Nick e Judy - Um Amor maior que Preconceitos escrita por Apenas uma fã


Capítulo 2
Capítulo 2: Um clima Romântico, e quente.


Notas iniciais do capítulo

Nick e Judy vão ao cinema, um encontro. O que poderia rolar?



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Mal conseguia pensar. Finalmente, ela e Nick iriam ter um momento a sós. Ela jamais pensara que Nick também tinha por ela os mesmos sentimentos. Estaria ele fazendo isso apenas por pena ou compaixão? Afinal, eram grandes amigos, e antes de ela aparecer na vida dele, ele não tinha nada na vida, e vivia de trapaças...
Mas ela resolveu afastar esses pensamentos ruins, que a deixavam cada vez mais encabulada e tímida, e subiu para seu apartamento, com o rosto borrado de um vermelho que era visto ao longe pela luz do luar que iluminava todo o prédio e as ruas. Chegando ao Ap, abriu a porta e entrou. O quarto estava escuro, e ela não podia negar, estava todo bagunçado. Com certeza Nick demoraria pelo menos uns vinte minutos para chegar, já que ele era tão galante, e gostava de se vestir bem sempre. Ela entrou, e imediatamente tirou suas roupas, peça por peça. Não pôde evitar parar de frente para o espelho e se admirar. Um coelho não era sensual. Era fofo. Como um "ursinho de pelúcia" (como todos pareciam vê-la), poderia chamar a atenção de um animal tão bonito e selvagem, como uma raposa? Como poderia seduzi-lo? Talvez até mesmo convencer Nick a estar com ela? Como depois de um encontro Nick poderia pensar em passar a noite com ela, sendo uma coelhinha fofa? Ela não tinha os atributos, que certamente despertavam o interesse masculino. Nunca antes um "homem" a olhara com estes olhos.
Mas novamente, ela tentou não focar nessas incertezas torturantes. Mas seus pensamentos voltaram ao seu corpo, e ao seu quarto. E se por um acaso, Nick quisesse estar com ela naquela noite? Seria assim sem mais nem menos? Ela certamente deveria estar preparada para tudo. Ela era afinal, Judy Hops!!! Em questão de poucos minutos, ela arrumou todo o quarto, e fez questão de deixá-lo perfumado. Trocou os lençóis da cama, que estava empoeirada, lençóis perfumados. Colocou um travesseiro a mais, e umas flores na mesa. No notebook, trocou o papel de parede, para a foto que ela e Nicolas tiraram no dia em que ele se tornou seu parceiro. E finalmente, ela parou de frente para sua cômoda, para escolher o que vestiria. Nick já a tinha visto de policial, de fazendeira, e de guarda de trânsito. Mas nunca a tinha visto de vestido, ou de shorts. Como ele reagiria? Riria dela? Acharia muito fofinha? Ela decidiu tentar. Tentar tudo.
Colocou um sutiã branco de rendinha, com bordado rosado, e a calçinha conjunto, que era, ela não podia negar, sensual. Havia ganhado de presente de aniversário de sua irmã mais velha, Natasha, que já era casada, e entendia que ela já estava na idade de namorar. Passou uma loção perfumada por todo o corpo, e passou uma base nas unhas dos pés e das mãos. Perfumou as orelhas, e escovou os dentinhos. Por cima, colocou um vestido que ia um pouco acima dos joelhos, nem colado nem largo, mas encaixou perfeitamente nas curvas que Judy e os outros pareciam não notar que estavam ali. Ela tinha pernas grossas e bem torneadas, um bumbum arrebitado, era esbelta, e jovem. Mas pensou que aquele vestido era muito, digamos, atirado. Nick pensaria mal dela. Então ela tirou-o, e colocou uma blusa sem manga, azulada, de botões, e um short jeans escuro, curto acima dos joelhos. E os pés, descalços, como sempre. Se olhou uma última vez no espelho, e se perfumou com seus melhor perfume. Puxou o ar, satisfeita com o visual, e olhou pela janela, trêmula e tímida. O carro de Nick já estava lá fora. Será que ela estava demorando demais?
Nervosa, ela desceu. Precisou criar muita coragem, para sair para fora do prédio. Pelo vidro claro do carro, ela pôde ver a expressão de Nick, ao vê-la pela primeira vez com um visual diferente. Suas orelhas levantaram, e seus olhos ficaram arregalados. Ela já ia começar a pensar se ele não estaria pensando em como ela estava ridícula vestida daquela maneira, e que ele estava louco de sair com uma coelha, porém seus pensamentos mudaram imediatamente, quando notou que a face dele corou tanto quanto a dela, e ele engoliu em seco, parecendo muito tímido, e nervoso.
Ela chegou à porta do carro, e o ouviu destravá-la. Ela entrou dentro do carro, e não pôde impedir-se de olhar Nick debaixo àcima. Ele estava com uma calça jeans azul escura, e uma camiseta azul clara, acompanhada de uma gravata preta, que o deixava ainda mais estonteante. Ela não pôde evitar ficar com os olhos arregalados, assim como ele, e virar o rosto imediatamente, ao ver os olhos dele a devorarem.
—Está pronta? - Perguntou ele, tão tímido quanto ela.
—Lógico, com certeza. - Respondeu ela, animada, finalmente criando coragem para olhá-lo.
Nick estava com aquele sorriso maroto dele, de sempre, e finalmente ligou o carro e partiram. Chegando ao cinema, ele desceu antes dela, e abriu a porta para ela. Segurou na mão dela, e desceu-a do carro, muito galante e romântico. Ela corou tanto quanto ele, e notou que ele não soltou mais da mão dela. Entraram de mãos dadas no cinema, e passaram reto pela grande fila de animais e casais (todos da mesma espécie), que esperavam para comprar seus ingressos. Ambos notaram os olhares curiosos e incrédulos de todos, que pareciam pensar e julgar o porquê de uma raposa e uma coelha estarem de mãos dadas, e obviamente de namorinho.
—Não liga pra eles... - Sussurrou Nick, auto-confiante como sempre.
Judy, um pouco cabisbaixa, mas muito feliz por sentir as patas fortes de Nick a segurarem firme, disse:
—Nick, por que vamos furar fila?
—Não vamos furar fila... - Começou ele. - Tenho um amigo na cabine, que pode mexer os pauzinhos pra gente... quero entrar logo. Já são sete e meia... amanhã temos que estar no trabalho às oito da manhã... então, cada minuto é precioso, com você.
Nick olhou de encontro aos olhos dela, que ficaram marejados de felicidade, ao ouvir tais palavras. Ele sorriu apaixonado, assim como ela, e seguiram até a cabine. Judy deu graças a Deus, pelo atendente não ser uma Preguiça. Era um Cervo.
—Eaí, parceiro, quanto tempo! - Cumprimentou Nick, alegre como sempre.
—Eaí Nick, vejo que hoje você tem companhia! - O cervo pareceu debochar. - Cansou de vir sozinho sempre?
Nick pareceu ficar emburrado.
—É que eu estava esperando a parceira certa. - Disse ele firme.
—E... a parceira certa.. é... um...uma... - O Cervo pareceu ficar vacilante, para não magoar os dois.
—Sim, uma coelha. - Finalizou Nick. - Essa é Judy Hops, minha parceira no DPZ. - Apresentou-a Nick.
—Oi, tudo bem? - Judy cumprimentou o cervo.
—Muito prazer, eu sou Téo. - O Cervo pareceu gostar do casal.
—Ah, o prazer é todo meu. - Judy continuou sem graça com a situação.
—Vocês são apenas parceiros no DPZ... ou vocês... estão tentando criar uma nova... raça? - Perguntou uma elefanta na fila, que riu em seguida, debochando.
—É. É melhor todo mundo aqui de Zootopia, começar a se acostumar... pois vão nos ver juntos, muitas e muitasss vezes. - Falou Nick de boca cheia, parecendo querer que todos que estavam assistindo a conversa deles com o bilheteiro, ouvissem.
Judy não conseguia esconder o incômodo pelo modo que as pessoas estavam os recebendo, e tamanha felicidade, por ter um protetor ao seu lado. Téo pareceu debochar dos preconceituosos da fila, e fingiu não ligar para eles:
—Vocês vão querer dois ingressos para qual filme? - Perguntou ele apreciando o casalzinho.
—Hum... não sei... você escolhe... meu... minha.. cenourinha. - Sorriu ele de canto, passando levemente a mão no pescoço.
Notando que Judy também estava indecisa, Téo palpitou:
—Que tal o filme "Tente tudo" da Gazela?
—Show! - Disseram Judy e Nick em uníssono, impressionando um ao outro.
—Ok. - Disse Téo imprimindo os ingressos e entregando nas mãos de Nick. - São vinte reais, e... - Ele se abaixou e sussurrou para que os outros não os ouvissem. - Eu coloquei aqui tickets para a lanchonete, gratuitos.
—Esse é o meu parça! - Riu Nick apertando a mão dele. Tirou do bolso uma nota de 20, e lhe entregou, se despedindo.
Segurou na mão de Judy e adentraram ao cinema.
—Divirtam-se!!! - Gritou Téo. - Aqui é Zootopia, lembrem-se sempre disso.
Antes de entrarem para assistir ao filme, passaram na lanchonete, e pegaram um copo grande de pipoca bem tempeirada, e dois copos grandes de refrigerante. Nick fez questão de comprar um chocolate, e dar para Judy.
—Mas só vai comer lá dentro... - Sussurrou ele parecendo malicioso como sempre.
Entraram e repararam que a sala estava um tanto vazia. Se sentaram nos bancos mais altos, no escurinho. Judy no canto e Nick na beirada. Notaram que havia cortinas em volta das cadeiras. Aquele cinema era preparado para rolar um clima. Coraram assim que notaram esse detalhe, e evitaram se olhar. O filme começou e seguiu. Comiam, comiam e assistiam. Assim que a pipoca terminou, faltava pouco mais de meia hora para o filme terminar, e era um filme bom a propósito. Nick jogou os copos no lixo ao lado, e depositou sua mão no braço da cadeira, bem próximo de onde estava o braço de Judy. Ela sentiu o dedo dele encostar no seu, de leve, e sentiu um choque passar por toda sua pele. Nick olhava para a tela do filme, mas seus pensamentos estavam ali, querendo-a. Ela reparou nisso. Retribuiu o pequeno toque, e encostou sua mão na dele. Nick, sem se aguentar mais, segurou na mão dela, entrelaçando seus dedos pequenos, com força. Sentiu a quentura da pele de Nick, possuir a sua, e em seguida seus olhos se encontraram. A boca de Nick estava entreaberta, assim como a sua, e ambos lambiam os próprios lábios. Queriam um beijo. Como fariam para se beijar? Tinham lábios diferentes. Nick abaixou a cabeça lentamente, em direção à sua, ela lentamente foi fechando os olhos. Mas ambos repararam que havia uma pequena família de raposas nos bancos de baixo, que agora percebendo que iria rolar um beijo, os olhava incrédulos, e uma das crianças começara a chorar. Nick parecendo furioso, puxou as cortinas e fechou-as. Judy não se conteve em rir, e falou o primeiro palavrão na frente de Nick:
—Que se fodam...
Nick, agora ainda mais apaixonado, sorriu também, e ela pôde ver seus dentes brancos, grandes e afiados, cada vez mais perto de si. Nick agora estava a abraçando, com força, a puxando para si. Era óbvio que ele era maior que ela, mas não tão maior. Seus corpos eram proporcionais. Ela amou sentir aqueles braços quentes a aconchegando. Ela não pôde se conter em beijar nick na bochecha. Sentiu os lábios dele se contraírem e ele finalmente, encostou seu nariz ao dela, ela estava esperando ansiosa pelo toque de seus lábios, nos seus. Nick sussurrou, carinhoso, porém preocupado:
—Está com medo de mim, Cenourinha da minha vida?
—Jamais Nick... confio em você, mais do que tudo na minha vida... - Judy sussurou em resposta, fazendo carinho no rosto dele.
Nick finalmente selou seus lábios, puxando Judy com força contra si. Seu nariz era grande e pontudo, então, mesmo que não quisessem, o beijo precisava ser intenso. Judy ajudou-o, pressionando ainda mais seus lábios nos dele. Nick a abraçou, e a deixou um pouco livre, um beijo sincero e romântico. Judy acariciava suas orelhas pontudas, enquanto ele finalmente, levava sua língua em direção à dela. Sentiu a língua de Nick lamber a sua, um tanto voraz, parecendo segurar-se. Ela atreveu-se a levar uma de suas patas até o peito de Nick, que pareceu perder um pouco o fôlego, e colocou sua pata na nuca dela, fazendo carinhos arrepiantes. Logo ele estava beijando seu pescoço, suas orelhas, guiando as mãos dela por todo seu peito. Parecia tomar todo cuidado, para não atacá-la. Nick afastou-se apenas por uns instantes, após farejar algo em Judy:
—Judy... você... você está... no...cio? - Sussurrou ele, com os olhos verdes vibrantes a encarando profundamente.
Judy permaneceu em silêncio, e fechou os olhos, dando assim sua resposta. Nick corou, e reparando que a tinha deixado constrangida, levantou o rosto dela com seu dedo , e lhe deu outro beijo na boca, ainda mais intenso que o outro. Ela, desta vez, o abraçou com paixão, espremendo-o praticamente. Nick ficou surpreso, mas amou aquilo. Retribuiu o abraço com devoção, e fez leves carinhos nas costas dela. Leves na opinião dele, mas se soubesse os choques que suas unhas afiadas causavam no corpo dela... Os beijos continuaram, cada vez mais íntimos, podiam sentir a língua um do outro, vorazmente chupar-se. Judy não conseguiu evitar soltar um gemido baixo, porém muito bem ouvido por Nick, no momento em que, de tantos beijos, sua calçinha já estava molhada e sua intimidade implorava por Nick. Ele se afastou por centímetros, sentindo de longe o cheiro do amor de Judy, que o queria. Ficou com os olhos fechados assim como ela, sentindo ambas respirações ofegantes baterem no rosto um do outro, esquentando-os, e levou sua mão até o quadril de Judy, apertando-a sensualmente.
—Nick... - Gemeu Judy, voltando a beijá-lo.
Não parariam se não tivessem ouvido o som do filme terminando. Os animais começaram a se levantar e sair do cinema, e os dois se separaram, imensamente vermelhos com os corações à mil. Suas mãos ainda unidas, se olharam e deram um sorrisinho de canto, muito apaixonado. Nick enfim, abriu a cortina, e os dois saíram do cinema, com troca de olhares de segundo em segundo. Deram um tchau muito animado para o Téo, que agora tinha no rosto uma expressão tão maliciosa quanto a de Nick, que não conseguia esconder sua excitação. Entraram no carro, e Nick disse, antes de ligá-lo:
—Judy... você... você gostou? Do nosso...
—Se eu gostei do nosso beijo? - Disse Judy admirada por Nick. - Nick... não imagino nada melhor...
Nick olhou penetrantemente para Judy, e ela reparou que seus olhos a devoraram de cima a baixo, parecendo segurar-se para não pular em cima dela, e beijá-la. Judy, pela primeira vez, se aproximou de Nick, e ficou sentada bem ao seu ladinho. Abraçou Nick pelo pescoço, e ele ligou o carro, parecendo tão satisfeito quanto ela, que soltou um gemido de satisfação. Ela viu no rosto da raposa o sorriso mais meigo e malicioso de todos, e ele ligou o carro. Em meio ao caminho, ela ousou colocar uma pata na perna de Nick, que assustado e parecendo imensamente provocado, deu uma alavancada com o carro, assustando Judy.
—Desculpa Nick. - Pediu ela afastando-se.
—Não! Volta aqui! - Pediu ele parecendo louco. - Você pode, cenourinha...
As trocas de olhares continuaram, assim como a mão de Judy em sua perna, fazendo carinhos cada vez mais próximos da área que Nick parecia tanto querer ser tocado.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado!!! Beijoss ♥