. – Ele sorriu como se lembrasse.

 

— E o que você fez?

 

— Nada. Pelos céus, Annalice. O menino era invisível, nem tinha como eu ter visto ele, me fiz de cego e fui pra casa. – Gargalhei assim que ele falou. – Mas eu não vi mal algum, ele é livre para fazer qualquer coisa e amar quem quiser. É meu filho, eu tenho que aceitar ele do jeito que ele for.

 

Eu via muita sinceridade nos olhos dele, ele realmente amava meu pai.

 

— Meu deus. – Fiquei perplexa. – Já tenho um plano perfeito.

 

— Qual? – Adrian questionou.

 

— Vou por um óculos no meu pai, desenhar um raio na testa dele. Depois vou passar gel do cabelo do Caius e por um terno nele. Ai vou chamar um de Harry Potter e outro de Draco Malfoy. E ai depois, vou fazer eles se beijarem. – Soltei uma risada maníaca.

 

— Você me da medo às vezes. Dá mesmo. – Ele me olhou estranho.

 

— Vem cá, esse avião não pousa nunca? – Perguntei me ajeitando.

 

— Calma, estamos apenas sete horas nele. – Adrian revirou os olhos.

 

— APENAS? Eu quero cagar merda, e não vou cagar nisso aqui não. – Resmunguei fechando a cara.

 

— Annie, você é muito indelicada. – Ele resmungou.

 

— Vamos, me conte sobre alguma história sua.

 

— Por que eu faria isso?

 

— Porquê pessoas velhas fazem isso. – Cruzei os braços.

 

— Querida, tenho cara de trinta e dois. – Ele resmungou.

 

Era verdade! Adrian tem cabelos castanho escuros, olhos castanhos esverdeados e uma barba rala. Ele dá um caldo ainda.

 

— Onde amarrei meu bode. – Revirei os olhos.

 

— Você é igual seu pai, tem mania de ficar revirando os olhos. – Ele falou me observando.

 

— Você sente falta dele, né? – Perguntei.

 

— E muita. Espero que um dia ele me perdoe. Eu sempre quis protegê-lo. – Ele suspirou.

 

— Snape também queria proteger Harry, percebeu como a história se iguala? – Perguntei rindo.

 

— Ai meu Deus.

 

— Edward é Cedrico, Caius é Draco, Luiz é Harry, Julie é Hermione, Gary é Rony, Bella é Cho Chang, Rosalie é Luna, você é Snape, Aro é Lord Voldemort e eu sou a autora que vai matar vocês todos no final.

 

— Você tem uma mente tão fantasiosa. – Adrian sorriu.

 

— Verdade, por exemplo, agora eu estou imaginando você caindo desse avião e morrendo atropelado por outro. – Dei um sorriso falso para ele.

 

Parece que Deus resolveu me castigar naquele momento e o avião se inclinou para baixo, eu arregalei os olhos assustada.

 

— AI MEU DEUS, VAMOS MORRER, ESTÁ CAINDO. – Gritei pondo o cinto.

 

— SE CONTROLA MULHER. – Adrian também gritou. – Só estamos chegando em casa.

 

— NO INFERNO? – Perguntei. – SOU MUITO NOVA PRA MORRER.

 

— SHIU

 

— SHIU VOCÊ PANELA D PRESSÃO. – Devolvi.

 

— Ah meu senhor, o que eu fiz pra merecer tal coisa? – Adrian resmungou.

 

— Me raptou, babaca. – Revirei os olhos.

 


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Notas finais do capítulo

Oieeeee, tudo bem? Eu estou ótima. Espero que tenham gostado do capítulo! Pra onde será que ele ta levando Annie. Pra:

( ) Floresta Amazônica
( ) Bangu 3
( ) Nárnia
( ) África
( ) Puta que pariu
(x) Nenhuma das opções acima.






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