A filha de Isabella escrita por Nandah, Fernanda Pinheiro


Capítulo 21
Vovô


Notas iniciais do capítulo

CAPÍTULO EM DEDICAÇÃO AOS MAIS DE 300 COMENTÁRIOS, VOCÊS SÃO DEMAIS, obrigada ♥



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Annalice on

— Quem é você? – Olhei para ele depois de algum tempo sentada em sua frente, dentro de um avião que estava esperando a gente a alguns metros do local aonde ele havia me encontrado.

— Sou seu avô e seu alfa. – Ele sussurrou como se não tivesse confiante nas próprias palavras.

— Meu avô? – Perguntei sem entender.

— Sim, sou pai de Luiz. – Ele suspirou.

— Ele nunca me falou de você. – Observei ele.

— Fato. Ele me odeia. – Ele revirou os olhos. – Agora me conte sobre os vampiros que você convive.

— Por que quer saber deles? – Perguntei arqueando a sobrancelha. – Não vou dizer nada enquanto você não me explicar essa situação e quem é você de verdade.

— Não é da sua conta, Annalice. – Ele revirou os olhos. – Mas podemos fazer uma troca, porém você tem que me contar antes.

Euem, TPM do caramba.

— O líder deles é Carlisle Cullen, ou melhor o vampiro chefe, Dr. Delícia, ai se eu te pego ou como preferir. Ele é casado com Esme que é a travesti dele, quer dizer, é a mãe que todos respeitam. Isabella é minha mãe e também o cisne feio da família, ela tem um escudo como dom. Edward é o virgem de 107 anos, porém ele fez uma filha em Isabella pra mudar tudo isso, e ele ainda ler mentes. Rosalie é a loira terremoto, nas horas vagas ela faz cosplay de loira do banheiro. Emmett é o urso-man, ele é peguete da Rosalie. Alice é a mãe Dinah e eu pretendo criar um seriado chamado "As visões de Alice Raven" para ela. Jasper é o ninfomaníaca da família, ele pode controlar emoções. Por fim tem a Renesmee, ela é o monstro do lago Ness, aspirante a Maísa, ela é peguete do Jacob e ta prenha dele. – Expliquei.

— Quem é Jacob? – Ele perguntou enquanto ria.

— Jacob é o Mogli, um lobão de quatro patas, além de ser pedófilo nas horas vagas. – Falei o encarando.

— Acho que eu entendi. – Ele sorriu.

— Claro que entendeu, agora me diga sobre você. – Cruzei os braços.

— Bem, eu me transformei em lobisomem ante de Cristo. Fui mordido por um alfa, ele era o primeiro dos lobisomens. – Ele começou a falar. – Vivemos por muitos anos e vivenciamos grandes eventos mundiais, contudo nos envolvemos com os Volturi, o que causou uma guerra e com isso fomos quase extintos. Meu alfa morreu e então eu assumi o poder, éramos poucos, mas ao decorrer do tempo multiplicamos nossos genes..

"Eu me apaixonei por uma linda moça e sob a lua vermelha a concebi um filho, Luiz. Ele cresceu como um príncipe, se transformou aos dezesseis anos e só me trouxe orgulho. Porém minha mulher, Eller, após sua transformação me abandonou e fugiu com um dos lobisomens da minha alcateia. Eles tiveram um filho juntos, ou melhor, uma filha. Cloe era linda, eu sempre quis uma filha mulher, mas Eller não conseguiu me dar. Lobisomens mulheres nascidas com o gene é bastante raro, elas são conhecidas como Peeiras, são as protetoras dos lobisomens. Elas tem poderes de cura, entre outros. Cloe não queria se juntar a minha alcateia, seu aniversário de 16 seria na lua cheia e também lua de sangue.

Luiz era muito colado a meia-irmã, ele tentou convencê-la, porém ela não aceitou. Ela achava que nós éramos monstros. Então no dia de seu aniversário eu a sequestrei e a levei para Forks, temos uma casa lá, não a que Luiz reside. Alguns acham que eu tentei estuprá-la, porém eu apenas quis trazê-la a minha alcateia sem que ninguém me impedisse. Ela se transformou e pirou... se arranhava, machucava e então quanto eu tentei tornar ela parte da minha alcateia ela arrancou o próprio coração."

— Eu fugi com medo da reação de Luiz, não pude me explicar, com certeza ele me mataria. Eu amo meu filho, porém ele fez suas próprias escolhas. – Ele suspirou tristemente. – E continuou a me trazer orgulho, e uma dessas coisas foi ter me dado você de neta.

Eu estava completamente sem reação. Era informação demais.

— Você só diz isso porque eu sou uma Peeira. – Tirei minha conclusão.

— De fato. – Ele disse ganancioso demais.

Eu queria sair dali, fugir, mas não parecia que ia rolar.

— Você é uma peeira e eu sempre quis ter uma na alcateia, também lhe recrutei porque assim Luiz não poderá me matar. – Ele respondeu arrumando o paletó.

— Como assim?

— Você, como minha seguidora, tem a obrigação de me proteger com sua própria vida e Luiz não tem coragem de lutar contra a própria filha. – Ele esclareceu.

— Sacanagem, tenho que ser seu cachorrinho de estimação agora? – Perguntei revirando os olhos.

— Pensa nisso como passar um tempo com o vovô. Aliás meu nome é Adrian. – Ele sorriu lendo o jornal. – Acho melhor dormir, a viagem é longa.

Revirei os olhos, bufei olhando o homem. Deixa ele achando que vai me controlar.

Annalice off

[…]

Luiz on

Como que se conta a uma mãe que você perdeu a filha dela? ou pior ainda, você perdeu sua própria filha.

— Oi Bellinha. – Sorri assim que ela atendeu a ligação.

— COMO ASSIM SEQUESTRARAM A ANNIE? – Ela gritou quase me deixando surdo.

— Ué, isso é algo que não podemos mudar. – Tentei esclarecer.

— LUIZ FERNANDEZ, EU NÃO BOTEI ELA NO MUNDO SOZINHA! É MELHOR VOCÊ ACHAR ELA. Estamos indo resolver isso tudo com os Volturi. – Ela falou desligando.

Okay, se eu fosse um alfa aonde me esconderia? Ok, não vai dar certo. Suspirei, a casa está vazio, todos estão na tal guerra. Esses Volturi também são uma droga, não tinha hora melhor para aparecer? Vou resolver isso eu mesmo.

Coloquei o casaco e entrei no carro, uma Mercedes Benz, PORQUE QUERIDOS EU SOU R-I-C-O.

— HOJE EU ACORDEI COM O PÉ DIREITO E É HOJE QUE EU VOU COMER AQUELA LAGOSTA GOSTOSA. – Cantarolei a música que tocava.

Dirigi em alta velocidade até a clareira onde iria acontecer o tal confronto. O meu Team estava de um lado e o Team Aro do outro. Parei o carro no meio deles e desci pondo o óculos escuro.

— E quem é você? – O vampiro da risada maníaca perguntou, Aro o nome dele.

— Sou o pai da Annie, o prazer é seu. – Sorri mostrando as presas.

— O que você é? – O vampiro de cabelo oxigenado perguntou. Caius se não me engano.

— Aquilo que você mais teme. – Tirei o óculos o olhando.

— Lobisomem. – Ele sussurrou me encarando.

— Isso mesmo, tremeu na base né? – Cruzei os olhos o encarando. – O bagulho é louco, e é o seguinte. Um lobisomem desgraçado acabou de roubar minha filha de mim e eu estou muito, mais muito bolado. Então ou vocês vão embora, ou eu e meu lobisomens teremos que acabar com vocês?

Os lobisomens atrás de mim rosnaram ansiosos.

— Carne de vampiro é nosso alimento preferido. – Sorri maleficamente.

— Proponho outra coisa. – Aro deu um passo a frente. – Vocês, lobisomens, criam um acordo de paz com a gente e ainda ajudamos a encontrar Annie, temos um rastreador.

Pude ver Caius olhar incrédulo para o irmão, mas eu imaginava que aquilo aconteceria, o momento era oportuno demais. Era um ótimo acordo e eu me pouparia dos esforços para encontrar Annie, sendo assim teria mais forças para matar quem tirou ela de mim. Plano perfeito.

— Aceito seu acordo. – Assenti.

— Preciso apenas de algo que ela goste muito. – Um vampiro falou se aproximando.

— Temos um lobo que teve Imprinting por ela, serve? – Perguntei arqueando a sobrancelha.

— Perfeito. – Ele sorriu.

Aro dispensou grande parte da guarda e deixou apenas os mais significantes, dispensei os meus e os Cullen levaram todos para a casa deles. Sobrou apenas eu e Caius.

— Isso ainda não acabou, essa guerra ainda acontecerá. – Ele me encarou fixamente.

— Com certeza, ainda terei o prazer de chutar sua bunda em uma fogueira. – Rosnei e ele partiu.

Assim que ele saiu me virei voltando para casa.

Luiz off

[…]

Annalice on

Eu estava andando pelo jato na frente dele, enquanto o desgraçado lia atentamente um jornal.

— Você deveria parar de andar assim, daqui a pouco vai furar um buraco no avião. – Ele falou sem me olhar.

— Não me importaria muito se isso acontecesse. – Revirei os olhos.

Ele que achasse que iria me segurar ali, sinceramente.

— Eu te odeio. – Sibilei.

— Não diga isso, ainda nem se conhecemos direito. – Ele parecia bastante ofendido.

— E nem quero conhecer, você só quer me usar e acha que podemos ser amigos?

— Eu não quero te usar. – Ele tirou os olhos pela primeira vez do jornal me encarando. – Você acha que eu não quero restaurar minha família? Que não quero ter meu filho de volta? Você é minha família Annie.

— Não me chame assim. – Grunhi. – Você nunca terá a confiança de Luiz, muito menos a minha.

Ele não pareceu se afetar com minhas palavras.

— Nada é fácil nessa vida. – Ele murmurou.

— Luiz uma hora dessa deve estar movendo o mundo para me achar e ele vai fazer isso.

— Luiz uma hora dessa deve estar fazendo um acordo com os Volturi. – Ele respondeu.

— Como você sabe? – Eu dei uma animada. – A gente pode prever o futuro, é isso que você está me dizendo?

Ok, eu estava bastante animada.

— Não. – Aquilo foi como um balde de água gelada. – Eu tenho meus informantes.

— Um vampiro? – Questionei com confiança.

— Você faz suposições demais. – Resmungou.

— E quase sempre estou certa. – Sorri vitoriosa.

Ele não responde mais nada, eu ainda andava em círculos. Ele sempre me controlava com aqueles malditos olhos, eu iria arrancá-los.

— Eu vou te matar. – Parei e o encarei. – Aí não estarei mais sobre o seu controle.

— Bem observado. – Ele sorriu em minha direção. – Por que já não tenta de uma vez?

Aquilo era sério? Ele apontou para trás de mim, onde havia uma mesa, abri as gavetas na esperança de uma arma, mas apenas achei uma faca. Serviria.

— Você vai me impedir. – Me virei para ele com a faca na mão.

— Prometo que não irei. – Ele ainda esbanjava um sorriso.

No mesmo segundo eu corri em alta velocidade pronta para matá-lo, mas antes que a faca pudesse entrar em contato com seu corpo eu paralisei.

— Betas não podem matar seu ômega, a magia que corre em suas veias não deixa. – Ele sussurrou com diversão.

— Eu te odeio.

— Você já falou. – Mais uma vez ele voltou a atenção ao jormal e eu comecei a andar novamente em círculos. – Eu irei responder qualquer pergunta sua, basta você perguntar a coisa certa.

— Por que do seu interesse pelos Cullen? E parece que não é apenas por eles, mas sim por todos os vampiros em geral.

— Bem observado. – Novamente aquele desgraçado sorriso, me lembrava o do meu pai. – Mas eu não direi isso.

Vampiros, ele parecia fascinado. Doido varrido... Não, espera... É isso.

— Você quer acabar com os vampiros. – Sussurrei parando novamente, no mesmo segundo ele me olhou. Eu havia acertado. – Você não vai encostar nas pessoas que eu amo, está me ouvindo? Eu não vou deixar.

— Acordos. – Foi a única palavra dele.

— Eu não vou fazer acordo nenhum com você, eu não vou vender qualquer dom meu. – Sussurrei. – Eu posso não te matar, mas eu posso me matar.

— Sem ou com você, nada mudaria, mas com você as chances da sua família viver são grandes. – Agora um sorriso sarcástico, ele estava brincando comigo.

— Luiz vai te matar.

— Então eu obrigaria você a lutar contra ele, acho que ele não mataria a própria filha, não é?

Suspirei, eu tinha que achar uma saída. Olhei para a faca que ainda estava em minhas mãos, eu não podia tocá-lo, mas ela sim. Com agilidade a arremessei contra ele, mas o filha da puta (desculpa bisa) a pegou como se fosse um simples papel.

— Bons reflexos. – Eu tive que elogiar.

— Pergunte Annalice.

Eu sabia o que ele queria que eu perguntasse, e eu sabia que seria muito chato.

— Me fale das Peeiras. – Resmunguei.

— Peeira ou fada dos lobisomens, vocês tem o poder de cura instantânea e conseguem ser até mais fortes que lobos normais. Com uma pereira em nossa alcateia poderíamos vencer qualquer luta sem nos ferirmos. Existem muito poucas, seu irmão tem uma.

Me lembrei de Julie, como Luiz nunca havia me dito aquilo?

— As Peeiras foram criadas para ser amantes dos lobisomens e ajudar eles a expandirem seus genes. Mas com o passar dos anos achamos outras formas de fazermos isso, afinal Peeiras não nascem com tanta facilidade. Então elas passaram a apenas ser o triunfo de uma alcateia.

— Afinal com uma vocês seriam invencíveis. – Supus.

— Exatamente.

— Por isso você está tão confiante em uma batalha com os vampiros, não está com medo de perderem novamente porque tem eu. – Eu não precisava de uma confirmação. – Mas eu não irei te ajudar e nem adianta usar seus olhos a seu favor.

— Tenho certeza que quando chegar a hora eu não precisarei.

— Veremos.

— Veremos.

— Quer saber de uma coisa. – Me sentei enquanto o olhava.

— Que você me odeia?

Droga, aquilo estava muito previsível. Tenho que achar outras formas de expressar meu ódio.

 

 


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Notas finais do capítulo

Heeey, cheguei, como estão? Eu estou ótima! Espero que tenham gostado do capítulo ♥




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