Ela era a lei escrita por Gabii Vidal


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Estou tão feliz que tenham pessoas gostando da fic ;-; Eu poderia ficar respondendo os comentários novamente, mas vamos logo para o capítulo!



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Ruby sorriu e beijou as mãos da garota. Estava comovida, emocionada, grata...Era um misto de emoções.

 -Você é uma menina muito boa. É bom ver que ainda existem pessoas assim! Jovens como você podem dar um fim em Franco. -A empregada não gostava daquela ditadura, e não escondia isso! Mas opinião política era algo apenas para os corajosos... Ou para os tolos.

  Angélica tapou a boca da outra e checou se não havia ninguém ao redor.

 -Você é louca? Se alguém escuta isso nós estaremos em sérios problemas.

 -Este homem, se é que posso chamá-lo assim, matou meu marido! Não me importo de falar mal dele. -Ruby cerrou os punhos e berrou cheia de ódio na voz.

 -Você é corajosa, Ruby. -Angélica suspirou, desistindo de discutir - Mas peço que dentro dessa casa não fale de política.

 -Está bem, desculpe-me.

 -Dessa vez deixarei passar. Mas cuidado. -A jovem abriu um sorriso doce enquanto alertava a colega.

—Deus te abençoe, Angie. -Ruby voltou a lacrimejar, mas Angélica fez um sinal para que ela parace.

 -Meu pai, que cena fofa. –Apoiado na janela da cozinha com o mesmo sorriso alegre de sempre estava Carlos que esculpia um pedaço de madeira – Pode dizer, eu tenho ou não a melhor noiva do mundo?

 Ruby encarou-o ,confusa. E logo voltou a atenção para Angélica.
Seus grandes olhos negros dividiam a atenção entre o casal e pareciam extremamente confusos.

 -Noiva? O que a senhorita aprontou agora? -Ruby apontou um dedo para Angélica e a repreedeu, parecendo até mesmo uma mãe ao invés de uma empregada.

 Angélica suspirou e puxou Carlos para dentro da cozinha.

 -Ruby, esss é o Carlos. Carlos, essa é a Ruby.

 -Ouvi falar muito de você, rapaz. -A empregada o encarou por completo, checando até mesmo se os sapatos estavam em bom estado.

 -Igualmente, senhora. -Carlos não SD importou muito em observá-la, já sabia bastante sobre ela só pelo que Angélica contava.
Ele sorriu e se curvou levemente.

 -Angie, não tente desviar da minha pergunta. Que história é essa? -Ruby voltou o olhar para a jovem patroa. As sobrancelhas franzidas deixavam clara sua confusão.

 -É isso mesmo que ele falou. - Angélica colocou um braço sobre o ombro de Ruby - Mas peço que por favor não pergunte mais nada, e muito menos fale disso com alguém.
Carlos passou os braços por cima dos ombros da garota.

 -É extremamente importante o seu sigilo. Mas achei que você devesse saber, afinal, podemos precisar de ajuda.

 Agora Angélica também estava confusa, ele não havia falado nada disso.

 -Ajuda? Para que? -Ela tirou os braços do noivo de cima dos ombros e o encarou nos olhos.

 -Também não sei . –Ele deu de ombros – Mas pode vir a ser útil! Agora, o que acha de passarmos um tempo juntos?

 Ele segurou Angélica pela mão e fez uma cara de cachorro pidão, a típica cara que fazia Angélica rir.

 -Ruby –Agarota dirigiu-se a doméstica segurando um riso –Meus pais já vão chegar?

 Ela negou com a cabeça e encarou os dois com certa desconfiança.

 -Só pela noite, ainda faltam algumas horas...

 -Ótimo. –Ela encarou Carlos – Precisamos de um tempo juntos.

  Ele sorriu e ajeitou o colarinho, logo depois arrumando a postura.

—Senhorita...-Ele levantou uma das sobrancelhas e tentou fazer uma cara de galã –Não acha que isso é ir rápido demais?

 Ela riu e deu leves tapinhas nele.

 -Deixe de ser bobo, vamos logo! - Ela arrumou a blusa do companheiro e se dirigiu a empregada - E Ruby, se eles chegarem nos avise.

 -Pode deixar, agora vão curtir a juventude. -Ruby sorriu de forma doce lembrando do relacionamento com o falecido marido, eram tão apaixonados quanto aqueles dois.

 -Adorei a ideia, Ruby! -Carlos passou o braço por trás do pescoço de Ruby e se curvou para ficar na altura da doméstica - Mas essa baixinha aqui nunca se liberta dos costumes.

 -São ideais, já conversamos sobre isso. –Ela puxou-o pela mão até o quarto e os dois se sentaram na cama.

 -E aí? -Ele perguntou mexendo os dedos de maneira nervosa.

 -E aí o quê? -Ela fez uma careta.

—Pronta? -Carlos repousou a mão sobre a cocha dela, e a mesma empurrou ele para longe.

 Ela jogou um travesseiro nele e ele começou a rir.

 -Retardado.-Caçoou do companheiro.

 -Estressadinha. -Retrucou de forma carinhosa.

 Ele a abraçou, e os dois ficaram ali, apenas curtindo a companhia um do outro.

 -Carlos...Prometa-me que não irá embora novamente. -Angélica olhou pela janela, evitando contato visual. Mas era notável que falava sério.

 -Querida, sabe que eu não posso prometer isso... -Embora quisesse dizer que não iria, ele não podia. Não iria mentir para ela.

 -Pode sim, basta não ir quando te chamarem!

 Ele a puxou para mais perto.

 -Por enquanto, não falemos do futuro.

—Então falaremos de que? -Ela se virou e o olhou no fundo dos olhos.

—Não sei. Do que quer falar, pequena? -Carlos mechia nas mechas do cabelo da amada. Cacheando uma por uma.

—Queria dizer que eu te amo. –Ela disse fazendo com que ele sorrisse e acariciasse suas bochechas.

—Eu também te amo, e muito.

  Os dois então voltaram a se calar.

 -Carlos, O que você viu lá? Digo, no serviço militar.

 -Querida...Eu prefiro não conversar sobre o que vi. O importante é o que eu vejo agora. -Ele respondeu claramente incomodado com o assunto.

 -Ah, é? –Ela deu uma pequena risada – E o que você vê?

 -Eu vejo a futura Sra.Oliveira. -Ele respondeu de forma séria aproximando o rosto do do dela.

 -Você é incrível...-Ela disse e deu um rápido beijo nele.

 -Sim, elas sempre me dizem isso. –Ele respondeu em tom brincalhão e ela beliscou-o.

 -Não gosto dessa piada...

 -Está com ciúmes, é? –Ele começou a fazer cócegas na barriga dela –Não precisa, eu só vejo você.


—É meio cego? –Ela riu e ele puxou de leve seu cabelo.

 -Está me comparando com o velho Geraldo? –Os dois riram ao lembrar-se do velho resmungão que não tinha um dos olhos. Ele havia sido uma memória importante da infância dos dois...Mas infelizmente agora era só uma memória mesmo.

  -Sinto falta daquele chato... -Angélica comentou em tom melancólico.

  -Sentimos , Angie. Ele me fazia lembrar de você criança.

  -Foi uma época incrível. Acho tenho algumas fotos! –Ela saiu dos braços de Carlos e pegou uma caixa de madeira na estante.

 Dentro dela havia folhas, colares, cartas e fotos. Principalmente fotos.

 Colocou a caixa na cama e voltou a aninhar-se nos braços de Carlos.

 -Escolha alguma.


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Notas finais do capítulo

Wow, esse capítulo realmente foi para conhecer melhor o Carlos XD Espero que tenham formado uma opinião sobre ele! Vejo vocês nos comentários ^^ (Espero, né?)