No rés do chão do chalé, uma idosa repousava na sua cama, refém da idade; seu rosto refletia a bondade de sua alma, pois linhas profundas e delicadas demarcavam sua boca gentil que sempre sorria, e rugas sulcavam sua testa, dando ar de sabedoria. Ao redor do leito da cama se estendiam as silhuetas dos mestres da Lótus Branca, cada qual com distintas insígnias de feitos históricos e memoráveis. Contudo, todos ostentavam a mesma expressão de pesar e tristeza.

O silêncio foi quebrado no momento em que a velha pigarreou e entoou com a voz rouca “Ora, vamos, não fiquem com essas caras de lêmure-voador para mim. Vocês sabem que o meu tempo aqui se esgotou. Embora eu ainda vislumbre claramente o meu primeiro dia... Ah, lembro que quis bancar a justiceira durona e quase acabei presa. Uma delinquente juvenil.” O timbre da sua voz vacilou por alguns segundos, mas sua respiração se estabilizou, o suficiente para retomar as palavras “Nós nos divertimos muito, não é? Sou grata a todos vocês, meus corajosos amigos.”

Então, sem qualquer sinal ou aviso, os olhos e a boca da idosa emitiram um brilho celestial deslumbrante que iluminou todo cômodo, até perder gradativamente toda intensidade. O líder da Lótus Branca, excelentíssimo dobrador de fogo, proferiu “O mundo está de luto, pois a Avatar Korra está morta. Seu corpo deve ser enterrado onde jaz o corpo do Avatar Aang. Por outro lado, não podemos esperar muito mais tempo. Vamos reunir os buscadores e achar o novo Avatar. De acordo com o ciclo, ele é agora um dobrador de terra.”