Durante o Fim escrita por Van Vet


Capítulo 20
Segundo Dia - Hugo


Notas iniciais do capítulo

Vamos descobrir o que caiu no porão?

Ótima leitura, queridos!



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ー Mãe, eu não consigo andar, minhas pernas estão tremendo ー choramingou Hugo quando Hermione pediu para eles levantarem.

 

ー Filho, eu não te aguento.

 

ー Mas você me carregou no colo agora à pouco.

 

ー Hugo… ー ela suspirou.  

 

ー Vem, eu te pego ー o pai voltou do porão e carregou-o pelos braços. Hugo não era mais pequenininho, mas se sentiu muito seguro agarrando Rony pelo pescoço ー Vamos sair daqui rápido!

 

ー O que está acontecendo? ー a mãe perguntou ao pai, olhos arregalados.

ー Tem fumaça lá em cima ー ele disse simplesmente ー Vamos!

 

   Em fila indiana, a família Weasley começou a se esgueirar para fora do porão. Hugo sentiu cheiro de posto de gasolina e óleo queimado enquanto ia sendo levado pelo pai, e ao espiar por cima do ombro deste, viu uma cápsula de alumínio com uma hélice dentro. Cada pá tinha o tamanho o comprimento do garoto e girava morosamente sobre seu eixo. Ele achou aquilo bizarro.

 

ー Isso é uma turbina de avião? ー Rose exclamou.

 

ー Meu Deus, Rony! Por que esse troço caiu aqui em cima da gente?

 

ー É o que vamos descobrir. Me sigam logo.

 

  O pai contornou uma infinidade de escombros que surgiram pelo caminho até que conseguiu chegar às escadas no térreo. Eles acessaram o primeiro corredor e desembocaram diante da sala de estar, a sala que Hugo e Rose zapeavam canais na noite passada e discutiam sobre aliens. A parede que dava pra rua tinha um buraco tão grande que qualquer um que estivesse caminhando na esquina conseguia vê-los do sofá.  Do bairro, entretanto, quase nada se via devido a uma coluna de fumaça negra que subia além dos jardins.  

 

    Rony andou pela parte intacta do piso de madeira e saiu pela porta principal. Foi então que Hugo viu, com uma exclamação de espanto, o caos na rua. Postes tombavam e entravam em curto circuito para todos os lados, o asfalto fora partido em vários pontos e mais oito casas padeciam de um estado de calamidade semelhante a deles.

 

  Nada disso impressionou o menino de nove anos. O garoto viu uma destruição urbana semelhante no dia anterior, o que ele nunca viu foi um boeing 737 abatido dentro da cidade feito uma ave infernal. Era da fuselagem da máquina que saía a densa fumaça que ganhava os céus.   

 

ー Inferno Sangrento! Como isso caiu aqui? ー disse o pai.

 

ー Alguma coisa derrubou ele, alguma coisa derrubou ele ー afirmou a mãe em frangalhos.

 

ー Será que tem sobreviventes? ー Rose levantou a questão, fazendo sua voz aguda de pânico.

 

ー Tem gente morta ali dentro, ainda? ー Hugo arregalou os olhos.

 

  Ele estava voltando a ficar com medo, muito medo. Sentiu um calafrio na parte baixa do ventre imaginando que coisa conseguiu derrubar um avião doméstico de muitas toneladas. O menino tinha suas suspeitas, só não queria acreditar que teria uma chance de rever aquelas coisas bulbosas soltando raios vermelhos novamente.  

ー Acho melhor irmos embora agora! ー Hermione levantou a ideia sabiamente.

 

ー Espera, tem alguém saindo do avião ー Rony observou colocando o filho no chão. Hugo não queria ir pro chão.

 

ー Rony, não vai sair que nem um maluco e nos deixar sozinhos de novo! ー gritou a mãe, brava.

 

    Mas o pai já estava indo obstinadamente atrás de um sobrevivente do acidente. Rose começou a acompanhá-lo.

 

ー Rose, volta! ー Hermione chamou, mas a menina já alcançava o pai ー Você fica aqui ー a mão da morena pesou no ombro do menino quando ele tencionou ir atrás da irmã.

 

   Agora era esperar pela próxima correria…


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