Noah é um remanescente imortal da Segunda Guerra Mundial, que durante séculos vagou por todo o globo em busca de alguém — ou algo — que pudesse chamar de lar. Seus talentos, dons únicos de cada vampiro, chamaram a atenção dos Volturi; inserido na sociedade imortal de maior prestígio, Noah fora congratulado com um lugar na Guarda, ladeando nomes de poder irrefreável e atuando como uma peça. Por ''clã'', Noah inocentemente entendia como família. A carga metafísica da palavra, indecifrável àquela imaturidade, remetia à essência unilateral do que realmente poderia ser traduzido, e o imortal não sabia que dali alguns anos haveria de compreender cada entrelinha. E ele compreendeu.

Conhecida por inúmeros feitos, Avatar Korra, após uma vida de batalhas e sacrifícios, conseguiu trazer a paz e restaurar a harmonia entre o mundo dos espíritos e o mundo dos humanos. Infelizmente, mesmo com todos os seus incríveis atos, a vida de Korra encontrou sua conclusão. Como uma dança eterna, o ciclo recomeçou; agora, o espírito da luz renasceu como um dobrador de terra — um garoto sem interesse nenhum pela arte da dominação, desconectado com o restante do mundo e ofuscado pela própria família, tido como o menos talentoso. A Terra, porém, em breve precisará de seu Avatar novamente; e ele precisará aprender a não só ser um mestre dos quatro elementos, como também entender o quão preciosa é a vida humana para, então, fazer de tudo para protegê-la.

Após a batalha d'Os Sete contra Gaia, o mundo ficou, pela primeira vez em éons, livre de ameaças divinas que pudessem comprometer o destino do mundo. O Monte Olimpo estava em paz. Zeus reinava sobre tudo e todos, como fora pré-estabelecido antes do tempo dos mortais. O tempo Percy Jackson e seus amigos, após uma vida de conquistas e feitos gloriosos, chegou ao fim. A Mãe-Terra, porém, não pode ser morta; ela adormecera novamente, e os deuses, ainda fragilizados pelo combate contra a titã, permitiram que o Tártaro se enfraquecesse. Nix, exausta de submeter-se às vontades dos doze ícones do Olimpo e ao próprio Hades, voltou atrás em um de seus feitos antigos e auxiliou o irmão, Érebo — as trevas — a erguer-se do Tártaro, ainda que com parte dos poderes selados pelo abismo. Separados, os irmãos primordiais poderiam destruir qualquer um. Unidos, nem mesmo os Olimpianos puderam se opor. Desaparecidos. Esquecidos. Derrotados. As deidades primordiais aceleraram o despertar de Gaia, por apenas sete dias. Sete dias de um ataque mortal desferido contra o Olimpo, seus filhos e, é claro, o mundo.
Ainda assim, Ogígia, em sua solidão e em seu anonimato mágico, com nada a oferecer senão abrigo e a proteção da deusa mãe de Roma, parecia pacífica. Mas seria essa paz sequer duradoura?

— Dize-me: Conheceste muitos suicidas?
— Não, senhor. Eles já estavam mortos.
— Conheceste muitos suicidas antes de enterrá-los?
— Não, senhor. Eles já estavam mortos.