Durante o Fim escrita por Van Vet


Capítulo 18
Primeiro Dia - Hermione


Notas iniciais do capítulo

Geeenntennn!!

Muito boa a repercussão entre vocês do capítulo anterior. Rose tocou o terror e deixou geral na revolta kkkkkkk. Tentem não ficar com muita raiva dela, vamos ter alguns fatos adicionados no futuro que podem ajudar na compreensão do jeito rebelde da pobre.

Eu amei todos os comentários! Obrigada, de coração.



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Acabou por optado por Rony e Hermione que o melhor lugar, o mais seguro para todos passarem a noite, era no porão da casa. O porão não tinha nada de tenebroso como nos filmes de terror, tratava-se de um lugar bastante limpo e iluminado, decorado com diversos apetrechos de lazer. Nele ficava, por exemplo, a mesa de pebolim que Hugo jogava por muitas horas com os primos durante as férias, e até com um paciente Sr. Arthur Weasley. Agora, Rony entretia o filho mais novo numa partida, depois da tensão do jantar.

 

   Hermione ajeitou vários cobertores no chão até deixar macio e colocou os travesseiros enfileirados lado a lado. Rose sondou a arrumação dela e se deitou numa extremidade quando a cama improvisada ficou pronta.

 

ー Vou pedir para você dormir completamente vestida, com roupas que possamos nos levantar e sair rapidamente ー informou a morena, alisando um travesseiro.

 

  Ela não buscou ser cordial, Rose merecia uma dose de frieza para pensar nas suas palavras.

 

ー Desculpe, mãe ー a menina disse, baixinho. Seus olhos continuavam salpicados de lágrimas ー Não quis te prejudicar.

 

ー Eu sei. Sua intenção era castigar seu pai e isso torna as coisas piores ainda. Ele te ama demais também. Pense nas suas palavras com muita atenção numa próxima vez e, se não for possível ter consideração por nós, tenha por Hugo.  

 

    Hermione terminou sua arrumação e foi até o filho mais novo, ocupado na companhia do pai.

 

ー Vamos tentar dormir, filho? ー perguntou, acariciando a cabeça ruiva do garotinho.

 

ー Mas já?

 

ー Sim, amanhã a gente continua, filhão. Obedeça sua mãe, ok? ー Rony deu uma piscadela para o menino .

 

ー Tá bom… ー Hugo suspirou, resignado.

 

ー Eu vou subir para conferir se tudo está trancado e apagar as luzes por lá ー ele anunciou para Hermione.   

 

   ***

 

  As luzes do porão estavam todas apagadas e Rose e Hugo dormiam profundamente ao lado da mãe. A única fonte de iluminação vinha pela estreita janela, que trazia as luzes amarelas dos postes na rua.

 

  A madrugada em breve entraria. Hermione ficou ruminando tudo que aconteceu a ela e sua família em apenas um dia, e ficou imaginando que história maluca teria para contar na posterioridade. Mais uma vez, fez suas suposições pessoais para o que os atacou e não chegou a uma conclusão. Os meios de comunicação estarem mudos e os canais sem trazer nenhuma informação, um auxílio para a população, era o mais alarmante. Ela supunha que na cabeça de Rony as mesmas questões ganhavam pauta, e que nele deveria ser bem pior, afinal ele viu essas coisas matando. Ele estava coberto de cinzas humanas!

 

   Hermione começou a ficar inquieta com a grande demora do ruivo para descer. Fazia mais de uma hora que o ele fora conferir as trancas.  Ela deixou seu leito silenciosamente para não acordar os filhos e tomou as escadas para o térreo. Passou pelos quartos principais e pela cozinha, tateando na escuridão. Quando chegou na sala encontrou um vulto deitado, de braços e pernas cruzadas, no sofá. As luzes externas continuavam a levar um bocado de claridade para os ambientes.

 

ー Você não vai descer? ー ela parou diante de Rony.

 

ー Já vou ー seu esposo respondeu de olhos fechados.

 

ー É bom que fiquemos todos juntos ー Hermione opinou antes de se virar novamente.

 

ー A gente tá pagando essa viagem à toa no fim das contas?

 

ー Como é?

 

ー Se você já tinha até metido advogado no meio porque me fez ter falsas esperanças?

 

   Ela tinha certeza que Rony não ia deixar passar a história dos papéis de divórcio, mas ouvi-lo falar de “esperanças” não se encaixava nas suas expectativas para os sentimentos dele.

 

ー E se é esperanças que você quer bastava vir falar comigo.

 

ー Essa é a coisa que eu mais venho tentando nos últimos tempos, Hermione.

 

   A morena virou-se para o ruivo e viu seus olhos abertos, encarando-a.

 

ーNão venha fazer sentir-me culpada. Ainda não assinei nada e também não decidi nada. Para de achar que as coisas só estão difíceis para você ー respondeu entre os dentes. Ela gostaria de gritar essas palavras, gritar tão alto que ficariam gravadas na cabeça dura dele.

 

ー Eu já venho experimentando culpa suficiente, pode apostar. E não falo dos nossos filhos, do que causamos para eles, falo de você… de deixar você me odiar a esse ponto ー de repente o olhar do esposo pareceu brilhante demais.

 

ー Nem comece a chorar, Ronald, por favor ー Hermione sacudiu a cabeça se afastando ー As nossas brigas não acontecem com somente uma das partes querendo. Eu já disse, não decidi nada. Queria viver essa viagem, tentar me conectar com você mais uma vez e caso descobrisse que isso era impossível, aí sim…

 

ー Depois do que houve hoje acho que já tem sua resposta. Essa foi nossa viagem, querida. ー ele riu de um modo triste.

 

ー Desce logo para o porão, se algo acontecer com você eu não sei como darei conta de Hugo e Rose sozinha ー disse ela cortando a conversa, sem presença de espírito para entrar naquela assunto ali.  


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