A ilha - Livro 1 escrita por Letícia Pontes


Capítulo 18
Capítulo 18 - Trabalho sujo


Notas iniciais do capítulo

Seja bem vindo a mais um capítulo!
Na foto: Felipe e Abner



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“Depois da meia noite quando todas dormirem no seu quarto, você me avisa.”

Recebi a mensagem de Ivo cinco minutos depois de entrar no meu quarto. Tomei um banho, as meninas já estavam todas deitadas conversando, mas já quase dormindo. Entrei na conversa de Ingrid e Greta quando sai do banho e logo adormecemos.

Dormi a tarde toda e quando acordei já passava das oito da noite. Greta estava dormindo mas Eliana e Ingrid não estavam no quarto. Desci de pijama mesmo e perguntei a recepcionista por elas. Ela não se lembrava por nome quem eram elas, mas disse que vários alunos haviam ido para a área de lazer do hotel, então segui para la.

Realmente boa parte da turma estava lá, piscina e jogos. Acenei para as meninas, mas não quis passar da porta de entrada e fiquei ali encostada observando-os. Vi Ivo vindo em minha direção me olhando e ao passar do meu lado sussurrou “segundo andar” e continuou caminhando para dentro do prédio. Continuei ali uns segundos e depois caminhei até meu grupo de amigos para dizer que ia me deitar e qualquer coisa fossem lá, que eu estava cansada e ia ficar lendo. Mal deram importância para o que eu disse e eu voltei para dentro do prédio vendo Jemima me seguir com o olhar. Passei por Genevive na recepção e entrei no elevador vendo Jemima aparecer do outro lado me observando. Ela nem sabia disfarçar que estava me seguindo. Coloquei o elevador no primeiro andar e depois de descer corri pelas escadas para o segundo.

—Ei! – Ouvi Ivo me chamar por trás do elevador quando desci

Fui até ele olhando em volta, não queria que ninguém me visse com ele.

—Sua namorada esta me seguindo – reclamei

—Quem¿ - ele falou confuso

—Jemima!

—Ela não é a minha namorada – fechou a cara – preste atenção, eu não mandei mensagem porque ela fica olhando o que estou fazendo o tempo todo. – ele olhou para conferir se não vinha ninguém – Quando der meia noite nós conferimos se todos esta dormindo, só quando no meu quarto e no seu estiverem todos dormindo é que vamos descer.

—E a recepcionista¿

— Vamos ter que pensar em algo na hora. Chamar a atenção dela para um elevador, algo assim. – ouvimos o som do elevador do outro lado se abrir  e dessa vez ele falou sussurrando perto de mim – A gente sai e vamos andando mesmo para chamar menos atenção, até a praia que ficamos na segunda.

—IVO! Eu sei que esta aqui – era a voz de Jemima

—Droga! – reclamei – Vou passar por trás dos quartos  e entrar no elevador que ela veio – falei já saindo pelo caminho livre

O elevador ainda estava aberto e ela não estava ali, apertei o botão do primeiro andar e a ultima coisa que ouvi foi a voz dela perguntado o que ele fazia ali. A porta do elevador fechou e me levou para baixo aliviada. Desci, apertei o segundo andar fazendo o elevador voltar de onde viera e fui para o meu quarto.

Já tinha descido novamente para jantar ás dez e depois voltado ara quarto e continuado a minha leitura. As meninas começaram a me pedir que apagasse as luzes a meia noite, pois queriam dormir e eu não reclamei. Precisava que dormissem. Meu celular vibrou era exatamente meia noite e quinze.

“Já dormiram¿”

“Ainda não. Acho que ainda vamos ter que esperar uma hora ou mais”

“Aqui também.”

Voltei a fazer silencio absoluto e o sono começou a me pegar então coloquei o celular para despertar uma e meia da manha. E despertou. Havia algumas mensagens de Ivo e eu conferi silenciosamente no escuro.

Já dormiram¿”

“Os meninos dormiram”

“Cadê você¿”

“Eu vou te esperar na escadaria da direita, se não eu durmo’

“MORREU, DESGRAÇA¿”

Achei melhor responde-lo e descer de uma vez.

“Estou descendo”

Mandei, vesti uma roupa qualquer para sair e peguei a mochila que havia preparado mais cedo. Silenciosamente abri a porta do nosso quarto e saí deixando o celular em baixo do meu travesseiro. Ele estava na escadaria como havia dito.

—Porque demorou¿

—Eu dormi.

Ele fez cara feia e começou a descer. Eu o segui. Nós, como sortudos de maior escala que somos, encontramos a recepcionista num sono profundo e passamos nas pontas dos és pela porta de entrada. Eu estava me virando para frente depois da porta quando esbarrei em um casal que se beijava do lado de fora do hotel.

—Desculp...- olhei atentamente – Wanessa¿ Quirino¿

Eu não sei quem do quatro estavam mais surpresos. Wanessa empurrou Quirino para longe dela que ficou todo sem graça, mas ao mesmo tempo nos olhavam querendo saber o que fazíamos ali.

—O que esta rolando aqui¿ - Ivo falou segurando a risada ao ver o amigo com a maior patricinha da escola.

—Nada – Wanessa se antecipou – e vocês¿ Fugindo juntinhos de madrugada¿ - provocou

—Não é isso – virei os olhos – temos um assunto a resolver

Ficamos todos nos encarando alguns segundos até Wanessa se aproximar de nos e falar ameaçadoramente

—Se vocês contarem isso para alguém, eu juro que acabo com vocês.

Ela não nos colocava um pingo de medo, mas Ivo se aproveitou da situação.

—Nós não contamos se vocês não contarem.

Ela nos olhou alguns segundos e decidiu

—Ok. Saiam daqui.

Saímos segurando a risada e assim que sumimos da visão deles nos olhamos e caímos na gargalhada.

—Não sabia que Quirino gostava desse tipo

—Muito menos eu – Ivo respondeu ente risadas – quem diria... a dama e o vagabundo.

—El ficou nervosa – eu ri – imagina se alguém descobre isso. As amigas dela! – falei rindo mais

—É cada uma.

Seguimos andando aquele quarteirão e então dei a ideia de irmos até onde morava Igor, pois foi na praia ali que vi a pesosa na agua pela primeira vez.

—Você quer é s encontrar com ele!

—Não seja ridículo Ivo, eu não quero em encontrar com ele.

—Vamos alugar uma lancha, aí nós vamos mais para o fundo.

—Ta maluco¿

—Porque você acha que trouxe essa mochila¿ - ele mostrou nas costas o que só agora eu reparara – trouxe roupa pra mergulhar, comida e água.

—Comida e agua¿ Nós vamos entrar na agua, não devemos comer nada.

—Prevenção nunca é demais.

—Enfim, qual o plano¿

—Seguinte – ele falou ja atravessando a rua para a calçada que beirava a praia – nós alugaremos uma lancha no porto mas temos que tomar cuidado porque alugaremos com pessoas que fazem trabalho sujo e não com pessoas de bem.

—QUAL O SEU PROBLEMA¿

—Escute! Não pode andar a essa hora por ai, por isso temos que alugar com pessoas que não seguem as leis. – Ele me puxou para a areia – e temos que tomar cuidado coma guarda costeira.

—Não sei se quero fazer isso – falei receosa

—Para de ser covarde, vai dar tudo certo.

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero comentários. Positivos ou negativos, mas espero! ♥



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