Familias diferentes escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Círculo Secreto




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P.O.V. Diana.

Saber que a Cassie é minha irmã foi um choque, afinal eu era namorada do Adam desde o jardim e quando a Cassie chegou á cidade ele rapidamente me colocou para escanteio e então me trocou por ela.

Eu sei que eles não fizeram de propósito, que simplesmente aconteceu e que eles tentaram lutar contra aquilo, mas o senhor Connant tem razão Cassie e Adam foram feitos para ficarem juntos.

Eu arrumei um namorado novo e ironicamente ele é ou era um caçador de bruxas até descobrir que ele e a irmã Alisson eram filhos de uma bruxa.

Quando o pai deles descobriu que foi casado com uma bruxa durante quase dez anos ele ficou em choque, entrou em negação e então precisou de uma prova de que os seus filhos eram mesmo bruxos. E eles deram.

—Não. Os meus filhos não, não a minha família!

—Somos seus filhos, sangue do seu sangue. E você amava a mamãe, uma bruxa e ela não era ruim, não era pecadora era uma serva da natureza, era uma pessoa boa. Mas, você não é. Você é podre, é um assassino.

—Eu não sou um assassino.

—Não é? E quanto a todas aquelas pessoas que você queimou? Chama aquilo de que? Porque pra mim aquilo é assassinato.

—Concordo. Por isso, estamos... trocando de lado.

—É. Fui.

E foi assim que Luke e Alisson vieram parar no nosso grupo.

—Pontos pra arrasar?

—Sim!

P.O.V. Elijah.

Duvido que exista no mundo família mais doida que a minha. Então, decidi dar um tempo da confusão lá de casa e saí.

Desliguei o celular, me desliguei da minha família e vim a uma boate sob a qual Caroline e Camille estavam comentando.

E qual a minha surpresa quando encontro Camille lá.

—Cami?

—Diz pro Klaus que eu to de folga hoje e aproveita e manda ele se foder por mim.

—Porque acha que estou aqui por causa do meu irmão?

—Você nem faz ideia faz? Você é pau mandado do seu irmão.

—É isso o que você acha?

—É o que todo mundo acha. Minhas amigas! 

Ela saiu e me deixou lá falando sozinho.

—Vai pedir?

—Bourbon puro.

—Tá saindo.

Bebi o uísque e vi aquelas duas figuras no meio daquela gente toda com quem Camille estava.

Corri para impedir que Katerina fizesse alguma coisa a ela.

—Desde quando vocês duas são amiguinhas?

—Desde que eu não sou Katerina Petrova. Elena é minha prima e não minha descendente.

—Vem, vamos dançar.

—Pera ai! Não acredito que eles vieram?!

—Pode ir pagando Elena.

—Como é que você faz isso?

—Segredo.

Dois Stefans? E três duplicatas ao invés de apenas duas?

—Amara não é duplicata. Ela é o rosto que gerou milhares de duplicatas, ela e o Silas.

—Silas?

—Olá pequeno Elijah. Mande um olá para o seu irmãozinho Niklaus por mim.

—E porque eu faria isso?

—Porque eu aposto que tu só tá aqui porque o Klaus mandou.

—Sério que pensa isso?

—Todo mundo sabe que você pau mandado do Klaus.

Eles se abraçaram e então chegaram mais pessoas.

—Se ainda tá ai? Se manda.

Uma das duplicatas se pronunciou e falou em tom de deboche:

—Tadinho do Elijah gente, ele é tão nobre e tão leal. Não merece passar a eternidade sozinho.

—É. Ele é tão bonzinho. Ele não é nem um pouco duas caras ou vira casaca.

Disse aquela que imaginei ser Elena Gilbert.

Quando eu vi aquela figura tive que abraça-la.

—Está viva!

—Sai de cima de mim seu tarado!

Ela me esbofeteou.

—Tá tudo bem Faye?

—Tá. Como sabia que era eu e não a Cléo?

—As roupas e a gargantilha.

—Verdade. Aquelas três tem xodó com aqueles medalhões velhos e poeirentos.

Eles começaram a se espalhar pela boate e a dançar. A maioria dançava junto o que indicava que eram casais.

Então chegou mais uma, a cópia fiel de Hayley e acompanhada dela estava um rapaz loiro e o mais chocante... a minha irmã.

—Rebekah?

Ela puxou o garoto com quem estava e eles começaram a dançar.

Conforme a noite passava elas paravam para beber e a única delas que não bebia nenhuma gota de álcool era uma das duplicatas, mas ela de repente se dirigiu ao bar.

—Uma coca com gelo por favor.

—Sério?

—Super.

O bartender atendeu ao pedido dela. Ela sentou num dos bancos e eu fui até lá.

—Ela não é a Rebekah. Ela é Fernanda Tomas Gilbert filha do John Gilbert e meia irmã da Elena.

—Uma duplicata?

—Não me diga? Como foi que notou?

—Porque está sendo rude comigo?

—Porque você é falso e não tem nada no mundo que eu odeie mais do que falsidade.

—Quem é você?

—Ai depende. Eu posso ser seu sonho mais bonito se você for um cara legal, mas como você não é eu sou seu pior pesadelo. Se quiser se ajudar toma o meu cartão. Marque uma consulta.

Ela enfiou o cartão no bolso do meu paletó e deu dois tapinhas encima.

—Doutora Renesmee Carlie Cullen. Psicóloga e psiquiatra especialista em casos do sobrenatural.

—É, sou eu.

—Casos do sobrenatural?

—Porque não vamos pra um lugar menos barulhento?

—Claro.

—Se tentar alguma coisa, você já era.

Ela digitou no celular e nós saímos da boate.

—Pra onde vamos?

—Para um lugar mais calmo. Pro meu consultório. Me desculpe, mas eu não confio em você, não se preocupe é apenas temporário.

—O que?

De repente aquela fumaça negra me envolveu e eu fiquei cego, surdo e sem tato.

Quando passou já estávamos no consultório.

—O que foi aquilo?

—Uma pequena mágica. Eu trato de bruxas que tem magia negra, vampiros que tem problemas com culpa, com controlar as vontades e as emoções, lobisomens que tem pânico da lua cheia. Ajudo vampiros a lidarem com a dor, raiva a canalizar as emoções de um jeito saudável, tenho uma paciente lobisomem ela só tem seis anos, é orfã e passou por coisas horríveis. Ela matou pra se defender, mas ainda assim ativou a maldição. Ela não entende porque isso acontece com ela, porque ela é assim, como isso aconteceu, porque aconteceu.

—Espera, uma garotinha de seis anos tem que se transformar toda a lua cheia?

—Tem. O pai adotivo fazia coisas com ela, a ameaçava e a raiva dela ia crescendo, então um dia ela revidou ela o empurrou e o esfaqueou até ele morrer. 

—Fazia coisas?

—Abusava dela. Da pior forma possível.

—Que tipo de pessoa abusa de uma criança?!

—Que tipo de pessoa faz promessas e sempre que lhe convém encontra um jeito de burlá-las?! Prometeu á Sophie Deverroux que não permitiria que nenhum mal acontecesse com a última anciã remanescente de seu Coven e ainda assim arrancou-lhe o coração. Era uma velhinha!

—Como sabe disso?

—Eu sou informada. Você se culpa pela morte da Senhorita Marshall, mas o que houve com ela não foi culpa de ninguém a não ser ela mesma. Nossos atos colocam as coisas em movimento, as decisões inconsequentes que ela tomou a levaram direto para seu fim. Assim como as suas, as de seus irmãos e irmãs, ás de seus pais e as de todos. O que tá feito tá feito, pare de olhar pra trás e olhe pra frente. Quem olha muito pra trás dá com a cara no muro.


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