A filha de Isabella escrita por Nandah, Fernanda Pinheiro


Capítulo 16
Festa de Aniversário – Volturi




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Quando abri meus olhos esperava encontrar um banquete de rainha com coisas que super engordam, sabe: X-burguer, cereal, kinder ovo, essas coisas. Mas não encontrei nada, nem ninguém! O antigo quarto de Bella – agora meu –, estava vazio apenas comigo lá. Peguei roupas limpas e segui pelo corredor entrando no banheiro. Tomei um refrescante banho e desci para o andar de baixo.

— Charlie? – Gritei enquanto descia as escadas.

— Aqui fora. – Pude escutar sua voz ao longe.

Saí pela porta de trás e encontrei ele sentado em uma cadeira com uma espingarda em mãos. Esse velho tá ficando muito sinistro gente.

— O que está fazendo aqui? – Perguntei.

— Esperando para ver se ele volta. – Ele respondeu olhando fixamente para as árvores.

— Ele quem? – Perguntei sem entender.

— Aquele lobo que estava aqui. Me diz uma coisa Annie. – Ele se levantou e me olhou. – Você sabe o segredo dos quileutes não é mesmo?

— Sei sim. – Assenti.

— Não me diz que você é como eles. – Ele estreitou os olhos.

— Não, não sou. –Sorri.

Aiai, Charlie, se você soubesse o quão pior eu sou...

— Me sinto mais tranquilo. – Ele respirou fundo.

Olhei por alguns segundos para as árvores seria Embry que estava aqui? Olhei novamente para Charlie, será que ele não se lembraria?

— Ah. – Ele sussurrou olhando novamente para mim e então me abraçou. – Parabéns minha princesa.

SIM É MEU ANIVERSÁRIO

— Obrigada, Charlie. – Sorri para ele. Ele havia se lembrado.

— Sua avó ligou, mas eu disse que você estava dormindo. – Ele me informou. – Bem agora eu tenho que ir, o dever me chama.

— Tchau Charlie! – Falei vendo-o sair.

Assim que ouvi o carro dele partindo me virei novamente para a floresta.

— Pode sair, Embry. – Falei.

O lobo que eu conhecia tão bem saiu entre as árvores, grande como um cavalo, o pelo meio acinzentado brilhava com o pouco de sol que tinha.

— Te espero lá dentro. – Resmunguei entrando.

QUERIA FICAR E VER ELE PELADO, NÚ, AQUELE GOSTOSO, ME SEDUZINDO, SOCORRO. Que? Oi? An? Annie que pensamentos são esses, coisa inadequada.

— Achei que Charlie não iria sair nunca. – Embry resmungou entrando.

Ele e aquele peitoral nu, ele é um tesão, delícia, gostoso, ME POSSUA! Que? Oi? An?

— Annie? – Embry balançou a mão em minha frente.

— Sim? Eu mesma.

— Você estava me olhando estranho, o que foi? – Ele questionou se aproximando.

— Estava pensando na quase extinção do lobo-guará. – Olhei ele.

— Que?

— Oe?

— Ahn, trouxe isso para você. – Ele tirou uma tornozeleira do bolso. – De aniversário.

Era uma linha fina de prata com uma lua cheia que brilhava quando a luz tocava.

— Eu amei, Embry, obrigada. – O abracei.

A pele dele era quente e isso era muito confortável, eu podia ouvir o coração dele batendo. Recuei assim que ouvi o uivo de um lobo.

— É o Jacob, ele precisa da minha ajuda. Tenho que ir. – Embry falou suspirando fundo.

— Tem mesmo? – Reclamei.

— Sim, e aliás ainda precisamos conversar. Sobre você ser meu alvo de Imprinting. – Embry deu um sorriso de lado.

— Okay então. – Soltei uma risadinha.

Embry se aproximou mais e me deu um beijo no canto dos lábios. Demorei um pouco para raciocinar, mas quando o fiz ele já estava saindo pela porta de trás.

— EMBRY CALL EU TE MATO! – Gritei indo atrás dele.

Ele soltou uma risada e correu se transformando no enorme lobo. Eu nunca me acostumaria com aquilo, antes de entrar no meio das árvores ele tornou a me olhar e então uivou, logo pude ouvir outros uivos. Queria saber o que eles estavam falando entre eles, mas eu já podia imaginar. Assim que Embry saiu eu entrei, fiquei esperando uma ligação qualquer, mas ninguém ligou ou veio me ver. ELES HAVIAM ESQUECIDO!

[…]

Quando enfim Charlie chegou já era noite, eu estava jogada na minha cama chorando as mágoas do esquecimento.

— Annie. – Ele me chamou entrando no quarto, me virei para ele vendo dois embrulhos em sua mão. – Eu lhe comprei um presente e sua avó lhe mandou um.

Peguei o presente de Charlie e abri, era uma camiseta escrita "Está olhando o que? Cuidado, meu avô é policial!".

— Adorei Charlie, com certeza vou usar bastante, ainda mais quando voltar para Phoenix. – Soltei uma risada.

— É só um alerta para os meninos que resolverem se aproximar. – Ele sorriu me entregando o outro. – Bem, qualquer coisa estarei lá na varanda.

Ele saiu do quarto e me deixou sozinha, pude jurar que ouvi seu carro dando partida. Abri o embrulho e era um lindo vestido, totalmente roxo. Batia no meio da minha coxa, tinha babadinhos na altura dos seios e era rodado. No fundo da caixa onde veio tinha um bilhete:

“Use-o e vá para a varanda. – Vovó”.

Okay, tinha uma coisa muito estranha rolando. Entrei no banheiro e tomei um rápido banho, coloquei o vestido e fiz uma maquiagem simples. Olhei para meus sapatos, tinha um salto preto, mas o tênis preto me tentou e eu não consegui suportar.

Desci as escadas e andei até a porta de entrada, nenhum sinal de Charlie. A lua apareceu entre as nuvens e começou a brilhar no chão pedrinhas coloridas. As segui curiosa, elas levavam para um táxi que eu já conhecia muito bem.

— Olá, Gary. – Falei me sentando no banco de trás e logo desliei para o lado pondo minha cabeça entre os bancos da frente.

— Olá Annie. – Ele sorriu me olhando pelo retrovisor.

— O que está rolando? – Perguntei vendo ele dirigir.

— Não posso contar. Luiz disse se eu abrir a boca ele abre meu estômago e come meus órgãos, comigo ainda vivo. – Ele engoliu a seco.

— Que violência! – Soltei uma risada me encostando no banco.

— Eu tenho medo dele, é sério. – Ele sorriu. – Você já conheceu o quarto do terror?

— Não, que lugar é esse? – Perguntei.

— É um quarto da casa do Luiz, bem eu estava mexendo nas coisas dele e achei um arquivo. – Ele respondeu.

— E o que tinha lá? – Questionei curiosa.

— Um registro de morte, parece que esse quarto, que é dentro da mansão, é uma espécie de freezer gigante. E há uma morte registrada lá dentro. – Ele respondeu. – Acho que lá é onde Luiz põem os lobisomens nas primeiras transformações.

— Isso é muito estranho. Viu mais alguma coisa?

— Não, Luiz chegou na mansão na hora. – Ele suspirou frustrado.

Fiquei com aquilo na cabeça, quem será que havia morrido? Assim que o carro parou tirei os pensamentos, afinal temos um leitor de mentes na área. Olhei para Edward que se aproximava.

— Achei que não viriam mais. – Edward revirou os olhos.

— A culpa não é minha se ela demorou. – Gary revirou os olhos também.

Saí do carro e encarei a casa dos Cullen, o que eu estava fazendo aqui? Edward me olhou e sorriu. PARA DE LER MINHA MENTE TINKERBELL. Ele fechou a cara e me guiou para a casa.

— Parabéns, Annie. – Ele revirou os olhos.

— Agradeço. – Sorri.

A casa não tinha ninguém dentro, parecia aqueles filmes de terror. A qualquer momento esperava o chupacabra aparecer e matar todo mundo.

Pude ver algo como tochas de fogo na parte de trás da casa. AI SANTO HADES, CHAMARAM OS WINCHESTER E AGORA QUEREM ME EXORCIZAR!

Quando Edward abriu a porta as pessoas gritaram juntos: SURPRESA!

Minha cara foi tipo, WTF? De onde surgiu essas pessoas que eu nem conheço?

Renesmee me puxou pela braço e eu abandonei Edward. Pela primeira vez tive contato com o dom de Renesmee. Pelo plano ela não deixaria eu passar vergonha sem saber quem era aquelas pessoas.

[…]

Eu havia conhecido de vampiros brasileiros até Chineses, e eu quase não lembro o nome de nenhum. Minha avó Renée e Phil vieram. Meu pai e os lobisomens também, e ele me deu um CARRO acreditam? Era uma BMW. Depois de sensualizar bastante nele Edward me jogou novamente para essa festa. Queria me aproximar de Embry e dar umas sarradas nele, mas Edward havia visto na cabeça dele o que aconteceu mais cedo e eu estou EXTREMAMENTE PROIBIDA DE ME APROXIMAR DE EMBRY CALL. Tentei argumentar dizendo que ele não era meu pai, mas ai vem Luiz e diz que Edward está certo. Agora já se passou das 23:00 e só sobrou os vampiros e lobisomens na festa, nesse momento estou socializando com os Denali.

— Então Eleazar, quer dizer que você pode identificar o dom de um vampiro? – Perguntei olhando para ele.

— Isso mesmo. E possivelmente de um humano, se ele tiver o dom bastante apurado. – Ele respondeu.

No mesmo momento estendi a mão para ele, o mesmo sorrindo pegou minha mão. Ele me olhou intensamente e logo me soltou.

— Não vi nada.– Ele respondeu um pouco indiferente.

— Desculpe lhe informar isso, mas você já está muito velho para fazer isso. – Sorri e ele me acompanhou.

— Ou você não tem nenhum dom. – Tanya falou me provocando.

— Escuta aqui sua... – Meu pai me interrompeu.

— Oi filha, que tal guardar essa sua língua afiada em? – Ele perguntou dando um sorriso bastante falso para os Denali e me empurrando para longe. – Tem como você passar 1 minuto sem arrumar treta?

— Tem sim! Vou agorinha ali nos quileutes falar com o Billy e já volto. – Dei um sorriso cínico para ele.

— Estou de olho. – Ele resmungou.

Andei devagar até que Embry pudesse notar minha presença, mas quando ele notou outra coisa puxou minha atenção. Era dezenas de pessoas encapuzadas, os vampiros se afastavam como se tivessem medo ou talvez desprezo.

— Os Volturi. – Ouvi um casal de amigos de Carlisle dizer.

Senti uma raiva se apoderar de mim então sai marchando por todos até me colocar a frente deles.

— Olá. – Um deles chegou mais a frente. Imaginei ser Aro.

— Fala ai. – Olhei fixamente para ele.

— Você deve ser Annalice não é mesmo?

— Não importa quem eu sou.

— Mal educada. – Escutei um vampiro loiro falar.

— O que você falou? – Apontei meu dedo para a cara dele. Não importava quem eles fossem, eles não iriam estragar minha bela noite.

Em um piscar de olhos ele já estava perto de mim e em outro Isabella havia o jogado longe. Ao meu lado surgiu Embry, Edward e Luiz.

— Não ouse encostar na minha filha. – Ela praticamente rosnou. Que fofinha me chamou de filha.

— Jane! – O loiro grunhiu se recuperando do choque e então a loira seguiu seu olhar entre todos até achar Renesmee.

Eu sabia muito bem o que ele poderia fazer então na hora corri até Renesmee, pude ver minha irmã se contorcer aos poucos, então entrei em sua frente. Pude escutar Isabella gritar meu nome, mas não recuei, a loira me olhou e sorriu maldosamente, mas o sorriso logo sumiu.

— Era para acontecer alguma coisa? – Perguntei com ironia, ela olhou confusa para Bella, mas Bella me olhava fixamente, ela estava me protegendo.

— Bella não precisa protegê-la. – Ouvi Eleazar falar, todos olharam para ele confusos. – Ela é capaz de se proteger sozinha.

Bella demorou uns segundos, e então parou de me proteger. É sério que ela acreditava nele? Ele já serviu pros Volturi sabia Isabella?

A vampira loira tornou a me olhar.

— Dor. – Ela falou, mas ao contrário do que todos esperavam foi ela que se contorceu de dor.

O que está rolando?


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Notas finais do capítulo

Heeeeeeeeeey, aqui tamos nós! PARABÉNS PARA A ANNIE NÃO É MESMO? Espero que tenham gostado do capítulo, e esse finalzinho ai tia Fernanda? Heuheu

Obrigada pelos comentários do capítulo passado ♥




Comentem! ♥