Segundos do Coração escrita por Débora Ribeiro


Capítulo 16
Capítulo 16




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Capítulo 16 - Freyre

Há um momento na tristeza em que a dor seca todas suas lágrimas, então você simplesmente não consegue mais chorar apesar de que tudo que você queira fazer seja isso.

Foi isso que aconteceu enquanto eu tentava dormir, tudo parecia familiar, até mesmo Apollo deitado ao meu lado acariciando meus cabelos suavemente, mas aquela sensação de ser enganada por toda vida ainda estava firme no meu peito.

Eu não queria me importar, teve um momento que até mesmo pensei que queria que ela realmente estivesse morta, eu só queria que ela desaparecesse da minha vida para sempre.

Mas se uma coisa que senti no meio daquilo tudo foi uma forte admiração por meu pai, eu já o admirava, mas agora...

Agora eu sabia por tudo que ele havia passado, sabia que ele tinha amado uma mulher que foi egoísta o suficiente para ficar com ele, dá-lhe uma filha mesmo amando outro homem, para depois simplesmente ir embora, deixando tudo para trás sem qualquer remorso.

Ela permaneceu com meu pai por puro egoísmo, não o deixou para seguir em frente antes de ‘’destruir’’ o seu mundo.

— Você teria feito o mesmo? – Pergunto para Apollo.

— Hm?

— Teria deixado sua esposa com um filho recém-nascido para fugir com outra pessoa? – Volto a perguntar.

— Não teria feito isso para começar, ter um filho, se não a amasse de verdade. – Ele responde. – Ninguém deveria passar por isso.

Fico grata por Apollo estar sendo honesto ao invés de tentar me consolar de outra forma.

— Concordo. – Murmuro. – Por isso acho ninguém será tão forte como meu pai.

— Você é. – Afirma parando as caricias em meu cabelo.

— Não sou. – Rebato com firmeza.

— Para mim é. – Ele diz e então se afasta o suficiente para me olhar. – Você passou por tanta coisa e mesmo assim não desistiu, é mais forte do que pensa.

Olho em seus olhos e uma única lágrima desliza pelo meu rosto. O quarto estava escuro, sendo iluminado apenas pelo brilho da lua e estrelas que passavam pela janela aberta.

— Obrigado por ficar. – Falo por fim, agradecendo não só por hoje, mas por todos os dias desde que cheguei em sua casa. – Esperava de tudo quando fui para sua casa, menos amar todos vocês.

Um sorriso enorme brilha no rosto de Apollo, como se eu tivesse acabado de alegrar seu dia e isso foi o suficiente para me fazer retribuir seu sorriso com sinceridade.

— Então você me ama, hm? – Questiona se aproximando.

— Apollo...

— Shhh, deixa eu te dizer algo. – Ele puxa meu queixo para cima, mantendo meu olhar no seu. – Você foi a coisa mais incrível que aconteceu naquela casa, nunca vi Brian tão amigável com alguém que não fosse eu, ou Corbin tão fascinado por alguma pessoa antes, até você.

Mais duas lágrimas deslizam, acho que meu reservatório estava cheio novamente.

— Eu nunca quis tanto estar com alguma garota, tê-la ao meu lado e chamá-la de minha. – Apollo continua com a voz rouca. – Não até você chegar, foi instantâneo e verdadeiro, você significa muito para nós, nunca se esqueça disso e eu nunca vou embora não ser que você mande.

— Eu nunca farei isso. – Afirmo para ele.

— Bom, pois antes de ir eu tentaria convencê-la de voltar atrás da sua decisão.

— Como? – Pergunto com a voz estranhamente rouca.

— Deixa eu te mostrar. – Diz ficando por cima de mim, passando as suas mãos suavemente pelo meu corpo depois se apoiando com elas na cama, espalhando beijos por meu pescoço, descendo em direção aos meus seios que estavam cobertos apenas com blusa fina do meu pijama.

Por um momento ele olha para mim, pedindo permissão para continuar e eu já estava louca. Sem responder seguro a barra da blusa e a puxo para fora de meu corpo, deixando meus seios rígidos a mostra.

— Sempre quis vê-los, ainda mais com eles. – Apollo murmura passando a língua sobre meus piercings me fazendo gemer.

Ele desce mais continuando com sua tortura, beijando e chupando levemente meu corpo até estar a pouco centímetros do meu short.

— Continue! – Rosno para ele.

— Você tem certeza? – Ele pergunta com sinceridade.

— Puta que pariu Apollo, continue! – Solto com a respiração pesada.

Ele balança cabeça rindo, suas mãos seguram meu short e o puxam junto com minha calcinha. Naquele momento eu sinto meu rosto queimar em vergonha apesar de estar implorando por aquilo.

Estremeço em satisfação quando ele passa as pontas dos dedos por minhas coxas.

— Só relaxe lobinha, você vai se sentir bem. – Ele sussurra descendo mais até estar entre minhas pernas.

Quando sua boca entra em contato com minha pele eu esqueço por um momento que minha era uma completa bagunça.

                               Apollo

Freyre se contorce contra minha boca e puxa meu cabelo, me trazendo para mais perto de si.

Deus, ela é linda, os sons que saem da sua boca enquanto chupo seus clitóris são os sons mais doces que já ouvi. Além dos piercings nos mamilos ela tinha uma frase tatuada ao lado do seio direito, fiquei maravilhado enquanto a admirava.

Minha.

— Ai puta merda! – Ela ruge quando treme, atingindo seu orgasmo. Tomo tudo que posso antes de me afastar dela e puxar um lençol para cobrir seu lindo corpo nu.

Não faria isso se dependesse de mim, eu poderia ficar olhando para ela para sempre e nunca ficaria satisfeito.

— Hm... não vamos, hm... – Freyre começa, e mesmo com a pouca luz eu podia dizer que ela estava constrangida. – Não vamos prosseguir ou coisa assim?

Eu seguro uma risada e a puxo para meus braços. Meu pau estava tão duro que estava desconfortável mantê-lo em minhas calças.

— Hoje não. – Digo respondendo, tudo que eu mais queria era estar dentro dela e fazê-la minha, mas não hoje, não quando ela ainda estava triste e recentemente, passado por tanta merda, incluindo Renan.

— Isso não é por... – Ela diz pigarreando. – Isso não é por eu ser virgem, é?

Minha boca secou instantaneamente com suas palavras. Puta que pariu!

— Você é virgem? – Pergunto tenso.

— Isso é um problema pra você? – Ela pergunta, claramente irritada.

Ah lobinha, isso não era um fodido problema! Penso contendo um sorriso.

— Não, não é. – É o que respondo. – Não queria fazer isso com você quando está passando por tanta coisa, mas agora tenho mais um motivo para esperar, você merece algo melhor que uma simples fodida.

— Eu quero isso. – Ela resmunga.

— Acredite, eu também, mas se eu soubesse que você era virgem não tinha nem mesmo feito o que fiz. – Falo.

— Eu amei o que você fez.

— E eu amei fazer, não será a última vez. – Aviso como uma promessa.

Freyre se inclina para cima e me beija, seu piercing roçando levemente meu lábio inferir.

Tiro minha camiseta e calça, ficando só de cueca e tinha certeza que ela podia sentir qual duro eu ainda estava quando voltou para meus braços. Beijo sua testa e Freyre me deseja boa noite, antes de fechar os olhos pude ter um vislumbre de um doce sorriso em seu rosto.

E nada nunca pareceu tão certo.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem.



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