O diamante de Iwagakure escrita por Lullaby


Capítulo 6
Indestrutível


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo! E vamos ao capitulo!!



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Ah… Ainda bem que eu não precisava ser uma mosquinha pra saber o que estava acontecendo!

Deidara estava lá, encostado numa árvore de braços cruzados a encarar Martine, que já estava virada de frente para ele, mas se recusava a olha-lo nos olhos de tão assustada.

Nos lábios do meu Senpai, um sorriso de satisfação. Eles estavam há uns seis metros de distância e Martine decidiu responder à pergunta dele.

Detalhe: Ela não tinha visto Deidara no teatro, mas é óbvio que a presença de um estranho ali no meio da floresta a deixava com medo!

— Er… Pois é… – Ela tentava enrolar o Senpai, com um sorriso amarelo – Essas árvores tem… Uns trezentos anos, são verdadeiras obras de arte!

— Aff… – Ele balançou a cabeça em negativa, cobrindo a testa com uma das mãos num gesto de enfado – É como a reencarnação do mestre Sasori...

Deidara se desencostou da árvore e deu uns três passos na direção dela. Em resposta, Martine andou três passos para trás até bater o calcanhar no tronco de outra árvore atrás dela.

Pobrezinha! Estava encurralada.

— O-o que você quer?! – Ela apoiava as mãos no tronco da árvore, amedrontada. Já Deidara, mais perto de senhorita Nakano, conseguiu ver o que eu já sabia! Sem perceber, ele deu uma boa conferida nela, dos pés à cabeça, mas mantendo aquela expressão de superioridade que nunca deixava o seu rosto.

Não deu pra saber bem no que ele pensou! Deidara é muito difícil de decifrar.

— Escuta aqui, garota! – Ele cruzou os braços, decidido a intimidar – Eu até daria a você uma parte do meu tempo pra te ensinar o que realmente são obras de arte, mas, infelizmente, hoje não é o seu dia de sorte!

— Você não sabe quem eu sou?! – Ela tentou prolongar a conversa, mas Deidara queria encurta-la:

— Daqui há alguns segundos isso não vai mais importar!

Susto! Os olhinhos lilases de Martine arregalaram ao ouvir aquela frase, mas não conseguiu impedir meu Senpai egocêntrico. Ele fez o in do elemento terra e braços de argila explosiva brotaram da terra prendendo as duas pernas e os dois braços de Martine.

— Aaah!!! O que é isso?!

— Isso é arte, lindinha! – E em seus lábios se abriu aquele sorriso megalomaníaco que sempre precedia alguma merda! – Agora, seja uma garota boazinha e me entrega logo a jóia vermelha!

— O que?! Não! Vai ter que me matar se quiser a lágrima!!! – Martine desafiou, mesmo consumida de medo. Mal sabia ela que meu Senpai só ficava mais pirado quando era desafiado.

— Mas eu vou te matar! – A expressão dele era de convicção – Eu só quero o diamante antes!

— Não!!! – Ela respirou fundo e não conseguiu segurar a raiva por estar sendo intimidada outra vez. E, em se tratando de Martine, raiva era sempre acompanhada de lágrimas – Você não entende… Eu preciso desse diamante! É questão de vida ou morte, eu preciso dele!!

Deidara viu as tímidas lágrimas escorrerem pelo rostinho de Martine, mas, é do egocêntrico que estamos falando! Ele franziu o cenho desdenhando da moça:

— Tá, e quem disse que eu me importo com a sua vida, hum?! Já falei que vou te matar, então não tem nenhuma razão pra guardar a jóia!  

— Você se importa sim! – Martine surpreendeu Deidara, que arregalou os olhos estranhando aquela coragem da moça. Ela prosseguiu – Seus olhos são azuis! Dá pra ver que as pupilas dilataram vinte por cento quando me viu chorar! Isso significa que você se importa, mesmo que não admita!

Incrédulo, meu Senpai apertou o in da terra em suas mãos fazendo a argila envolver Martine num casulo igual ao de Kurotsuchi.

— Cala essa boca, por*a!!

— Aaii!! – Ela gemeu pela dor de ser apertada naquele casulo de argila.

— Quer saber?! Não tenho tempo pra discutir o grau de dilatação da minha pupila Ou… De qualquer outro lugar! Vamos acabar com isso de uma vez!!!

Só eu achei essa frase estranha e ambígua?! Hum…. Pois bem, Deidara fez menção de liberar sua técnica para explodir minha estrelinha naquele casulo. Ah, você acha mesmo que eu iria permitir isso?!

— SENPAAAAAAAI!!!!!

Furioso, Deidara se virou na direção da minha voz, sem separar as mãos do in da terra.

— O QUE FOI AGORA, TOBI?!

— Senpai, arf… – Eu respirava forte pela corrida e me apoiei no ombro de Deidara, daquele jeito inconveniente que você deve conhecer! – V-você pegou a senhorita Nakano?!

— Peguei! Agora sai de perto porque estou prestes a criar uma nova obra de arte conceitual!

— VOCÊ VAI EXPLODIR A SENHORITA NAKANO?????!!!!

Fiz logo um escândalo pra ver se ele desistia daquilo, mas não deu muito certo não!

— Não se mete, seu imbecil!!! Já falei pra sair de perto!! – Ele me empurrou e eu caí no chão, rolando. Pelo menos fiz ele separar aquelas mãos.

— Ite!!!

— A propósito, Tobi! Você fez o que eu mandei? Mandou a Kurotsuchi pro inferno?!

Agora ele ia perder a cabeça totalmente! O que eu tinha pra contar não era nenhum pouco animador pra ele.

— B-bom, eu…

E contei a ele o que aconteceu…

{Flashback on. POV Tobi}

Eu já tava chegando perto da Kuro-chan com uma kunai…

— Tá olhando o quê, aberração?! – Ela me perguntou quando eu já tava bem em cima dela.

— Desculpe por isso, Kuro-chan.... Mas o Senpai quer que você morra e eu preciso impedir que ele machuque a Senhorita Nakano, então, eu vou ter que te matar agora, tá bem?

Ela revirou os olhos, com uma gota enorme da testa, me ignorando totalmente:

— Onde o Nii achou esse subordinado?

Encarei ela com um olhar de raiva que ela não viu porque eu uso máscara, então… Ela cuspiu uma nuvem branca corrosiva bem na minha cara.

— AAAAAAAAHHHH!!! – Eu gritei e me afastei dela pra tentar me livrar daquela coisa ácida! – SAI DE MIM, SAI SAAAAAI!!!!

Enquanto eu gritava, ela se soltou do casulo de argila e fugiu.

{Flashback Tobi off}

— MAS QUE DIABO, TOBI!!! – Ele agarrou a minha blusa havaiana outra vez e me puxou pra cima – ELA VAI TRAZER O OONOKI, SERÁ QUE VOCÊ NÃO ENTENDE???!

— E-eu acho que ele já deve estar vindo pra cá, Senpai…

Deidara, transtornado com a possibilidade de encontrar o velho Tsuchikage, decidiu acabar com a confusão de uma vez:

— Vamos, então! Eu explodo a garota e você pega a jóia, anda, vamos!!!

— Não, Senpai!!!! – Protestei, me colocando entre Martine e ele – Não podemos matar a senhorita Nakano, por favor, não faça isso!!!!

E, logo, Martine decidiu nos interromper pra lutar por sua vida:

— Eu pago o que você quiser!!! – Ela bradou, nos fazendo olhar para ela. Eu, preocupado e Deidara furioso enquanto ela prosseguia – Você não parece ser um ladrão, e com esse poder estranho… Devem ser mercenários! – Ela respirou fundo pra continuar. Parecia até que ia ter um ataque de asma! – Eu não sei quanto estão pagando pra me roubarem, mas eu pago mais!!!

— Olha, Senpai, ela disse que paga mais! – Tentei convencer.

— Garota! – Deidara esbravejou, apontando para minha estrelinha – Já falei pra calar essa boca!!!

Mas Martine quis prosseguir:

— EU JURO! EU FAÇO O QUE VOCÊ QUISER, MAS POR FAVOR ME-

Ela foi interrompida pelo som de uma multidão se aproximando. Eu e Deidara e elevamos o pescoço para a planície e vimos centenas de ninjas de Iwagakure acompanhados pelo Tsuchikage chegando pra nos encurralar.

Agora a merda ficou seria!

— POR*A!!! - Deidara rosnou.

— Senpai, faz as duas águias de argila!!! Nós levamos a senhorita Nakano conosco, que tal???

— Se afasta, Tobi!

Deidara se posicionou fechando as mãos naquele maldito in da terra, fazendo Martine chorar de medo:

— NÃO, POR FAVOR, NÃO FAZ ISSO!!!!!

E eu, a implorar de novo:

— SENPAI, NÃO!!! NÃO MATA ELA, SENPAI, NÃO MATA ELA!!!!

— KATSU!!!!!

“BUUUUUUUUUUMMMMMMM…….”

O estrondo foi bem maior do que imaginei. E logo formou-se uma onda de ventos que lançou a mim e Deidara uns dez metros pra trás, caindo na terra e escavando um caminho por ela.

Muito estranho! Não era normal o C1 causar aquele estrago todo.

— Ai… – Deidara, espatifado no chão, se dóia todo tentando levantar. Pelo menos ele caiu de peito pra cima. E eu que cai de cara?

— Sh-shembaai… – Minha voz ficou abafada por estar com a cara no chão.

— Tobi… Levanta daí e vai pegar o diamante, seu imbecil…

E, num pulo, fiquei de pé, lembrando da tragédia que tinha acontecido. Ele realmente explodiu a minha estrelinha. Tratei logo de fazer o maior drama:

— Mas que diamante, seu insensível sem coração?!?! Você explodiu a senhorita Nakano com diamante e tudo, não lembra????

E Deidara me encarou com total expressão de enfado:

— Ah, como você é burro, Tobi… Esqueceu porque eu odeio diamantes? Eles são indestrutíveis, merda!

— Aah… – Cocei a cabeça como se assimilasse o que ele havia dito – É mesmo, não é?

— GRRR!! – Ele rosnou e decidiu se levantar para procurar ele mesmo pelo diamante vermelho. Fui atrás, meio receoso, afinal, eu não queria mesmo ver os pedaços de Martine espalhados pelo chão.

Mas, ao invés de pedaços, nós dois acabamos surpreendidos com o que vimos.

— M-mas… – Deidara falou primeiro, de olhos arregalados e boca aberta – O que… É isso?!

Estávamos diante de uma coisa extraordinária! Era Martine, desacordada e envolvida completamente por outro tipo de casulo.

Um casulo translúcido, brilhante e duro, como rocha… Ou melhor, como um diamante. Parecia até uma boneca de porcelana numa caixinha de música. Toquei naquele casulo procurando por sinais vitais da moça:

— Ela… Tá viva?!

— E isso importa?! – Deidara retrucou, impressionado e nervoso ao mesmo tempo – Ela se fechou dentro dessa coisa com diamante e tudo, Tobi!!

E o som dos ninjas de Iwagakure só aumentava.

— Merda! Como vamos pegar a lágrima agora??

— Aqueles ninjas já tão chegando, Senpai!

— GRRR!!! Coloca a garota na águia e vamos fugir!!!

Dessa ordem eu gostei!

— OSSU!!!!

E ele criou duas novas águias de argila para nossa fuga. Eu arrastei casulo translúcido de Martine comigo e o pus na boca de minha águia.  

E levantamos voo para longe.

Não foi dessa vez, otários da vila da pedra!! Terão que ter mais sorte pra nos pegar na próxima…

É, a gente se vangloria, mas é em cada problemão que a gente se mete! Nem eu nem Deidara fazíamos ideia de como recuperar a lagrima vermelha... Mesmo assim, fugíamos todos felizes, xingando e mostrando o “dedo do meio” pros ninjas da pedra.

Os detalhes, a gente vê depois.


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Notas finais do capítulo

No proximo capitulo: Deidara e Tobi tem uma nova concorrente na luta pela lágrima vermelha e, ao que parece, não é uma garota normal! Será que Martine está certa em desafiar justamente a Akatsuki?

Até a proxima. bjs.



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