Fita Azul escrita por Helly Nivoeh


Capítulo 26
3º Encontro - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Da saga o aniversário é meu, mas quem ganha presente são vocês...
Hoje, que eu estou fazendo vinte e um aninhos (mas não estou atualizando Twenty One), decidi deixar esse presentinho pra vocês. Espero que gostem!


Links do Polyvore no capítulo!


Recapitulando:

Nico e Thalia estão saindo em um encontro maior amorzinho, junto com a Hazel e o Dimitri, e Thalia está em dúvida se beija ou não ele.

Boa leitura!



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— Papai, podemos tomar chocolate quente?! — Hazel pediu assim que saíram do cinema, ainda rindo das cenas finais da animação.

Nico estava pronto para responder um “não” quando se deparou com o olhar de Thalia nele:

— O que acha? — Ela perguntou, olhando o relógio no pulso. — Não está tão tarde, está?

A resposta era provavelmente “sim, estava”, uma vez que eles estavam com duas crianças que já passavam da hora de dormir. Mas, poxa, no dia seguinte era domingo: eles não tinham trabalho, nem escola, as crianças podiam dormir um pouco mais tarde.

— Não, não está. — Nico concordou, sorrindo.

— Só vou ligar pra Jason vir nos buscar mais tarde. — Thalia disse. — Ele tá com o carro. Parece que ia pra igreja, ou coisa assim.

— Ah, o grupo de jovens. — Nico sorriu. — Se quiser que eu te leve, estou de carro.

— De carro? — Thalia ergueu a sobrancelha, curiosa.

— Papai comprou um carro! — Hazel quem respondeu, saltitando ao lado de Dimi e segurando a mão do pai.

— Digamos que trabalhar pra Silena tem suas vantagens. — Nico completou. — Eu já tinha um dinheiro guardado e não estava fácil pegar metrô todo dia com os horários loucos da acadêmia. Além do mais, é mais seguro pra Hazel.

— Fico feliz com isso. — Thalia sorriu. — Então, só vou ligar pra Jason dizendo que não precisa nos buscar e depois vamos tomar chocolate.

 

(...)

 

Thalia só percebeu que estava tarde quando Dimi deitou a cabeça em seu braço. Hazel bocejou e deitou a cabeça na mesa, visivelmente cansada e Nico acariciou os cachos escuros da filha.

— Acho que tem alguém com sono. — Ele riu e Thalia verificou o relógio, se assustando que quase passava da meia-noite.

— Realmente está tarde. — Ela suspirou, um pouco triste. Eles haviam acabado o chocolate há muito tempo, mas ficaram conversando sobre o filme, sobre histórias do que Dimi e Hazel aprontavam e um monte de outras banalidades por mais de uma hora, mas, estavam tão envolvidos, que nem perceberam o quão tarde era.

— Vamos então? — Nico perguntou e Hazel ronronou um sim.

— Venha, querido. — Thalia mexeu com Dimi, pondo-se de pé para pegá-lo no colo. No entanto, o menino resmungou pedindo que não.

— Eu vou com a minha nova.

Thalia não pode deixar de rir enquanto o menino ficava de pé meio balançando e segurava a mão de uma Hazel também sonolenta. Dessa vez, Nico segurou também a mão de Hazel e Thalia a de Dimi, deixando as crianças entre si enquanto desciam para o estacionamento.

— Hazz. — Dimi chamou quando chegaram no carro e Nico já abria a porta para as crianças entrarem no banco de trás.

A menina o olhou um tanto sonolenta, os olhos castanho quase se fechando.

— O que?

— Esse é o enconto assim. — Dimi continuou, a expressão séria e os dedinhos mostrando o número três. — Tio Jay disse pra dar um beijo.

Thalia arregalou os olhos e xingou mentalmente o irmão… O que diabos Jason estava ensinado pro seu filho?! Antes que qualquer um pudesse reagir, Dimitri se colocou na pontinha dos pés e segurou nos ombros de Hazel, inclinando-se para a frente.

O menino deixou um beijo leve na bochecha morena, se afastando logo depois.

— E o tio Jay disse pra sempe dizer que me diverti muito.

— Tio Jay é estranho. — Hazel fez uma careta. — Mas eu gostei do filme. Agora podemos ir? Eu to com sono.

— Tem mais alguma coisa, mamãe? — Dimi olhou para Thalia, um tanto estupefata ainda. Ela pareceu recobrar os sentidos, pois balançou a cabeça negando:

— Não querido, só entre no carro.

O menino sorriu. E obedeceu.

 

(...)

 

— Eu realmente me diverti muito. — Thalia riu, cruzando os braços para se proteger do ar frio da noite de outono. — E não falo isso por educação!

Nico retribuiu com uma risada espontânea e a Grace não pode deixar de notar que seu coração parecia saltar ao ver as covinhas do italiano. Ah, droga, aquilo nunca era um bom sinal!

— Eu também! — O Di Angelo admitiu, colocando as mãos no bolso. — Mesmo com as perguntas estranhas ou o acidente com a pipoca!

— São apenas crianças. E sua história com o Senhor Milhordino foi… interessante.

Thalia defendeu, sentindo seu coração acelerar em expectativa. Sua parte racional sabia que deveria se despedir, entrar dentro de casa onde Dimi dormia tranquilamente no sofá e deixar Nico partir, acompanhado da pequenina filha também já sonolenta. A outra parte criava coragem para colocar seus planos de beijá-lo em prática, mas era mais difícil do que esperava quando seu estômago parecia recheado de borboletas.

— E não teríamos nos divertido tanto sem isso. — Ela completou, tentando dissipar os pensamentos.

— Você está certa.

Ele sorriu e parecia, como sempre, desconcertado. As covinhas ainda estavam nas bochechas coradas — de frio? de vergonha? — e ele olhava para a Grace, os olhos negros parecendo brilhar sob as luzes do poste.

— Bom.. — Ele murmurou e Thalia notou que havia ficado tanto tempo apenas em conflito interno que deixou um silêncio pesado ficar entre eles. Nico apertou os lábios e olhou para o carro sobre o ombro, como se em dúvida se ia ou ficava. — Acho que já está tarde…

— Espere! — Thalia se apressou em dizer, além de dar um passo inconsciente em direção ao Di Angelo, que apenas franziu a testa. — Eu só… Posso te fazer uma pergunta antes?

— Claro. — Nico deu de ombros, o rosto ilegível. Estaria a achando uma estranha? Estaria nervoso? Estaria ansioso para ir embora? Thalia só sabia que não podia deixar sua mente a paralisar. Ela apenas respirou fundo e deu mais alguns passos, ficando há alguns centímetros dele. — Qual pergunta?

— Na verdade, é mais como um conselho. — Ela sorriu, tentando ignorar o coração acelerado. — Eu preciso de um conselho amoroso.

— Hum… — O Di Angelo  engoliu em seco. — Ok. Quer dizer… eu sou péssimo nisso. Mas…

Nem me diga”, Thalia pensou. Ela apenas apertou os lábios e respirou fundo mais uma vez, olhando-o nos olhos, algo fácil graças aos saltos. Ela ainda havia se arrumado para aquele encontro...

— Bom — Ela começou. —, tem esse cara que eu estou saindo há algum tempo…

Ela fez uma pequena pausa, esperando alguma reação de Nico. Ele parecia levemente nervoso, mas śerio e Thalia se perguntava se o traço de desapontamento nos olhos negros era apenas fruto da sua imaginação.

— Hum… É? — Ele pareceu engasgar, a voz um tanto rouca.

— É. E, você sabe, as coisas estão um pouco lentas. Eu queria um conselho masculino, sabe? Um conselho seu. — Mais uma pausa, no qual ele não expressou nenhuma reação. Thalia já estava sentindo as pernas bambas, estava prestes a perder a paciência. — Esse cara… Nós estamos nessa coisa confusa há uns dois meses e saímos algumas vezes, nada muito oficial… Mas, até agora ele sequer me beijou. E até Dimitri sabe que é um mal sinal quando passa do terceiro encontro.

O silêncio era pesado, Thalia não conseguia interpretar Nico, não sabia se ele havia entendido, se ele a estava rejeitando conscientemente ou se deveria fingir que nada daquilo aconteceu. Era difícil saber até qual era a pior resposta.

— E-eu… — Nico murmurou.

— Alguma sugestão do por que estar assim?

O silêncio foi longo, e Thalia deu um sorriso de canto. A boca de Nico se abriu algumas vezes, como se estivesse com medo de pensar na possibilidade dele ser o tal cara. A Grace observou ele levar a mão aos cabelos  em um gesto nervoso e engolir em seco, desviando o olhar como se não pudesse encará-la. Por fim, ele voltou os olhos negros aos dela e apertou os lábios, dando um sorriso tímido.

— Talvez ele só seja um idiota que não acredita que uma garota incrível como você pode estar afim dele.

Thalia sentiu o coração falhar uma batida e não se impediu de rir, estranhando toda a situação que fugia do seu controle. Ela ria e sentia borboletas no estômago, olhava pra Nico e não conseguia deixar de contemplar as covinhas coradas e os olhos negros que faziam seu coração bater mais rápido. Com eles era tudo tão embaraçoso e confuso…

— Alguém seria tão lerdo assim?

— Bom, eu seria… —— Nico sussurrou e Thalia mordeu os lábios, sem saber o que responder. Nico ficou um pouco mais sério, os olhos negros parecendo mais escuros. — Talvez você devesse mostrar isso à ele…

— É… Talvez… — Ela respondeu sussurrando, estreitando os olhos. Aproximou mais um passo, perto o suficiente para sentir o cheiro do perfume de Nico, e, então, inclinou-se, beijando-o na bochecha. Afastou-se lentamente, olhando-o nos olhos com um sorriso de lado. — Acho que já está tarde…

— É… — O Di Angelo murmurou, parecendo prender a respiração. — Eu provavelmente deveria ir…

— Provavelmente…

Seus olhares continuaram unidos, as respirações pesadas, descompassadas. Eles provavelmente deveria se afastar, é claro, mas a parte irresponsável deles ainda existia e foi a vozinha do diabinho que sussurrou no ouvido de Thalia. Ainda sorrindo, ela deu mais um passo para trás e virou-se, forçando-se a dar dois passos em direção à casa.

— Boa noite… — Nico murmurou para a noite. A Grace parou e fechou os olhos, como se rezasse pedindo intervenção divina. Respirando fundo, ela tomou sua decisão: sem pensar nem mais uma vez, virou-se novamente e, quando deu por si, caminhava confiante na direção do Di Angelo, segurando-o delicadamente no rosto e tomando seus lábios como seus.

Thalia ouvia seu coração bater acelerado, mas não importava, não quando ela podia sentir a boca de Nico contra a sua. Por um momento ele ficou sem reação, era apenas o toque dos lábios e respirações presas e, então, ele também a beijou e o mundo pareceu girar para ambos.

Os lábios do Di Angelo eram suaves deslizando sobre os seus, quentes contra o ar frio da noite, com sabor de chocolate e inocência. Ele a segurou pela a cintura, como se tudo pudesse desaparecer e seu cheiro estava em tudo, mesmo quando ela afastou os lábios aos poucos, abrindo os olhos lentamente. Pela primeira vez, um sorriso tímido em seus lábios.

Ele ainda a abraçava e ela ainda o tocava no rosto, deslizando os dedos pelas bochechas com uma leve sombra de barba por fazer, seu olhos se encontravam, bem como os sorrisos doces e os corações descompassados.

— Thalia… — Nico sussurrou, sem saber o que dizer. Ela apenas mordeu lábio inferior, ansiosa para beija-lo de novo, mas ciente que passava da meia noite e eles estavam no meio da rua, com duas crianças precisando dos pais.

Lentamente ela o tocou nos braços e o afastou, ainda sorrindo, ainda o olhando nos olhos e nervosa.

— Boa noite, Nico. — Sussurrou, apertando as mãos do italiano antes de lhe dar as costas e mais uma vez seguir em direção da casa. Ela se virou por sobre o ombro, apenas para dar um sorriso tímido e se certificar  de que ele estava ali. E ele estava.


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Notas finais do capítulo

Eu perdi o acesso ao meu site mês passado, então criei outro.
Esse é muito mais bonito e completo, com aesthetics inéditos e outros conteúdos que espero que apreciem. Que tal dar uma olhada?

Basta acessar o link:


http://hellynivoeh.webnode.com/fita-azul/


Também criei um tumblr para, caso de problema em outro site, tenho todo o conteúdo disponível para vocês. Também tem aesthetics que ainda não postei no grupo e nem na página.
Acessem:



https://hellynivoeh.tumblr.com/

Até que enfim teve beijo!
Então... gostaram? Era algo que esperavam? O que acharam da Thalia tomar à frente?

Espero que tenham gostado e espero as opiniões!





Para quem lê Fita Azul e Eu, Meu Noivo & Seu Crush: Qual foi o capítulo que mais gostaram?!


Links Polyvore:

Thalia:https://www.polyvore.com/fita_azul/collection?id=7344556

Nico:https://www.polyvore.com/nico_di_angelo_fita_azul/set?id=233857657

Hazel:https://www.polyvore.com/hazel_di_angelo_fita_azul/set?id=233851222

Dimi:https://www.polyvore.com/dimitri_grace_fita_azul/set?id=233851099